Situação fora dos limites (6)

Um conto erótico de Guto (por Leon Medrado)
Categoria: Grupal
Contém 3716 palavras
Data: 24/06/2024 12:34:30
Última revisão: 25/06/2024 21:04:33

Parte 6.

Quando o Maciel nos acordou para tomar café da manhã e partir, eu me sentia um trapo. Olhei no espelho enquanto lavava meu rosto, e vi que estava abatido, com olheiras, e meu corpo pedia cama. Me arrumei, guardei as coisas na mochila e fui me encontrar com eles no café. Tanto o Maciel como o Lazuli, me olhavam preocupados e o Lazuli falou:

— Guto, não esquenta. Relaxa. Deixe as coisas se acalmarem, não tente resolver antes da hora.

Agradeci e tomei o café, evitando conversar muito. A sensação que eu tinha era de que ia começar a chorar, e não queria dar aquele show. Maciel apenas falou:

— Se desligue do problema, deixe para quando estiver com a Laíse.

Fiz que sim, calado, e terminei de comer. Logo que acabamos o café, fomos embora. Durante o trajeto, eu procurei dormir, pois estava muito cansado. Por isso, a viagem me pareceu bem rápida, pouco mais de três horas. Mas antes de chegarmos, o Maciel pegou um dinheiro no bolso e me entregou dizendo:

— Tome um vale. Não vou cobrar isso agora. Chame a Laíse para sair, podem comer, passear e conversar. Não se preocupe. Não precisa ir na empresa.

Apanhei o dinheiro, agradeci, e fiquei quieto. Maciel parecia solidário com o meu problema. Assim foi. Quando chegamos, era ainda cedo, antes do almoço, e o Maciel me dispensou. Quando entrei no apartamento, estava vazio, todos tinham ido trabalhar. Eu aproveitei para me deitar no quarto e dormir. Duas horas depois, fui despertado por um beijo da Laíse. Olhei meio ensonado e ela disse:

— Oi, amor, eu quis tanto falar com você, mas deixou o telefone desligado.

Eu perguntei:

— Você não tem trabalho?

— A Meiry me dispensou. Fiz meio expediente. Me deu folga, para a gente conversar.

Eu fiquei meio irritado, com a sensação de que todos estavam, de certa forma, cúmplices, e tramando para que a Laíse pudesse se explicar. A sensação que tive era de que contavam que ela pudesse apaziguar minha revolta. E me dobrar. Falei:

— Não sei se eu estou preparado para conversar com você.

— O que houve, Guto? – Ela perguntou.

Geralmente, ela me chamava de querido, ou de amor. Quando ela usava meu nome, é porque estava tensa, nervosa ou irritada. O queria marcar minha atenção. Eu já fui direto:

— Todos me enganaram, sabiam de tudo que acontecia aqui e no salão, você me escondendo coisas, e só o otário inocente aqui estava de bobeira, sendo manipulado.

Laíse parou assustada, e me olhava na defensiva. Reparei que ela ficou chateada. Ela questionou:

— Não tem nada de manipulação. Você já tomou posição, a partir do que o Lazuli e o Maciel contaram? Vai querer me ouvir?

— Quero, pode começar. Desembucha! Vai, vamos encurtar isso. – Disparei seco.

Eu estava magoado, triste e revoltado. Não tinha empatia para ser bonzinho.

Laíse, visivelmente tensa, perguntou:

— O que prefere falar primeiro? Da noite com o Maycon, com o Steve, a Glenda e a Stephanie? Ou quer saber do que acontece no salão?

Perguntei:

— Vejo que já sabe o que me incomoda. A noite com eles já estava combinada antes da minha viagem?

— Não, foi naquele dia que vocês viajaram, que a Glenda, no salão, deu a ideia, dizendo que podíamos brincar com o casal de gringos. E eu achei boa ideia. A Sophie é muito legal e gostei dela. – Ela disse sem titubear.

— Mas você já queria dar o cuzinho para o Maycon, antes, não queria? – Questionei.

