DIVIDINDO O QUARTO COM MEU FILHO

Categoria: Heterossexual
Contém 16029 palavras
Data: 19/05/2024 19:13:18
Última revisão: 20/05/2024 22:24:10

Parte 1

Vou contar uma longa história, e não me orgulho e nem me condeno por nada do que tenha feito. Nem quero que me julguem. Mas acho importante publicar esta história, e contar como foi que uma série de acontecimentos envolveu a nossa família de um jeito inacreditável, provocando muitas reações e mudanças entre nós. Pode ser útil a muitos.

[NOTA DO AUTOR] - Um autor do site que pega vários contos copiados e traduzidos de algum site em inglês, publicou em 2023, uma versão muito mal traduzida de um conto, intitulado, “Colega de Quarto”. Mas não concluiu a história. Recebi de um leitor a cópia dessa história, para ver se conseguia dar jeito melhor nela, e fazer uma nova versão, com um final. Era um desafio e tanto, até porque não é o meu tema habitual. Mas, pelo desafio, e como sei que um escritor que vive disso tem que ser capaz de criar sobre qualquer coisa, resolvi aceitar.

Giordano se preparava para mais uma das suas grandes aventuras. Todos os anos, desde quando solteiro, ele se dedicava a um esporte muito radical. Saltar do alto de uma montanha, de alturas por volta de dois mil metros, apenas com suas asas de windsuit, uma roupa tipo um casulo com asas, para viver a adrenalina de voar a mais de 150 quilômetros por hora. Para cada salto, ele se preparava rigorosamente, planejava e se organizava, e atleta como sempre foi, cuidava do físico e de todos os detalhes pois um segundo de distração ou um pequeno erro de inclinação, ou mesmo um golpe de vento, pode terminar com um acidente fatal.

Naquela tarde, na varanda de nossa casa, ele me deu um beijo de despedida, antes de embarcar para mais aquele desafio.

Eu não estava nada satisfeita:

— Eu não quero que você vá. – Repeti mais uma vez.

Meu marido ainda tentava me acalmar:

— Querida, eu planejei isso faz tempo, é algo que tenho que realizar, naõ vou desistir agora, preciso ir... me desculpe.

Eu sempre temi os riscos de suas aventuras. Amava muito meu marido, mas sentia que ele não dava importância ao meu medo e aos riscos que aquilo nos expunha. Aos 45 anos, pai de um casal de filhos, ele já não era mais um rapaz sem compromissos na vida para se meter naquele tipo de risco. Meu coração estava apertado de ansiedade, já fazia alguns dias. Olhei para ele com meus olhos verdes, já molhados de lágrimas.

— E se você se machucar... ou morrer? Como ficaremos?

Giordano estava irredutível:

— Querida, não vai acontecer nada... eu prometo a você. Eu me previno muito antes.

Giordano sempre foi muito confiante. Ele me deu um beijo na testa, com todo o carinho. Eu ainda ameacei:

— Você prometeu voltar bem. Não esqueça! Não vou perdoar você, nem a mim, se algo lhe acontecer.

Giordano se afastou, entrando no Jeep que os levaria até ao local do salto. Seria uma viagem longa, pois a montanha era distante. Antes de embarcar com o restante de sua equipe de apoio, ele me olhou e deu um aceno final de despedida para a família. Eu forcei um sorriso, de dentes cerrados, tinha as mãos frias, e acenei de volta. Luli, nossa filha de 6 anos, estava ao meu lado, segurando em minha saia. Ao nosso lado, estava Max, nosso filho de 18 anos, esbelto, forte, loiro e bonito. Giordano observava de longe.

Minha mente me remeteu ao passado. Eu me apaixonei pelo jovem Giordano logo na faculdade, e pouco depois da formatura nos casamos. Eu me casei muito nova, ele sempre foi brilhante em tudo que fez, e o sucesso de seu negócio não demorou. Montou uma empresa que era um sucesso na sua área. Na sequência, vieram os filhos, morávamos bem, sem sermos ricos, mas tínhamos conforto, estabilidade financeira, e nossa vida era mesmo muito boa. Exceto por essa mania que ele sempre teve se viver aventuras em esportes radicais.

Dizem que sou muito bonita, mas eu não me acho tanto, embora tenha consciência que possuo uma certa beleza. De rosto, me acham muito parecida com uma atriz do cinema e de séries inglesas, a Emilia Clark. Cabelos cor de mel, olhos verdes e boca de lábios atraentes. Com 38 anos, meu corpo é perfeitamente proporcional. Não tenho nem um grama acima do que devo ter, e com todas as curvas certas, em todos os lugares, pois gosto de esportes também e além de pedalar em passeios de bicicleta, frequento a academia com regularidade. Naquele dia, me vesti para provocar meu marido, tentando demovê-lo daquele desafio.

Usava uma minissaia fina de algodão azul-bebê, que realçava os contornos arredondados dos meus quadris e deixava visível o brilho bronzeado de minhas pernas longas e sedutoras. Minha blusa de cetim branco, curta, com decote em U, com três botões na frente, modelava o volume marcante dos meus seios, ainda firmes e muito empinados para a minha idade e mãe de dois filhos. Meus pés são pequenos e delicados e estavam com as unhas pintadas em esmalte clarinho, calçados em sandálias finas de couro em cor natural, com salto de sete centímetros. Uma linda tornozeleira dourada, adornava minha perna esquerda, com um pingente vermelho, em formato de coração. Presente do meu marido no dia do nosso aniversário de 19 anos de casados, comemorado recentemente. Eu tentava com aquilo, de todas as maneiras dificultar sua viagem. Mas meu marido teimosamente mantinha a mente focada no seu próximo desafio.

Não sei por qual motivo, naquela hora, olhando Giordano de longe, me trouxe à mente lembranças de muitas das noites em que ele me envolveu em seus braços fortes. Despidos, em nossa cama, nos entregávamos ao prazer do sexo sempre muito intenso. Eu o agarrava apertado com meus abraços, esfregando a pele macia e sedosa dos meus seios, em seu peito forte, enquanto ele penetrava na carne úmida e quente da minha xoxota, com seu membro rígido e viril. Eu adorava ser fodida por ele. Aliás, sempre fui muito sensual e gosto de sexo saudável, sem restrições. Enquanto fazíamos amor, eu costumava olhar no espelho que ficava em frente à cama e me maravilhava com a maneira como minhas pernas fortes estavam enroladas em torno de sua cintura, meus pequenos pés descalços flexionando e apontando para o teto, meus dedinhos dos pés se contraindo de prazer, e a bunda dele, forte e musculosa se movimentava com as estocadas firmes que ele me dava. Sim, meu marido socava com ímpeto e eu gosto muito disso. Na mesma hora, ali, na despedida, senti meus seios latejando, e minha vagina ficar umedecida. Eu estava excitada, talvez pelo nervosismo da situação. Mas, para meu desencanto, ele entrou no Jeep e bateu a porta. A viatura partiu e eu fiquei ali, arrepiada, vendo que se afastava.

Eu funguei, e enxuguei outra lágrima. Depois, deslizei o braço em volta dos ombros do meu filho Max, e inclinei a cabeça para o lado, apoiando-a no ombro dele. Estávamos os três ali, dividindo a mesma saudade. E voltamos para dentro de casa.

Durante alguns dias, apesar da vida seguir sua rotina normal, eu continuava muito tensa. Quanto mais tentava me concentrar nos meus afazeres de casa, mais me sentia solitária e angustiada. E não sei se foi por saudade, por angústia, ou por nervosismo, naqueles dias eu me sentia o tempo todo muito excitada.

Por várias vezes, tinha minha xoxota se inchando, umedecida, e meus seios latejando. Algumas vezes ao dia fui ao banheiro para me masturbar e me aliviar.

Eu sempre fui, desde novinha, uma mulher muito quente, sensual, e liberada, e o Giordano, adorava isso, e me estimulava, sempre me provocava o lado mais exibicionista. Nós sempre fomos muito cúmplices, e tínhamos uma vida sexual intensa. Praticamente, todas as noites, quando o Giordano estava em casa, fazíamos sexo, e mais de uma vez. E quando ele viajava a negócios, o que era até bastante usual, me deixava com alguns vibradores que me deu de presente, e me estimulava a usá-los. Ele adorava me ver excitada através do telefone celular, e me ajudar a gozar, falando safadezas e provocações. Me acostumei com aquilo e desenvolvi um hábito, de ter sexo com muita regularidade. Nas ausências do Giordano parecia que eu ficava ainda mais libidinosa. E naqueles dias estava ainda mais.

Mas, o destino estava preparando uma armadilha para nossa vida.

Uma noite, após a partida do Giordano, despertei assustada com o toque estridente do meu aparelho de telefonia celular, tocando no meio da madrugada. Num movimento brusco e repentino, sentei-me na cama e apanhei o aparelho. Era um número desconhecido. Eu atendi a ligação, me identifiquei e fiquei gelada por dentro, sentindo um calafrio que me percorria todo o corpo, quando ouvi a notícia. Eu não queria acreditar.

Apressada, me levantei da cama, vesti uma roupa sem me preocupar muito com o que estava usando, vi que meus filhos dormiam, peguei o carro e saí imediatamente.

Em menos de meia hora eu estava entrando nos corredores do hospital, acompanhada de uma enfermeira. Ao entrar na sala que dava visão do quarto de UTI, através de uma meia parede de vidro, o médico que estava examinando o painel eletrônico de controle das funções vitais do meu marido, virou-se e fez sinal de silêncio, e de calma. Esperou ao lado da cama, para que eu pudesse ver o Giordano, inerte, com uma enorme atadura cobrindo boa parte de sua cabeça, e com várias escoriações na face. Estava todo entubado, e com uma máscara de oxigênio cobrindo parte do rosto. Eu pensei que iria desmaiar, senti as pernas amolecerem e tive que me apoiar na enfermeira. Na hora, o impacto foi brutal, mas apenas o fato de constatar que meu marido estava vivo, me deu algum alento.

O médico veio ao meu encontro, minutos depois, e me fez sentar sobre uma cadeira. Eu realmente parecia meio desnorteada e perdida. Minha cabeça não conseguia concatenar os pensamentos. Nesse momento foi que eu notei que usava um vestido folgado de malha branca de algodão estampada com motivos florais, com magas curtas e decote canoa, mas não colocara nem sutiã e nem calcinha. Na pressa, totalmente atarantada, não me atinei com aquilo. A malha fina do vestido não era suficiente para ocultar o volume dos meus seios balançando, e se ficasse contra a luz, poderia revelar meu corpo nu sob ele. Mas estava tão tensa, que não dei bola para aquela distração. E eu não precisei perguntar, o médico foi logo explicando:

— Seu marido, teve um acidente no final do voo, já perto da descida, quando o paraquedas se abriu. Segundo explicaram, ele ia encerrar bem o voo, mas uma lufada repentina e violenta de ar o arremessou contra uma rocha. Ele se chocou com a pedra ainda com muita velocidade, e caiu. Por sorte a queda foi de uma altura bem próxima do solo, mas a pancada foi muito violenta. Foi removido por um helicóptero de salvamento. Ele está em coma desde então. Teve uma concussão cerebral. Estamos fazendo uma série de exames, e ele permanecerá em observação até que volte a apresentar sinais mais estáveis.

Eu não sabia o que dizer, ou fazer. Estava completamente sem ação. Mas reuni todas as forças, para perguntar o que eu deveria cuidar, ou providenciar. Fui orientada a procurar os papéis do seguro, pois Giordano era muito precavido, e manter a calma, esperar, pois havia grande chance de ele retornar do coma em pouco tempo. O médico disse:

— Seu marido é um atleta, muito forte, e isso pode ajudar muito. Mas temos que esperar e observar sua evolução. Ainda temos muitos exames para fazer. Você pode regressar à sua casa, e ficar na companhia dos seus filhos. Não precisa ficar aqui, pois ele está isolado. Precisa mostrar calma para os filhos não sofrerem um trauma muito grande. Nós a manteremos informada se houver alguma mudança.

As palavras do médico me deram uma certa esperança. Voltei à minha casa, liguei para minha mãe, e ela veio tomar o café da manhã conosco. Naquele dia eu havia decidido que os filhos não deveriam ir à escola. Durante o café, eu dei a notícia para o Max e para a Luli. Certamente, foi um choque, e, mesmo sabendo de antemão, que isso poderia acontecer, todos nós não acreditávamos que aconteceria. Meus filhos ficaram bem assustados, e a Luli chorou muito. Eu garanti que os levaria para ver o pai, assim que o médico autorizasse.

