Triângulo Amoroso - Capítulo XXIII

Categoria: Heterossexual
Contém 3648 palavras
Data: 29/05/2024 20:51:29

O REFÚGIO DE LAURA

Márcia estava tentando dormir e só conseguia mesmo ficar se virando na cama de um lado para outro. Lukas já tinha vindo se deitar e ela não podia saber se ele já dormira ou não porque ele estava deitado de lado com as costas virada para ela.

Foi nessa hora que a tela do seu celular acendeu e o som de chamada soou estridente demais no silêncio da noite. Ela esticou a mão para pegar o celular sem conseguir esconder sua irritação, pois ela nunca havia recebido uma ligação nesse horário e só podia ser engano. Mas toda a irritação se transformou em preocupação quando ela viu o nome de Alberto exibido na tela.

Márcia, antes de atender, ainda olhou a hora no próprio aparelho e viu que passava vinte minutos da meia noite e arrastou o dedo pela tela para arrastar o botão de atender, mas mudou de ideia e olhou apreensiva para o Lukas, Ela sabia que teria problemas com aquela ligação e por isso mesmo fez questão de falar alto para que ele, caso estivesse acordado, soubesse logo quem estava ligando:

– O que o Alberto está pensando para me ligar numa hora dessas.

Ela estava certa. Imediatamente, após ela falar isso, Lukas se virou para ela e a encarou sem dizer nada. Nos olhos um desafio para saber se ela ia atender ou não.

Márcia analisou o problema. Alberto nunca havia ligado para ela em um horário impróprio. Aliás, ele só recebia ligação dele quando estava em casa e ele avisava que estava chegando ao apartamento, mas isso acontecia quando estava tudo bem e ele ia até lá para transar com ela na frente de Lukas. Fora isso, algumas poucas ligações para pedir alguma coisa relacionada ao serviço dela. Pensando nisso achou que poderia ser algo importante e resolveu atender, porém, no exato momento em que ela completou o gesto que permitia que a ligação fosse completada, o telefone ficou mudo. Alberto havia desligado. Apreensiva, ela falou para o marido:

– Ele desligou. O que será que ele quer? Será que é importante?

– Deve ser sim, muito importante. – Respondeu Lukas sem ocultar o sarcasmo e depois disparou: – Vai ver ele está com vontade de te convidar para ir a um motel. Aquele traidor.

Márcia não sabia se dava um soco no Lukas ou se ria do jeito dele. O rapaz resolvera que somente o Alberto era o culpado pela traição que ele alegava. Não adiantava nada ela ter dito a ele centenas de vezes que a culpa era dela também que seu jovem marido sempre dava um jeito de transferir a responsabilidade toda para o amante. Mas ela resolveu fazer mais uma pergunta:

– E agora? O que eu faço? Será que é importante? Devo ligar para ele?

– Não sei. Você que sabe.

A irritação de Márcia cresceu ainda mais. Ela pensou e concluiu que qualquer homem no lugar do Lukas naquela hora ia aproveitar para ofender a ela a acusando de estar querendo sair com o Alberto. Mas ele não. Em vez de fazer alguma acusação e partir para o ataque, ele agia com uma frieza irritante. Marcinha preferia mil vezes que ele a chamasse de puta traidora, que dissesse para ela devia ligar porque estava doida para ir foder com seu amante ou qualquer coisa do gênero, mas não. E ela não sabia se aquela frieza era a forma que ele encontrara para puni-la e, se fosse isso, ele estava conseguindo seu objetivo. Aquela forma de agir dele era pior que ofensas ou uma briga daquelas em que trocam ofensas pesadas. Mas nada disso acontecia. Recebia apenas aquele tratamento frio da parte dele e, na maior parte do tempo com ele só lhe dirigindo a palavra quando não tinha como evitar.

Sentindo seu corpo ferver de raiva, já estava inclinada a ligar para o Alberto achando que se fizesse isso a reação de Lukas seria diferente quando o telefone voltou a vibrar em sua mão enquanto o som da chamada enchia o quarto do casal.

