Acordei no meio da madrugada e não consegui mais dormir. Meu pau estava mega duro lembrando de dois dias atrás... o rabo grande, gostoso e quentinho do Eric. Confesso que foi uma experiência muito louca e excitante, eu que nunca tinha penetrado um cuzinho, estava me sentindo estranho, excitado do nada e com uma vontade incontrolável de sentir aquilo de novo. Decidi levantar da cama, eu estava só de cueca e aquele mastro de barraca à sombra do abajur, meu pau estava em ponto de bala, então decidi pegar meu laptop, abrir a pasta dos vídeos caseiros do Eric e bater uma assistindo ele enterrar a pica naqueles fulaninhos.
Na primeira gozada os jatos foram fortes, foi um mingau grosso em grande quantidade, depois bati mais três e o fluxo foi diminuindo, precisava me aliviar de alguma forma e a essa altura eu já estava marinado na gala, e mesmo assim deixei o laptop de lado e me deitei, nem me lavei, e conseguir dormir. Acordei com o despertador do celular tocando, dei um pulo e fui no banheiro lavar a porra seca da minha barriga e escovar os dentes. Preparei o café, desci pra comprar pão. Ao me sentar na mesa, meu celular vibrou e era uma mensagem no grupo de professores, do diretor Hermínio marcando reunião com todos sobre a formatura dos alunos do 3º ano! Ótimo! Eram quase 7 horas da manhã e a reunião era às 8 horas... tanta coisa pra fazer e o diretor inventa de fazer reunião de manhã cedo! Comi um pão em três dentadas, dei uns goles do café com leite e corri pra ajeitar alguns materiais antes de sair, já que eu teria todos os tempos, então, fui tirando a roupa e pegando uma toalha pra ir pro banheiro, quando de repente ouvi alguém bater na porta...
De toalha na cintura corri pra porta e abri... dei de cara com o Eric! Ele estava usando uma calça jeans azul, sapato preto e uma camisa cinza colada no corpo dele. Eu fiquei surpreso de como ainda lembrava o meu endereço, mas tudo o que eu queria naquela hora era tomar banho, mas aquele sorriso dele meio que me fez congelar. Ele começou: “Bom dia, delícia! Já soube da reunião lá na escola?” Eu olhei nos olhos dele e respondi: “Sim, eu sei, eu tenho celular! Por isso mesmo que eu não posso te dar atenção agora, eu preciso tomar banho e me arrumar!” Nossa! Eu mesmo não tava acreditando na minha atitude ousada! No começo eu já teria puxado ele pra dentro e me acabado naquele caralhão, mas dessa vez eu mantive o controle e deixei claro que eu não tava com tempo pra aquilo, já que eu não gostava de me atrasar. Ele me olhou nos olhos dessa vez sério e respondeu: “E vai me deixar plantado aqui fora, viadinho?” Eu queria que ele entendesse que eu não era propriedade dele e que precisava tomar banho, então, inflei o peito e disse: “olha aqui, Eric, eu sei que a gente tem um lance legal e tal, você é gostoso pra caralho, tem um pau incrível e agora descobri que seu cuzinho é mais gostoso ainda, mas isso não te dá o direito de vir na minha casa mandar em mim, eu não sou sua esposa, eu não sou seu escravo, entendeu?” Eu já estava esperando um soco na cara, mesmo por dentro eu estava super nervoso porque estava praticamente dizendo não pra um cara metido a dominador.
