Comendo meu primo mais novo- Parte 4- A despedida (FINAL)

Um conto erótico de Rafa Porto
Categoria: Gay
Contém 4214 palavras
Data: 29/05/2024 18:48:08
Última revisão: 23/06/2024 22:14:25

Último conto da série! Quem quiser entender melhor o contexto, clica no meu perfil para ler os anteriores!

Sentados à beira da praia, eu e o Jorginho admirávamos o pôr-do-sol. Tons de roxo, vermelho e laranja dançavam no horizonte, enquanto mais um dia de verão desaparecia diante dos nossos olhos. Durante aquela semana com meu primo, tive a mesma sensação da época de infância: de que a casa dos nossos avós em Ubatuba fazia parte de um mundo paralelo. Era um lugar mágico, livre das preocupações e tédios da rotina.

Mas como sempre, o final das férias tinha que chegar. Lembrava de mim e do Jorginho quando crianças, emburrados no banco de trás do carro, obrigados a voltar para o “mundo real” em São Paulo. Nossos avós acenando da varanda, dizendo “até o próximo feriado":

-Rafa, você lembra que o vô sabia dizer as horas só olhando pra posição do sol?

-Ô se lembro! Ele acertava quase até os minutos- respondi nostálgico- mas porra, lá em Londres, nublado daquele jeito, não ia ter jeito. Só com relógio mesmo!

Meu primo riu da minha piada, mas a menção de Londres nos fez lembrar da proximidade da minha partida. Viajaria no dia seguinte para São Paulo, e pouco depois já estaria de volta à Inglaterra. Aquele pôr-do-sol que assistia na companhia do Jorginho era o último das férias:

-Então você vai embora amanhã mesmo, Rafa?- ele me perguntou acanhado.

-Sim, Jorginho…não tem jeito, gato. Uma hora eu teria que voltar...

O Jorginho me voltou os olhos cor de mel, que de tão dourados pareciam participar do jogo de luzes e cores do entardecer:

-Porra Rafa, mas e a gente? Não vai me dizer que o que rolou nessa última semana não significou nada para você. Porque nossa…

Seus lábios carnudos ficam entreabertos. As palavras pareciam ter ficado presas na garganta. Depois de um segundo de espera, ele se declarou, de um fôlego só.

-Eu nunca tinha sentido algo assim por ninguém antes.

Meu coração palpitou mais forte. Aquele molecão tinha tomado coragem para se abrir comigo. Senti a grande responsabilidade de quando alguém compartilha algo íntimo e bonito, de ter que lidar com aquela confidência com toda a delicadeza do mundo:

-Jorginho, essa última semana foi maravilhosa. Pode acreditar, vou lembrar dela pra sempre…

Aguardei um pouco antes de prosseguir. Também me vi procurando dentro de mim a força que o momento exigia:

-Mas gatinho, eu moro do outro lado do oceano. Sem falar que apesar da nossa diferença de idade não ser das maiores, a gente tá em momentos completamente diferentes de vida. E eu quero que você aproveite ao máximo os seus 19 anos! É uma fase tão gostosa, você está descobrindo tantas coisas. Você vai ver, passa voando…- e assumindo um tom mais sério, continuei- além disso, a gente é primo, Jorginho. Em primeiro grau. Não preciso falar mais nada, né?

Ficamos em silêncio. O Jorginho parecia estar decifrando aos poucos o significado das minhas palavras. Fixei meu olhar em direção às ondas do mar, mas percebi pelo canto do olho o esforço dele para não chorar:

- Eu entendo, Rafa.. não vou mentir, não é a coisa mais fácil de ouvir. Mas é, também não vejo outro jeito…

Pelo seu tom de voz, tive certeza que ele estava arrasado. Mas fiquei admirado em como o Jorginho se portou dignamente diante da situação. Com 19 anos, ele já era mais homem do que muitos caras jamais sonhariam em ser:

-É Jorginho, a vida tem dessas…- estendi meu braço em volta das costas dele, tentando consolá-lo- mas viu, chega de choradeira, que eu vou embora amanhã só! A gente tem ainda mais uma noite inteira pela frente!

Meu primo deu um risinho. O lado malicioso dele estava despertando.

-Hmmm, é verdade, Rafa…- e se aninhando ainda mais nos meus braços - posso te falar uma coisa?

-Claro, manda!