Ao aceitar a chamada ela tomou uma decisão com relação ao seu marido e colocou a ligação no ‘viva voz’. Mal fez isso e, antes de dizer qualquer coisa, ouviu-se a voz de Alberto:

– Desculpe estar te ligando nessa hora Márcia. Mas eu preciso de sua ajuda.

– Tá. Pode falar. – Falou Marcinha olhando para o Lukas para ver a reação dele durante a ligação e viu que ele a encarava com um olhar de menino amuado.

Imediatamente o Alberto começou a se explicar:

– Márcia. A Laura sumiu. Ela foi vista no escritório logo de manhã e depois foi até o Tribunal de Justiça. Depois disso ninguém mais a viu. Você sabe me dizer aonde ela pode ter ido?

– Não sei Alberto. Sinto muito. Tudo o que posso dizer é que quando cheguei ao escritório de manhã ela não estava mais lá. E ela não ligou para mim e nem mandou mensagem durante todo o dia.

– Nada? Nenhum recado?

– Nada. – Então ocorreu à Márcia que isso era estranho. Nas duas semanas que ela atuara como sua secretária sua chefe jamais deixava de lhe informar aonde ia. Quando ela estava fora do escritório e resolvia ir para outro local sempre ligava ou, quando não conseguia isso, mandava uma mensagem. Então ela comentou sobre isso com o Alberto.

– Você não notou nada estranho?

– Não Alberto. Me desculpe. Se eu estivesse prestado atenção nesse detalhe poderia ter comentando com alguém ainda durante o dia e talvez isso pudesse ser útil.

– Não se preocupe com isso. Você está trabalhando com ela faz duas semanas apenas. Se fosse mais tempo você teria notado que isso não era normal.

Houve um curto intervalo quando nenhum dos dois disse nada. Márcia voltou a olhar para o marido e percebeu que ele estava mais atento á conversa. Então a voz de Aberto voltou a soar.

– Você se lembra de ter acontecido alguma coisa diferente nesses últimos dias? Tipo se ela estava nervosa, irritada ou se teve alguma discussão com alguém, mesmo por telefone?

– Não. Nada. Tem sido normal. Ah! Ontem nós examinamos juntas a agenda dela e tinha uma audiência no Tribunal do Júri para hoje. Talvez ela tenha ido para lá e depois se dirigiu a outro lugar

– Eu já verifiquei isso. A primeira coisa que fiz foi entrar na sua sala e verificar a agenda dela. Quando vi que tinha essa audiência liguei para o cliente que me pareceu insatisfeito com ele. Chegou a comentar que a atuação dela durante a audiência mais atrapalhou do que ajudou.

– Meu Deus! Não acredito! E agora? Como agir em uma situação assim?

– Não se preocupe. Não houve danos. Amanhã mesmo vou pedir para alguém dar uma olhada no processo para ver se é necessária alguma providência. O problema agora é saber aonde a Laura se enfiou. Eu já estou preocupado. Antes de ligar para você verifiquei com todos os parentes e amigos e já tem gente aqui tentando ajudar. Acho que vou comunicar o fato à polícia.

Uma voz ao longe, confirmando que o Alberto estava sim acompanhando seja lá aonde ele se encontrasse, se fez ouvir alertando a ele que uma pessoa só é dada como desaparecida depois de vinte quatro horas de ela ter sido vista pela última vez. Mas a preocupação de Marcinha agora era com Laura e Alberto. Não era normal ela desaparecer assim e ele devia estar realmente muito preocupado. Melhor dizendo, apesar de seu esforço em manter a calma, a forma atropelada que ele falava indicava que ele estava entrando em desespero.

E essa era a primeira vez que ela convivia, embora à distância, com um Alberto que não demonstrasse a calma e a segurança que sempre estava presente em seu comportamento e que fazia dele um homem muito gentil.