Ao invés de apanhar, ele recuou, abaixou e coçou a cabeça, como se tivesse procurando o caminhão que o atropelou, eu mantive a pose, com a mão na cintura e de toalha esperando ele ir embora. Ele disse baixinho: “poxa, Emerson... eu não esperava isso... você sempre foi tão... deixa pra lá... eu na verdade vim te buscar pra reunião, mas você ainda nem tá pronto...” Confesso que me senti um pouco mal, mas eu não ia perder o rebolado, pois eu estava sentindo que dessa vez eu não ia me rebaixar, ao que eu respondi: “olha, eu agradeço pela sua atenção, eu realmente preciso me arrumar e ir pra escola, se você quiser entrar e esperar eu tomar banho e me arrumar, eu aceito ir com você...” Ele levantou a cabeça, olhou pra mim com uma cara amuada e disse: “deixa pra lá, cara... foi mal aí... tchau!” Fechei a porta. Sentei no sofá ainda sem acreditar no que eu tava vendo: o Eric desarmado, pedindo desculpas pra mim e totalmente calmo... o que será que teria acontecido? Foi a minha pica no rabo dele que causou todo esse efeito? Ele tava correndo atrás de mim agora? Meu pensamento foi interrompido pela mensagem no grupo da escola, era do Diretor Hermínio, pedindo pra confirmar a presença de cada um, respondi com uma figurinha de confirmação e corri pro banheiro. Enquanto a água escorria pelo meu corpo, meu pau sendo acariciado pelas minhas mãos, levando a cabeça e a as bolas, eu nunca tinha reparado tanto no meu pau, mas até que ele era lindo... as bolas eram grandes e lisas, o pau reto e com uma cor legal, não me admirou o Eric ter engolido até o talo naquele dia e gostado tanto... a essa hora ele já tava duro, e mesmo assim terminei o banho, me arrumei e saí para a rua.
Enquanto caminhava, começava a pensar no Eric, na atitude dele, e me veio uma dúvida: ele teria ido na minha casa só pra me buscar pra reunião ou ele queria só transar? Ou os dois? E mesmo que fosse a primeira opção, por que ele faria isso se publicamente ele me odiava? Será que eu fui grosso com ele sem motivo? E se ele não falar mais comigo e não querer mais continuar nosso lance às escondidas? Eu não tinha mais muito tempo pra pensar nessas coisas porque já estava me aproximando da escola, faltavam 20 minutos para a reunião começar e o portão já estava aberto, eu fui logo entrando e já estavam presentes o professor Eustáquio, professora Nanda e o Eric. Ele estava isolado dos outros, mexendo no celular, sério. Não liguei, entrei direto para a sala dos professores seguido dos outros, o diretor Hermínio já estava nos esperando, ele me deu bom dia, eu retribui, me sentei na cadeira giratória que eu gostava e esperei o resto do pessoal chegar.
A reunião estava na metade e eu já estava torcendo pra que acabasse logo, afinal, tínhamos que voltar pro turno da tarde, então, depois que tudo foi resolvido, finalmente saímos e eu já estava apressado, andando pelo hall e louco pra chegar em casa, pra terminar de organizar as aulas pra mais tarde. Eric estava perto do portão de pé, como se fosse um segurança, e acreditem, ele poderia passar por um desses guardas fácil, fácil, devido ao seu porte atlético. Ele me viu, não era malícia que eu via nos olhos dele, mas era algo mais simples, um olhar meio que... humano, como se quisesse me dizer alguma coisa. Eu me aproximei dele e perguntei: “está tudo bem, professor? Não parecia muito focado na reunião...” Ele olhou nos meus olhos e seco disse: “Tô bem”. Deixei ele plantado lá e segui pra minha casa. Como eu moro perto, cheguei lá em menos de 10 minutos.
Quando já eram 15h:00, estava torcendo pro sino do intervalo tocar logo, estava morrendo de fome e precisava comer, era aula na turma do 1º ano e todos já estavam terminando a atividade do quadro, ao que eu corrigi todas no caderno de cada um. Finalmente ouvi o som da sineta tocar! Saí mais do que depressa e fui direto pra cantina, pedi duas coxinhas e uma fanta uva, mandei tudo pra dentro, depois fiquei observando o fluxo de alunos pra lá e pra cá e no meio deles, o Eric. A princípio eu tentei desviar o olhar, mas eu ainda estava encabulado com a atitude dele mais cedo e de como eu fui grosso, mas a pergunta que pairava na minha cabeça era: o que aconteceu com ele? Meus pensamentos foram interrompidos quando senti uma mão tocar no meu ombro. Era o diretor Hermínio, ele queria falar comigo na sala dele. Por um instante eu pensei que o Eric tinha dado com as língua nos dentes e falado algo das nossas brincadeirinhas no galpão da quadra, fiquei logo nervoso, mas consegui disfarçar bem. Eu obedeci e fui com ele.