— Sim. Ele me pediu, na noite anterior, mas eu não estava preparada. Você não ouviu porque estava distraído com a Glenda. Eu queria. Prometi que outro dia eu dava.

Me pareceu que ela estava sendo verdadeira. Eu estava ansioso por mais respostas e fui perguntando:

— E a prostituição? No salão? Não me contou nada?

Laíse me olhava sem medo, sem pestanejar. Respondeu:

— Eu fiz uma massagem quatro mãos num cliente da Glenda, junto com ela. O sujeito ficou tarado, queria algo mais comigo. A Glenda insistiu para eu fazer, ele paga bem. Eu falei com a Meiry, dizendo que só faria para diminuir a nossa dívida. Pedi sigilo. - Laíse apertava as mãos, de nervoso. Respirou fundo, e disse:

— Não queria me prostituir de novo, mas decidi fazer apenas naquela situação para agradar o cliente e diminuir nossa dívida. Eu ia contar para você, mas a Meiry pediu para esperar. Se eu não ia mais fazer, melhor não falar agora. Ele temia a sua revolta.

Ela poderia estar apenas me enrolando. Mas parecia sincera. Eu estava magoado e ferido. Não contar, não é mentir, é omitir, mas não deixava de ser escondido. Perguntei:

— Você fazia programa quando me namorava, no Rio de Janeiro?

Laíse acenou afirmativamente com a cabeça. Depois falou:

— Sim, no começo do nosso namoro. Eu já fazia muito antes de conhecer você. No início não tínhamos nada sério entre a gente. Quando ficou sério, eu parei.

Por que você não me contou? – Eu questionei.

— Eu parei com tudo, não fiz mais. Você nunca perguntou nada. Mas não contei pois tinha medo de você não ficar comigo quando soubesse. Você era muito mais puritano e certinho do que hoje. Tinha muito preconceito. No Rio de Janeiro, comigo, você foi perdendo seu jeito moralista. Achei que era página virada. – Ela respondeu.

Ela tinha razão, eu na época, reagiria muito mal se soubesse que minha namorada fazia sexo com estranhos, por dinheiro. Eu ficaria enojado. Pensava diferente mesmo.

Naquele momento, minha mente deu uma escapada, e analisei, em segundos, como eu havia mudado, perdido muitos dos conceitos que eu tinha, e graças à minha mulher. Laíse falou:

— Veja só, se eu tivesse dez namorados antes de você, e tivesse feito sexo com todos, você não faria juízo disso e não me julgaria impura, indigna de confiança, ou sei lá o quê. No entanto, basta que eu tenha feito sexo com um, em troca de dinheiro, que aos seus olhos eu passo a ser uma pessoa indigna, desonesta, ou execrável, como um lixo humano. Isso não faz sentido para mim. Que critérios são esses?

Eu estava dividido. Por um lado, seguindo o raciocínio dela, tinha que admitir que eu estava tirando conclusões erradas. E por outro lado, temia que ela pudesse manipular de tal forma que me fizesse perder o sentido da minha insatisfação. Eu estava enciumado, inseguro, e revoltado, me sentindo enganado, usado, dentro de um complô onde todos eram cúmplices. Na hora, eu não quis mais continuar aquela conversa. Era um capricho, eu estava mordido e de certa forma, queria magoar ou deixar a Laíse, com a sensação da culpa por nossa crise. Eu falei:

— Laíse, eu não quero falar mais sobre isso agora. Não estou bem, não gostei, e quero me isolar. Não vou ficar aqui. Amanhã vejo melhor. Hoje quero paz.

Laíse não acreditou, ficou branca como cera, botou a mão na boca, e me olhava admirada. Ela não esperava a minha reação, e eu achei que foi bom. Ela começou:

— Amor, que é isso...

— Por favor. Pare. Chega. Vou pegar umas coisas e vou sair. – Falei bruscamente.

Laíse tentou me abraçar:

—Por favor, amor, espere...