Ela se lembrou de que, mesmo quando insistia para que Alberto a fodesse com violência e ele atendia ao seu desejo, ele conseguia fazer isso sem deixar de ser gentil. Ou seja, ele a obedecia, porém, jamais passava do ponto e jamais havia dado a ela dor maior do aquela que ela estava desejando em sua ânsia de ser usada e gozar muito,

Depois disso o Alberto agradeceu e desligou. Marcinha então olhou para seu marido e seus olhares se encontraram por um breve tempo e depois ele se virou de costas para ela que, diante da frieza demonstrada por Lukas, esqueceu momentaneamente do problema que Alberto estava enfrentando e pensou:

“Quer dizer que você vai ficar fingindo que eu não existo. A não ser, é lógico, quando a lembrança do Alberto se torna presente? Então tá. Depois não vá reclamar que foi você que pediu”.

Depois disso Marcinha apagou a luz do abajur que acendera ao atender ao telefone e logo depois estava dormindo. A ideia que acabara de ter lhe dera esperança de que faria com que seu marido mudasse de atitude e isso lhe deu a calma suficiente para dormir.

Mas o plano que se formou em sua cabecinha fértil teve que esperar. O problema do desaparecimento de Laura se mostrou bastante grave e ela acabou se envolvendo nisso mais do que pretendia.

A quarta-feira de Márcia foi um dia tenso. Logo ao chegar ao escritório Márcia se deparou com seu primeiro desafio. Os advogados contratados que já estavam a par do sumiço de Laura andavam de um lado para outro como baratas tontas sem saberem o que fazer. Para piorar a situação, logo o Alberto se juntou a eles e foi apenas mais um a participar daquele clima de confusão e incertezas. A frase que ela mais ouvia era sobre o que eles fariam para resolver esse ou o caso que discutiam.

Aquela atitude de todos poderia parecer normal, porém, ver o Alberto agir da mesma forma fez com que Márcia se sentisse muito estranha, afinal, sempre a pessoa calma e centrada, era sempre ele que aparecia com as soluções para tudo. Mas aquilo servia para que a secretária ficasse a par do quanto à ausência da esposa estava afetando a ele e foi por entender isso que resolveu interferir, já que ninguém estava agindo de forma a resolver qualquer coisa.

Então ela seguiu o Alberto que havia entrado na sala de Laura acompanhado de dois advogados enquanto outros dois ficaram sentados em frente a sua mesa olhando um para o outro. Ela entrou no escritório, pegou a agenda de Laura e correu os dedos sobre as anotações dos compromissos e foi perguntando para os dois advogados:

– Qual de vocês se sai melhor nesse tipo de processo.

Ambos hesitaram e ela olhou para o Alberto vendo que ele não parecia estar em condições de tomar uma decisão quanto a saber quem seria o advogado indicado. Isso se explicava por ter ele sua própria equipe e não ter muitos contatos com aqueles que trabalhavam juntos com a esposa.

Percebendo isso, Márcia viu que tinha que mudar o enfoque e pensou um pouco, logo chegando a uma conclusão. Ela se lembrou de que, entre todos os advogados que trabalhavam com Laura, a que ela mais procurava quando aparecia um caso novo era Eunice, uma mulher de quarenta anos e uma das servidoras mais antigas daquele escritório. Então, não teve dúvidas e chamou a mulher que era uma das duas pessoas que estavam sentadas diante de sua mesa na sala de recepção.

A mulher entrou e, sem consultar ninguém, ela empurrou a agenda para ela e falou:

– Esses são os compromissos de Laura para hoje. Decida quem entre vocês é melhor para acompanhar a cada um desses compromissos e dê a eles o suporte necessário para isso.

Depois se virou para o Alberto e falou:

– Deixe por conta da Dra. Eunice que ela resolve. Enquanto isso veja o que você consegue descobrir sobre a Laura.

Diante da surpresa pela desenvoltura apresentada por Márcia, ele apenas perguntou para a advogada se ela concordava com a sugestão da secretária e a mulher concordou com bom humor:

– Pareceu mais uma ordem que uma sugestão. Então só me resta obedecer.

Alberto então saiu dali e foi para a sua própria sala e, chegando lá, pediu para que a secretária chamasse o advogado em quem depositava mais confiança e fez a mesma coisa, pedindo para que ele o substituísse.

