Cuckold: da fantasia à dura realidade de uma traição (5ª parte)

Um conto erótico de Lael
Categoria: Heterossexual
Contém 2510 palavras
Data: 09/05/2024 14:15:31

Minha cabeça estava um trevo com tudo o que vinha ocorrendo em meu casamento, dentro desse contexto, certamente, não raciocinei direito e acabei beijando Kate que mais que depressa, se jogou em meu colo, roçando em mim, desesperada para trepar, quis me levar para dentro de sua casa, pois apesar da rua ser praticamente deserta, seria uma loucura fazer ali em plena luz do dia.

Entretanto, percebi que aquilo seria um erro, acabei desistindo, não quis entrar em sua casa e me desculpei por minha atitude impensada, o que a deixou muito decepcionada e até irritada. No fundo, tinha um tesão imenso nela, suas cenas de nudez quando era atriz deixavam qualquer um babando, mas tinha que agir com sensatez, me envolver com outra sem ter certeza de que estava mesmo sendo traído, poderia ser um tiro de 12 no pé.

Voltei para casa, tomei um banho e fiquei refletindo sobre confrontar Elaine logo ou seguir naquela agonia de ter a quase certeza de que era corno. Triste e revoltado, fiz algo que não fazia desde os meus 18 anos: ingerir álcool. Em meu primeiro ano na faculdade, tomei um porre, aprontei mil e uma e fui parar no hospital, foi o suficiente para saber que não deveria beber mais. Porém, 20 anos depois, lá estava eu abrindo uma boa garrafa de vinho que Elaine gostava de tomar sempre uma taça ou duas, à noite.

Após a 3ª taça, olhei para o relógio, já eram 15h e ela ainda não tinha voltado:

-Tenho certeza de que a essa hora, ela está gemendo na rola do Jonny, já devem estar na segunda e o trouxa aqui, sofrendo. – Disse para mim mesmo.

Pouco depois, ouço a porta se abrindo, era Elaine que me cumprimentou rapidamente e subiu para tomar um outro banho, pois, com certeza, no motel ou no local em que estava com seu amante, já havia tomado um, já que sempre voltava impecável. As mulheres sabem esconder uma traição bem melhor do que os homens, dizia um amigo meu.

Virei mais três taças de vinho bem cheias e subi para falar com ela. Elaine saiu do banho com um hobby vinho, ostentando uma expressão de felicidade e paz, enquanto eu a olhava com ódio, numa vontade imensa de agredi-la ou de simplesmente começar a chorar. Minha esposa, sem imaginar o verdadeiro furacão de sentimentos que me chacoalhava por dentro, me disse com naturalidade:

Nossa! Tô exausta! E você, já escreveu seu artigo de amanhã? Depois me deixa ver.

Até a sua pergunta sobre meu artigo me soou como falsa, um gesto de piedade de ler o que sairia no jornal no outro dia, provavelmente para disparar alguns elogios e achar que assim eu ficaria feliz com algumas migalhas de atenção. Insegurança ou não, aquilo me irritou de vez:

-Acho que sei bem porque está cansada, estava com teu amante até agora, não é mesmo? Aquele que você finge ser de mentira quando transamos, mas que é bem real.

Elaine deu um leve salto e desviou o olhar:

-Que conversa é essa, Gabriel?! Tá maluco?!

Minha esposa olhou para mim e talvez pela minha cara ou pelo meu tom de voz, percebeu que eu tinha bebido:

-Peraí, não tô acreditando, você bebeu?! Que novidade é essa?

-Foda-se se eu bebi umas taças de vinho, mas isso não muda a verdade, você está tendo um caso com outro há vários meses.

-Vamos lá, me explica com calma, o que te levou a beber?

-Você! Sua putaaaaaaaa!!

Elaine sempre fora uma mulher de personalidade forte e após o sucesso de seu programa, estava ainda mais senhora de si. O apelido leoa por sua imponência e beleza tinha pegado entre o público e até propagandas dela usando esse apelido, foram veiculadas. Foi por isso, que minha mulher não demonstrou receio quando a confrontei.

-Olha aqui! Vou mandar fazer um café bem forte, você vai descansar e depois conversaremos sobre suas ofensas e sobre esse pileque, mas já vou avisando que não tolerarei chegar em minha casa e ser ofendida ainda mais por quem já encheu a cara.