Fiz um gesto de calma, com as mãos estendidas e me afastei dela. Disse:

— Não estou bem. Não passei bem desde ontem. Por favor, me deixa.

Laíse parou assustada. Me olhava como se não me conhecesse. Eu fui ao armário, peguei algumas coisas, principalmente roupa para trocar, meu notebook e a sacolinha com carregador e cabos. Coloquei na mochila, e quando me virei, Laíse permanecia parada no mesmo lugar, me observando. Mas estava com lágrimas escorrendo em seu rosto. Eu havia mudado, meu semblante estava fechado, carrancudo. Aos poucos eu me transformava e ficava seco e bruto. Meus gestos eram impulsivos e meus movimentos eram enérgicos. Estava tomado por uma raiva que eu não sabia de onde vinha. Mas, eu achei que era uma forma de me livrar de uma situação que eu temia, ficar argumentando e tendo uma discussão de relacionamento naquela noite.

Procurei não olhar, passei por ela, e saí do apartamento. Andei pela rua até encontrar um café, com Wi-Fi. Entrei, tinha dinheiro que o Maciel havia dado. Procurei pela internet um hostel nas imediações onde pretendia dormir. Queria me isolar.

Finalmente, depois de uns vinte minutos, encontrei o que procurava, fiz a reserva, e localizei o caminho.

Estava com fome, então, antes de sair do café, comi um prego no pão, típico de Portugal, que consiste num bife, geralmente de carne de vaca, frito, que se come normalmente num sanduíche com queijo, alface, tomate em rodelas. Eu me apaixonei por esse prato logo que cheguei, e fiquei curioso para saber por que é chamado de prego. O dono da padaria perto do escritório, onde costumamos lanchar, me explicou. Esse prato deve seu nome a Manuel Dias Prego, um dos habitantes primeiros da Praia das Maçãs, no concelho de Sintra, em Portugal. Era proprietário de uma taberna, conhecida como Taberna do Preto. Manuel Dias, costumava servir saborosas fatias de vitela, fritas ou assadas, acompanhadas de pão delicioso e vinho. Essa combinação se tornou um sucesso e é conhecida hoje em quase todo o mundo. Bebi um chocolate quente e tomei no final um café expresso. Fiquei mais tranquilo.

Depois de comer, fui para o hostel. Não era longe e cheguei em poucos minutos. Peguei as chaves na recepção, guardei minha mochila no armário, fechei, e fui me sentar numa saleta que tem na entrada, com sofás e poltronas, para ver as mensagens do celular. O ambiente estava deserto àquela hora, pois ainda era horário de expediente e todos estavam fora. Notei que nos últimos minutos, havia recebido chamadas do Maciel, da Laíse e até da Meiry. Mas, como havia deixado no silencioso, não ouvi.

Tratei de ligar para o Maciel, e ele preocupado, queria saber onde eu estava. Disse que a Laíse tinha contado para a Meiry que eu havia saído do apartamento. Expliquei que precisava de uma noite de sono em paz, distante de todos, para organizar minhas ideias, e prometi que no dia seguinte falaria com ele. Ele entendeu e ficou mais calmo. Primeiro, fez questão de saber se eu estava bem, e se não faria nenhuma besteira. Depois, se despediu e disse:

— Vai, descansa, esfria a cabeça. Amanhã falamos.

Então, eu coloquei um fone de ouvido e fui rever os vídeos que a Laíse havia mandado. Assistir um dia depois, teria mais atenção com o que eles mostravam.

