Este é um capítulo mais curto.
Vida de casados - Relações distintas - Parte 3
Miguel e Beca estavam em choque. Beca segurou a mão de Miguel sob a mesa, apertando-a. "Miguel, o que está acontecendo?", sussurrou ela, assustada.
Miguel balançou a cabeça, ainda sem palavras, mas seu rosto mostrava uma mistura de confusão e preocupação.
Ricardo continuou insistindo que conhecia Júlia e Thor. "Sério, vocês precisam se lembrar. Eu sei que não estou enganado", dizia ele, sua insistência tornando-se desconfortável para todos.
Thor, já bem irritado, lançou um olhar ameaçador para Ricardo e levantou-se da mesa, a voz carregada de fúria. "Olha, cara, você deve estar nos confundindo com outras pessoas. Já chega", disse Thor, com firmeza.
Júlia, percebendo o que poderia acontecer, levantou-se também e segurou o braço de seu marido, tentando acalmá-lo. "Thor, calma. Não vale a pena", murmurou ela, olhando nos olhos dele com preocupação.
"Mas Júlia...", começou Thor, mas ela o interrompeu.
"Vamos sair daqui. Isso já passou dos limites", disse Júlia, com firmeza. Ela olhou para Ricardo e acrescentou: "Você realmente deve estar nos confundindo com outras pessoas. Nós não o conhecemos."
Ricardo levantou as mãos em sinal de rendição, mas não sem antes soltar um suspiro de frustração. "Tudo bem, tudo bem. Desculpem se causei algum desconforto. Tenham uma boa noite."
Com isso, ele se afastou, ainda olhando para eles de uma maneira que fazia com que Beca e Miguel se sentissem desconcertados.
Antes de saírem do restaurante, chamaram o garçom para pagarem a conta. A situação já havia chamado a atenção de vários clientes ao redor, e o desconforto era palpável. Júlia, tentando manter a compostura, pediu a conta, enquanto os demais se ajeitavam nas cadeiras, prontos para sair.
O garçom, percebendo a tensão, trouxe rapidamente a conta. Thor pagou com pressa, tentando evitar mais olhares curiosos. "Vamos sair daqui", disse ele, sua voz ainda carregada de irritação.
Todos concordaram e começaram a sair do restaurante. Quando se encaminharam para o estacionamento, o clima era de total silêncio. Ninguém queria falar sobre o ocorrido. Lá fora, o ar fresco da noite ajudou a aliviar um pouco a tensão, mas as palavras de Ricardo ainda ecoavam em suas mentes.
Ao chegarem aos carros, que estavam próximos um do outro, Beca foi a primeira a romper o silêncio. "Júlia, Thor, eu não sabia sobre isso", disse ela, tentando encontrar uma maneira de processar a revelação.
"Olha, Beca, depois conversaremos com calma sobre isso. Tenham uma boa noite", disse Júlia, tentando encerrar a conversa.
"Boa noite, pessoal", disse Thor, ainda visivelmente tenso.
Beca e Miguel responderam quase em uníssono. "Até logo."
Não demorou muito para que Júlia e Thor partissem dali, deixando Beca e Miguel sozinhos no estacionamento, ainda processando tudo o que havia acontecido.
Depois que Júlia e Thor foram embora, Beca olhou para Miguel e disse: "Amor, será que é verdade o que aquele homem disse?"
"Eu não sei, mas ficou nítido o desconforto da Júlia e do Thor," respondeu Miguel, pensativo.
"É mesmo, eu também percebi isso," disse Beca, ainda refletindo sobre a situação.
"Bom, vamos para casa. Apesar do que aconteceu, a noite foi divertida e agradável. Fazia tempo que não saíamos os quatro juntos," comentou Miguel, tentando aliviar a tensão.
"Sim, essa noite foi boa mesmo," concordou Beca, com um leve sorriso.
Após esse diálogo, o casal entrou em seu carro e seguiu rumo à sua casa. O silêncio entre eles era confortável, cada um perdido em seus pensamentos, mas compartilhando a mesma sensação de que, apesar de tudo, aquela noite tinha sido um momento de diversão e companheirismo entre amigos.
No trajeto para casa, Júlia e Thor conversavam sobre o ocorrido. "Eu jamais pensei que iríamos passar por uma situação assim, amor," dizia Júlia, ainda surpresa.
"Pois é, querida. Mas nós nunca saímos com aquele homem. Tudo bem que já saímos com muitas pessoas, mas certamente com ele não," respondia Thor, tentando entender a situação.
"Até porque uma pessoa que está neste meio swing jamais iria expor alguém como ele fez," disse Júlia, indignada.
"Com certeza não," afirmou Thor. "Se ele participou de alguma festa liberal, foi uma festa de quinta categoria. Que coisa mais sem noção, expor as pessoas daquele jeito."
"É verdade," concordou Júlia. "Sempre tivemos tanto cuidado com discrição e respeito, e daí aparece alguém assim, causando um constrangimento desnecessário."