-Sua casa! Olha como ela fala! A dona de tudo! A leoa! Eu sou o quê? Um hóspede inconveniente de quem você irá se livrar se não parar de te aborrecer?

-Claro que não, Gabriel! Deixa de vitimismo, até porque metade do valor dessa casa foi comprada com seu dinheiro. O ponto aqui é outro, sua bebedeira e ofensas.

Sabe por que eu bebi? Sabe? – perguntei indo até Elaine, num gesto meio que atrapalhado arranquei seu hobby e caí de joelhos de frente à minha esposa, ela ficou nua, mas permaneceu inerte, me olhando, vi aquele corpo perfeito, os seios que nem pareciam já ter amamentado, as curvas maravilhosas de uma mulher alta, a boceta com pelos negros no formato de retângulo, fiquei hipnotizado por alguns segundos, tive vontade de agarrá-la, chupá-la e fodê-la, mas meu ódio foi maior.

-Não quero mais saber dessa agonia, se você estiver tendo um caso, vamos nos separar, só lamento pela Aninha que vai sofrer muito, pois é mais agarrada a mim do que a você. Quando ela está doentinha, com medo, com sono, vem perto de mim, e se você estiver trepando com outro, nossa filha também pagará pelo teu erro de vagabunda!

Elaine caminhou nua pelo quarto e foi pegar um conjunto de lingerie para vestir:

-Quando você estiver sóbrio, conversaremos. Deite-se aí e descanse. Nem pense em descer e fazer uma cena, mamãe, Aninha, a empregada e eu não merecemos.

Eu não estava tão bêbado assim, mas decidi ficar na minha até que o efeito do álcool passasse. Apesar da pose de leoa de Elaine, notei um certo medo em seus olhos, eu a conhecia bem, era uma mulher que raramente demonstrava fragilidades, nas poucas vezes que a vi chorar em 8 anos, foi sempre de maneira discreta, sem desespero, gritos ou melodramas, porém seu olhar demonstrava que havia algo errado.

Entretanto, após o efeito do álcool passar, me bateu um tremendo medo de Elaine me deixar. Tranquei-me no banheiro e passei a chorar, dividido: se fosse até a sala confrontá-la, a mesma poderia abrir o jogo e pedir o divórcio, o que me destruiria emocionalmente, por outro lado, talvez ela explicasse todos os atrasos, prometesse fazer essas reuniões em nossa casa, sei lá.

Apesar do medo, após o jantar e nossa filha ir dormir, fui falar com Elaine.

-Agora, a gente vai ter a conversa que venho adiando há um bom tempo.

Elaine fechou o livro que estava lendo com toda calma do mundo (seu jeito tão elegante de agir, se no passado me fascinava, àquela altura me dava ainda mais raiva por mostrar uma superioridade que poucos tinham).

-Pois bem, agora que está sóbrio, explique-me o que foi o show de hoje. Estou ouvindo.

-Há muitos meses suspeito que você esteja tendo um caso, essas voltas para casa bem depois do horário normal; seu modo de agir na cama deixou de parecer uma fantasia e começou a me dar a sensação de que está na na verdade contando o que faz nos encontros com teu amante, só quero deixar claro que se estiver me traindo me conte logo, pois mesmo que insista em negar, se for verdade, acabarei descobrindo porque agora vou ficar na tua cola.

Elaine tinha uma segurança muito grande, mas senti que estava temerosa, porém ela tentou mudar o jogo:

-Não estou te traindo, mas gostaria de saber algumas coisas, se você desconfia há tanto tempo das minhas reuniões após os programas, por que não tomou essa atitude antes? Por não foi atrás de mim para me dar um flagrante? Não botou o pau na mesa como muitos dizem e acabou com essa dúvida?

-Porque as desconfianças foram crescendo aos poucos, é claro que quando saquei algo diferente, você já deveria estar me chifrando há alguns meses. Sobre não falar, admito que na atual situação pela qual passamos, tive medo de ser largado num estalar de dedos e ficar sem minha filha, afinal de contas, hoje você se acha a poderosa, a leoa, tem um grande salário na TV, uma imagem de elegância e charme que está na porra de todo lugar, até no outdoor aqui da Castelo Branco indo para São Paulo, mas ainda que fosse uma mulher simples, nesses casos de separação, a Justiça vai sempre a favor da mãe, salvo se for uma exceção da exceção. Talvez isso, tenha me feito adiar essa conversa.