Eram cinco vídeos de uns cinco minutos cada, em média. No primeiro, talvez a cena filmada pela Sophie na hora em que a Glenda foi ao banheiro. Pois eu me lembrava da imagem que a Gessy enviou. O Steve estava fodendo a Laíse que ficara de quatro sobre a cama. Ela chupava o pau do Maycon. Revendo o vídeo, eu entendi o que me incomodou e fez mal. Minha mulher rebolava na rola do gringo, gemia satisfeita, e chupava o pau do Maycon com vontade, olhando para ele com expressão de tarada, deixando a rola toda babada. Ela estava adorando aquela foda, se entregava mesmo com vontade, e eu, mesmo contrariado de ver a cena, fiquei excitado. Era isso que me deixava mais incomodado. Contrariado por ela ter ido fazer aquilo, mesmo depois de eu ter dito que não me agradava. Mas, não adiantava eu me martirizar, estava feita a situação e as imagens não mentiam. Minha esposa, não passava de uma putinha safada que não podia ver um pau duro na sua frente. Era isso que me passava aquele vídeo. E me doía, ver que a mulher que eu adorava, por quem tinha muito carinho e dedicação, estava ali, pouco se importando comigo e com o que eu sentia. Novamente, o embrulho no estômago, e a sensação de tontura se repetiu. Parei o vídeo e respirei fundo. Fiquei um minuto tentando me acalmar. O estranho era que meu pau continuava duro, pois as cenas eram muito excitantes, já que era uma situação real, e não ficção. Quando disparei o segundo vídeo, vi que era uma gravação, bem de perto, da Laíse chupando a rola do Maycon.

Filmava em detalhes, a boca sugando o cacete, a cabeça vermelha e grande da rola toda melada de saliva. A mão da minha esposa segurava o caralho bem pela base, o que destacava seu tamanho e grossura. A expressão de prazer e contentamento da Laíse, era visível. Ela estava feliz de fazer aquilo. Maycon batia com a pica no rosto dela, provocava, chamava de cadela, e teve uma frase que me incomodou muito. Laíse pedia para a Glenda: “Vai, grava bem de pertinho eu mamando na pica do Maycon, para meu corninho ver o que ele perdeu”. Em seguida eu ouvia o Maycon exclamar: “É muito puta essa safada, seu corno vai gozar só de ouvir”. Laíse ria, chupava a rola e dizia olhando para a câmera: “Olha só corninho, que pau gostoso a tua mulher está mamando. Tu gosta de me ver assim não gosta”?

O sorriso safado e a expressão de prazer que ela exibia, era o que me deixava mais irritado. Ela estava adorando fazer aquilo. E naquele dia, aquilo me contrariava profundamente. Era como se fosse uma provocação acintosa, mostrando que ela podia fazer, e não ligava para o que eu julgasse.

Me lembrei agora, ao contar minha história, de uma citação da autora Bia Andrade, no conto dela intitulado “Confessando para o meu marido”. Ela contou: “Antes do que aconteceu...~...eu também tinha a mesma visão que a maioria das pessoas sobre o amor. Que se você ama alguém claro que você não vai trair, que se é feliz com uma outra pessoa não é possível que você tenha desejos por um outro alguém, principalmente que traição não é um erro, e sim uma escolha. Eu também tinha essa visão até acontecer o que aconteceu...”. No conto, o marido fica revoltado com a esposa ao ouvi-la confessar. E eu estava do mesmo jeito. Revoltado, e não queria nem pensar em ver de outra forma.

No terceiro vídeo, a situação se invertia, e era o Maycon que pegava a Laíse por trás, enquanto o Steve, que já tinha retirado a camisinha do pau, punha para a Laíse chupar. Dava para ouvir a voz da Glenda dizendo: “Mama como uma bezerrinha. Fale para o seu corninho, a festinha que ele perdeu, sua safada! Ele gosta de ver a esposa bem putinha”!

Eu não conseguia controlar minha excitação ao ver a cena e ouvir aquilo, e por isso mesmo, mais incomodado eu ficava. Na minha cabeça vinha uma frase, de uma voz sem dono identificado, que dizia: “Só um corno muito manso para ficar com tesão de ver sua esposa, a mulher que você gosta, sendo usada dessa maneira. E pior que a vagabunda está gostando”. Eu sabia que era a voz da moral de uma sociedade falsa, hipócrita, cheia de puritanismo, de julgamentos, de preconceitos, que eu já havia começado e contradizer na minha vida recente, mas que naquele momento, voltava a me deprimir e me julgar. E eu me sentia muito mal.