A primeira semana depois daquele dia, foi simplesmente alucinante. Eu me desdobrei um muitas atividades, providências e cuidados com os filhos. Os exames constataram que apesar de Giordano ter uma costela e um braço partidos, que foram devidamente tratados, o choque com a pedra havia impactado profundamente a coluna, e a cabeça, onde um grande coágulo havia se formado no lobo frontal, afetando o controle motor. Um outro coágulo se formara no lobo parietal onde se localiza a área relacionada à percepção sensorial. Como ele estava ainda em coma, e sendo preparado para eventuais cirurgias, não podíamos nem fazer visitas. Mas eu fui pessoalmente, regularmente, todos os dias, depois que os filhos iam para as aulas, falar com o médico, e me informar do que se passava. No mais, eu tratava de dar atenção aos filhos, pois tinham que continuar a comparecer às aulas, e havia um monte de providências burocráticas, buscando documentos, liberação do seguro, e outras questões de ordem prática que sempre foi o meu marido que cuidou. A sorte é que eu tinha dois cartões de crédito, e não deixei faltar nada em nossa casa. A empresa do Giordano continuou sendo administrada pelo seu gerente geral. E eu não me envolvi muito. Nesse aspecto, não tive o que me preocupar.

Naqueles dias de espera, angústia e de ansiedade, meu filho Max, revelou-se um rapaz muito solidário, dividia as tarefas domésticas comigo, me ajudava com a irmã, ia buscá-la na escola de dança de tarde, e passou a ser um companheiro inseparável.

À noite, depois que a Luli ia dormir, nós nos sentávamos na sala, vendo o noticiário ou algum programa de televisão, para ver se conseguíamos nos desligar um pouco daquele pesadelo. A companhia de meu filho, sempre atencioso, e presente, era o meu grande consolo.

Estávamos no final da primavera, ia começar o verão, então as noites eram agradáveis, mais para quentes do que para frescas. Eu tomava meu banho e vestia um pijama ou baby-doll, curto, e o Max sempre de calção e camiseta, e ficávamos lá, geralmente lado a lado, evitando tocar no assunto que poderia nos estragar a noite de sono. O pesadelo real não se dissipava.

Na segunda semana, houve uma considerável melhora do quadro geral do Giordano, os coágulos foram drenados, as funções vitais estavam cada vez melhores, e era esperado o final do coma para breve. E foi na terceira semana, que finalmente, Giordano despertou. No início, completamente sedado ainda por medicamentos, não tinha muita noção do que se passava. Estava grogue e sem consciência clara das coisas.

Mas, aos poucos, em dois dias, ele recuperou a consciência, a memória, e retomou a fala. Parecia que ia vencer mais aquele desafio. O médico me chamou ao hospital. Quando entrei no quarto, ele já estava fora da U.T.I., mas meu marido parecia dormir. O médico chamou:

— Giordano?

Os olhos de Giordano se abriram e fitaram o rosto do médico.

— Você pode me ouvir Giordano? Você pode ouvir minha voz? - Ele perguntou.

— Sim. – Foi a resposta.

Me diga o seu nome e sua idade:

— Sou o Giordano Saldanha. Tenho 45 anos.

Com expressão feliz, o médico sorriu e comentou:

— Isso é bom... isso é excelente. Você está já no domínio de suas funções.

Giordano olhou ao redor da sala:

— Onde estou?

— Você voltou para casa. Está no Hospital Geral. Seu voo terminou com um acidente, e você foi bastante afetado. Esteve em coma por três semanas.

— Onde está minha esposa? Onde está a Melinda? Ele perguntou.

O médico disse:

— Ela tem estado muito por aqui, todos os dias.

Nesse momento, eu saí de trás do médico, e me aproximei da cama, sendo observada pelo meu marido.

— Oh Giordano! Meu amor! - Eu disse aliviada, correndo e cuidadosamente abraçando-o na cama.

— Oi, bebê. - Ele disse, com os olhos marejados de lágrimas.

A minha emoção era tanta, que não conseguia falar, e ele também parecia estar do mesmo jeito. Ficamos ali abraçados por quase um minuto.

Depois, o médico pediu que eu me retirasse, pois precisava examinar o paciente. Eu fui para a sala de espera, aguardar o médico voltar com mais notícias.

As primeiras horas da manhã passaram lentamente, eu esperava ansiosa, e após uma série de exames e mais exames, o médico me chamou para, junto do Giordano, dar explicações.

Ouvi meu marido perguntar:

— Então, doutor, minhas pernas... será que estão acabadas para sempre?

Aquela pergunta me fez gelar o sangue nas veias. O médico respondeu:

— É muito provável. Eu receio que sim, Giordano, tenho que ser verdadeiro, temos que trabalhar com esse cenário também.

Fez-se um silêncio sepulcral no quarto por alguns segundos. O médico retomou:

— A brutalidade daquela pancada não apenas causou graves danos ao seu corpo, cabeça e braços, mas, à sua coluna vertebral, afetando todo o sistema nervoso, e cortou o movimento das suas pernas. A boa notícia é que você ainda tem o fluxo sanguíneo saudável nelas. Isso nos livra de amputar.

Não resisti e perguntei:

— É sério isso?

O médico foi transparente:

— Nunca podemos ser definitivos quando se trata de lesões desse tipo. O corpo pode operar milagres. Você só se salvou por ser atleta, ter uma compleição física poderosa, mas, mesmo assim, foi por um fio. No entanto, vai ser um longo caminho para tentar um dia uma possível recuperação. Você tem que se esforçar muito.

Eu me sentia absolutamente arrasada. Tentei questionar:

— Ele terá alguma chance de superar a paralisia, talvez com o tipo certo de fisioterapia?

O médico foi cauteloso:

— Receio que, neste momento, o dano pareça permanente. O acidente foi muito grave. Sinto muito, não posso saber. Terá orientação e fisioterapia. Só o tempo vai nos dizer alguma coisa.

Giordano me olhava e eu pude ver a angústia que ele estava sentindo. Ele se desculpou:

— Desculpe bebê, eu prometi que voltava, mas não saiu como planejei.

Naquele momento, frustração, raiva, tristeza e mágoa me dominavam, e eu não quis dizer nada, pois estava apavorada e também revoltada. Com ele, comigo, com as coisas todas. Um longo silêncio pairou no ambiente mais uma vez, por quase um minuto.

O médico pediu licença e saiu da sala. Eu imaginei que talvez quisesse nos deixar sozinhos para uma conversa sem testemunhas.

Eu permaneci calada, a olhar para o nada, como se estivesse totalmente aérea, chocada com a notícia.

Giordano estendeu a mão do braço bom e apertou a minha.

— Eu sinto muito, querida. - Ele disse.

Na hora eu precisava ser verdadeira. Fui dura:

— Você falhou Giordano, me traiu, mentiu, arriscou, e agora isto. E eu não sei o que fazer. Na hora a revolta interna que eu retive por vários dias, transbordou. Meu marido tentava entender o que eu dissera:

— O que está dizendo?

Eu olhei para ele, com os olhos cheios de lágrimas:

— Você mentiu para mim. Você me prometeu que nada iria acontecer com você lá. Foi irresponsável, se arriscou estupidamente. E agora está aqui, assim.

Eu respirei fundo e resolvi desabafar:

— Você está aí, semidestruído. Você se arrebentou, e nossa vida virou frangalhos. Fui traída, enganada. É assim que eu me sinto. Absolutamente perdida.

Eu não queria magoar mais ainda o meu marido, mas estava mesmo revoltada, então, me levantei, retirei a minha mão da de Giordano, pedi licença, e comecei a soluçar, enquanto saía da sala. Ouvi Giordano me chamando:

— Melinda...Melinda, volte. Baby, eu...

Eu não queria afetar meu marido com o meu desespero, mais do que ele já deveria estar transtornado. Ao mesmo tempo, estava apavorada com a condição dele. Na hora perdi totalmente a cabeça, e saí do hospital sem rumo definido. Fiquei dirigindo nosso carro por algumas ruas, e depois liguei para minha mãe, pedindo que fosse buscar meus filhos na escola, e fizesse companhia a eles. Disse o que aconteceu e que eu precisava de um tempo para me equilibrar. Eu iria demorar. Mas não sabia nem aonde ir. Estacionei o carro em um parque arborizado da cidade, desci, e fiquei lá, sozinha, sentada em um banco, completamente perdida. Era como se o trauma do meu marido também me mutilasse. Estava apavorada. Sei que o destino sempre nos manda alguma luz na hora necessária. Mas não sabia onde buscar

Até que eu vi uma S.U.V. estacionar no parque, a uns 50 metros de onde eu estava. O motorista demorou a descer do carro. Eu fiquei observando.

Quando a porta se abriu, vi que era maior do que as portas normais, e foi quando reparei o motorista manobrar uma cadeira de rodas que se encaixava no local do motorista. Ele movimentava uns mecanismos para retirar a cadeira do carro, e desceu com elevador elétrico, aquela cadeira. Ele não movimentava as pernas, mas tinha os braços fortes, e depois de se acomodar conduziu a cadeira por um trecho relvado do terreno, até debaixo de uma árvore. Ficou lá parado, na sombra, observando a natureza à sua volta. Parecia pensativo e solitário. Não resisti e saí do banco, me aproximando dele. Com educação, perguntei:

— Olá, desculpe, posso me aproximar? Quero falar com você.

O homem, talvez uns dois anos mais velho do que o Giordano, cabelos já um pouco acinzentados, me olhou intrigado. Mas estava sereno. Repeti a pergunta e ele fez que sim. Depois perguntou:

— O que você deseja?

— Eu preciso falar com alguém. Me sinto perdida.

— O que se passa? – Ele perguntou.

— Estava aqui muito triste, meu marido acaba de sofrer um acidente, e perdeu o movimento das pernas. Soube hoje. Fiquei totalmente desnorteada, não sei como agir. Estava tentando concatenar as ideias. Nisso, vi você chegar.

Ele me olhou por quase dez segundos, me analisando, antes de dizer:

— Perdeu o movimento, definitivamente? Não tem recuperação?

— Não sei, é recente. Só soube hoje, ele esteve em coma. Ainda não sei, mas segundo o médico, parece ser definitivo.

Ele perguntou meu nome e eu disse. Ele então falou:

— Melinda, você tem que ser forte. Será um longo processo. Pode ser que ele se recupere, mas pode ser que não. O que é bem provável. O que aconteceu com o seu marido, vai afetar toda a família, de alguma forma. É inevitável. Eu também era casado, me acidentei na moto, em uma competição, fiquei destruído. Não tem volta. Meu casamento se desfez. Acabamos separados, pois eu não me perdoei estragar a vida dela, por culpa da minha desgraça. Eu ainda quero muito bem a minha mulher, quero que seja feliz, por isso, achei por bem me separar. Me tornei um solitário. Passei por muitos estágios para superar meu drama. Por sorte eu tinha recursos, e continuei trabalhando à frente da minha empresa. O seguro ajudou a deixar minha esposa amparada. Mas minha vida pessoal acabou. Sou penas um corpo com funções fisiológicas normais, um cérebro em perfeitas condições, e um meio corpo inútil que eu arrasto por teimosia. Se gosta do seu marido, prepare-se para um período difícil, pois ele vai passar por muitas fases terríveis, e quem estiver envolvido, acaba sendo afetado. – Ele explicou.

Eu ouvia cada vez mais assustada. Mas entendi que foi providencial aquele encontro.

Aquele homem, calmo, sofrido e experiente, aceitou me dar conselhos, e me ouvir, quis saber minhas dúvidas, e me esclareceu muito. De certa forma, resumiu alguns dos problemas e dificuldades que teríamos que enfrentar. Ficamos mais de duas horas conversando, quando ele me contou de muitos dos problemas que enfrentou, e como teve que superar as dificuldades, aprendendo a viver solitário e afastado da maioria, para não sobrecarregar a todos. Ele disse que talvez fosse o que o Giordano fizesse, um dia. Ele falou:

— Minha mulher tem outro parceiro agora. Está feliz. Eu estou feliz com isso. Meus filhos se recuperaram. Mas é muita coisa a ser enfrentada até chegar nisso. Você tem que ser muito forte.

Depois que ele se foi, eu estava muito abalada, porém, mais preparada para o que haveria de enfrentar. Eram quase 5 horas da tarde quando eu voltei para casa. Vivíamos numa pequena chácara, numa casa modesta, mas ampla, com três quartos, em um bairro de classe média alta.

Entrei na casa que estava completamente em silêncio. Cruzei a sala e fui para o corredor dos quartos. Espiei no quarto da Luli e vi minha filha, sentada em sua mesinha de estudos, desenhando. Ela me beijou afetuosa e queria saber do pai. Fiz sinal para que esperasse. Logo em seguida, o Max, apareceu. Ele caminhou até onde eu estava e o abracei muito apertado. Ele perguntou:

— Mãe, tudo bem com o papai?

Respondi tentando dar um toque otimista:

— O vosso pai finalmente despertou do coma, está lúcido, e recuperou a memória. Mas ainda está sob observação. Fará muitos exames. Prometo que levarei vocês para vê-lo, assim que for permitido.