A resposta chegou baixinha no meu ouvido:

-Hoje, como é sua despedida, vou deixar você fazer tudo o que quiser. Tudo mesmo! Mas não quero que você pegue leve comigo não…- ele molhou os lábios antes de sussurrar no meu ouvido- quero que você me arregace tanto, mas tanto, que depois quero abrir minha bunda na frente do espelho e ver um rombo no lugar no meu cu. Quero chegar em São Paulo pra rever a Mari todo abertinho, entendeu?

Em questão de segundos, o Jorginho emocionado tinha dado lugar ao Jorginho devasso que tinha conhecido bem durante aquelas férias. Imaginei a cena do meu primo, o perfeito machinho hétero, chegando para reencontrar a namorada. Os dois se beijando, mas a Mariana sem a menor ideia de que no meio da bundona do boy dela, tinha um cuzão esgarçado!

O sol enfim se pôs. A noite, que havia começado há pouco, prometia:

-Jorginho, você é um puto! Bora pra casa, garotão!

À luz das estrelas, saímos da praia. Meu primo tinha me dito que ele me prepararia um jantar de despedida. Fomos então tomar uma ducha, combinando de se encontrar depois na sala de jantar. Quando cheguei, o Jorginho já tinha posto a mesa. Toalha, talheres, pratos, jogo americano, taças, guardanapos: tudo arrumado à perfeição. Até as velas ele tinha acendido! Que bonitinho, ver o meninão revelar seu lado romântico!

Ele então surgiu da cozinha, segurando uma garrafa de vinho aberta:

-Tá quase pronto, Rafa!- me disse enquanto servia o vinho, com o ar atarefado de quem estava cozinhando- não é nada demais, mas espero que goste!

-Claro que vou, bobo! Mas me fala aí, o que o Masterchef preparou pra gente essa noite? Fiquei sabendo que receitas com cenoura são sua especialidade…- brinquei com ele, lembrando da cena maravilhosa que flagrei durante minha primeira noite de volta à casa da praia.

-Filho da puta! Pode ficar tranquilo, dessa vez encontrei algo bem melhor…

Meu primo então pegou em cheio no meu pau, por cima do calção. O safado já estava com fome de rola! Tasquei um beijo nele, aproveitando para apertar aquela bundona. Ficamos no maior amasso, até ele correr em direção à cozinha para buscar o jantar.

O Jorginho tinha preparado um macarrão ao pesto. Quando elogiei a aparência do prato- que realmente estava com uma cara ótima- ele agradeceu e sorriu em resposta. Aparentava estar feliz que tudo tinha dado certo:

-Jorginho, antes da gente comer, deixa eu te perguntar: você me disse que hoje eu poderia ter tudo que quisesse, certo?

-Isso mesmo, Rafa!

-Ok, gato! Pode ficar só de cueca então. Essa noite vou jantar admirando seu corpo!

Pelo olhar do primo, percebi que ele havia adorado meu pedido. De imediato, tirou toda a roupa, com exceção da correntinha de São Jorge, sua marca registrada, e da cueca. Era uma boxer cinza, bem justa. O rabão, de tão apertado, parecia que rasgaria o tecido fino a qualquer momento:

-CARALHO Jorginho! Meu, você já pensou em ser modelo de cueca? Podia faturar uma grana extra com isso!- disse zoando, mas também um pouco a sério. Meu primo seria perfeito para o trabalho! Sendo sincero, a única coisa que faltava nele era um “pacote” mais volumoso na parte da frente…

-Aff, que exagero!- ele riu. O Jorginho escondia bem, mas eu sabia que o garoto tinha um lado exibicionista, amando ostentar aquele corpão de Davi de Michelangelo sempre que possível.

Pedi para o meu primo se sentar mais perto da cabeceira, para que pudesse admirar melhor seu corpo durante o jantar. A conversa, regada a vinho, seguiu pela noite. O macarrão era simples, mas muito bem feito. Quando já tínhamos terminado, ele repousou a mão direita por cima da mesa. Meus dedos se cruzaram com os dele. Ficamos conversando assim de mãos dadas, igual a namorados em um encontro. E imaginar que aquele homão arrancava suspiros por onde passava! Em um estalar de dedos, ele podia ter qualquer mina que quisesse. Inclusive, tinha uma linda namorada à sua espera em São Paulo…

Mas o boyzão preferia estar ali, dividindo uma refeição comigo. Eu, vestido. Ele, só de cuequinha!