Estava inconformado de ter deixado as coisas chegarem naquele ponto. Um pouco da minha revolta era comigo, por ter sido frouxo, ou condescendente com os caprichos safados da minha mulher, e outro tanto, era por ter descoberto muito tarde o quanto a Laíse realmente gostava de ser aquela safada. Estava na essência dela.

O quarto vídeo, era o que ela deu o cu para Maycon. Na verdade, parecia ter sido gravado logo na sequência do terceiro. O Maycon estava fodendo a Laíse de quatro sobre a cama e dava uns tapas na bunda dela. Minha esposa, aos poucos foi ficando muito excitada, gemendo forte, exclamando que estava gozando, falando que aquele pau grosso era muito gostoso. O Maycon dava tapas, chamava de putinha safada, e perguntou: “Você gramou no meu pau, né sua sem-vergonha? Vai sempre querer dar para o seu macho”!

Laíse parava de chupar a rola do Steve, que também não era pequena e respondia: “É um tesão de pica, bem grossa! Vou ser sempre a sua putinha também”!

Dava para ouvir a risada da Glenda e sua voz exclamando: “Está gravando, sua safada! Seu corno vai ouvir isso”!

Laíse sorria, em êxtase, e respondeu: “Pode ouvir, eu quero que ele veja e saiba como é gostoso! Ele gosta de me ver gozando na pica do meu outro macho”!

Ouvir e ver aquilo mexia com minhas entranhas. Enquanto eu me excitava de ver a cena de sexo explícito e a volúpia da Laíse, que eu conhecia muito bem, ao mesmo tempo, me picava o ciúme, a sensação de perder o poder da exclusividade sobre aquela mulher fascinante, linda, deliciosa e safada. Eu adorava a Laíse, e me sentia diminuído no meu privilégio de ser o seu homem. O marido que pensava ser o único a poder foder aquele cuzinho delicioso e quente. Ela se deliciando na rola do Maycon e o chamando de meu outro macho, me doía muito. Então, ele deu um tapa na bunda dela, bem estalado, e falou: “Vai liberar esse cuzinho hoje, piranha? Você prometeu”!

Minha pressão alta foi novamente a uns 18, meus ouvidos zuniam, quando ouvi a Laíse confirmar: “Vou, hoje eu vou. Meu corno liberou. Relutou mas liberou. Sabia que eu queria muito dar meu cuzinho”!

Meu pau estava duro e doía, dentro da cueca. Quanto mais excitado eu ficava, mais incomodado, ou revoltado eu me sentia. Verificava que a Laíse só se referia a mim como “corno” e os outros estavam incorporando aquilo. Me soava como uma ofensa.

Então, Maycon retirou o pau da boceta e encostou no cu da Laíse. Ela gemeu e exclamou: “Nossa, que tora! Aiii, vai me rasgar”!

Maycon deu outro tapa na bunda e disse: “Rebola na rola, safada! Vou arrombar esse cuzinho apertado! Não é isso que você quer”?

Laíse com expressão contraída, como se estivesse sentindo dor, gemeu: “Aaaiiii... É isso! Atola, me rasga inteira! Mete essa rola no meu cu, seu tarado”!

Maycon agarrou na cintura dela e foi enterrando. Laíse gemia, ofegante.

Naquele momento, senti meu pau duro dando solavancos, e umas gotas de lubrificação vazando para a cueca. Mesmo muito abalado com o que eu via, a excitação estava presente e aquilo era algo que me transtornava. A minha mente, ainda cheia de preconceitos e valores machistas, me dava a sensação de que eu me sentia menos homem, menos macho, menos viril, ao me excitar com aquelas cenas onde a minha esposa fazia o que gostava e lhe dava tesão. Ela, sim, liberada, sem tabus, e eu oprimido por minha formação conservadora e machista. Mas era como eu estava me sentindo. E aquilo me fazia mais mal do que bem. A sensação de que ninguém mais me respeitaria.