Luli sorriu contente e soltou uma exclamação alegre:

— Oba! Que bom. Vou levar um desenho para ele.

Ela voltou a se distrair com o seu desenho. Agora tinha um motivo maior para o que fazia. Aproveitei e pegando nas mãos do Max, caminhei lentamente de volta ao corredor, até seu quarto, e me sentei na cama, fazendo com que ele se sentasse ao meu lado. Eu disse:

— Agradeço por você ficar aqui e cuidar de sua irmã para mim.

— Claro! - Ele me respondeu.

Max parecia muito calmo e controlado. Com ele eu podia ser mais específica:

— Seu pai está acordado, lúcido, mas temo que seus ferimentos sejam bastante graves, com danos irreversíveis.

A seguir, fui contando o que me havia dito o médico.

Max perguntou:

— Então, será uma longa recuperação? Quando ele vem para casa?

— Ainda não está definido. Ainda restam exames. O médico disse que dentro de alguns dias.

Max, havia amadurecido muito naquele período. Aquilo me dava certo alívio. Ele me olhava preocupado, e exclamou:

— Nossa! Eu não posso acreditar que tudo isso aconteceu. Parece que a senhora sabia...

Ternamente, eu fiz um afago no rosto dele, e tirei delicadamente o cabelo da franja dele de cima dos seus olhos com minhas unhas. Ele me olhava com seus grandes olhos de pestanas longas. Max era um rapaz forte e bonito, mais alto um pouco do que o pai, mas ainda bem inocente. Eu disse:

— Eu pressentia. Ele não me ouviu. Isso nos obriga, agora, a ficarmos mais unidos. Preciso muito do seu apoio. Estamos responsáveis por manter nossa família em harmonia e unida. Somos os dois que podemos nos amparar. E seu pai também vai depender de nós.

Após um breve silêncio, eu tentei disfarçar, mas o Max me ouviu fungar. Tentava segurar o choro.

— Não chore mamãe. Vai ficar tudo bem. Eu vou ajudar em tudo.

Eu me debrucei um pouco sobre o seu ombro forte. Disse:

— Eu sei querido.... É só...

— É só o quê? - Ele perguntou.

O dia estava acabando, e o sol havia se escondido. Mesmo na penumbra do quarto, eu sabia que ele podia ver os meus olhos tristonhos olhando para ele. Eu estava muito emocionada.

Fui para a cozinha e preparei o jantar para nós três. Jantamos com pouca conversa, e era notório o clima tenso que ainda estava presente.

Depois que eles me ajudaram a limpar a louça usada, e guardar, fui com a Luli para a cama dela, e fiquei ali contando uma história, até que ela adormeceu.

Eu me levantei silenciosamente e deixei o quarto. Fui ao meu quarto, me despi e tomei um banho. Depois, vesti um pijaminha tipo baby-doll de algodão com estampas de flores, bem delicado. A seguir, fui apagar todas as luzes e passei no quarto do Max. Ele estava em sua cama, lendo algo no seu tablet. Eu disse:

— Vim lhe dar um boa noite.

Ele usava um calção de pijama e eu me sentei ao seu lado. Dei um beijo em seu rosto e pedi:

— Posso apenas... deitar aqui com você por um tempo? Você se importa? Estou solitária. - Perguntei suavemente.

— Não, não me importo, de jeito nenhum, mãe. – Ele me disse, se afastando um pouco mais e recostando nas almofadas, me puxando pelo ombro, para me deitar ao lado dele. Eu estava mesmo muito abalada e carente.

Eu me descalcei dos chinelos e coloquei meus dois pezinhos sobre a cama. Aos poucos fui me aninhando até apoiar minhas pernas na perna dele.

Me aninhei como eu costumava fazer com o pai dele. Max estava deitado de costas e eu deslizei para junto dele, deitando-me de lado e descansando a cabeça em seu ombro. Eu precisava muito de carinho e amparo. Fiquei aninhada e ele me abraçou carinhosamente. Era incrível como ele estava crescido. Já tinha porte de um rapaz forte e elegante. A sensação de ter um corpo masculino, forte, e que me era muito querido, me reconfortava. Me lembrava muito o pai dele. Eu perguntei:

— Estou muito triste. Você vai me amparar um pouco?

— É claro, mãe! - Ele murmurou, me envolvendo com os braços.

Quando ele me abraçou, naturalmente, os meus seios se espremeram contra os músculos rijos do seu peitoral. Percebi que ele ficou meio sem jeito, mas eu não estava nem um pouco preocupada com aquilo. Fiquei um tempo parada e sentindo ele respirar meio contido, ofegante. Perguntei:

— Você está tenso por quê? Parece que nunca abraçou sua mãe.

Max, na sua simplicidade sempre sincera, respondeu:

— O seus seios parecem mais cheios, rijos e pesados, muito diferentes das meninas da escola.

Eu sorri daquela observação dele, depois disse:

— Com o tempo elas também terão seios como os meus. Mas depois de amamentar dois filhos, poucas delas terão seios firmes como os meus. Isso posso apostar.

Ele ficou pensativo. Não falamos mais nada por um bom tempo. Eu passei a mão em seu rosto e murmurei:

— Meu precioso bebê... você sempre adorava dormir encostado nos meus seios.

Max não disse nada. Apenas deu um sorriso.

Eu expliquei:

— Você está sendo muito forte, enfrentando a situação, e se torna uma força para mim.

— Faço qualquer coisa que você precisar, mãe. - Ele respondeu, me fazendo um carinho no braço.

Aproveitei para me aconchegar mais e deslizei a minha perna por cima de seus joelhos, fazendo uma espécie de afago, roçando o meu pezinho descalço na perna dele. Eu estava carinhosa, pois sempre fui muito sinestésica, sempre gostei de carinhos, afagos e abraços. Com meu filho eu me sentia bem à vontade. Max suspirou, estava animado com a sensação de aconchego em que estávamos. Mantive o pé fazendo um carinho suave, esfregando contra a sua perna. Ele me apertou mais contra seu peito. Eu murmurei:

— Obrigada querido. Me sinto protegida assim. Eu vou precisar muito de você, eu acho.

Ficamos em silêncio por um bom tempo e acabamos adormecendo. Várias horas depois, ouvimos barulho da Luli entrando no quarto.

— Mamãe!

Eu despertei e levantei a cabeça do peito do Max, vendo minha filha parada ao lado da cama, ainda de pijama. Havia claridade da manhã. Sorri contente para ela:

— Bom dia, raio de sol. Acordou sozinha, querida?

Luli olhou para o irmão e para o jeito que eu estava quase montada em cima dele.

— Por que você está na cama do Max?

Eu respondi com naturalidade:

— Eu estava muito triste ontem, seu irmão me abraçou, e adormecemos.

— Puxa! Caramba! Apaguei de uma vez. – Exclamou Max ao despertar.

Eu notei que ele ficou meio surpreso com a forma como eu estava deitada quase inteira sobre ele. Uma de minhas pernas, dobrada, estava sobre a sua virilha e os meus seios estavam agora apertados contra seu peito.

Alguns dos primeiros botões da minha blusa do baby-doll, haviam se aberto e ele podia ver meus seios quase saindo, esticando meu decote. Na hora pude sentir que uma onda de sangue entrava forte no pinto dele, fazendo-o enrijecer. Eu não me surpreendi. Sabia que era normal. Agi com naturalidade e disse:

— Costumo dormir abraçada assim com seu pai.

Naquele momento, minha filha perguntou:

— Ah, mamy, você vem me abraçar também?

Luli falava com a fofura do seu jeitinho meigo, que nenhuma mãe poderia resistir.

Eu sorri amorosa para ela:

— Bem, eu gostaria, mas já está ficando tarde, parece que é hora de você e seu irmão se prepararem para a escola.

Me sentei na cama e dei um abraço e um beijo no rosto dela. Luli se virou e saiu da sala meio desanimada:

— Ah, eu odeio ter de ir à escola.

Eu sorri novamente, então voltei a me deitar de bruços sobre a cama ao lado do Max, me apoiei nos cotovelos, olhando para meu filho ensonado.

— Bom dia, bonitão. Dormiu bem? - Disse carinhosamente

— Acho que caímos no sono, hein? – Ele me questionou.

— Sim, acho que sim. Eu gostei muito de você me amparar. Precisava mesmo desse apoio. Gostaria era que não tivéssemos que levantar. – Eu respondi, com um sorriso sincero.

Notei que a ereção do pinto dele estava agora em plena força e fazia volume no calção do pijama. Na hora, eu estava satisfeita de notar que meu filho reagia naturalmente ao meu contato físico, sem rejeição. Eu não tinha colocado malícia em nosso contato, até então, mas ao perceber que ele se sentia excitado, aquilo também me despertou. Foi automático. Meus seios latejaram e senti minha xoxotinha pulsar. Entendi ser uma reação normal. Era provocado pela carência em que eu estava.

Tendo me apoiado nos cotovelos, eu percebi que estava expondo muito mais os meus peitos. Os dois seios estavam escapando por cima do decote e notei o Max olhando boquiaberto para eles. Os bicos salientes dos meus seios já estavam aparecendo. Tratei de agradecer:

— Obrigada por deixar me aconchegar em você. Eu precisava muito desse seu apoio. Um braço que me amparasse.

Voltei a abraçá-lo e passei novamente a perna sobre as coxas dele, como estivera antes. Meio sem-jeito, ele respondeu:

— A qualquer hora, mãe. – Ele respondeu.

Notei que eu filho estava um pouco corado, e tímido. Ele não conseguiu controlar a ereção. Quando eu deslizei para fora da cama, a parte interna da minha coxa roçou de leve no músculo rígido de seu pênis. Foi involuntário, na mesma hora meus seios latejaram. Sentir o pênis rijo do meu filho, me despertou algo que eu não sabia explicar. Eu não acreditava que estivesse excitada também por conta daquilo. Para disfarçar, eu falei:

— Eu preciso preparar um bom café da manhã para vocês dois.

Max ficou deitado, meio desajeitado, tentando esconder a tenda armada no seu calção. Ele me disse:

— Sim, eu vou me levantar em seguida. – Ele olhou para o próprio membro empinado que erguia o calção, como se pedisse desculpas.

Eu estava ao lado da cama, coloquei as mãos nos quadris e sorrindo, respondi:

— Querido. Isso é natural. Você sabe, não precisa se envergonhar disso.

— Sobre o que? – Max parecia embaraçado.

Eu olhei diretamente para a saliência ainda óbvia no calção dele. Estava admirada com o tamanho da coisa. Depois voltei a olhar em seus olhos. Perguntei:

— O que acha?

— Ah, sim. - Ele murmurou timidamente.

Eu expliquei:

— Você pode ser meu primeiro filho, mas eu sei algumas coisas sobre garotos e rapazes, e já sabia bem antes de você nascer. Namorei bastante antes de me casar. Um pinto erguido não é problema. Isso aí, chama-se tesão, excesso de testosterona, e provavelmente, você fica assim todas as manhãs... estou certa?

Eu continuava com um sorriso irônico nos lábios. Ele confirmou:

— Sim... acontece. Bastante.

Eu sorri com satisfação, por estar num momento íntimo e descontraído com ele. Meu garotinho estava se tornando um homem. Curvei-me e cutuquei meu filho nas costelas, fazendo-o se contorcer.

— Veja, eu sei mais sobre você do que você pensa.

Eu me virei e segui caminhando em direção à porta. Meu andar é naturalmente sensual. Quando cheguei na porta, olhei para trás e vi que ele continuava me olhando, observando meu corpo e meu andar rebolado. O olhar dele de homem é que havia mudado.

Antes de sair, espiei novamente, e, sorrindo, com certa cumplicidade, quase travessamente, dei uma piscadela para ele. O calção subiu bruscamente quando a ereção dele saltou como mola. Eu disse:

— Relaxa, filho. É assim mesmo.

Saí caminhando com minhas nádegas carnudas rebolando em direção ao corredor.

Me sentir admirada como mulher pelo meu filho foi algo que me deu uma grande satisfação. Não via nenhuma maldade naquilo. Ouvi ainda o Max exclamar em voz baixa, consigo:

— Puta merda. O que é isso? O que está acontecendo?

Entendi que era natural o seu estranhamento. Meu garoto estava se descobrindo homem. Mas aquilo também mexeu comigo de alguma forma.

Preparei o café da manhã com ovos mexidos, panquecas, e torradas com queijo, leite e café. Os dois desceram e comemos juntos e em harmonia. Mas ainda estávamos bastante traumatizados com as notícias e não falávamos muito. Depois do café, os filhos foram para as aulas.