"Exatamente," disse Thor, balançando a cabeça. "Mas não vamos deixar isso nos afetar. O importante é que nós sabemos a verdade e que sempre mantivemos nossos princípios."
Em seguida, Júlia perguntou a Thor, sobre como Beca e Miguel poderiam estar reagindo à revelação.
"O que você acha que a Beca e o Miguel estão pensando sobre nós?" perguntou Julia, com um tom de preocupação em sua voz.
Thor respirou fundo antes de responder, tentando tranquilizar Julia. "Olha, Júlia, não se preocupe com isso. Não fazemos nada que seja de outro mundo. O swing não é um bicho de sete cabeças. Depois eu conversarei com o Miguel e você conversa com a Beca, tudo bem? Lembre-se de que não estamos fazendo nada de errado, apenas apreciando a vida de uma forma diferente da maioria."
Julia assentiu, sentindo um leve alívio ao ouvir as palavras de Thor. "Você tem razão. Depois conversarei mesmo com a Beca. Só espero que isso não afete nossa amizade."
Thor colocou a mão sobre o ombro de Julia com carinho. "Vai ficar tudo bem, querida. Nossos amigos nos conhecem e sabem que somos honestos."
Com essa conversa franca e reconfortante, Julia e Thor seguiram para casa, determinados a lidar com a situação com sensibilidade e confiança, confiantes de que a verdade e o respeito mútuo os ajudariam a superar qualquer mal-entendido que pudesse surgir.
Na madrugada, Beca se remexia de um lado para o outro na cama, incapaz de encontrar uma posição confortável para dormir. Ao contrário dela, Miguel dormia profundamente ao seu lado. Em um momento de pausa em seus pensamentos tumultuados, Beca se viu refletindo sobre o que havia descoberto.
"Swing? Jamais pensei que a Júlia fizesse algo assim," murmurou Beca para si mesma. Lembrava-se vagamente de ter ouvido falar sobre esse estilo de vida, mas nunca havia pensado muito a respeito. "Sempre achei que fosse algo distante da nossa realidade."
Beca, tomada por uma curiosidade intensa que a impedia de dormir, observou seu marido Miguel, que dormia tranquilamente ao seu lado. Decidida a explorar o assunto que a intrigava, levantou-se com cuidado para não o acordar, dirigiu-se até a porta do quarto e desceu as escadas silenciosamente. No escritório, abriu seu notebook e começou a pesquisar sobre swing.
Enquanto navegava pelos sites e artigos, um novo mundo se abria diante de Beca. Ela descobriu diferentes perspectivas sobre o estilo de vida swinger, desde relatos pessoais até informações sobre como funciona, as razões pelas quais casais escolhem participar e os desafios e benefícios envolvidos. Cada nova página visitada parecia desvendar camadas mais profundas de um mundo até então desconhecido para ela. Até chegar nos vídeos de casais liberais.
Conforme os minutos passavam, Beca começou a sentir um formigamento de desejo que crescia dentro dela, tomando conta de sua mente e de seu corpo. Lentamente, quase sem perceber, sua mão desceu pela lateral de sua cintura, os dedos de Beca encontraram a pele macia de sua coxa, e ela sentiu um arrepio de prazer. Seu coração começou a bater mais rápido enquanto sua mão subia, explorando o caminho até chegar à bucetinha. Os toques iniciais eram leves, quase hesitantes, mas rapidamente se transformaram em movimentos mais firmes e decididos.
Ela se inclinou um pouco na cadeira, abrindo as pernas para ter melhor acesso. Seus dedos começaram a esfregar suavemente, explorando cada centímetro com uma mistura de curiosidade e desejo crescente. A excitação aumentava, e os movimentos de sua mão seguiam o ritmo do seu tesão, que se tornava cada vez mais intenso.
Beca mordeu o lábio para conter um gemido, o som de sua respiração pesada preenchendo o escritório. Seus dedos se moviam com urgência agora, esfregando o clitóris com uma determinação quase frenética. A cadeira de couro rangeu levemente com seus movimentos, mas ela estava perdida demais nas sensações para se importar.
A pressão dentro de seu corpo crescia a cada segundo, cada toque enviando ondas de prazer que a faziam estremecer. Seus quadris se moviam instintivamente, buscando mais fricção, mais intensidade. O desejo de Beca estava à beira de explodir, e ela sabia que o clímax estava próximo.
Finalmente, com um gemido abafado, ela alcançou o ápice. O orgasmo a atingiu como uma tempestade, seu corpo arqueando na cadeira enquanto uma onda avassaladora de prazer a envolvia. Beca respirava com dificuldade, cada fibra de seu ser vibrando com a satisfação.
Quando finalmente abriu os olhos, ainda ofegante, ela sentiu um sorriso satisfeito se formar em seus lábios. O escritório ao seu redor parecia o mesmo, mas dentro dela, uma corrente de prazer ainda pulsava, lembrando-a do momento intenso que acabara de viver.
Continua...