-Vamos tirar os pratos?- perguntei sorrindo, já animado pela “sobremesa”.

Bem-educado como era, o Jorginho sempre recolhia a mesa e lavava a louça depois. Ele insistiu para que eu não fizesse nada, mesmo eu dizendo que ajudaria. Fomos então até a cozinha, meu primo na frente, eu atrás. Puxei uma cadeira para sentar. Da posição onde estava, tinha uma vista maravilhosa daquele espetáculo de rabo, enquanto o loirão lavava a louça na pia de costas para mim:

-Ei Jorginho, é impressão minha, ou a tua bunda tá maior do que antes?- a raba dele estava tão grande que, quando meu primo caminhava, ela ficava chacoalhando pra cima e pra baixo. Pareciam dois melões, querendo se libertar da cueca justa!

-É…acho que é o treino novo que comecei essa semana- ele respondeu tímido, olhando por cima do ombro para a própria bunda- acho que já tá dando resultado…

E dando uma leve empinadinha, disse:

- Gostou, Rafa? Tô treinando bem mais os inferiores desde que você chegou…

-Porra, essa bunda é uma obra de arte! Aliás, agora tô me sentindo o Tadeu naquela noite que você se exibiu pra ele na cam!

-E que você não devia ter visto nada, né?- meu primo rebateu, em tom de brincadeira.

-Ah, mas um show daquele, eu perderia só se fosse muito imbecil! Mas se bem que, pelo o que me lembro, daquela vez você fez uma coisa muito safada com a cueca…

O Jorginho apenas sorriu como resposta. Ele tinha entendido o recado. Secou as mãos com o pano de prato e em um movimento rápido, puxou a cueca para cima. A fenda daquela bunda farta engoliu por completo o tecido. As bandas saltaram para fora, respirarando aliviadas. Com a cuequinha atolada assim no meio do rego, meu primo parecia estar usando uma calcinha:

-Assim, Rafa?- ele arrebitou o rabo mais uma vez, se apoiando na pia. Sua voz já estava mais manhosa.

-Moleque, que isso! Assim você enfarta seu primo! Rebola pra mim, vai!

O gato, todo obediente, cumpriu meu pedido. Sem parar de lavar a louça, ele empinava a bunda e requebrava, olhando para trás pra ver minha reação. Meu pau já estava duro como pedra, marcando no tactel da bermuda:

-Caralho gatinho, você tá me deixando louco! Falta muito pra acabar aí?

-Hmm, um pouco…

-Bom, já que você vai ficar aí mais um tempo, acho que posso te ajudar a trabalhar…

Sem esperar a resposta dele, me ajoelhei na frente daquele rabo maravilhoso. Abaixei a cueca e afastei as bandas da bunda. Notei que por mais que já tivesse arrombado várias vezes seu cuzinho, ele parecia sempre voltar ao seu estado original. Um cuzinho apertado, de virgem!

Caí de boca nas pregas do Jorginho. Comecei saboreando as bordas, para depois penetrar com a língua lá dentro. Meu primo, um fanzaço de beijo grego, engolia com seu cuzinho cada centímetro da minha língua:

-Ai Rafa, que gostosoooo!- ele falou pegando nos meus cabelos por trás, enfiando minha cara ainda mais no meio da sua bunda

-Tá curtindo, safado?- aproveitei a deixa para recuperar meu fôlego- Me fala, o que mais você quer, hein?

-Eu quero…eu quero pica, Rafa!- o Jorginho sussurrou.

-O que? Não ouvi, fala mais alto!

-Eu quero pica! Quero esse teu cacete enorme destruindo meu cu!- ele gritou, parecendo uma atriz pornô.

-Ah meninão, esquece essa porra dessa louça, vai!

Por mim, foderia o Jorginho ali mesmo, à beira da pia. Mas ele teve uma outra ideia: foi até a bancada da cozinha e, com uma braçada, afastou todos os objetos da superfície, se deitando logo em seguida. Me lembro como se fosse hoje da cena: o garotão pelado, com os pernões pro ar e o pauzinho duro, afastando as bandas da bunda com as mãos. O cuzinho indefeso à mostra. Prontinho para levar rola de frango assado.

Porra, quem em sã consciência poderia resistir? Meus 19 centímetros tinindo de duros saltaram pra fora. O anelzinho do Jorginho piscou com força:

-Fala a verdade, tu curte mesmo um dotado, né sua puta?- disse ostentando meu pauzão, segurando pela base e batendo com ele na palma da mão.