Naquela manhã, arrumei a minha casa, preparei o almoço, e fiquei a pensar no que havia acontecido com a gente. Cada vez mais eu sentia que precisaria manter meus filhos muito unidos e cientes de que deveríamos nos esforçar ao máximo para ajudar o Giordano. Mas a minha vida conjugal tinha sido seriamente abalada. E isso me angustiava.

As palavras e ensinamentos do homem deficiente que conheci no parque, foram muito importantes para me conscientizar do que estava por vir. Ele de certa forma me alertou para sentimentos que Giordano e eu teríamos, e os filhos também.

De tarde, após o almoço, eu levei os filhos para ver o Giordano no hospital. Mesmo com o capacete de ataduras de gaze que ainda cobria sua cabeça, e os ferimentos cicatrizando, Giordano já parecia melhor. Um dos braços ainda engessado, e com faixas imobilizando as costelas, ele estava na cama, com as pernas cobertas por uma manta. Luli se aconchegou ao lado de seu pai e eu sentei-me do outro lado dele. Max sentou-se em uma cadeira bem perto.

— Eu senti sua falta papai. - Luli disse.

Giordano beijou a filha na testa.

— Também senti sua falta, minha princesinha.

Ela apertou o pai num abraço no pescoço.

— Eu quero que você volte para casa.

Eu, preocupada, pedi:

— Luli, querida, tenha cuidado, seu papai ainda está bastante dolorido.

Ela o beijou na bochecha.

— Desculpe, papai. Está dolorido?

— Um pouco, ainda. Mas já estou quase bom. – Ele respondeu.

Giordano olhou para o filho.

— Tudo bem, meu garoto? Como vai essa força?

Giordano era um incentivador do filho nos esportes, e tinha orgulho de seus resultados na escola.

— Estou bem, pai. – Max respondeu. Era visível a sua comoção.

Luli pareceu ficar com ciúmes porque a atenção do pai foi desviada dela. Então disse:

— A mamãe dormiu na cama do Max essa noite.

Tentei repreender:

— Luli, não faça isso.

Ela respondeu:

— Mas, foi o que aconteceu. Não foi?

Eu olhei para o Giordano que me olhava com um sorriso, mas parecia curioso. Eu esclareci:

— Max e eu estávamos conversando depois que cheguei em casa, fui dar boa noite, e exausta, adormeci na cama dele. Acordei pela manhã.

Luli estava enciumada:

— A mamãe estava deitada quase em cima dele esta manhã.

Tratei de cortar:

— Luli, que feio, isso! Você está com ciúmes do seu irmão? Eu estava dando um abraço no Max quando você entrou...

Olhei para o Max:

— Não estava, Max?

Max assentiu, sabendo que eu estava mentindo. Pois ele acordou comigo em cima dele.

— Sim. Foi isso. – Ele confirmou. — Luli está com ciúme.

Giordano, cortou a conversa, tentando retomar o clima de harmonia:

— Bem, eu tenho boas notícias. O médico disse que posso voltar para casa em poucos dias. Meus exames estão dando bons resultados.

— Ebaaa! - Luli comemorou.

— Vou ter que voltar aqui para fazer fisioterapia três vezes por semana, mas fora isso, estarei pronto para voltar para casa. – Giordano tentava elevar o moral de todos.

Eu peguei em sua mão e sorri mostrando alegria:

— Isso é ótimo, querido.

— Sim, que incrível, pai. - Acrescentou Max.

Eu me levantei. O médico havia pedido para não cansar o paciente. Eu disse:

— Bem, é melhor eu levar as crianças para casa para que possam começar a fazer o dever de casa. E você precisa repousar ainda.

— Ah, eu quero ficar mais com o papai. - Luli choramingou em protesto.

Giordano com apenas um braço operacional a abraçou com força.

— Fique tranquila, querida. O papai estará em casa em alguns dias.

Eles deram seus abraços e se despediram, e Giordano nos observou. Nossos olhares se cruzaram e notei que ele me olhava, com grande tristeza. Estava feito e não adiantava lamentar. Reparei que ele me observava em todos os detalhes, e eu sabia que na cabeça dele, passava o filme do “antes e depois” do acidente. Nada podia fazer.

Eu estava usando uma saia jeans de cintura baixa, que era bem justa, parecia ter sido esculpida em torno do meu corpo. E também usava uma camiseta branca, de algodão canelado, bem justa, bastante sexy, com um sutiã meia taça também branco, sustentando meus seios. E calçava sandálias de couro natural e plataforma de cortiça, com salto de 6 centímetros. Meus dedinhos perfeitos estavam expostos, com as unhas pintadas de vermelho. Não havia dúvida de que ele notava que sua esposa ainda estava jovem e bela. Eu me vestia assim naturalmente, mas inconscientemente, naquele dia, eu estava agindo com mais sensualidade para mostrar o que ele havia perdido. Não queria magoá-lo, gostava muito do meu marido, mas de certa forma, era uma vingança, ainda estava revoltada com ele, por ter feito o que fez. No fundo, eu não o havia perdoado, estava ainda magoada com o que aconteceu, por teimosia e irresponsabilidade dele.

Mais uma vez, eu me lembrei de quando olhava para nossa imagem refletida no espelho do quarto, enquanto fazíamos amor, tantas vezes, ao longo dos anos. Lembrei de ver as minhas pernas douradas pelo sol, cruzadas em sua cintura, enquanto mantinham o corpo musculoso e viril do meu marido, preso entre elas. Seus músculos tensos. Sua bunda rija e suas pernas fortes. Meus pezinhos sensuais descalços suspensos, se flexionando e os dedinhos esticados com o prazer do sexo. Eu senti novamente meus seios latejando. Por mais que eu não parasse para pensar naquilo, a carência sexual estava mais presente a todo o instante. Isso me deixava tensa.

Giordano, me observava, admirando, e normalmente eu sabia que ele sentiria seu pênis ficar duro ao me ver assim, sensual. Só que desta vez, parecia que nada estava acontecendo. Meu marido se mostrava apático, sem brilho, e sem alegria. Ele estava tomando consciência da gravidade da nossa situação. Seu corpo não obedecia ao estímulo sexual. Meu peito se apertava ao antever o drama que teríamos que superar dali em diante.

Saímos do quarto e fomos pelo corredor. “DING”... A porta do elevador se abriu e pouco antes de entrarmos eu estendi a mão lentamente e segurei na de Max, entrelaçando os dedos entre os dele, e com a outra mão fiz o mesmo com a Luli. Precisava manter nossa união, e eu me sentia frágil novamente. Entramos no elevador, deixando Giordano para trás.

Mais tarde, naquela noite, Max me ouviu chamar de dentro de seu quarto:

— Max!

— Aqui mamãe.

Abri a porta do armário e entrei.

Max estava em seu grande closet. Ele havia adaptado um canto do quarto, para ser o seu ambiente de estudo e distração. O armário embutido que ocupava toda uma lateral do quarto, ia até na parede, mas uma porta do armário, dava entrada para aquele canto escondido, um espaço de um metro e meio por dois, com uma janela, que ele apropriadamente chamou de sua "Caverna do Homem". Ele estava sentado em uma cadeira de balanço acolchoada, suspensa por um grande suporte de metal preso ao teto, e cercado por muitas de suas coisas favoritas.

Max ergueu os olhos de seu laptop, onde conversava com amigos por uma rede social.

Eu sorri e disse:

— Eu sabia que você estaria em sua caverna.

— Você me conhece. - Disse ele.

Eu entrei e fechei a porta do armário atrás de mim. Meu cabelo ainda estava úmido e penteado para trás, pois eu saíra de um banho. Eu vestia apenas um curto roupão branco de seda. Meu traje favorito em casa. Falei:

— Bem, finalmente consegui fazer sua irmã dormir. Ela ficou enciumada de me ver abraçada com você. Ficou chorona. Tive que ficar com ela também.

Max riu:

— Ela sempre vai disputar a atenção.

— Eu amo os dois da mesma maneira. Mas preciso muito do seu apoio, sinto muita falta de um abraço forte e seguro. Você está sendo muito importante para mim – respondi.

— Você pode me abraçar, sempre que quiser. - Ele acrescentou.

Eu sorri satisfeita enquanto passava em frente a um grande pôster na parede, de uma bela moça só vestida com um sutiã branco de renda, quase transparente, e uma calcinha do mesmo conjunto. O bronzeado profundo da modelo era quase do mesmo tom que o meu. Eu disse:

— Ela é bonita. Quem é?

Max olhou para o pôster.

— Uhhh, é uma instrutora famosa. Criou um programa fitness na internet, para pessoas sem recursos, chamado Jornada das Divas Insanas. O nome dela é Lys. Eu a sigo na rede social.

Apontei o sutiã quase transparente da mulher:

— Que engraçado, acho que tenho o mesmo sutiã que ela.

— Realmente? - Max perguntou.

— Sim, só que eu não comprei a calcinha combinando. Agora que vi.

Eu me aproximei e me sentei em um pequeno banco bem na frente dele. E apoiei as palmas das mãos na lateral do banco, junto dos quadris. O roupão que eu usava se abriu um pouco em baixo expondo minhas pernas lisas e desnudas. Max me observava atento. Era inevitável que, naquela posição, projetasse um pouco meu peito para a frente, e o decote do roupão revelava parte dos meus seios. Mantive minhas pernas juntas com os joelhos ligeiramente inclinados para o lado, para não expor minhas intimidades. Meu corpo ainda exalava o cheiro doce do creme hidratante de Aloé-vera recém-aplicado, e minhas pernas bronzeadas pareciam quase tão macias e brilhantes quanto o roupão de cetim que eu usava. Não era mais inconsciente, e nem involuntário, eu estava gostando de provocar a testosterona do meu filho. Mas naquele momento, não me passava pela cabeça, nada além disso. Era apenas um joguinho superficial se provocação que eu podia fazer.

— Então, você deve estar mais animada, já que o papai finalmente vai voltar para casa - Ele me disse.

— É.… sim... eu acho. Eu respondi sem muito entusiasmo.

— Vai ser uma grande mudança para ele, hein? – Ele perguntou.

Olhei para ele, com um sorriso triste:

— Vai ser uma grande mudança para todos nós, querido. E é mais ou menos sobre isso que eu queria falar com você.

Max me ouvia atento.

— Eles estão mandando seu pai para casa com sua cama hospitalar, uma daquelas sofisticadas, grandes, elétricas, automatizadas. Ele vai utilizar também uma cadeira de rodas. Não tem movimento da cintura para baixo, então vai precisar de muito espaço. Conversei com sua avó, que me deu uma ideia. Terei que retirar a cama de casal do meu quarto. Eu pensei que, talvez, se você não se importasse, se pudéssemos trazer a minha cama de casal king-size para cá, então, eu poderia dividir seu quarto com você por um tempo. Até ver se seu pai se recupera.

Notei umas rugas de preocupação no semblante dele. Max perguntou:

— Você quer dizer, aqui no meu quarto, para... dormir... aqui... juntos?

Eu achei graça do jeito dele.

— Claro... amor. Isso é o que você faz sendo parceiro de quarto. Dividiremos a minha cama que é grande. Você se importa?

Max sorriu sem jeito.

— Bem, eu não... hum, eu não me importo. Faço o que eu puder fazer para ajudar, mamãe.

Tratei de adiantar:

Eu sei que seu pai não vai gostar muito da ideia, mas ele vai entender. Ele tem que aprender a lidar com a realidade de sua lesão. E ele precisa ter motivação para querer superar suas limitações. É assim que terá que ser por enquanto.

Max assentiu, ainda parecia em dúvida de alguma coisa com o meu pedido.

— Está bem. Concordo.

— Obrigada, querido. Mas, me diga: Tem certeza de que você ficará bem em ser colega de quarto da mamãe? – Eu perguntei com um sorriso.

— Sim claro. – Ele tentava ser convincente, mas era tímido.

Eu então, coloquei as mãos nos joelhos, inclinei-me um pouco para a frente, e falei:

— Você sabe, querido... dividir um quarto comigo pode ter suas vantagens.

Max me olhava desconfiado:

— Que tipo de vantagens? - Perguntou.

Eu olhei para o pôster da mulher quase nua na parede, e depois para ele. Respondi:

— Você vai ver. - disse, com um sorriso malicioso.

Max desconversou:

— Se o papai está voltando para casa neste final de semana, como vamos trazer todas as suas coisas para cá até sábado?

Eu resolvi revelar o que havia pensado:

— Bem, vou contar uma coisa que imaginei. Por que não mantemos você em casa amanhã? Assim podemos passar o dia arrumando nosso quarto.

Max fez uma expressão satisfeita:

— Oh, que ótimo, e só agora você me diz, depois que eu fiz todo aquele dever de casa?

Comecei a rir, depois respondi:

— Ah, o dever é importante. Tem que ser feito, sempre. E pare de choramingar, você está começando a parecer a sua irmãzinha.

Max reagiu:

— Não estou choramingando. Você está é tirando onda com a minha cara, mãe.