Vi a cena, que durou uns cinco minutos, do Maycon socando no cuzinho da Laíse, ela gemendo, pedindo que ele socasse e gozasse nela, enchesse de “leitinho”.

Então veio o quinto vídeo, da dupla penetração, onde o Steve se deitou sobre a cama e chamou a Laíse para cavalgar nele. Ela esperou o Maycon retirar o pau do seu cu, e foi montar à cavalo sobre o ventre do gringo, tratando de meter a rola dele para dentro. Por sorte o safado tinha vestido uma camisinha nova. E logo que ela estava com a pica dele toda enterrada na boceta, rebolando no cacete, toda satisfeita, o Maycon se ajeitou atrás dela, e foi encaixando a pica no cuzinho novamente. Laíse gemeu alto mais uma vez na entrada da pica, e exclamou: “Ahhhh, isso! Que gostoso! Duas rolas bem tesudas! Fode! Fode gostoso que eu quero gozar de novo”!

Eu não toquei no meu pau, mas senti que algumas cuspidas de gozo saíam dentro da cueca, melando tudo. Eu estava tremendo, e minha sorte é que a salinha de estar do hostel estava vazia. O vídeo estava acabando e eu parei a exibição. Precisava ir ao banheiro limpar aquela meleca dentro da cueca. A gozada tinha sido incontrolável. Percebi que sempre que eu visse minha mulher fodendo e gozando, eu ficaria naquele estado de excitação. Era incontrolável, mesmo balado por sentimentos confusos.

Depois que me limpei, fui para o quarto e deitei. Minha cabeça rodava, buscando uma saída. Pensei em três coisas fundamentais: A primeira, é que ia abrir o jogo com o Maciel, estava decidido a não voltar a compartilhar quartos no apartamento. Não queria mais intimidade com as pessoas. Não ia voltar para lá. Me sentia desvalorizado, e diminuído perante eles, por culpa da Laíse.

Precisava definir aquilo com ele, e ainda lhe devia um bom dinheiro. Estava encalacrado. Mas ia enfrentar.

A segunda coisa, é que eu não queria ter mais contato com a Laíse. Eu a adorava, mas não ia me respeitar mais, se a aceitasse novamente. Achava que ela tinha ultrapassado meus limites, e eu estava ofendido. Então, achava que a separação era necessária, pelo menos para que ela avaliasse o que fez, e se me quisesse, teria que me respeitar, e aceitar minhas condições.

E a terceira coisa, talvez a mais difícil, eu pensava em procurar outro emprego, se ele me ajudasse. Não queria mais ficar tão dependente. E se pudesse, pagaria o Maciel em prestações programadas. Conviver com aquelas pessoas seria muito danoso para minha autoestima.

Quando consegui montar o quadro das minhas intenções, naquela noite, foi como se tivesse retirado uma tampa de uma panela de pressão. Meu estado de tensão baixou, eu relaxei e dormi profundamente. Sem ter sonhos ou sem lembrar de nenhum deles até na manhã seguinte.

Acordei muito mais estimulado no outro dia, disposto e enfrentar a situação, por mais complicada que fosse. Precisava mostrar que eu não era um banana e que a Laíse não faria de mim o que quisesse.

Vi que a Laíse tinha deixado de me ligar, certamente ainda não havia acordado. Segui para o escritório a pé, me sentindo muito mais recuperado. Decidido a ter uma boa conversa com o Maciel. Mas, as coisas não saíram tão bem como eu pensava.

Continua na parte 7.

Conto de Leon Medrado, inspirado no relato original do Guto.

e-mail: leonmedrado@gmail.com

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Foto de perfil de Leon-MedradoLeon-MedradoContos: 309Seguidores: 772Seguindo: 179Mensagem Um escritor que escreve contos por prazer, para o prazer, e com prazer.

Comentários

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Rapaz! O cara decidiu radicalizar, mas voto que vai voltar atrás!

