MANUtensão

Um conto erótico de Larissa de Astorga
Categoria: Grupal
Contém 1413 palavras
Data: 29/06/2024 15:42:05
Última revisão: 29/06/2024 16:39:07

Era uma fábrica de tecidos. E na década de 90, a modernização dos processos já impunha uma crise de sustentabilidade nesse setor. Para se ter ideia desses percalços, a fábrica do seu Zack já era mista, fabricando bonés personalizados de pronta saída, e até blusas de tricô sob encomenda das sacoleiras; e para piorar, foi necessário contratar muitos “guapos sacudos” para aguentar o tranco, inclusive do transporte, na década em que a quantidade foi mais importante que a qualidade.

Manuela, que é filha da amante Carina, e confirmada pela novidade do DNA, foi incumbida pelo pai, em botar respeito naquela malta. E se fosse um roteiro de filme de terror, os filhos mais velhos, e da esposa, começariam a ser assassinados um a um, para que a “não tão megera” pudesse herdar sozinha esse patrimônio. Só que não! A tal Carina só chegou à existência conjugal do velho Zack, justamente pela senhora oficial ser estéril. E quando aquela caiu no leito, de onde não mais se levantaria, foi esta que lhe serviu o chá como enfermeira.

Mas no que se refere a substituições conjugais, não foi possível: Carina começou a apresentar sinais de estelionato. O problema, é que era um "estelionato sexy”, daqueles cuja técnica envolvia o Senhor Zack, o famoso “me engana que eu gosto”. Também veio a falecer, e foi repentinamente, até onde me chegou, de vesículas. Manuela já com 24 anos, foi colocada como presidente da fábrica em 1997, quando o sucesso era: “Apaga a fumaça do revólver, da pistola... Manda a fumaça do cachimbo pra cachola. Acende, puxa, prende, passa... Índio quer cachimbo, índio quer fazer fumaça!”

Naquele ambiente nada feminino, onde os rapazes iam para lá e para cá, carregando caixas e cilindros, hastes de metais e bobinas; todos obedeciam as suas ordens de Princesa Fiona, ou “princesa dos ogros”, melhor dizendo. Com o tempo, Manuela sentiu que deveria se adaptar, mas como de natureza sádica que era, resolveu abusar um pouquinho da clientela. Sempre que ia executar alguma suspensão, que à época se chamava “gancho”, fazia sempre com rigor e sarcasmo. Exemplos: “Se eu usasse o tesourão, a patroa ia ficar na míngua. Tchau e não quero ver a tua fuça antes de quinta-feira”, “Não se fazem mais machos como antes, mas essa ferramenta aí, ainda pode ser aproveitada, lá em casa quem sabe. Enquanto isso, aproveita que a energia tá racionada, e toma banho gelado para voltar fresquinho na segunda”, e “Antes de eu nascer, só tinha titica e urina nessas paredes, mas agora vou ter que contratar um marmanjo bom de esfrega. Você não serve nem para o contrapeso”.

Todas essas cantadas indiretas, na verdade eram para Manu equiparar-se, pelo menos no desafio de comandar homens, com a revolução feminina ainda nas fases iniciais. O velho pai tava “nem aí” com isso, e dada a decepção de uma mulher herdar o seu negócio, sobretudo bastarda, queria mesmo que fosse pro vinagre. Se viesse um neto varão pelo menos,... e era nessa esperança que tava calçada a confiança em Manu. Mas quanto aos pretendentes da classe média, a filha tratou de espantar a todos, com hábitos nada de madame, que é chupar halls de menta e mostrar a língua; ajeitar a calcinha e dizer que “tá pegando”, ou até cheirar as próprias axilas, dizendo que o Rexona tá vencido.

O velho era “pão duro”, e não se importando com a própria saúde, veio a falecer de infarto no ano de 2002. Com a possibilidade de anistia, os funcionários daquela fábrica tinham que conquistar (no bom sentido), a moça Manuela. Mas Manu, ainda com o pai esticado na mesa, dizia aos visitantes do velório: “Já viu! Então volta, que a produção não pode parar”.

Foi assim, nessa tirania, arrastando-se por mais de 40 dias, pois afinal, já eram 5 anos de experiência. Manuela era boa mesmo, mas estava sem a guarnição fiel ao pai, que aos poucos, ou pediu demissão (chiba ser gerenciado por mulher), ou começaram a fazer motim, por onde ela começou a sofrer as invertidas.

