Triângulo Amoroso - Capítulo XXX

Categoria: Heterossexual
Contém 4905 palavras
Data: 29/06/2024 20:18:56

A SURPRESA DE LAURA!

O fato de ter gozado duas vezes com os dedos de Lukas socados em sua buceta enquanto ela mesma tocava o clitóris com agilidade não deixou Laura totalmente satisfeita e ela dirigia o carro indo em direção ao aparamento dele sentindo que seu corpo pedia por mais. Seu tesão ainda não fora completamente saciado.

Talvez seja por isso que ela tenha resolvido ousar ao chegarem ao seu destino e, em vez de simplesmente se despedir de sua companhia e seguir rumo ao seu destino que era a sua própria casa, ela foi invadida por uma compulsão enorme de provocar a todos os envolvidos naquele trama e disse para Lukas que via com expressão de preocupação ao ver que o fato dela estar descendo do carro:

– Está me olhando assim por quê? Vamos em frente que eu vou salvar o meu maridinho antes que a putinha da sua mulher esgote toda a energia dele.

– A minha esposa não é nenhuma vadia. – Reclamou Lukas defendendo a honra de Marcinha.

– É sim. Uma putinha e vadia que gosta de foder com o marido de outra mulher. – Ao ver que Lukas se esforçava para controlar a sua raiva, riu e depois falou: – Não faça essa cara Lukas. Eu não estou falando isso como ofensa. Entenda como um elogio, pois a Márcia não é uma puta qualquer, ela é apenas a putinha do Alberto e sua também e, para satisfazer aos seus dois machos age como uma vadiazinha, pois é disso que os homens como vocês gostam. Eu não quis dizer isso de uma forma ofensiva, aliás, acho até que é um elogio, pois os homens dão valores às mulheres que agem desse jeito. Talvez, se eu tivesse sido mais vadia o casamento entre o Alberto e eu não teria caído nessa rotina e quem sabe até, eu estaria junto com ele nesse joguinho que vocês estão jogando há tanto tempo.

Ouvindo a explicação de Laura, o Lukas lembrou-se da primeira vez que a Marcinha se dirigiu a ele o chamando de corninho e depois deu uma explicação que tinha muito a ver com que a mulher acabara de dizer e entendeu que quando essas coisas são ditas em um contexto como aquele, acaba provocando outras reações que não a de se sentir ofendido, como acontecia com ele que se derretia de tesão todas as vezes que a Márcia chamava a ele de corninho e de como ela tinha agido com Alberto quando ele fez o chamou de corno pela primeira vez e depois, com o seu jeitinho sapeca, foi fazendo com que ele entendesse que aquele tratamento tinha que ficar restrito aos momentos em que o prazer vai ser potencializado por ele.

Quando entraram no apartamento cuja porta Lukas abriu com a sua própria chave a sala estava vazia e eles ouviram vozes do quarto em um volume que indicava que quem estava conversando não estava próximo, pois a de Alberto soava mais alto do que a de Marcinha o que indicava que ela estava mais longe da sala do que seu amante. Lukas pediu para que Laura aguardasse pedindo para que ela se sentasse com um gesto e caminhou em direção ao quarto e, mesmo antes de chegar lá, ouviu o barulho do chuveiro e entendeu o motivo da voz dela soar mais baixo. Ele entrou no quarto e o Alberto falou para ele com um sorriso nos lábios:

– Olá Lukas. Já de volta? Eu irei embora em breve.

– A Laura está aí. – Informou Lukas sem levar em conta o que Alberto falara.

– O QUE?

A expressão de Alberto provocou um sorriso em Lukas que, com uma voz divertida, esclareceu:

– A Laura. Sua esposa. Está lembrado dela? Então, ela veio te buscar e está sentada no sofá esperando por você.

Enquanto Lukas dizia isso Marcinha saía do banheiro enrolada em uma toalha e também ouviu e ficou paralisada com uma das mãos segurando a toalha e a outra cobrindo sua boca como se para abafar um grito de desespero diante daquela informação. Mas Alberto, depois do susto inicial, já estava vestindo a cueca e logo passava por Lukas indo em direção à sala, Ele bem que gostaria de estar vestido, porém, sua calça e camisa, naquele exato momento, estavam no colo de Laura que recolhera as roupas do chão e as dobrava já antevendo o desespero de seu marido em ter que vir até ela despido.