-Eu ADORO, Rafa!- ele gemeu fininho- só quero saber de macho roludão!

Comecei então a bombar devagar naquele cuzinho lindo. Com uma mão, acariciava o corpo escultural que tinha entre meus braços. Cada toque parecia despertar no Jorginho uma nova sensação, de tão sensível que ele estava. Fui então aumentando a velocidade aos poucos, às vezes fazendo um movimento circular, para alargar o anel loiro do meu primo. Macetei com gosto a próstata do gatinho. Era como um botão: a cada vez que apertava, uma onda de prazer percorria o corpo dele!

Passei a tirar meu pau para fora, deixando só a cabecinha, para aterrar com tudo mais uma vez. Nessa hora, o Jorginho perdeu o controle. Ele não tinha forças nem para falar direito. Os olhos reviravam de tesão, enquanto a piroquinha balançava para cima e pra baixo no ritmo da minha bombada, batendo no seu abdômen sarado. A medalinha de São Jorge era outra que não aquietava no lugar.

Ele não tinha dito que queria terminar com um rombo no lugar do cu? Pois que aguentasse!

-Puta que pariu, Rafa!- ele gritou, finalmente conseguindo formular alguma frase- que delícia, eu tô sentindo tua pica inteira dentro de mim!

-Fala a verdade, gatão, melhor do que comer a tua namoradinha?- falei sem diminuir o ritmo da meteção,

-O quê? Mas nem se compara, é MUITO melhor!- meu primo respondeu, brincando com os mamilos. De tão vermelhos e grandes, eles pareciam duas rodelas de pepperoni, fincadas uma em cada lado do peitoral malhado:

-Quer ir lá pro quarto, gato? Tá um tesão aqui, mas lá a gente fica mais confortável.

Meu primo aceitou a proposta. No corredor, fui abrindo a porta do quarto dele, onde a gente costumava aprontar. Mas o Jorginho me puxou pelo braço. Ele continuou caminhando em direção ao quarto que ficava nos fundos do corredor. O quarto… dos meus tios!

-Hoje a gente vai fazer aqui, Rafa…- ele me disse quando entramos

O quarto dos pais do Jorginho era o maior da casa. A enorme cama de casal, com os lençóis branquinhos cheirando a amaciante, parecia de hotel. Na mesa de cabeceira do lado esquerdo, um detalhe chamou minha atenção. Era um porta-retrato com uma foto em família: meu tio Berto, minha tia Nádia e o Jorginho. Aquela clássica foto sorridente da “família tradicional”.

Ah, que tesão da porra seria foder meu priminho justo ali!

O Jorginho se jogou na cama. Brinquei que com o tamanho daquela bunda, era capaz dele quebrar o estrado! O gatinho ficou logo de quatro. Segurei então ele pela cintura para recomeçar a brincadeira. Enquanto fodia meu primo, agarrei seus cabelos loiros com uma mão, enquanto com a outra estapeava seu rabão. A pele do Jorginho era branquinha, então era fácil deixar a bunda dele toda vermelho, em carne viva. Ele que se virasse para explicar pra Mariana depois!

-Ai isso, Rafa! Faz o meu cuzinho de…- ele estava animado, mas de repente interrompeu a frase, parecendo se envergonhar.

-Faz o teu cuzinho de? Fala, bonitão!- puxei com mais força o seu cabelo, erguendo a cabeça do Jorginho para cima.

Ele esperou um pouco antes de continuar. Mas depois falou com convicção:

-Faz o meu cuzinho de buceta, Rafa!

Meu primo falou isso como se estivesse há muito tempo querendo usar exatamente essas palavras. Ai ai, aquele menino ficava mais safado a cada dia que passava!

-Pode deixar, mocinho. Você vai terminar a noite com uma xoxotinha no lugar do cu…

Após dizer isso, um fio de pré-gozo caiu do pau dele, melando os lençóis imaculados da cama. Dali em diante não tive mais trégua: queria mesmo era estourar as preguinhas do Jorginho. Às vezes tirava toda a vara para fora, para contemplar o estrago. Aquele cuzinho de boy hétero, antes intocado, tinha virado uma cratera. Duvidei que voltaria algum dia ao normal!