Chegando na sala, ele pediu pra eu me sentar e assim eu fiz. Ele ficava me encarando e eu já presumia que algo tava errado, o diretor da escola me chamar na sala dele pra conversar em particular, isso me soava a encrenca. Ele se sentou na cadeira, tirou uma pasta azul da gaveta onde estava escrito: GRÊMIO ESTUDANTIL, logo que vi o nome me senti mais aliviado, não se tratando daquele assunto. O diretor Hermínio abriu a pasta e começou: “bom, professor Emerson, como o senhor já sabe, o nosso grêmio estudantil está chegando e com isso, teremos muito o que fazer, geralmente escolhemos dois professores para estarem na linha de frente e eu pensei em lhe indicar para a missão...” Eu? Liderar o grêmio? Tá legal, eu cheguei esse ano na escola mas nunca gostei de ficar parado, sempre ajudei o corpo docente a desenvolver projetos que ajudassem os alunos em suas limitações e outras coisas, mas agora... eu estava recebendo reconhecimento do diretor e... espera! Eu e quem mais? Foi a pergunta que fiz a ele, ao que ele me respondeu: “eu pensei primeiro na professora Fernanda, de Artes, mas ela já esta sobrecarregada com as turmas, então pensei no professor Erickson, de Educação Física!” ELE O QUÊ???!!! Não acredito nisso! O Eric? Por que justamente ele? O diretor Hermínio percebeu meu tom de surpreso e perguntou: “algum problema?” Eu respondi seco: “não, senhor, imagina, só que... eu e o professor Erickson não somos de conversar, não nos conhecemos direito, ele mal fala comigo...” Eu tinha que abrir minha boca e mandar essa... burro! O diretor coçou a cabeça, olhou pra mim e disse: “por isso mesmo que vocês vão trabalhar juntos esse ano! Não pensem vocês que eu não observo o comportamento dos professores e sei que ele anda sempre com o pé atrás com o senhor... não quero isso na minha escola, gosto de sinceridade e de um diálogo aberto, o senhor entende?” Sabia! Uma hora isso ia vir à tona! Agora eu estava ali, entre a cruz e a espada e tudo o que eu fiz foi aceitar engolindo a seco a decisão do diretor: “se o senhor quiser, assim será. Eu e o professor Erickson vamos trabalhar juntos e quebrar esse gelo todo!” Até parece que não nos dávamos bem, eu já conhecia ele a fundo e ele a mim, digo isso de forma literal!
Assim que saí da diretoria, fui para a sala dos professores pois ainda tinha algo que eu precisava fazer: devolver o pen drive pro armário do Eric. entrei e dei de cara com o professor Eustáquio sentado perto da impressora, ele estava imprimindo umas coisas que pareciam ser células, sei lá, olhei logo pro armário do Eric e ela tava destrancado! Meti a mão no bolso logo pensando em devolver aquele troço pro lugar dele, mas eu não podia fazer isso com o professor Eustáquio lá dentro. Sentei e esperei ele terminar de imprimir. Quando ele finalmente saiu, não pensei duas vezes... corri, abri o armário dele e coloquei de volta o pen drive pro mesmo lugar. Não deu 5 segundos o Eric entrou! Rapidamente eu disfarcei e fui logo no meu armário e tirei uma pasta de lá pra disfarçar... ele sentou na cadeira e quando vi que não tinha mais ninguém ali, sentei perto dele já sem medo, felizmente estávamos com aquele tempo vago, então, a sala era só nossa... por hora...
Me sentei e abri meu laptop e comecei digitar, quando ele puxou conversa: “e aí, Emerson...” Eu fiquei me segurando pra não dizer nada, eu só acenei com a cabeça sem tirar os olhos da tela. De relance levantei os olhos e por um instante percebi o semblante dele, estava meio abatido, como se estivesse cansado. Na hora eu me senti mal, talvez parte daquele rosto indiferente era culpa minha, pensei em falar alguma coisa quando ele continuou: “já tá sabendo que o diretor Hermínio escolheu você e eu pra liderar o grêmio desse ano?” Eu só respondi: “hunrrum...” e continuei digitando. Ele bufou. Eu respirei fundo. De repente ele se levantou e disse: “por que você não diz nada?” Eu já não estava mais aguentando aquele clima, fechei o laptop, levantei também, olhei dentro dos olhos dele e respondi friamente: “o que você quer que eu diga exatamente?” Ele estranhou e mesmo estando na sala dos professores ele não mediu palavras: “o quê que tá pegando, cara? Cê tá todo estanho desde hoje cedo, pensei que estaria feliz de me ver depois que saí do hospital!” Nessa hora meu sangue subiu! Ele não podia fazer isso no local de trabalho, mas eu já estava de saco cheio de tudo aquilo, me aproximei dele, bem de pertinho e disse: “quer mesmo saber? Vai no meu apartamento hoje às 20h que aí a gente conversa baixinho, aqui não... seu otário!” Saí dali com a cabeça erguida enquanto ele ficou plantado ali, perto do bebedouro, sem entender nada.