-Sabe o que eu acho? Que talvez lá no fundinho você queira que eu esteja te traindo...Não quer que eu te largue, claro, mas que tenha um amante bom de cama, só que o machismo não te deixa aflorar mais esse desejo de ser corno e desfrutar da esposa sabendo que outro fez o mesmo.

-Não fala merda! Nunca propus nada real, sempre foi só fantasia!

-Deixa eu explicar a minha tese, num dado momento, só fantasiar ficou chato para você, então desconfiar que estou transando algumas tardes da semana com outro, fez com que te desse um tesão inexplicável, sim, porque nossas transas sempre foram boas, mas nesses últimos meses se tornaram épicas, especialmente quando mexo com você falando do meu amante imaginário ou seria real? Então, o que penso é que talvez, você tenha medo de me perder, de eu deixar de te amar e ir embora com a Aninha, mas se tivesse a certeza de que é apenas sexo, adoraria saber que me deito nos começos de tarde com outro e sou possuída em todas as posições por um amante viril, desde que eu nunca admita a verdade, é isso o que você, quer, mas tem medo de confessar? Se abra, uma coisa te garanto, não deixei de te amar um milésimo do que amava quando nos casamos e tendo ou não outro, você é o amor da minha vida.

Fiquei longos segundos olhando para Elaine, estupefato, pois ela elaborou todo um malabarismo para praticamente me obrigar a dizer que eu internamente estava amando ser corno para depois dizer: “Você já é!” E aí contar tudo. Eu deveria ter jogado o jogo e dito: “É isso mesmo, morro de tesão em saber que você está dando para outro, meu receio é só te perder”, mas não consegui disfarçar minha raiva, levantei-me bravo, cheguei a tropeçar na mesa de vidro ao cento e falei:

-Vai tomar no meio do teu cu! Eu nunca quis que você tivesse amante, não tente mudar a história, uma coisa é brincar para sair da rotina, caralho, já ouvi cada história sobre fantasia, bem mais maluca do que a minha. Conheci uma atriz doidinha que vivia pensando no pai na hora da transa, mas nunca teria coragem de fazer mesmo com ele. Fantasiar algo não quer dizer que todos querem partir para o real. Agora, deixa de enrolação e me diz, com quem você está me traindo? Vamos acabar logo com essa merda de uma vez.

Elaine percebeu que eu estava irado e mudou o tom:

-Tudo bem, só disse isso porque é a impressão que eu tenho, que você me queria transando com outro, mas, na realidade, não tenho amante nenhum é tudo paranoia sua, me admira muito, com tantos anos de TV não saber que nosso trabalho não é só quando estamos no ar, tenho um monte de coisas para discutir sobre o programa do dia seguinte e , vez ou outra, discutir valores sobre um novo comercial.

-Ah! Conta outra! Você praticamente disse há pouco, que me ama, mas tem outro.

-Eu não disse nada disso! Paranoia de novo! Vamos fazer assim, eu quero voltar às boas com você, talvez nosso casamento necessite de mais transparência e mudanças, quero acabar com a sua insegurança, vamos fazer o seguinte, todo dia, um pouco antes do programa acabar, você vai para o estúdio e me busca, se tiver reunião, fica aguardando na própria sala do meu lado, o que acha?

Confesso que essa cartada foi forte, pois Elaine saía de casa, ia para a emissora, se preparava e ficava duas horas no ar e se quando saísse do ar, eu já estivesse lá todos os dias, realmente seria impossível estar me traindo. Para propor algo assim, era porque tudo não passava de insegurança minha, mesmo assim, desconfiei que pudesse ser um blefe.

-Você diz isso porque sabe que tenho que cuidar da Aninha, não dá para sua mãe estar aqui todo dia...Ela tem as coisas dela.

-Então chama uma babá para ficar todo dia, vai em dias alternados para dar um flagrante, contrata um detetive particular...Mas para de me encher! Só peço uma coisa, nunca mais fantasiaremos sobre corno, amante etc., na cama, pois isso é que está matando nosso casamento. Essas merdas de fantasia fo-de-ram tudo!