Senti o momento da gozada se aproximando. Puxei meu gatinho mais para perto, colando seu corpo no meu. Quando chegou a hora, foi uma sensação indescritível. Depositei minha gala quente lá no fundo, querendo que o Jorginho guardasse meu leite todinho dentro dele. Ele gozou logo depois. Não tocou no pau dele por um segundo sequer, e mesmo assim gozou como eu nunca tinha visto até então. Quando achava que já tinha acabado, lá vinha mais um jato branco de porra saindo do pintinho.

Ensopados de suor, nos beijamos e despencamos na cama, com meus braços envolvendo o Jorginho:

-Rafa, o que foi isso? Tô sem palavras, sério!- ele me disse ainda ofegante.

-Eu também, gatinho. O senhor manda bem demais!

-Ai Rafa...- meu primo falou repousando sua mão no meu peito- quando será que vou achar alguém que me faça sentir assim de novo?

-Que nada, você tá só começando! Logo você encontra um cara que vai te deixar maluquinho de tesão!

O Jorginho sorriu, mas parecia estar inculcado com alguma coisa:

-Sei lá, primo…não sei se estou pronto para me jogar de cabeça nisso. E a Mariana, como eu faço? Além disso, você sabe como são meus pais… eles não vão aceitar nunca…

Olhei para o porta-retrato na mesa de cabeceira. O sorriso luminoso da minha tia e a carranca do meu tio. É, eu conhecia bem as peças:

-Jorginho, com a sua mãe eu não me preocuparia na real. Pode demorar um tempo, mas no final vai dar tudo certo. Já com seu pai, sendo honesto, eu não sei…

Resolvi então dizer pra ele o que eu gostaria que tivessem dito para mim quando tinha a idade dele:

-Olha gato, tem certas coisas na vida que só a gente pode fazer pela gente mesmo. E como nossa avó falava, o medo é o pior conselheiro. Não precisa ter pressa de nada, mas pensa com carinho no que tô te falando. Você é lindo demais pra ser infeliz, garoto.

Ele fez um sinal com a cabeça, parecendo que tinha captado o sentido das minhas palavras. Depois do meu conselho de “irmão mais velho”, caímos no sono. Acordamos cedo no dia seguinte, correndo para arrumar tudo antes dos meus tios chegarem:

-Rafael, que alegria foi te receber durante essa semana! Essa casa é sua também, não se esqueça!- minha tia Nádia me disse, enquanto me abraçava durante minha despedida- foi tão bonito ver você e o Jorginho se reconectando! Para ele foi muito importante!

É, tia…- disse entrando no carro. Fechei a porta- pra mim também.

A última coisa que me lembro daquelas férias foi meu primo acenando da varanda, tal qual meus avós sempre faziam no final das férias. O vento brincava com as ondas douradas do seu cabelo. “Você é lindo demais pra ser infeliz, garoto”. Pensei comigo mesmo antes de ligar o carro. Olhei para frente e ganhei a estrada. Engoli as lágrimas que brotaram nos cantos dos olhos e subi a serra. Não parei na estrada uma única vez.

Adoraria dizer que mantive contato com o Jorginho nos anos que se seguiram, mas não foi o caso. Assim que cheguei na Inglaterra, o ritmo intenso da minha vida foi aos poucos afastando as lembranças do Brasil. O tempo nublado de Londres nem me incomodava mais: já me sentia em casa, protegido pelo cinza pastoso do céu.

Evitava perguntar do meu primo para meus pais. Mas claro, de vez em quando algumas notícias dele chegavam até mim. Sempre em tom elogioso, em como ele estava mandando bem na faculdade, a cada dia mais bonito e inteligente. Até que um dia, conversando com meu pai, ele me contou que o Jorginho tinha terminado com a Mariana e se assumido gay para a família. Minha tia Nádia aceitou melhor do que o esperado, mas o tio Berto…aparentemente, ele tinha até batido no Jorginho, chamando meu primo dos piores nomes possíveis.

Meu coração ficou estilhaçado ao saber disso. Pensei em mandar mensagem para o Jorginho, para ver como ele estava. Mas todo dia eu adiava o envio. Fiquei paralisado, sem saber como agir. Até que resolvi deixar o assunto quieto. Não me orgulho disso, mas colocando a culpa nos estudos, afastei a preocupação com meu primo da minha cabeça.