Depois do último tempo, recolhi meu material e fui direto pra casa. Entrei, tomei banho, pedi uma pizza de muçarela, comi metade e guardei o resto na geladeira. Me sentei no sofá e liguei a TV e de olho no relógio pra ver se o Eric ia mesmo aparecer, apesar de eu achar que não. Apesar de estar passando a minha série favorita, Chicago Med, eu não conseguia pensar em mais nada, a não ser naquele maldito pen drive... Tá legal, tô batendo demais nessa tecla, mas porra... toda essa armadura e máscara pra quê? E se o motivo de ele estar emotivo seja um pé na bunda que ele levou da esposa? Será que ela descobriu tudo? E agora? E se ela fosse do tipo louca, patológica e possessiva? Ia sobrar pra minha radiola? Enfim... eu fiquei paranoico demais, até que deram 20h. eu já tinha trocado de canal, preferi assistir o jornal local, porque toda desgraça pra pobre é pouco.
Ouvi batidas na porta. Nessa hora meu coração gelou. Era ele? Ou era a esposa dele vindo me assassinar? Deixei as dúvidas de lado e corri pra olhar pelo olho mágico (sim, eu mandei instalar um desses). Era o Eric. Ele parecia impaciente. Respirei fundo duas vezes, destranquei, girei a maçaneta e abri a porta. Ele estava usando uma bermuda jeans surrada, estava de tênis branco e uma camisa cinza colada escrito: CAN YOU HEAR ME? (você pode me ouvir?), não sei se ele entendia o que a frase queria dizer, mas eu sabia, até que ser professor de inglês compensou alguma coisa. Eu estava só de bermuda. Quando ele me viu esboçou um pequeno sorriso, ele parecia estar mais confiante, mesmo assim eu estava relutante, fiz sinal e ele entrou. Ele se sentou no sofá e pediu pra eu sentar junto com ele. Recusei. Disse: “tô bem assim, de pé... O que você veio fazer aqui, Eric?” Ele imediatamente levantou do sofá e... me beijou! Eu correspondi ao beijo dele por educação, ficamos uns 20 segundos assim, até que me desvencilhei. Ele voltou a sentar no sofá e perguntou: “você já sabe, né?” Logo eu fiquei imaginando o que seria isso: a possível separação dele ou os vídeos caseiros. Mas na hora me fiz de desentendido e perguntei: “sei o quê?” Ele me olhou no fundo dos meus olhos e disse com todas as letras: “dos vídeos!”
Mas... que... cacete! Ele descobriu! Como?! Nessa hora me faltou as palavras, o que ele ia fazer comigo? Me apagar? Queima de arquivo? Tudo o que eu pude dizer na hora foi: “não sei do que você tá falando!” Ele tirou o dito pen drive do bolso e mostrou, dizendo: “eu sei que você mexeu no meu armário e encontrou isso, e que depois de ver o que tinha aqui, deu um jeito de colocar de volta sem que eu desse falta, não é?” Eu ainda tentei me defender: “Eu nunca vi esse pen drive na minha vida! Os remédios devem ter afetado seu cérebro!” Ele ficou cada vez mais irritado e disse com um tom mais alto: “Não mente pra mim, Emerson! Acha que eu não reconheci o cheiro do seu perfume nele? A gente já ficou mais colado que roupa no corpo, já entrei com tudo aí dentro até o saco, porra! Eu reconheço seu cheiro de baitolinha a quilômetros!” Nessa hora eu fiquei maluco de raiva! Me aproximei dele e despejei minha ira: “É isso aí, grande gênio! Eu vi mesmo tudo o que tinha aí dentro! E você quer saber mais? Eu senti nojo! Nojo de mim mesmo por ter permitido deixar que você me possuísse! Eu pensei que eu fosse o único mas já vi que não, então por que você cai fora e me deixa em paz? E tira isso da minha frente, não aguento mais saber que isso existe!”