Eu dei um sorriso mais divertido ainda, me levantei, e o movimento fez meus seios balançarem sob a cobertura fina do roupão. Respondi:

— Bem, é verdade, acho que você está certo. Estou apenas provocando você, que está sem coragem de dizer que ainda não se convenceu que será bom dividir o quarto comigo.

— Não é bem isso... – Ele tenteou argumentar.

Eu pedi:

— Deixa de história. Levante-se e me dê um abraço. Você há pouco tempo sonhava em poder dormir na minha cama comigo muitas vezes, e agora que cresceu, está me evitando?

Max se levantou e eu o abracei. Notei que a sensação de ter meus seios quentes sem sutiã contra seu peito jovem, quase o deixou sem fôlego. Vi seus pelos do braço se arrepiarem. Eu gostei de ver que ele reagia àquele contato.

Eu estava sentido um grande prazer em fazer aquele jogo de provocações com meu filho. Não colocava ainda maldade, mas sim, usava um pouco de malícia, me distraindo em ver as reações do meu rapaz. Eu não queria admitir, mas no fundo estava gostando de sentir que eu mexia com ele, se uma forma que ele ficava excitado.

Até naquela manhã, eu não tinha ideia do que estava acontecendo, mas, tentava resistir a aceitar que meu estado de carência, de desequilíbrio afetivo e emocional, em função do drama provocado pelo acidente do meu marido, buscava uma válvula de escape, de compensação, justamente onde eu poderia me sentir mais segura. E era justamente dentro da minha casa, e com o meu filho, que já era praticamente um adulto. Eu disse:

— Não fique acordado até tarde. Você e eu temos um dia agitado amanhã.

— Está bem. Eu não vou dormir tarde. – Ele respondeu.

Eu já ia saindo, mas então, parei na porta:

— Ah, e eu vou fazer um acordo com você... porque eu vou precisar de um pouco de espaço no armário. Vou deixar você ficar com a Caverna do Homem, mas em troca me deixe embelezar nosso quarto.

— Enfeitar? Como assim? - Max perguntou.

Eu estava apenas provocando:

— Você sabe. Algumas rendas delicadas... cortinas rendadas, muitas almofadas brancas e fofas e rosa pálido. Você viu meu quarto.

Max deu uma risadinha, percebendo a minha intenção:

— Oh, certo... ok, eu acho. Vai dar seu estilo. Faça como quiser.

— Vai ser bonito... e confortável... você vai ver. - Eu disse com uma piscadela enquanto saía pela porta.

Na manhã seguinte, Max entrou na cozinha e já me encontrou na pia, falando no meu telefone celular. Luli estava à mesa, mastigando um pouco de cereal. Ela disse para ele:

— Mamãe dormiu comigo hoje!

Max olhou para ela, sorrindo, depois falou:

— Não provoca, depois você chora. Ela vai dormir comigo hoje e amanhã também.

Eu ao telefone consegui que o Giordano me atendesse:

— Oi, querido, sou eu... como você está esta manhã?

Enquanto eu falava com o meu marido, reparei que o Max me observava, atento aos meus movimentos, mesmo tomando seu desjejum. Eu estava vestindo um top branco e um short bem curto, rosa choque, de Lycra. Ainda estava descalça. Eu disse ao meu marido:

— Ouça, eu provavelmente não vou aparecer no hospital hoje... estou segurando o Max em casa, para que possamos fazer alguns arranjos e adaptações, antes de você voltar para casa amanhã.

Luli olhou para o irmão:

— Você pode ficar em casa é? E eu? Não é justo!

— Vou ajudar a mamãe hoje. - Disse ele.

— Eu também quero ajudar. - Luli choramingou.

Eu caminhei descalça até à geladeira para guardar algo. Notei que Max me observava. Eu disse ao telefone:

— Bem, querido, você vai precisar de espaço no quarto principal, a sua cama elétrica, e a cadeira de rodas são grandes. Então, decidi que o Max e eu vamos dividir o quarto dele, por um tempo.

Luli não se conformava:

— O quê? Você vai dividir o quarto com a mamãe?

Ela parecia muito irritada. Não respondi, pois, continuava ao telefone:

— Giordano, eu já conversei com Max, nos acertamos, e ele está bem com isso...

Meu marido ainda tentou argumentar, não estava contente, mas eu contestei:

— Ah, não, me desculpe, sinceramente, eu não vou dormir com você em uma dessas malditas camas de hospital. Aliás, nem cabemos os dois. E você está convalescente.

Luli olhou para o irmão:

— Eu quero ficar no quarto da mamãe, com o papai.

— É melhor você comer logo, você vai perder o ônibus. - Disse o Max.

Eu continuei a explicar ao Giordano:

— Querido, eu sei que você tem que usá-la... sua cama agora é necessária, e tudo bem. Vamos nos livrar da cama do Max, guardar na garagem, e usar a cama king size para ele e para mim.

— Não é justo, Max, você vai dormir com a mamãe. - Luli estava quase chorando no momento.

Olhei para o relógio e depois para minha filha. Comandei:

— Luli, o ônibus escolar, querida, já vai passar. Se apresse.

— Eu sei. - Luli disse, se levantando, pegando sua mochila e indo embora, meio emburrada. Nem me deu um beijo.

Enquanto me observava falar com seu pai ao telefone, o Max não tirou o olhar das minhas pernas bronzeadas. Eu notei de canto de olho. Max estava com um olhar diferente desde a véspera. Eu falava com o Giordano:

— Eu sei, querido, e sabia que você não iria gostar disso, mas, entenda, amor, é assim que tem que ser agora. Pelo menos por um tempo. Sinto muito. Se precisar de algo, basta chamar e iremos ajudar.

Então, eu me virei para o filho, recostando-me na pia. E completei:

— De qualquer forma, querido, agora, eu tenho que ir... o pobre Max está sentado aqui na copa, esperando pacientemente, para me ajudar. Eu ligo esta tarde... também o amo muito... beijo... tchau.

Desliguei. Olhei para o Max. Ele olhava fixamente para a minha xoxota, que devia estar sendo modelada pela malha fina do short de Lycra. Eu disse:

— Bem, acabou que aconteceu como eu pensei que seria. O seu pai reclamou um pouco, mas entendeu.

Max parecia preocupado:

— Mãe, eu estive pensando... a cama de vocês é enorme. Será que vai caber no meu quarto? E minhas coisas? - Max perguntou.

Eu sorri, paciente, e com minhas unhas tirei a franja de seus cabelos que insistia em cair sobre seus olhos. Respondi:

— Bem, pode ser que a cama seja grande, temos que tentar, e vamos fazer caber... de um jeito ou de outro. Se não couber, compraremos uma que caiba.

Fomos fazendo por etapas, primeiro desmontamos a cama do Max, e colocamos as partes no fundo da garagem, encostada à parede, inclusive o colchão. Depois, com calma, daríamos um destino a ela. A seguir, fomos levando a cama de casal, também por partes, para o quarto dele. Primeiro a estrutura da base, depois os pés e a cabeceira.

Encaixamos as partes do estrado e vimos que cabia, mas ficava bem menos espaço livre para circular em volta. Por fim, tivemos mais trabalho para levar o grande colchão, fazê-lo passar inclinado pela porta, e depois, com jeito, o colocamos sobre o estrado. Teve um momento que eu me desequilibrei, e quase caí, quando tentava manobrar o colchão. Max me amparou me abraçando por trás. Uma vez que encaixamos o colchão no lugar, eu caí de costas sobre a cama, exclamando:

— Meu Deus, esta cama é mesmo um monstro. Mas é muito boa.

Me acomodei melhor me arrastando até ao meio da cama.

— Ainda não acredito que conseguimos colocar isso aqui. - Disse o Max.

Eu puxei umas almofadas que estavam ao lado, coloquei para encostar e chamei:

— Venha, se deite aqui. Venha descansar comigo um minuto.

— Acho bom mesmo. Estou precisando. Disse ele, rastejando para cima do colchão e se esparramando de costas ao meu lado.

Aproveitei para me aninhar novamente, colocando um braço e uma das pernas sobre ele. De novo, estava meio abraçada a ele. Max parecia sem-graça e soltou um suspiro cansado. Eu levantei a cabeça para olhar em seus olhos.

— Você está bem? – Perguntei.

— Sim, por quê?

Eu tinha um sorriso brincalhão:

— Está suspirando. Só quis ter certeza.

— Certeza por quê? – Ele não entendeu.

— Da última vez que estivemos assim, abraçados, você estava ficando de pinto duro.

Eu disse aquilo ainda sorrindo, com jeito brincalhão.

— Caramba, mãe. Foi mesmo! Você está me zoando? - Ele corou um pouco, sem-graça.

— Não, querido. Só me lembrei que você estava... ficou de pinto duro, e procurava ocultar, como se eu não pudesse ver. Ficou sem-graça, queria esconder.

— Sinto muito... simplesmente aconteceu, não tive controle.

Eu comecei a rir:

— Querido, não se preocupe, eu só estou brincando com você. Isso realmente não me incomoda. Ereções do pinto são uma função natural do corpo de um rapaz. Você vai ter muitas. E agora que somos colegas de quarto, então, eu não quero que você fique com vergonha, ou sinta que tem que se esconder, toda hora que seu pau ficar duro. Vai acontecer muitas vezes. Não me incomoda. Estou acostumada, seu pai também tinha muitas ereções. Melhor relaxar e deixar ser, toda vez que acontece, ok?

Max assentiu, ainda um pouco tímido.

Eu fiquei olhando direto e firme para ele com os meus brilhantes olhos verdes, e expliquei:

— Olha, estamos dividindo um quarto, querido, o que significa que vamos passar várias horas juntos aqui, na mesma cama, e certamente vamos ver muitas coisas. Coisas que provavelmente não veríamos normalmente. Só a intimidade dá essa condição. Apenas me prometa que não ficará envergonhado com suas ereções, quando isso acontecer, ok? Precisamos ficar bem e quero que fique muito à vontade comigo.

— OK - Max assentiu com um sorriso. Parecia mais aliviado.

Eu queria quebrar logo a barreira de timidez dele, então falei:

— Bom, porque se você ficar envergonhado... eu vou fazer cócegas em você. – E logo cravei as unhas nas costelas do filho.

Max riu, nervoso, pois sei que sente muitas cócegas, e tentou recuar para escapar dos meus dedos. Na hora, eu o puxei pelos ombros, então, joguei a perna em cima de sua cintura, para bloqueá-lo, e montei a cavalo sobre ele. Max relutava, empurrou seus quadris para frente, tentando resistir ao meu ataque. Eu ria divertida cutucando sua cintura, enquanto cavalgava a sua virilha, coloquei o peso do meu corpo, apertei as coxas e tratei de prender meus pés em baixo do seu corpo, para imobilizá-lo. Ele corcoveava como um cavalo bravio, entendo expulsar a peoa de cima dele, mas eu estava bem montada. Com os movimentos agitados, meus seios que estavam sem sutiã saltavam para cima e para baixo forçando o meu top, até escaparem pela parte superior. Os bicos já estavam de fora.

Max parou de resistir e deu um sorriso meio surpreso:

— Mãe, você vai perder o seu top.

Eu não mexi no top. Agarrei as mãos dele e as prendi contra o colchão. E falei:

— Essa é uma possibilidade. Mas não tem nenhum problema também.

Com a minha postura inclinada para frente, Max estava diante de uma visão muito próxima dos meus peitos. E eu estava deixando de propósito.

— Como assim? O que quer dizer com isso? – Ele perguntou.

Eu o olhava bem nos olhos, com um sorriso confiante:

— Este agora é o meu quarto também, lembra? Então, se meus peitos saírem da blusa, enquanto eu estiver fazendo cócegas em você... não vou me incomodar. Você já viu meus peitos muitas vezes, até mamou neles por anos a fio, então, acho que você vai ter que aprender a lidar com isso.

Ele aproveitou que eu me distraí e disse:

— Lide você com isso!

Rapidamente, ele deu um salto brusco e rolou comigo me deixando de costas na cama. Eu soltei um grito, surpresa, e um riso brincalhão, encarando meu filho em cima de mim, ainda encaixado entre as minhas coxas. Eu não o havia largado. Na mesma hora, eu levantei mais ainda as pernas nuas e as envolvi em torno da cintura dele. Ficamos rindo, ofegantes. Naquela posição, o púbis dele pressionava o meu púbis. Dava para sentir o calor que se emanava dali. Na mesma hora, paramos de rir, e nos vimos compartilhando um olhar prolongado. Foi inevitável. Na hora, de imediato, ligou um botão dos sentidos. Eu pude sentir quando o membro dele reagia e ganhava volume. As sementes do desejo proibido estavam apenas começando a brotar, e nós dois estávamos vivenciando aquilo. Houve uma comunicação silenciosa, mas cúmplice. Eu percebi que estar tão perto, encaixados, e flertar com sua própria mãe voluptuosa, foi algo que provocou uma mudança repentina e absoluta no meu jovem filho. E para mim, ter meu próprio filho rapaz, despertando para o desejo sexual, entre as minhas pernas, encaixado no meu ventre, era absolutamente emocionante. Não via aquilo como algo maldoso, apenas era gratificante para uma mãe que tem orgulho do filho varão. Eu nunca tive grande formação religiosa e puritana, então, não me abalava. E era também provocante aquela sensação.