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"Eu sabia que era a voz da moral de uma sociedade falsa, hipócrita, cheia de puritanismo, de julgamentos, de preconceitos" é o argumento típico corno manso de baixa alto estima kkkkkkk são as narrativas progressistas para conformar o corno safado kkkkkkkkkkkk

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Hoje tem Leon ?????

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Meu caro: Como eu não sou como os mais geniais autores de contos desta casa, como, segundo um deles, (o que se acha o mais fodástico e mimizento que eu já vi) eu não tenho talento, e então, apelo para contos "abandonados" do site para fazer versões que ficam na lista dos mais lidos, então, resolvi publicar este humilde conto, que é de minha própria elaboração, baseado num caso real, e, já que não estou preocupado se existe algum "ostracismo" de minha parte, muito menos não cobro nada de ninguém por meus contos, não quero vender, faço por prazer, de graça, nem peço votos, nem estrelas, e nem comentários, deixo que estes surjam naturalmente, conforme os leitores vão aparecendo, então, tenho que confessar que talvez, eu não publique uma parte nova ainda hoje, pois tenho outros compromissos urgentes. E talvez, o universo seja generoso comigo, e me dê a luz e a inspiração necessárias para conseguir escrever mais uma parte, enquanto termino o roteiro que estou fazendo, pelo qual sou muito bem remunerado, e tenho que cumprir prazos de entrega. Então, humildemente, este pseudo-autor, que já está bem "porraqui" de babaquice de gente invejosa e ciumenta, solicita encarecidamente o perdão de seus leitores, e pede paciência e sua compreensão. Enquanto isso, sugiro que leiam um dos meus contos que está na lista dos mais votados do site: NO PASSEIO DE BICICLETA (https://www.casadoscontos.com.br/texto/202207530) Ou então, Sociedade na empresa e na minha noiva (do Marido Liberal) que publicou a minha versão da história dele: (https://www.casadoscontos.com.br/texto/202203325) e acredito vão gostar. Até breve e obrigado.

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Ou "REENCONTRO E DESPEDIDA" (https://www.casadoscontos.com.br/texto/202206845), de autoria do meu digníssimo marido e que também figura como um dos mais votados do CDC.

Ele também precisa vender o seu jabá, Leon.

🤣🤣🤣

💋

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Pois é, isso não é para quem quer, mas para quem pode. E não precisa "vender" o jabá... O conto citado é mesmo um dos melhores do site. Merecidamente.

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Minha colocação não é para o Mark. É para o "gênio da raça". Que vive arrumando onde me dar indiretas e faz insinuações, sem provas. Relaxa.

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Como Galvão já dizia" Vai ficado uma situação dramática senhora e senhores" Bom o protagonista vivi um duelo ..... mas bem bora de continuação Leaon

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Ser corno não é fácil, dói, mas o tesão é muito grande, eu passei pelo fato de ver minha EX fudendo com outro cara, ele fez de tudo com ela e não foi fácil

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Amigo que barra pesada naoesta na sua pele nota mil Leon by kkkkkk

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Vou fazer uma observação porque achei pertinente.

Na cultura japonesa existe uma arte chamada kitsugi que consiste em colar com cola e Ouro em pó os cacos de algo normalmente velho e único que se quebrou. Esse novo objeto obviamente não é igual ao anterior, mas é tão reverenciado quanto.

O que quero dizer é que talvez o relacionamento de Guto e Laíse nunca mais seja o mesmo, mas ainda assim possa se transformar em algo único e muito bonito, basta eles trabalharem juntos colando os caquinhos...

Nu! Hoje eu tô que tô. Vou até dar uma namorada.

🤣💋

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Pois eu devia ter dito isso para eles, quem sabe, se eu soubesse poderia ajudar. Hehehe dica chegou tarde. 🤣🤣🤣

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Leon, puta história, parabéns!