Ele levantou do sofá, apontou o pen drive na minha cara e disse com tom de deboche: “e não existe mesmo, viadinho! Eu já apaguei tudo o que tinha aqui!” Eu me aproximei dele e com um tom de ironia de atriz de novela disse: “sério? Ou será que eu fiz cópias?” Nessa hora o Eric ficou branco! Aproveitei a pausa dramática e continuei: “Você não deve esquecer, querido, que eu estava com esse pen drive muito antes do seu acidente e que eu só fui parar naquele hospital porque um dos socorristas insistiu muito, conhecendo você, Eric, eu apostei que minha presença ali ia te incomodar!” Depois de ouvir tudo calado, ele finalmente disse: “por que tá dizendo essas coisas? E que cópias são essas? Onde estão, cara? Ainda no personagem, disse alto e claro: “Não falo! Isso nunca você vai saber, nunca!” Ele me agarrou pelo braço e esbravejou: “Se não me contar, eu juro que...” Mal deixei ele terminar a frase: “o quê? Vai fazer o quê, machão? Vai me matar? Me cortar em pedacinhos? Não vai! Sabe por quê? Porque você gosta disso, de me possuir, de receber meu prazer, seja atrás ou na frente, eu e você vamos estar juntos e misturados pro resto da vida, cara! O fato de eu não estar curtindo você nesse momento só mostra o quanto eu preciso de um tempo pra mim! E eu não vou comprometer a minha sanidade mental por um casinho às escondidas, Eric! Dessa vez o jogo virou: você vai correr atrás de mim, mas eu não vou dar bola, sabe por quê? Porque nesse momento eu vou focar somente no trabalho, que aliás precisa da minha atenção, e não pense você que pelo fato de estarmos juntos nesse grêmio vou deixar você me dominar! Acabou essa palhaçada! Se você quiser voltar a usar meu corpo, vai ter que fazer por merecer! Fui claro?”
De repente, percebi que estava com lágrimas nos olhos, e ele também... Tudo o que queria era que ele sumisse da minha frente, mas ao mesmo tempo, queria poder abraçar ele e fazer todas aquelas coisas que fazíamos antes, mas eu não conseguia. Ele olhou nos meus olhos e disse calmamente: “Então é isso? Eu vou ser descartado? Vamos trabalhar juntos na escola e só?” Eu rebati: “E você quer mais o quê? Um beijo no corredor e uns amassos depois do expediente? Não somos namorados, tampouco somos casados, eu sou gay e você é um hétero conservador e homofóbico, era assim que era e é assim que vai continuar sendo, porque eu não consigo esquecer aquilo!” A essa altura, os olhos do Eric já estavam vermelhos e chorosos, eu nunca tinha visto ele daquele jeito, sem defesas, muros ou armas no chão, eu realmente conseguir quebrar o espírito dele? Me aproximei mais dele, ele colou o rosto no meu e me beijou de novo, o contato de nossas bocas misturado ao gosto das lágrimas, suor e culpa tomou conta de mim, eu não queria sair dali, minha mente não estava mais respondendo, meu coração estava apertado, ele estava me abraçando forte, e eu não conseguia me soltar, me entreguei. Quando senti ele abrindo meu zíper, fui trazido de volta à razão: “para! não vamos misturar as coisas!” Ele já estava com o pau mega duro e eu também estava, ele olhava meu cacete, se aproximou de mim e o agarrou, fiz o mesmo com dele, cheguei bem perto dele e sussurrei no seu ouvido: “isso não vai rolar hoje, amor...” Ele se afastou e disse: “Então tá, Emerson, vou fazer do seu jeito! Mas isso ainda não acabou, tá ligado?” Eu apenas respondi: “Pode apostar que não, meu caro!”
Acompanhei ele até a porta, minhas pernas estavam bambas e minha boca seca, como se só o beijo dele fosse capaz de saciar minha sede, eu queria que ele ficasse comigo, queria mesmo, mas não conseguia esquecer tudo aquilo, era como se eu não me reconhecesse mais, que droga! Mesmo assim, fui até o fim, assim que ele cruzou a porta, ele me olhou e sorriu, mas um sorriso pleno dessa vez, com brilho nos olhos. Eu fechei a porta em silêncio, tranquei e me sentei no sofá. Meu pau ainda tava duro, só lembrando daquele cuzão lindo e gostoso do Eric, mas, naquele momento, eu entendi que precisava de uma estratégia se eu quisesse virar o jogo. Adormeci no sofá.
CONTINUA...