Depois disso, sabia que tinha que começar a agir, porém, não tinha a ideia de onde começar. Mesmo assim, sabia que tinha feito a coisa certa, pois não estava em condições de produzir nada de útil. Então decidiu que não podia mais adiar o desconforto de ir conversar com os pais de Laura e lhes informar sobre o sumiço dela.

[]

Apesar de simplesmente desaparecer da vista de todo mundo, Laura não foi muito longe. Naquele dia, depois de deixar a cidade de São Paulo para trás ela desceu a serra com destino ao litoral usando a rodovia Mogi/Bertioga e foi até o Balneário conhecido pelo nome de Balneário de São Lourenço aonde ela e Alberto tinham uma residência. Chegou lá no início da noite, tomou um banho e pediu uma pizza que consumiu pela metade. Depois ficou sentada em uma ampla varanda diante de uma piscina pensando na vida.

A pergunta que Laura se fazia era o porquê seu marido a traíra daquela forma. Ela nunca tinha dado motivos para ele e, tirando uma aventura que tivera quando ainda solteira, jamais transara com outro homem que não fosse o seu marido, sempre sendo fiel a ele. Ela dedicara a ele e aos filhos toda a sua vida, trabalhava com afinco para ajudá-lo a ter uma vida confortável e sempre o apoiara em todos os seus desejos. Então não havia uma explicação para ser traída daquela forma.

O estranho era que, por mais que se esforçasse, não conseguia sentir raiva de Márcia. Para ela, seu marido era a pessoa mais velha naquela relação, era o mais responsável e tinha por obrigação evitar que algo assim acontecesse. Ela não entendia, inclusive, como é que eles tinham chegado àquele ponto, pois a diferença de idade entre eles era muito grande, isso sem falar no grau de parentesco entre os dois.

Isso tudo fazia, segundo pensava Laura, que o Alberto tinha a obrigação de proteger a menina e, em vez disso, ele se aproveitara do fato de ela ter se sentido agradecida e a seduziu.

Nesse ponto, Laura retroagiu em sua vontade de culpar o marido por tudo, pois ela conhecia o Alberto o suficiente para saber que ele jamais se aproveitaria disso para abusar da garota. Não o seu marido gentil, honesto e sempre demonstrando possuir um caráter impoluto.

Então, qual seria o motivo que levou a garota a aceitar o assédio de um homem que tinha a idade para ser o pai dela e transado com ele?

Todos esses pensamentos rodavam na cabeça de Laura e sempre ela voltava para o ponto de partida e deixava que seus pensamentos evoluíssem novamente pelo mesmo dilema e sempre chegando ao mesmo ponto, porém, nesse ponto, não encontrava nenhuma explicação.

Além disso, Laura ficava imaginando como ficava o marido de Marcinha, o Lukas, naquela história. Como é que aquele rapaz recém chegado do interior e criado em uma zona rural iria encarar o fato de estar sendo traído pelo homem que o ajudara a se estabelecer na cidade grande? Qual seria sua reação diante de tamanha traição? O fato de ser uma pessoa simples e criadas em uma zona rural assustava Laura que temia pela integridade física de seu marido.

Laura só conseguiu dormir a custa de uma dose grande de remédio e acordou no outro dia se sentindo tonta em virtude da ingestão das drogas. Porém, ela chegou à conclusão de que tinha fugido de São Paulo para poder pensar a respeito de sua situação e que até aquele momento seus pensamentos não tinham servido de nada. Ela precisava decidir o que fazer e sabia que as opções iam desde a forçar seu marido a se afastar de Márcia ou então ela se afastar dele. Entre esses dois extremos, passavam algumas coisas que ela sabia que não seria capaz de fazer, entre elas, a de confrontar publicamente ao seu marido ou à sua amante.