Certo dia, Manu chegou como quem não quer nada, e um dos encarregados estava estalando os dedos na sua sala, e os moços da manutenção estavam “paralisados”, com dois até coçando o saco, literalmente com as mãos dentro das calças. Manuela ajeitou o cós da saia rodada, dando aquela giradinha e disse ao encarregado: “Suruba homo aqui? Por que o guapos não estão revisando as máquinas?” “Porque estão esperando a senhora assinar este papel”, respondeu o chefe do setor. Ela pegou a ficha com má vontade, até cerrando um dos olhos e enrugando a hemiface respectiva. Era uma proposta de aumento coletivo, que Manu ameaçou rasgar. “Aham” - resmungou o encarregado – “Se rasgar, eu me demito!”

Foi os trinta segundos mais demorados da carreira da empresária, com os 4 guapos mais o chefe do grupo com os olhos arregalados para ela, numa expectativa “...” e... ela rasgou, dizendo: “Pronto! Tá demitido!”

O encarregado Marcel Ricardo, que estava a cerca de 60 cm’s de Manu, deu um passo à frente, e meteu-lhe uma bofetada. Pegou em cheio na face esquerda. Foram outros longos 30 segundos, que sem precedentes, Manu não sabia o que fazer, além de olhar admirada para o carrasco, e também aos demais, levando a mão ao rosto.

E de fato, não disse nada, e ficou esperando que alguém o fizesse. Um dos rapazes fez menção de sair, mas o chefe o segurou, dizendo geral: “Fiquem aí, que a gente ainda vai se divertir”. E escolhendo um mais alto e negão, ordenou: “Mostra a ferramenta!” Ele baixou a calça com a cueca junto, e o mastro já estava a “meio pau”. Manu olhou com ódio, e Marcel perguntou quase gritando: “Quer ver aquilo funcionando? Não quer dar um aumento para ele?”

A cara de Manuela passou de raiva para nojo, e o encarregado empurrou a sua nuca, quando ela deixou-se ajoelhar. Era perante um operário subalterno, mas a sua perversão estava saindo do casulo, então...

Manu passou a chupar aquela pica negra como louca, deslizava através da língua, e até bateu com ela na cara. Trancaram a porta da sala, que era para não entrar mais homens. Um outro, também moreno jambo, ergueu a saia, cortou a calcinha com um canivete, e suspendendo uma perna de Manu, começou a penetrar na xoxota. Ela continuava sugando a rola negra, enquanto o outro pau lhe batia, com o choque chegando até o útero. Balançou de tesão, e já teve o primeiro orgasmo nessa posição. Também já tomou a primeira esporrada na boca.

Cansaram, e a passaram para os outros dois operários da manutenção, estes um pouco mais delicados. Um deles deitou num sofá, que tinha por lá, trazendo Manu para cavalgar na sua pica. Depois de alguns minutos nesse movimento, o outro cuspiu no buraco traseiro, e começou a acelerar a pica no cu da dona da fábrica. Foi entrando, apesar daquele ânus ainda ser virgem na época, mas como o pau era meio estreito... Mesmo assim, ele fez o sarcasmo: “Essa nem precisou de óleo Singer!” Mas o clima não tava tão engraçado, apesar de Manu já estar tendo o segundo orgasmo, e de retribuir à altura: “Uuuui, até que vocês não são tão imprestáveis!”

O cara do cu retirou e correu para gozar na boca de Manu, enquanto o outro fez ali mesmo, na rachadinha. A suruba continuou, e o encarregado Marcel Ricardo pegou a moça “de viradinha”, e a fez continuar tomando no cu, enquanto o que ainda não tinha gozado, segurou a cabeça de Manu, e finalmente conseguiu, na garganta. Ela começou a tossir quando a porra bateu nas amigdalas, foi quando estava tendo o terceiro orgasmo, sentindo também, um jato de porra, a querer invadir o seu intestino.

Caiu desfalecida naquele sofá, e os marmanjos saíram. O último foi Marcel, que disse a Manu: “Fica tranquila, que eu termino o expediente pra você”. Manu deitou a cabeça, sentindo-se a pior das devassas abusadas, e ainda escutou o encarregado dizendo antes de fechar a porta: “Deixa, que eu consigo o aumento pra vocês”.

No dia 8 de novembro de 2003, Manuela casou-se com Marcel Ricardo, ela com 30 e ele com 36 anos de idade. Conheci Manu no ano passado, com 50 anos, e dessa história, não me disse qual foi aí, o futuro do pretérito sabe?, se ela continuou fazendo gangbangs, se o marido tem o fetiche de ser corno, sei lá..., vamos deixar no suspense.

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Comentários

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Perfeita explanação, Larissa! A Manu já demonstrava que não se identificava com a classe média, e ela não era tirania, mas queria trabalhar. O subalterno teve que "regular o seu platinado", mas nada muito grave.

Quanto ao mistério aí, do futuro do pretérito, eu acho que "quem foi puta nunca perde a promiscuidade".

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