Max parou, estático, eu afrouxei as pernas, ele se ergueu e saiu da cama, tentando ao máximo esconder sua ereção crescente. Ele falou:

— Acho que devemos voltar ao trabalho, hein?

Eu me virei, levantei um pouco o corpo, apoiando-me em um cotovelo, e olhei para ele com um sorrisinho travesso. Eu estava muito excitada naquele momento, e não queria parar. Eu disse:

— Volte aqui. - Falei suavemente, fazendo um gesto para ele com o dedo.

Max olhou fixo para mim por um segundo. Notei seu estado de excitação com as narinas dilatadas.

Minhas longas pernas desnudas estavam dobradas e ainda separadas, o shortinho bem apertado, modelava meu púbis, e a blusa puxada deixando a barriga de fora.

No decote, os peitos ficaram fora do top, revelando o bico dos meus seios empinados. Eu o dominava com o olhar. Ele não resistiu. Rastejou de volta para cima do colchão. O movimento era erótico e me incendiou. Eu o guiei de volta para ficar entre minhas pernas. Mais uma vez, eu as joguei ao redor da cintura dele, desta vez cruzando os meus tornozelos juntos bem acima de sua bunda, prendendo-o firme numa chave de perna. Eu podia sentir a óbvia protuberância do seu pau duro pressionado conta meu corpo. Aquilo era muito provocante. Eu disse:

— Combinamos. Nós não vamos ficar envergonhados com isso, lembra?

— Sim, sim... eu me lembro. - Max confirmou, ainda um pouco timidamente.

Eu sentia a rola dele bem dura dando pequenos solavancos encostada na minha virilha. Meu corpo fervia por dentro. Estava muito excitada, e toda arrepiada. Eu questionei:

— Ficar de pau duro não é crime. Ainda mais para um rapaz viril como você. Então, não vai mais tentar esconder quando ficar assim, certo?

Max assentiu.

— Está bem.

Eu sorri satisfeita. Levantei a cabeça e plantei um beijo rápido nos lábios dele.

— Obrigada. Eu sussurrei. E expliquei:

— Fique sossegado, sou sua mãe. Não tenha vergonha de nada. Temos que ter essa intimidade, sem constrangimento. Vamos dormir juntos agora.

Então, destranquei as pernas e deixei ele solto. Observei meu lindo rapaz recuar e se movimentar para sair da cama. Disse:

— Você cresceu meu amor. Está enorme.

Eu olhava para o volume do pau dele duro dentro do calção. Ele só concordou com a cabeça. Eu me levantei também, me recompus, e fomos terminar a nossa mudança e arrumação. Foi muito bom ter conquistado aquele nível de intimidade. Mas, não falamos mais no que havia acontecido.

Antes do meio-dia, conseguimos tirar a maioria de minhas coisas do quarto principal, e deixamos bem livre para a nova cama do Giordano que viria, mas o novo quarto do Max e meu agora estava uma bagunça desorganizada.

Max desceu com uma das últimas caixas do meu armário:

— Ei, mãe, o que é isso? É uma caixa onde está escrito: “lua de mel”.

Max entregou-me a caixa. Coloquei sobre a cama e a abri.

— Ah, essas são coisas da lua de mel, que seu pai e eu passamos no México.

Max ficou curioso:

— Como assim? Coisas que vocês compraram lá?

— Sim – eu confirmei, examinando os itens.

— Parece um biquíni. - Disse o Max.

Eu peguei um biquíni cor-de-rosa, minúsculo, de dentro da caixa.

— É.…, é o que eu usei na praia, praticamente o tempo todo em que estivemos lá. – Expliquei olhando a peça.

Max olhou para os pequenos pedaços de tecido.

— De jeito nenhum isso é seu biquíni. É mínimo. - Disse ele brincando.

— Pois é mesmo. Eu usei na viagem.

— Você cabe aí dentro? – Ele duvidava.

— Eu tenho que provar isso? – Perguntei, segurando o biquíni.

Max sabia sua resposta, mas não queria parecer muito animado.

— Se você quiser, eu acho que sim.

Peguei no biquíni e falei:

— Bem, se eu experimentar, vou ter que fazer isso antes que sua irmã chegue da escola.

Por quê? – Ele não entendeu meu comentário.

— Não é o tipo de roupa que eu uso atualmente. Não gostaria que ela me visse com ele. Talvez não sirva mais em mim mesmo. Mas quero provar.

Max se justificou:

— Eu só estava brincando, mãe. Você realmente não precisa.

Ele parecia um pouco surpreso por eu ter levado sua piada tão a sério. Eu sorri uma risadinha de gozação:

— Na verdade, eu não me importo em provar. Eu estava mesmo querendo experimentá-lo de novo de qualquer maneira. Apenas me faça um favor e baixe as persianas das janelas. Nós não precisamos que os transeuntes lá fora me vejam desfilar por aqui com essa roupa.

Max se movimentou e foi fechar as persianas. Eu carreguei o biquíni para o banheiro, e disse:

— Volto em alguns minutos.

No banheiro, que fica entre os quartos dele e da Luli, eu me despi do short e do top, e coloquei o biquíni. De fato, era algo que eu há muito desejava fazer.

Era um modelo bem pequeno, comprado numa loja brasileira em Cancun, de amarrar dos lados, e com sutiã modelo cortininha. Na minha lua de mel eu era uma jovem mais esbelta, e era normal usar aquilo. Com os anos, eu havia ganho um pouco mais de volume.

Me olhei no espelho. A parte de trás, que era pequena, entrava para dentro do rego, deixava minhas nádegas quase todas de fora. A parte da frente era pequenina e envolvia completamente apenas minha xoxota como se fosse um estojo feito sob medida. Mas não estava muito fora do meu tamanho. Havia modelos ainda menores em moda. Ainda poderia usá-lo se quisesse. Finalmente, eu fui saindo do banheiro e me aproximando do quarto. Falei:

— Apenas lembre-se, eu sou um pouco mais robusta agora do que aos 18 anos.

Quando eu entrei no quarto, Max literalmente ficou de queixo caído. O minúsculo biquíni mal cobria as partes que deveria tapar e ele nunca havia me visto em um modelinho daquele tipo. Partes laterais dos meus seios estavam expostas. O sutiã estreito cobria apenas um pedaço do seio. O biquíni se ajustava perfeitamente ao redor do meu corpo curvilíneo de meia-idade, e a parte de baixo ficou tão justa que literalmente se moldava ao redor da minha xoxota. Atrás, o pequeno triângulo de tecido fino deixava minha bunda quase toda de fora. Eu estava bronzeada, pois tomo sempre muito sol pela manhã, no nosso quintal, mas apareciam partes não bronzeadas da pele e formava um belo contraste contra o tecido de malha cor-de-rosa que tornava a coisa ainda mais provocante. Nem eu fazia ideia de como ficaria antes de experimentar.

Eu parei no meio do quarto, diante dele, com uma perna erguida e o pé apoiado sobre um banquinho, coloquei as mãos nos quadris, rebolei um pouco como se fosse um desfile, e dei um sorriso brincalhão para o filho:

— Bem, aqui está. O que você acha?

Max mal conseguia falar.

— Nossa! Agora entendo por que você quis fechar as persianas.

Eu achei graça do jeito dele. Então me virei, exibindo meu traseiro e dando uma reboladinha.

— Fiquei bem? – Perguntei.

— Oh, uaaau! Demais! - Max murmurou.

Não era um fio dental, mas estava longe de ser um biquíni modesto. As minhas nádegas carnudas e rijas literalmente se escapavam do biquíni.

E eu tenho aquele tipo de bunda empinada, graças à muito exercício, que imaginava que um rapaz da idade de Max sonha. Eu disse:

— Bem, definitivamente está confortável, mesmo eu tendo aumentado um pouco meus volumes. Talvez volte a usar.

— Está demais, mãe! Arrasou! – Falou o Max.

Nesse momento, ouvimos:

— Alguém em casa? – Era uma voz feminina vinda da porta da frente.

A voz assustou o Max, mas eu permaneci calma, enquanto olhava pela porta para o corredor. Eu gritei:

— Aqui no quarto, mamãe!

Max me olhou como se eu fosse louca. Parecia surpreso com minha reação. Eu sorri para ele, tranquilizadora:

— Está tudo bem... é só a avó. Ela não liga.

— Mas... – esboçou ele.

Saphira, minha mãe, surgiu na porta com um sorriso enorme. Ela é uma linda mulher madura, de 57 anos. Sou, digamos, uma cópia fiel dela, e ele tem seios empinados e tudo. Nossa genética foi muito favorável. Ela disse:

— Nossa! O que se passa com vocês dois? Está tendo um desfile de moda privado, aqui?

Eu beijei e abracei a minha mãe. Expliquei:

— Eu estava apenas experimentando um biquíni antigo para mostrar ao Max, que duvidou que eu já o usei.

Mamãe sempre me causava admiração por ser muito arrojada. Geração dos anos 60.

— Meu deus, eu não vejo você assim desde que fizemos compras, antes de seu casamento. Querida, você ainda pode usá-lo. Está deslumbrante.

— Obrigada, mamãe. Max também achou - Tratei de agradecer.

Ela se virou para o Max:

— Eu tenho certeza de que meu neto mais do que concorda. Não ficou lindo? – Ela perguntou enquanto se aproximava e abraçava o Max.

— Sim..., ficou mesmo. Oi vovó. Tudo bem? – Ele falou, beijando a avó na face.

Minha mãe olhou para a enorme cama que enchia o quarto. E disse:

— Eu vim para ver como ficou o quarto. Pelo que eu vi a minha ideia deu certo. Também vim para dizer oi para o Giordano. Ele não veio né? Agora reparei que ainda estão de mudanças, aqui.

Expliquei:

— Bem, tudo meu foi retirado do quarto do Giordano, para deixar espaço e privacidade. Você estava certa. A cama nova dele e a cadeira são enormes. Agora só tenho que começar a organizar aqui, esta bagunça.

Minha mãe questionou:

— Ele aceitou a troca de quarto?

— Sim, acabou aceitando. Vou ficar aqui, com o Max. Dividiremos o quarto. É onde cabe esta cama. – Respondi.

— Oh, eu acho que vai dar certo, este quarto fica perfeito para vocês dois. – Mamãe disse.

Eu percebi que ela estava tentando ajudar a convencer ao Max que seria boa aquela mudança. Afinal, ele estava perdendo espaço. Ela me olhava com um sorriso solidário e cúmplice. Eu sabia que ela estava preocupada com tudo que aconteceu conosco.

Eu sorri de volta e comentei:

— Eu farei para que dê tudo certo. Acredite.

A avó voltou-se para o neto.

— E dividir esta cama grande e gostosa com sua mãe, não será sacrifício né Max?

Aquele comentário fez o Max sorrir e me olhar, e eu lhe dei uma piscadela cúmplice. Eu colocava um pouco de malícia de propósito.

Minha mãe olhou para os meus seios espremidos no sutiã pequenino do biquíni, e disse:

— Querida, eu tenho que lhe dizer isto: Se os seus peitos ficarem maiores, não caberão mais no biquíni.

Eu não consegui segurar e comecei a rir. Minha mãe era uma mulher completamente liberada, divertida, que mantinha a mente jovem, e estava sempre fazendo gracejos, brincadeiras e piadas. Parecia mais uma irmã mais velha do que minha mãe. Ela e meu pai, tinham sido roqueiros e viajavam de moto nos anos 70. Viveram em uma comunidade alternativa antes de eu nascer. Só mais tarde assentaram raízes e prosperaram. E talvez, aquilo tenha sido fundamental para que eu fosse criada com a cabeça bem aberta e liberal. Meus seios balançaram enquanto eu ria.

— Tudo bem... eu terei um colega de quarto forte e que gosta de exercícios, será um grande parceiro para me ajudar a evitar isso. - Eu disse.

Minha mãe já aproveitou para oferecer:

— Bem, explore o parceiro, e malhe bastante! E me lembre da próxima vez que você for lá em casa. Eu tenho um monte de sutiãs que ficaram pequenos. Eu já não uso tamanho 44, e eles podem realmente servir em você agora.

Agradeci, sorrindo, tentando me explicar:

— Obrigada mamy. Depois que tive a Luli, acho que deixei a turma dos médios para os “meio” grandes.