O estado de Laura foi se tornando mais ameno durante o correr do dia até que ela resolveu parar com aquela roda viva que atormentava sua cabeça, sempre voltando ao mesmo ponto e pensar de outro jeito e assim resolveu reconstituir a trajetória da presença de Márcia na vida de seu marido. Então voltou com seu pensamento ao dia do casamento da garota e não se lembrava de nada que pudesse ser um indício de que alguma coisa surgiria entre eles. Depois recapitulou passo a passo a visita deles durante a viagem de lua de mel que eles desfrutaram como sendo um presente de Alberto para o jovem casal. A única coisa que lhe chamava a atenção era o jeito que a garota abraçou seu marido quando voltou da viagem. Ela imaginou se quando eles chegaram do interior tinha acontecido a mesma coisa, porém, ela não estava presente e por isso não podia dizer nem que sim nem que não.

Aquele abraço, na época. Foi entendido por Laura como sendo o entusiasmo com a garota diante de um presente de tal forma inusitado que a deixou muito feliz. E até agora, depois de conhecer a verdade, ela ainda acreditava que era isso mesmo.

Depois veio a mudança do casal para a cidade grande. Só que, a partir daí, Laura não podia dizer muita coisa, pois ela praticamente ficou à margem naquele relacionamento familiar entre seu marido e a filha do primo dele, deixando por conta do Alfredo todas as providências para instalar o casal e fazer de tudo para que eles se acostumassem com a cidade, cuidando de suas necessidades mais urgentes e até mesmo de empregos para eles.

A presença de Marcinha no escritório de advocacia do marido nunca chamou a atenção. Lá, a garota sempre agiu com discrição e ela acreditava ser a única que prestava atenção nas transformações que ela passava, deixando de ser uma jovem recém casada chegada do interior e se transformando em uma bela mulher. Bela e sensual.

Ao se lembrar das transformações sofridas por Márcia, Laura não conseguiu evitar que seu pensamento se desviasse para um detalhe no qual ela não havia pensando, ou seja, de como o seu marido devia se sentir sendo o homem que tinha para si aquilo que todos os homens à sua volta desejavam, pois Marcinha se transformara, a cada dia, em um pedaço de mau caminho e não havia homem que não a desejasse. Assim como muitas mulheres deviam ter esse mesmo desejo para com ela.

“Meu Deus! Olha onde meus pensamentos estão indo. Que loucura.” – Pensou Laura sem conseguir evitar em imaginar como seria aquela beldade nua.

Fechando os olhos, ela teve um vislumbre de Marcinha e seu marido na cama. Em sua cabeça, ele agia com a garota da mesma forma como tinha agido com ela depois de algumas mudanças, mostrando ser o homem que tomava as iniciativa naquela relação e que não pedia nada, apenas ia pegando tudo aquilo que desejava.

“Será que ele já comeu aquela bundinha carnuda e redondinha dela?”

Novamente Laura se reprendeu desse pensamento, porém, enquanto tentava direcionar seu pensamento para qualquer outra coisa, não conseguiu evitar a visão de Marcinha de quatro sobre a cama enquanto Alberto fodia seu cuzinho. Isso a deixou preocupada, porém, ao sentir sua buceta ficar molhada com aquele pensamento ela praticamente entrou em desespero.

Sabendo que precisava parar com aquilo e que tinha que voltar a trabalhar na tentativa de encontrar uma forma prática de acabar com aquela relação e ter o seu marido de volta, Laura tentou não pensar no assunto, porém, seus instintos tomaram o controle do seu tempo e, antes que ela percebesse, sua mão descia por sua barriga, entrava sob o moletom que usava e, ainda por cima da calcinha, fez pressão com a mão espalmada sobre a sua buceta sem conseguir evitar o gemido que nasceu em seus lábios. Sabendo que estava sozinha, Laura deu vazão aos seus desejos e, lembrando-se dos prazeres maravilhosos que seu marido havia lhe dado nos últimos tempos, se permitiu ficar nua, deitou-se no sofá e ficou tocando sua xoxota, com o polegar esfregando o seu grelinho enquanto enfiava dois dedos e os movimentava com violência em sua buceta molhada.

Laura teve um orgasmo tão forte que permaneceu inerte sobre o sofá até ser dominada pela magia do momento e, por ter gozado daquela forma, teve um breve cochilo.