Depois dessa conversa, ficamos alguns dias estremecidos. Elaine parou de chegar tarde e mesmo após 3 semanas não houve um dia sequer que minha esposa não tivesse voltado por volta da 13h30 e quando ocorria do trânsito estar um pouco carregado na Marginal ou no começo da Castelo Branco, ela fazia questão de avisar pelo celular.

Quando a indaguei por não chegar mais tarde, Elaine disse:

-Avisei que reunião de pauta agora terá no máximo 50 minutos e o dia que eu for acertar alguma propaganda, você pode vir comigo se achar que é uma desculpa.

Aos poucos fomos nos acertando e voltamos a transar freneticamente e até planos de termos mais um bebê, Elaine fez, mas a ideia era de engravidar no ano seguinte. Trepávamos com vontade, mas sem tocarmos nas fantasias de antes. Era impressionante como estava sempre com tesão para comê-la, mesmo após 8 anos juntos e ela gozava fartamente.

Parece que minha vida tinha entrado numa maré de coisas boas, tanto que fui chamado por outra emissora e me mostraram um projeto de eu ter um programa semanal à noite, e em cada um, abordaria um tema específico, mas o objetivo é que não fossem assuntos “água com açúcar”, mas sim, temas que realmente despertassem a atenção do público, tais como: “Como é ao dia a dia das garotas de programa de luxo”, “Os mistérios por trás da morte de PC Farias”, etc.

Gostei do projeto e também da equipe que teria à disposição. Meu salário subiria consideravelmente em relação ao que estava ganhando no jornal e ainda poderia continuar trabalhando no mesmo. Claro que ainda receberia menos que Elaine, mas para mim estava ótimo.

Comecei na nova emissora e o programa agradou ao público. Dois meses após a discussão tensa que tive com Elaine, tudo tinha melhorado e até cheguei a pensar que se tivesse externado no começo a ela minhas suspeitas de maneira clara, sem rodeios, tivesse sofrido menos.

Entretanto, em uma manhã de quinta-feira, recebo uma encomenda, era uma fita de VHS escrita “Desfrute”. Fiquei confuso, achando que talvez fosse algum material da minha equipe para uma das matérias, mas não entendi por que mandaram para a minha casa. Coloquei a fita no videocassete e após alguns segundos, perdi totalmente o chão.

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Foto de perfil de Lael Lael Contos: 245Seguidores: 745Seguindo: 11Mensagem Devido a correria, não tenho conseguido escrever na mesma frequência. Peço desculpas aos que acompanham meus contos.

Comentários

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É mano... Quer ser corno só de mentirinha? Difícil babe... Depois que a idéia (vírus) se instala...

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Você está na Matrix. Ou, para ficar mais no tema, no show de turman

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Exatamente, só falta aparecer a mensagem na tela dele:

"Siga o coelho" 😁

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Tu tá de brincadeira sério ela trai mesmo loucura meu nota mil parabéns Lael

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Os contos do Leal são muito f0d4, o que mata é a ansiedade que ele deixa :p

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As evidências apontam para a traição...

Mas me surpreende a frieza dela em negar... apresentou tanta segurança que até confundiu...

Bom, do lael tudo é possível...

Melhor escritor do site

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Nada costuma ficar muito em paz quando Lael escreve. Termina um parágrafo e vem a bomba na sequência. Esse final ficou épico. As centenas de textos revelam a competência e qualidade. É outra casada poderosa que Lael apresenta. O que mais essa poderia querer? Já está lá na introdução. Ela agora esclareceu que o amor dela se mantém. Nenhuma mulher deseja abrir mão de um casamento com filhos e de um marido que come bem. O novo emprego provavelmente tem a indicação do amante para ela ter um tempo para trepar por fora. Como é boa a leitura de um texto dessa qualidade. Valeu, Lael!

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Após a bonança, vem a tempestade Kkkkkkkkkk

Nota mil, como sempre

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Quando você acha que está tudo bem, vem a "pancada". Muito bom, até aqui.

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muito bom ai vai a Eliane traindo

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Top meu irmão!

👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼

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A trama fica cada vez mais densa. Ele com a bebedeira, intimou a esposa que mesmo sem demonstrar aparentemente recuou no caso com o amante, uma vez que não queria se separar e pra se vingar o amante enviou a prova da infidelidade.

Quero ver logo o próximo capítulo.

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