Minha mãe, concordou e comentou:

— Ainda estão firmes os seus peitos, isso que interessa. Eu já casei com os meus seios “meio” grandes, mas agora, depois dos cinquenta anos, ganhei mais volume, ficaram um pouco maiores. Já uso sutiã 46. Se eu não me cuidar muito, despencam.

Achamos graça da maneira que ela fez, com um gesto das mãos desabando.

Em seguida, ela pegou e tirou uma fotografia da caixa de guardados da lua de mel. Era uma foto do Giordano comigo, recém-casados, em uma praia no México. Giordano estava me segurando montada às suas costas, ele me amparando com os braços por baixo das minhas pernas, no estilo “piggy-back”, e meus seios vestidos naquele biquíni estavam achatados contra suas costas.

— Olha, que lembrança feliz. - Disse ela.

Eu sorri, olhando para a foto.

— É verdade. Giordano também não mudou muito.

Minha mãe me olhou bem séria e perguntou:

— Não mudou? Você tem noção do que aconteceu com ele? Quero muito falar com ele.

Tive uma ideia:

— Você pode ir vê-lo no hospital? Deveria levar a foto e mostrar ao Giordano. Acho que ele não vê essa foto há anos.

Minha mãe me entendeu. Eu estava dando uma indireta para ela ir ver o Giordano, e nos deixar terminar a arrumação. Ela é que havia me dado a ideia de mudança de quarto. Com minha mãe, eu conversava de tudo, me abria, e ela sabia das minhas angústias. Mamãe sempre foi muito aberta e me convenceu que seria o melhor para nós. Ela respondeu:

— Ideia maravilhosa, querida. É melhor eu ir lá agora, e deixar o casalzinho voltar ao trabalho.

Notei que ela falou casalzinho de propósito. Ela disse ao Max>

— Tem que assumir, agora com seu pai inválido, você é o homem da casa.

Esperei que ela se despedisse do Max com um beijinho, e fui com ela até à porta da frente da casa.

— Amo você mamãe. Você sempre se adiantando em tudo.

— Minha filha, depois da nossa conversa, eu entendi perfeitamente você, e acho que é mesmo o melhor a fazer. Não se preocupa, dará tudo certo. Aos poucos o Giordano vai entender melhor tudo que aconteceu.

Eu disse:

— Preciso adiantar as coisas aqui. Diga ao Giordano que eu ligo para ele um pouco mais tarde, ok?

Mamãe me olhou firme e falou:

— Não se preocupe, filha. Está tudo certo. Eu falo com o seu marido. Ele sempre me ouviu.

Ela saiu e eu voltei para o quarto, onde Max me esperava.

Falei:

— É melhor eu tirar este biquíni antes que a sua irmã chegue em casa. Você pode me fazer um grande favor? - Perguntei piscando para ele.

— Claro mãe. – Max respondeu de pronto.

Parei na frente dele e fiz um afago em seu ombro com ternura:

— Você vai levar sua irmã ao balé, enquanto eu fico aqui e faço uma mágica em nosso quarto?

— Sem problemas, mãe. – Ele me respondeu.

Eu olhei para ele com ternura.

— Você é tão bom para mim. Sabe, com tudo o que aconteceu... eu estaria completamente perdida sem você.

Pela segunda vez naquele dia, nós compartilhamos um olhar profundo, de conexão e encanto. Eu sentia que ele também estava começando a perceber minha carência. E eu percebia o fascínio que ele passava a ter comigo. Fiquei na ponta dos pés e levei os lábios aos dele, dando um selinho.

— Obrigada meu amor. – Sussurrei com satisfação.

Ele ficou me olhando nos olhos. Eu senti vontade e dei mais um beijo sobre os lábios dele. Ele sorriu. Eu perguntei:

— É bom?

— Bom. - Ele confirmou.

A seguir, dei outro, e depois outro... beijos leves nos lábios. Max recebia os beijos, sem evitar, e eu ficava olhando em seus olhos e saboreando sua inocência se dissolvendo.

Mas, ouvimos lá fora um ruído forte de um veículo chegando. Max exclamou:

— O ônibus escolar!

Eu dei-lhe outro beijo rápido. Falei:

— Justo agora que estava bom! - E ri com jeito cúmplice.

Eu ia começar a sair dali, mas depois voltei rápido, e dei mais alguns beijos no meu filho, como se fosse uma garotinha brincalhona que se recusa a se despedir do namorado. Nessa hora nós dois estávamos gostando muito daquilo. Ele exclamou:

— Nossa! O que é isso, mãe!

— Sinto um grande encanto por você, querido. Cada vez mais. Você está sendo meu grande parceiro. Quero agradecer. Gosto muito de poder beijar meu filho. – Eu disse.

Deixei-o me olhando, e saí a andar graciosamente para fora do quarto, rebolando dentro daquele biquíni pequenino, e meus seios balançando dentro do sutiã frágil. Andando, eu disse:

— Cuide de sua irmã, por favor.

Eu sentia que estava realmente, ficando cada vez mais, atraída pelo meu filho. Era uma sensação diferente. Não tinha maldade, era mesmo um gostar genuíno, envolto em ternura e afeto, mas havia também, desejo. Eu não sabia direito como explicar aquilo, mas era um sentimento que me entusiasmava. E ele estava recebendo bem aqueles meus carinhos e mostrava que também gostava. Então, me senti bem e fui me trocar.

Uma hora e meia depois, estava no meio das arrumações, quando senti que minha mãe havia voltado. Fui recebê-la na sala. Ela me olhou nos olhos e disse:

— Pode se abrir comigo, filha. Sei que está passando por um momento difícil.

Eu a abracei, e respondi cabisbaixa:

— É verdade mamy. Tudo mudou de uma hora para outra. Uma confusão sem tamanho. Estou insegura. Sentimentos estranhos.

A experiência dela, e seu conhecimento sobre sua filha, estavam retratados quando ela falou:

— Filha, vou ser muito sincera. Se você souber conduzir as coisas, o seu marido vai acabar aceitando sua condição, pois não me parece que ele se recupere mais do que já conseguiu. Ele está deficiente e com o tempo, vai se conformar e entender.

— Do que você está falando, mamy? Pode ser mais específica? – Pedi.

— Você não quer admitir ainda, mas vai acabar se envolvendo com o seu filho. Percebi isso, já faz uns dias, está estampado no seu semblante, e no dele também. Você está substituindo o desejo pelo marido pelo filho dele. Eu não julgo. Acho que você já conseguiu que ele também a deseje. Ou já existia isso, e o acidente catalisou. – Ela falou.

Fiquei estarrecida com aquelas palavras, não sabia como ela havia chegado naquela avaliação, mas o pior era que ela estava completamente certa. Exclamei:

— Mamy, do céu. Por que você diz isso? Como chegou nessa conclusão?

— Querida, se esquece que você é parte de mim, e eu que a criei? – Ela respondeu.

— Mas como desconfiou? – Eu estava incrédula.

Ela sorriu compreensiva:

— Eu senti alguns sinais nos últimos dias, quando você olhava para ele, e ele para você. São os olhares que revelam o sentimento. Hoje então, encontrei os dois quase em lua-de-mel, ali no quarto. Uma mãe como eu, bem vivida, não se engana. No fundo, você não quer deixar vago o lugar que o seu marido ocupava na sua vida. Você sente como se parte dele tenha morrido. Sabe que ele está acabado como parceiro sexual. E está colocando o seu herdeiro direto no lugar. Você não é uma mulher para ficar sem sexo, e é muito nova para deixar de ter esse desejo intenso. Melhor que seja com o Max.

— Mas, mamy, é o meu filho! – Exclamei.

— E daí? Quer melhor? É muito natural, sentir isso. Não seja moralista. É um desejo recíproco. Mais comum do que se pensa. As igrejas e religiões condenam, mas no reino animal nada impede que um filho tenha sexo com sua mãe. Eu entendo, e aceito, mas vocês terão que ser muito discretos. É um caminho muito arriscado. A sociedade é falsa e muito perversa.

Na hora eu fiquei calada, sem argumentos. Minha mãe novamente provava ser uma mulher muito avançada. O que ela dizia era uma verdade. Resolvi me abrir e revelar o que estava sentindo:

— Mamy, juro, eu não tinha intenção nem fiz nada premeditado. Mas esse drama que nos aconteceu, por culpa da teimosia e irresponsabilidade do Giordano, me deixou transtornada. Tirando todos os problemas de administrar as coisas, liberar as contas, seguros, etc.…, que me exigiram muito, eu fiquei profundamente magoada com o Giordano, não consigo aceitar o que aconteceu, e de certa forma, tenho um pouco de revolta. É como se ele me traísse e me abandonasse. Mesmo com muita pena dele, também fiquei com raiva, e não estou disposta a sacrificar a minha vida por uma estupidez suicida dele.

— Mas ele precisa muito de você agora. – Disse ela.

— Não vou me separar dele, mamy, pois gosto dele, quero muito bem, não vou abandoná-lo, vou ser parceira, mas o nosso casamento parou na queda dele. Ele de certa forma me traiu, me trocou por uma aventura. Tenho que lutar para preservar minha família, quero que meus filhos continuem junto ao pai, e darei atenção a ele, mas eu estou completamente desnorteada, perdi o link com o Giordano. E também estou muito carente. Só vibradores, consolos e masturbação, não me aplacam. Quem tem me amparado, e me dado apoio é o Max, que cresceu e está quase um adulto. Eu o acho um homem e tanto.

Minha mãe ouviu sem interromper. Quando dei uma pausa, ela falou:

— Quando foi que você começou a sentir desejo pelo seu filho?

Abanei a cabeça, como se não lembrasse, mas depois eu disse:

— Não sei dizer. Tomei consciência acho que foi estas últimas semanas. Quanto mais convivo com ele, mais sinto isso. Me encantei com ele. Não sei explicar como acontece.

— Filha, isso acontece muito. É que as pessoas se reprimem, em função da educação ou formação religiosa que tiveram, temem o pecado, o castigo divino, vergonha do que podem pensar. Você não teve isso, foi criada sem repressão de nenhuma espécie. Eu e seu pai sempre fomos liberais, e enquanto ele viveu conosco, nunca forçou nenhum conceito religioso ou moralista. Ele sempre foi muito avançado mesmo, da geração que promoveu a revolução sexual dos anos 60. E eu aprendi com ele. E por isso, você hoje está assim, liberada, como sempre foi. Você e o Giordano já faziam sexo quando namoravam, dentro da nossa casa, e nós nunca reprimimos isso.

Eu sorri quando ela lembrou daquilo. De fato, meus pais sempre foram cúmplices nossos, e nos deixaram ter toda a liberdade. Eu falei:

— Mãe, obrigada por estar me dizendo isso. Espero que entenda e me ajude. Estou num momento muito angustiado, e carente. Faz tempo que não sei o que é sexo, e eu sempre fui muito ativa sexualmente, com meu marido.

Minha mãe concordou com um aceno de cabeça, e depois falou:

— Vai com calma, não precipite nada. Deixe acontecer naturalmente.

— Não sei se posso fazer sexo com ele, ainda. Estou tomando cuidado para ver como ele também entende o que acontece. – Eu disse em voz baixa.

Minha mãe sorriu e disse:

— Pois se prepare. Sei que não vai demorar. Vocês estão quase lá. Relaxe. Ensine o seu filho. Nada melhor do que ser a mestra dele, para que seja um bom amante.

— E o Giordano? Como farei? – Perguntei.

Ela contou:

— Estive com o Giordano no hospital. E de certa forma preparei o terreno para o que ele vai encontrar e enfrentar.

— Como assim mãe? – Perguntei curiosa e admirada.

— Vou contar mais ou menos a nossa conversa. Cheguei no quarto e ele estava acordado, e sozinho. Pensativo. Então eu lhe disse: “Bem, você parece mais animado hoje, meu genro”.

— Ele me sorriu e respondeu: “O mais alegre possível nessas circunstâncias, eu acho. Ao menos, vou para casa”.

— Mas o olhar dele era triste. Eu me aproximei e me sentei ao seu lado na cama. Falei: “Eu acabei de chegar de sua casa, o quarto do Max e da Melinda está ficando arrumado. Você deveria vê-los colaborando, juntos, ... eles estão se esforçando muito para dar conforto a você”.

— Ele respondeu balançando a cabeça: "Eu ainda não acho que seja necessário".

— Eu o cutuquei: “Precisava ver, os dois, arrumando as coisas e brincando como jovens namorados montando seu novo quarto juntos. Eles estão animados com isso"

— Ele voltou a responder: "Eu adoraria poder dividir o quarto com minha esposa”.

— Eu fui mais incisiva: “Giordano, você deveria estar agradecido. Eles estão trabalhando duro hoje para garantir que você tenha um quarto confortável em casa. Você não vai sacrificar sua esposa a dormir numa cama de hospital que nem cabem os dois. Espero que você aprecie o sacrifício que eles estão fazendo, em vez de reclamar”.