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No meu apartamento, estava trabalhando em um artigo para o doutorado. Pela janela do escritório, via os primeiros raios de sol da primavera anunciando o fim do inverno. Fazia tempo que não vinha ao Brasil. Primeiro com a pandemia, depois com o aumento estrondoso no valor das passagens aéreas, fui adiando cada vez mais a data do meu retorno. Meus pais cobravam a todo momento pela minha volta, até que prometi viajar para participar do aniversário de 60 anos da minha mãe.

“E como será que está o Jorginho?". Desde quando soube que meu primo tinha se assumido, não tive mais notícias dele. Resolvi então xeretar no seu perfil no Instagram. Quando voltei para Londres, vivia vendo as fotos dele para matar a saudade, mas já fazia alguns meses que tinha silenciado as notificações, para evitar a tentação.

Meu Deus, que delícia foi ver aquele molecão de novo! Todo mundo sabe que a vida não se resume ao feed do Instagram, mas pelas fotos ele estava mais lindo do que nunca! E mais importante, o Jorginho parecia estar radiante de felicidade! Tinha saído de casa e conseguido um emprego novo em uma puta empresa de materiais esportivos. Um trampo que achava a cara dele! Além disso, descobri que estava namorando com um cara. Muito gato, por sinal! Encontrei várias fotos dos dois juntos, jovens e alegres, viajando por aí e curtindo a vida. Fiquei besta de ver como meu primo parecia maduro. Não guardava mais aquele ar de menino, estava um homem feito!

Decidi enviar uma mensagem, pedindo desculpas pela falta de contato nos últimos tempos. Fiquei com medo dele me responder de forma seca por conta do meu sumiço. Por isso me alegrei quando, poucos minutos depois, recebi sua ligação:

-Fala Rafa! Quanto tempo! Espero que não esteja muito tarde por aí. Como andam as coisas?

Ouvir aquela voz depois de tanto tempo me fez arrepiar todo:

-Oi primo! Por aqui tudo certo! E você, o que me conta? Pelo o que tenho visto parece que está numa boa fase, hein?

-Ah, não tenho do que reclamar mesmo!- ele respondeu rindo.

-Que ótimo, gatinho! Escuta, logo vou passar um tempo no Brasil…o que acha da gente se encontrar?

Já tinha ajustado as expectativas, agora sabendo que ele estava namorando. Mas nunca se sabe, né?

-Óbvio, Rafa! A gente tem muito o que conversar!

-Pois é, vi que tá até de boy novo! Tô muito feliz por você!

-Viu só? O Rodrigo é demais. Ele me lembra você, inclusive…

-Ah, bom saber que você tem boas lembranças do seu primo mais velho!- decidi flertar um pouco, só por brincadeira- também lembro com muito carinho de você…aliás, você continua brincando de vez em quando com uma cenoura, em nome dos velhos tempos?

Ouvi uma gargalhada gostosa do outro lado da linha:

-Porra, só você mesmo para me fazer lembrar dessa história! Mas agora aposentei a cenoura…arranjei coisa melhor!

-Hmm, imagino. Tipo o pau do seu namorado.

-Sim, mas não só…olha lá no Whats, você vai ter uma ideia.

Abri o WhatsApp para conferir o que ele tinha me mandado. Era um vídeo, que demorou para um pouco para carregar. Quando consegui abrir, fiquei de queixo caído!

O vídeo mostrava meu primo, com aquele corpão maravilhoso, sentando peladinho em um consolo! Mas não era um “consolinho” não! Era um pau de borracha gigante, que chutando por baixo deveria ter uns 25cm! O cuzinho dele estava todo lubrificado, engolindo aquela tora como se fosse nada! Do pintinho duro, caíam fios de pré-gozo. E a cara? A mesma de garoto guloso que eu me lembrava!

-JORGINHO!- falei voltando pra ligação- Cacete moleque, você sempre me surpreende!

-Eu sabia que você ia gostar! O Rodrigo que comprou pra mim, dizendo para eu usar quando ele tivesse fora!

-Já vi que esse Rodrigo é dos meus…

-Aliás, sabia que nosso relacionamento é aberto, Rafa?

-Ah é?- a conversa estava caminhando melhor do que eu pensava

-É sim...ah, e sabe que eu lembrei aqui de uma coisa? Posso te contar?

-E você ainda pergunta, bobo?