Um casal improvável, ela sexualmente livre e ele travado por uma formação conservadora. Tinha tudo para não rolar, mas se apaixonaram. Ela abre mão da sua liberdade e, de maneira sutil e inteligente vai ampliando os horizontes do marido. Tinha tudo para dar certo, mas não deu... A viagem para Portugal fez Laíse recordar de como era sua vida e, aconselhada por quem não conhecia intimamente seu marido, foi precipitada. O Nassau tem razão, ela meteu os pés pelas mãos, já tinha conseguido introduzir o marido em um ménage e, ao invés de recuar quando ele pediu exclusividade do seu cuzinho, fez birra e negou. Deixou o marido constrangido e inseguro para cumprir uma promessa para o comedor, não foi inteligente. Se no início do relacionamento ela mostrou uma inteligência emocional incrível, quando se prostituiu foi uma completa idiota. Ela mesmo deixa claro que sabia que tal acordo comercial era um limite moral para o marido e mesmo assim fez o programa. Obviamente todos da casa, pessoas sexualmente liberadas, ficaram sabendo, era inevitável Guto descobrir...

Os vídeos, ou melhor, os diálogos nos vídeos mostram que Laíse perdeu completamente a mão. Ela esqueceu as origens do seu marido? Um mineiro criado no interior que está descobrindo o mundo liberal, com mais dúvidas que certezas, não está pronto para ouvir sua amada esposa chamando outro homem de "meu macho".

Ele está certo em procurar se afastar, precisa colocar a cabeça no lugar, pensar muito e decidir o que quer para vida. Laíse também precisa pensar em tudo que aconteceu, se ela realmente quer continuar o relacionamento vai ter que recuar... Só não sei se ela vai aceitar abrir mão da liberdade redescoberta. Quando foi morar com Guto a realidade era outra, ele ganhava bem, agora as coisas são diferentes...

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Resumiu muito bem. Por isso gostei da história. Eros bestas estragam grandes conquistas. E acontece de monte e toda hora na vida das pessoas. Obrigado.

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O Guto ficou mordido mesmo, mas cheio de tesão.

Será que ele vai mesmo chutar o balde?

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Situação complicada para o Guto. Eu não gostaria de estar na pele desse casal. Sabendo que existe amor, tudo pode acontecer. Ou nada.

Ansiosa pelo quem vem por aí...

⭐⭐⭐

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Dá para sentir a tensão durante todo este episódio.

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Ixi, a coisa complicou. Fico imaginando como ele deve ter se sentido vendo uma DP sem sua participação. O pior é o cara estar endividado justamente com o cara que está envolvido em toda a encrenca.

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A moça tinha a faca e o queijo na mão, pois é claro que o marido era massa de modelar em sua mão.

Porém, não percebeu que ri há que ser aos poucos. Com jeitinho e provocando o tesão nele ia conseguir tudo o que queria e depois inventar mais coisas pra querer.

Isso faz parte do jogo e excita tanto quanto.

Em vez disso, ela foi com muita fome no pote de mel e se lambuzar toda e agora vai ter que lidar com as moscas e as formigas que certamente se aproveitarão disso.

Isso pra mim é a diferença entre ser esperto e ser inteligente e não saber que, a primeira sem a segunda é igual cuspir contra o vento, pois se volta contra a gente.

Parabéns ao autor por criar uma situação que permite uma reflexão. É isso que diferencia os bons contos dos outros.

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Forte, impactante e angustiante!!!

⭐️⭐️⭐️

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Como já dito: não há o que acrescentar!! ⭐️⭐️⭐️

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A realidade é feita de uma sequência de fatos. Uma cadeia de causa e consequência. Que bom que você premedita os acontecimentos antes do final do capítulo. Para leitores com essa capacidade, como a sua, os contos devem ser sempre muito óbvios. Eu por exemplo, premedito que toda vez que você vem comentar, espicaçado por um sentimento de revolta, na verdade, destila o veneno da provocação, jamais um elogio, jamais um ponto favorável, em um conto onde excelentes autores de prestígio reconhecido no site, elogiam, de onde se deduz que lê, fica mordido, incomodado, talvez invejoso, e destila seu veneno. Tudo bem, É tão óbvio que nem precisa de enredo. Até o seu nick reflete isso.

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