— Ele me olhou sério, mais pensativo, e vi que estava se conscientizando da situação. Depois ele falou: “Eu fiz tudo errado. Agora não posso voltar atrás”.

— Eu olhei para ele bem diretamente em seus olhos, e fui objetiva: “Bem, meu querido, talvez você devesse ter pensado sobre essas coisas antes de ir bancar o herói voador e se ferrar. Claro que lamentamos muito por tudo. Será muito cuidado por todos nós. Mas, veja, de certa forma, por muito tempo, quase um mês, já deixou a sua esposa sem um marido, e como você está, não poderá cumprir suas funções de macho viril tão cedo. Sua recuperação será demorada. Entende isso? Sou obrigada, como sua sogra, que sempre foi muito transparente e solidária, e muito experiente, tocar nesse assunto. Como vai ser? Melina é jovem, bonita, sensual. Ela tem que se sacrificar? Viver uma vida celibatária? Ou vai permitir que sua esposa contrate acompanhantes regulares? Ou tenha algum amante fixo? Já pensou nisso?”

Eu ouvia mamãe contando, e estava sem acreditar que ela tivesse aquela ousadia. Ouvia estupefata. Ela prosseguiu:

— O Giordano ficou me olhando sem saber o que dizer. Mas eu vi que ele tomou a porrada necessária e entendia perfeitamente o que eu estava colocando. Aproveitei e fui mais adiante: “Por um tempo, a companhia do seu filho, que é uma cópia melhorada sua, vai compensar sua falta, ela se apegou muito a ele, e ele está dando todo o suporte, fazendo companhia, ajudando, amparando, dando carinho. Mas, ela vai precisar de mais do que isso. Agora, dividindo o quarto, eles terão mais intimidade, seu filho está acordando para a vida sexual, e sua esposa, fervendo de vontades, sem saber a quem recorrer. Isso pode fazer com que eles se desejem. Eu não tenho nenhum julgamento moral nesse sentido, e acho que você também não deveria ter... Mas é você que tem que entender e avaliar. O que você pensa caso eles venham a ter um envolvimento? Me diga”.

Eu interrompi admirada:

— Mamãe! Que loucura! Disse isso a ele? Você é terrível! – Eu estava estática.

Ela respondeu:

— O Giordano ficava cada vez mais admirado comigo, eu sabia que era necessária essa conversa, e ele tinha que refletir sobre isso. Conheço seu marido, tem mente aberta, é maduro, e não é um puritano cheio de tabus. Ele tem capacidade para saber o que eu estava tentando que entendesse. Giordano sempre me ouviu. Ele me falou: “Oh, desculpe Saphira, eu estava buscando fazer o que sempre fiz, desafiando meus limites. Mas deu errado. Agora, é tarde, mudou tudo. Sabe o que eu estou pensando? Que ainda sou o marido dela, e posso me impor, e não permitir nada disso. Talvez eu me recupere”.

— Nesse momento, filha, eu resolvi dar um choque de realidade nele. Enfiei a mão na bolsa e tirei a fotografia dos dois no México. Falei: "Ah, antes que eu esqueça, eu passei na sua casa e disse para a Melinda que traria isso para você dar uma olhada".

— Giordano pegou e ficou uns segundos calado, olhando a fotografia. Depois, sorriu e falou: “Eu e ela éramos tão jovens e felizes... É nossa lua de mel. Parece que foi ontem, e faz tempo. Não vejo essa foto há mais de dezoito anos”.

— Eu olhei para a foto na mão dele e falei:

“Ela era linda, é linda, e ainda parece deslumbrante nesse pequeno biquíni cor-de-rosa. Hoje quando eu cheguei na sua casa, ela estava experimentando. Na mudança de quarto, encontrou a caixa com as coisas da lua de mel. Ela estava mostrando o biquíni para o Max que a olhava admirado”.

— Giordano na hora me perguntou:

“Ela estava usando este biquíni? Na frente do Max?

— Eu fiz que sim, e esclareci:

— Bem, talvez você tenha estado muito ocupado com trabalho ou aventuras radicais, para perceber, mas o Max não é mais um garotinho. Ele já é velho o suficiente para poder ver e admirar uma linda mulher de corpo escultural, e seios perfeitos, usando um biquíni minúsculo. Mesmo que essa mulher seja a mãe dele”.

Eu ouvi aquilo de olhos arregalados. Mamãe me olhava sorridente ao contar:

— Seu marido me avaliava, intrigado, não querendo acreditar. Eu fui conciliadora: “Giordano, meu querido. Deixe as coisas fluírem. Confie na sua esposa e no seu filho. Cada um dos dois será importante para o outro, eles necessitam e isso nos dará um tempo para esperar sua possível recuperação”.

— Giordano, ainda inseguro, mas consciente, me respondeu: “Bem, eu posso entender, mas, pense bem Saphira, a mulher linda e sensual do biquíni, é a mãe dele! É outra história”!

— Eu resolvi colocar os pingos nos “is”: “Olha só, querido, vamos ser realistas, a Melinda pode ser a mãe dele, isso não muda nada, mas eles estão dividindo o quarto agora. Em momentos de maior intimidade, o Max, provavelmente vai vê-la em todos os tipos de roupas, até minúsculas, que ela as tem e você sabe, sua mulher é sensual ao extremo, e é provável que haja momentos em que ele a veja completamente nua. Sem problemas.

— Giordano me olhava mais intrigado. Eu continuei:

— Vocês nunca foram muito pudicos, e agem com liberdade em vossa casa. Seu filho está no auge da testosterona, e a sua esposa, carente, precisando de um homem viril urgente. Deve estar querendo sexo mais do que tudo. Estou falando com você agora, pois sei o que pode acontecer. Preciso alertá-lo. E que fique entre nós. Minha opinião é: Se eu fosse você, tratava de começar a admitir que, se acontecer algo entre eles, é bom para eles, pois ele aprende com a mãe, a mãe se satisfaz com o filho, é bom para você que fica seguro, não arranca pedaço de ninguém, e para todos os efeitos, ficará um segredo protegido no seio da família”.

Eu interrompi ansiosa:

— Mãe, eu não acredito que você foi até esse ponto! – Eu estava admirada com a ousadia dela.

Minha mãe fez sinal de calma, e prosseguiu contando:

— O Giordano, ficou alguns segundos pensativo. Percebi que ele entendeu tudo. Depois falou: “Não, você está errada. Melinda nunca deixaria isso acontecer. Eu não creio que haja esse risco”.

— Bem, eu já tinha feito a minha parte. Sabia que ele relutava a admitir, mas faz parte. Então falei: "Oh querido, eu não teria tanta certeza disso. Você e eu sabemos que a Melinda está completamente confortável com seu corpo. Ela é uma mulher completamente liberada, e na verdade, eu não ficaria surpresa se o jovem Max já a tivesse visto nua. Eles vão ter cada vez mais intimidade. Será natural que o desejo neles apareça. E minha filha, sua mulher, não é uma dondoca cheia de tabus. Ela ama o filho como ama a você. Não há nada de errado nisso".

— Reparei que o Giordano estava ficando um pouco irritado com aquela conversa. Ele foi meio evasivo:

“Pode até ser.… Saphira, mas acho que ela tem um pouco mais de restrições em relação ao filho, que pode impedir isso. Não estou convencido”.

— Eu já estava encerrando a conversa, sabia que havia plantado nele a semente para começar a refletir no assunto. – Me disse minha mãe.

Eu fiquei curiosa para saber como havia terminado. Perguntei:

— Qual foi a reação? Ele concordou?

Minha mãe abanou a cabeça, afirmativamente, depois continuou:

— Eu encerrei dizendo: “Bem, querido genro. Só queria que você pensasse com calma, e avaliasse a situação. Ao chegar em casa, com calma, converse com a sua esposa. Pergunte o que ela quer. Sejam verdadeiros. Você jogou a vida conjugal de vocês no limbo. Ela ficou transtornada. Pode ser o fim desse casamento. Já imaginou”?

— Ele ficou pensativo por instantes. Quando eu já ia me despedir, ele falou: “Sim, eu acho que vou ter de pensar muito, e terei que falar com ela sobre isso. Tenho que me preparar psicologicamente para tudo isso, infelizmente”

— Eu dei um beijo no rosto dele, e soltei uma risadinha. Aproveitei e soltei: “Giordano, eu sei que você já foi Cuckold, ou ainda é. Você não sabia que eu sei. Mas, quando vocês eram jovens, antes do casamento, faziam umas festinhas lá em casa, quando eu e o pai dela estávamos fora, e vocês trocavam os parceiros. Fizeram ménage e swing, e foi mais de uma vez. Eu soube de tudo. Não me pergunte como. Então, não será muito difícil para você, aceitar, e passar por isso nesse momento que ela está tão carente. Se já pode antes dividir sua esposa com um amigo, por que não pode dividir com o seu filho? Pense nisso, querido”.

Naquele momento, eu também fiquei boquiaberta, porque nem eu sabia que ela teve conhecimento daquelas aventuras nossas na juventude. Perguntei:

— Mama, como você soube disso?

— Um dia eu lhe conto com calma. Seu pai, minha querida, sempre foi um homem vivido e experiente. Tinha câmeras instaladas em alguns pontos da casa. Vocês nem se lembraram disso, ou não sabiam, quando fizeram as festinhas.

Fiquei olhando para minha mãe, incrédula. Admirada. Ela completou:

— Mas nós não achamos ruim, entendemos perfeitamente, pois também fomos jovens, e fizemos sexo grupal na nossa comunidade Hippie. Não foi nada do outro mundo, que eu e seu pai não tivéssemos feito também. Não nos preocupamos. Só não revelei isso até hoje porque não havia motivo.

Eu me surpreendia ainda mais com a minha mãe. Agradeci a interferência dela, mas tratei de esclarecer:

— Mamy, ainda não aconteceu nada. E não sei nem se pode acontecer. Mas eu agradeço a sua ajuda. De certa forma, o Giordano precisa encarar a nova realidade. Não sei como será, mas quero muito ter essa conversa com ele.

Minha mãe partiu, e eu fiquei ali, recordando de tudo, ainda surpresa por descobrir coisas do nosso passado que ela sabia e eu não tinha ideia.

Continua.

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Comentários

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Oi meu amigo, excelente conto e escrita, vou acompanhar a série, e com certeza melhorou muito o original, um abraço.

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Ainda estou na primeira parte , o conto ficou longo ,mas pra mim isso não é problema, muito pelo contrário,adoro os detalhes,me faz imaginar eu estando na história, gostei muito até agora .

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parabens pelo conto, muito melhor que o original. o cara que faz isso que falou podia corrigir um pouco o texto, mas não ele vai no google tradutor e depois copia aqui

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Pois é, tem partes no texto que ele publicou que simplesmente não se entende o que está escrito. Mas eu gosto de mexer, elaborar melhor, faço adaptação para uma outra realidade, a brasileira, e isso dá um grande trabalho. Acaba sendo "a minha" história. Obrigado.

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Excelente conto, tradução muito bem feita, parabéns ao autor, parabéns ao Leon. Grato.

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Ótimo conto , são bem poucos os contos q se igualam , parabéns.

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Que conto magnífico,aqui geralmente e conto de pai e filha, agora de uma mãe e filho num relato pelo meu escritor preferido,em um relato diferente dos outros,só achei que ficou um pouco longo,mas parabéns

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Nossa, que conto!

Me trouxe lembranças de momentos parecidos que passei, após um acidente também.

Não foi tão grave e nunca cheguei a pensar nessa possibilidade, até agora!

Mais um conto extremamente envolvente, difícil de para de ler

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Leon meu amigo parabéns pela história pois mesmo não sendo um tema da sua preferência,do que costuma trabalhar nos contos muito bem ,fez com que o tema central se interligasse ,se moladasse com a o desenrolar da história. Enquanto lia a parte final cheguei a pensar nas muitas ,possibilidades que essa história pode gerar. Você me surpreendeu pois na parte que avó chega na casa e antes de sair para o hospital diz " — Ideia maravilhosa, querida. É melhor eu ir lá agora, e deixar o casalzinho voltar ao trabalho." Pensei que aqui mãe e fija já estavam sintonizadas com que podia acontecer. Mas me enganei! Genial.sua estratégia de só deixar tudo as clatas depois do retorno da sogra a casa.

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É aquela coisa, o herdeiro só vai receber a herança mais cedo, o bem mais precioso do pai... 😂😂😂

Não é o tipo de conto que eu costumo acompanhar, mas está sendo tão bem construído, que vale a atenção.

⭐⭐⭐

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Concordo com você quando diz sobre a " herança" 😅. Belo comentário.. A propósito vocês desistiram do site ? Não vi mais nenhum conto de vcs ! 😕

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