- Hmm, é o seguinte: você sabe que depois da nossa última transa, quando você já tava dormindo, fui checar no espelho do banheiro se você tinha feito mesmo o rombo que eu tinha te pedido. E juro, Rafa…fiquei chocado de ver como estava arregaçado! O Rodrigo fode gostoso demais, mas me deixar larguinho, arrombado daquele jeito?

Ele fez uma pausa dramática antes de continuar:

-Ah Rafa, isso só você sabe…

Aquela foi a gota d’água. Parei tudo o que estava fazendo para comprar as passagens de volta pro Brasil.

O ninfetinho do meu primo não perdia por esperar!

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Espero que tenham gostado do final, pessoal! Não deixem de votar e comentar :)

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Foto de perfil de Rafa PortoRafa PortoContos: 24Seguidores: 98Seguindo: 8Mensagem Para sugestões/críticas construtivas, pode mandar uma mensagem para rafaporto2424@gmail.com. Ou manda uma mensagem no Twitter: https://x.com/RafaelPort53371

Comentários

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Rafa, o conto é todo perfeito, como todas as partes que eu li. Não sou de ler séries, mas as suas são especiais. Mas a frase que me comoveu e que me marcou foi: "Você é muito lindo para ser infeliz." Eu diria que a vida é muito curta para a gente ser infeliz. Adorei essa sua mensagem no texto. Eu estou com um Jorginho assim atualmente, só que o meu é moreno, mas está muito bom e enlouquecedor. Não dá pra negar: A beleza é algo que impacta, comove a gente.

Eu já participei de alguns desafios aqui do site, por uma série de motivos chatos eu não participo mais, mas ainda leio alguns autores que gosto e que participam. Não poderia deixar de ler o seu. Já li outros, mas não preciso de mais leituras para dizer com certeza que o seu É O MELHOR... Parabéns rapaz!!! Gosto dos seus Textos!⭐⭐⭐

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Tito, além de você nos brindar com seus textos maravilhosos e ser muito gentil nos comentários, você nos mata de inveja falando desse seu Jorginho aí! Hahaha

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...🤣🤣😂😂...Se vc vir a figura...😍🥰🥰

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Tito, você não tem ideia do quanto suas palavras me honram! Obrigado pela gentileza e consideração! Acredito que não há nada mais gratificante do que quando um leitor revela ter se comovido com algo que escrevemos. Fico feliz que minhas modestas palavras tenham te sensibilizado de alguma forma :)

E sim, a beleza (em todos o sentidos) é algo que arrebata. Achei demais saber que, pelo jeito, esteja tendo muito dela na sua vida hahaha

Grande abraço!

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Rafa, que delícia de série. Sua escrita é ótima de acompanhar! Cheguei agora… Foi a primeira série sua que li. Vim pela indicação de um amigo 😉 e ele foi certeiro na recomendação! Parabéns!

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Opa, muito obrigado querido! Feliz demais que você seguiu a dica do teu amigo (que aliás, tenho alguma ideia de quem se trata hahaha).Fique sempre à vontade para ler e comentar ;)

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Gente. Vocês dois conversando assim...não ia dizer nada, mas me deu um tesão 😈

Hahaha!

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delicia demais os 4 capítulos, deu vontade de imaginar um 5º do menage entre os primos e o namorado

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Olha só, é uma ideia! Quem sabe mais no futuro não faça um conto bônus dos primos hahah

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Gozei em cada um dos 4 capítulos dessa série

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Adorei saber disso hahah

Teve alguma parte que gostou mais? ;)

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A foda deles na praia!! Mas...o penúltimo só protetor solar tb me fez bater uma mto gostosa 😈

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Rafa. Pelamor. Que série gostosa foi essa?! E esse capítulo final (com gostinho de quero mais)?? Tesudo e bonito, sério e safado, na medida certa! Tem umas cenas tão bonitas que parecem de livro. Adorei acompanhar essa história dos primos, ainda mais pq foi por ela que te conheci, né? Vou continuar acompanhando todos seus contos! 😉

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Ah J, assim eu fico até sem jeito kkk só tenho a agradecer pelo carinho! Que bom que curtiu a série! Também adorei te conhecer por meio desses primos 😊 e fica ligado, porque como você bem sabe, ainda tem muita história pra contar;)

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Ah, se sei! Mal posso esperar! Hehehe

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Listas em que este conto está presente

Desafio 10: Juventude e maturidade
Lista com os contos participantes do desafio Juventude e Maturidade, em que histórias de pessoas em faixas etárias diferentes se relacionam de múltiplas formas.