Quando despertou sentia-se faminta. Aqueceu no forno micro-ondas o resto da pizza que sobrara da noite anterior e se alimentou. Depois, ainda desanimada pelo fato de ainda não saber como agir, foi para o quarto e acabou sendo dominada por um sono profundo.

Acordou no início da noite e a primeira coisa que pensou é que já se escondera por muito tempo. Então pegou o celular, ligou para o número do marido e, sem dar chance que ele fizesse muitas perguntas, disse-lhe que estava bem e que retornaria para São Paulo na tarde do domingo e depois desligou. Apenas não desligou depressa o suficiente para ouvir o marido dizendo>

– Graças a Deus a Laura está bem! Ela não quis dizer aonde se encontra, mas prometeu voltar para casa no domingo.

– Que bom Alberto. Assim pelo menos você não fica tão preocupado.

A voz de Marcinha soou inconfundível ao seu ouvido. Mas o que a deixou mais assustada não foi saber que seu marido estava, naquele justo momento, ao lado de sua amante. O que realmente a preocupou é que essa informação causou nela um efeito inesperado, pois em vez de ficar possessa ao saber disso, ela ficou tranquila e até deu um sorriso malicioso. Era como se aquilo fosse inevitável e, por não poder ser evitado, tornara-se normal.

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 60 estrelas.
Incentive Nassau a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Foto de perfil de Almafer

Uau Nassau o que vai acontecer amigo já estou louco pela continuação parceiro nota um milhão parabéns kkkkk

0 0
Foto de perfil genérica

Não estou gostando muito do rumo que as coisas estão tomando. Mas como é o Nassau que escreve tenho um grande prazer em ler...

Obrigado Nassau!

0 0
Foto de perfil genérica

Rapaz....tá tomando uma outra direção esta história....mas me parece que pode virar um trio e não um quarteto....pois parece que o marido da Marcinha ficará sobrando.....mas ei de vermos......ta bom d+ esta história....

0 0
Foto de perfil genérica

Capitulo com algumas surpresas, principalmente em relação a reação ou falta dela por parte da Laura.

tudo levava a crer que ela teria uma reação diferente, mas me surpreendeu como até agora ela esta lidando com tudo do isso, principalmente se excitar em imaginar o marido transando com a amante

0 0
Foto de perfil de joão_88

Jurava que o Alberto era divorciado, ao menos foi o que havia entendido dos primeiros contos

0 0
Foto de perfil genérica

Talvez você tenha confundido.

Eu explico.

Escrevi uma versão desse conto aonde o cara que se envolve com o casal Lukas e Marcinha se chama Durval e sim, ele é divorciado.

Porém, essa continuação não é da versão que eu fiz. Essa continuação é da versão original e lá está bem claro que o Alberto é casado com a Laura.

Inclusive, no último capítulo o autor faz uma consulta a respeito de incluir a esposa na relação deles.

Como isso foi a quase dez anos e ele não continuou, tomei a liberdade de escrever a continuação e terminar a história.

1 0
Foto de perfil de joão_88

Ah, tá entendi. Agora que vc falou realmente lembrei kkkkkk

Vi seu comentário abaixo, e pode ter que o conto está muito bom.

0 0
Foto de perfil de Will Safado

"Pelo visto, o trisal virará um quarteto. Gostei disso."

0 0
Foto de perfil de Hugostoso

Poha Nassau, vc é Phóda, que capitulo!

0 0
Foto de perfil genérica

Na verdade não gostei muito não.

Vou ter que me esforçar para melhorar esse conto.

Prometo tentar.

De qualquer forma, obrigado. Vou considerar um incentivo.

2 0
Foto de perfil genérica

Que é isso cara. Vc está no caminho certo. Criando novas perspectivas pra sair da mestiça de um conto que já é espetacular. Continue nessa linha que, com certeza vai ter muita novidade boa e novas emoções. Parabéns. Avante sempre.

0 0
Foto de perfil de Hugostoso

👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼

1 0