Alberto, quando chegou à sala, ficou plantado em pé enquanto seus olhos encontravam o de Laura e o que ele via era difícil de decifrar. Naquele olhar havia tudo. Ele percebeu um pouco de recriminação, algum ciúme, porém, o que mais se destacava era o de desejo e foi aquele brilho que ele conhecia tão bem que o animou a falar:

– Desculpe amor. Eu não devia ter vindo.

– Está tudo bem Alberto. Eu sabia que o cavalheirismo de meu marido iria acompanhar a Márcia até sua casa, que o desejo dele faria com que ele aceitasse subir até o apartamento dela e que a safadeza os jogaria nos braços um do outro;

– Não é isso amor. A Márcia não tem culpa de nada.

– Olha aí o super herói agindo novamente. O perfeito Alberto assumindo toda a culpa e protegendo a ninfeta inocente. Dia uma coisa Alberto. Você por acaso forçou a Marcinha a ir para a cama com você?

– Não é bem assim. Quer dizer, eu não fiz nada forçado, mas sendo o mais velho deveria saber me controlar e evitar isso.

– Pare com isso Alberto. Nunca, em momento algum, você pode ser culpado de alguma coisa, pois tudo o que aconteceu entre a gente foi porque eu queria.

Quem defendia Alberto dele mesmo foi Marcinha que, entrando na sala vestindo uma saída de banho cujo comprimento mal cobria seu bumbum, descalça e linda e cheirosa com seus cabelos molhados em virtude de ter acabado de sair de um banho. Os olhos de Laura percorreu todo o corpo da garota e ela se sentiu com dezoito anos, quando estava iniciou seus estudos na faculdade e que, quase todas as reuniões com as amigas para estudos ou realizarem algum trabalho acabava com uma de suas amigas, às vezes duas, transando com volúpia para satisfazerem o desejo que os hormônios daquele tempo faziam surgir. Houve até uma vez que estavam em cinco e aconteceu das cinco se pegarem.

Laura não foi santa na sua juventude e aproveitou bem a vida. Porém, sexo com mais de duas pessoas ocorreram raras vezes e apenas entre garotas. Com homens, teve poucos relacionamentos e sempre dentro das normas que os freios sociais impõem. Isso perdurou até que ela, no terceiro ano, começou a estagiar em um escritório e conheceu Arnaldo. Depois que o conquistou, pois foi ela que fez de tudo para fisgar aquele honesto, sério e belo espécime de advogado, ficou ainda mais apaixonada quando sentiu o belo pau dele sondando locais nunca antes conquistados o seu amor só cresceu ainda mais e ela se tornou a mulher fiel e respeitável que sempre demonstrou ser.

E agora todo esse passado parecia estar ali na sua frente olhando para ela com seus olhos negros, seus lábios carnudos entreabertos e o corpo perfeito. Laura desejava que Marcinha fizesse algum gesto brusco que fizesse aquele roupão subir alguns centímetros para que ela tivesse um vislumbre da bucetinha que seu marido tanto visitara nos últimos tempos. Por um átimo de um segundo ela se imaginou abraçando aquele corpinho, beijando aquela boca e com suas mãos viajando nas curvas daquele corpinho maravilhoso.

– Viu só querido? Não tem nada com que se preocupar. – Disse Laura disfarçando todo o desejo que queimava seu corpo e depois, entregando as roupa de Alberto para ele, sugeriu que ele as vestisse para que eles fossem embora juntos e ainda provocou: – A não ser que você queira passar a noite toda aqui.

Alberto obedeceu e logo estava se despedindo de Marcia de uma forma muito formal para não se tornar cômica diante do quadro que se formara com a situação. Laura, que parecia estar disposta a atazanar ao constrangido marido que agia como se tivesse sido pego com as calças abaixadas, se bem que seria correto dizer que ele foi pego sem calça nenhuma, logo provocou:

– Isso é jeito de se despedir de quem você acabou de foder Alberto?

Alberto olhou assustado para Laura que, com um gesto, o estimulou a ser mais ousado e ele deu um selinho em Marcinha que, nessa altura, tinha o rosto em brasa por estar envergonhada. Mas Laura não perdoou e insistiu:

– Vocês só podem estar de brincadeira, não estão? Vocês chamam isso de beijo de despedida entre dois amantes. Ah! Por favor, gente.

Apesar da vergonha e da timidez, Marcinha se sentiu desafiada e foi ela que levou as suas mãos à nuca de Alberto, puxou a cabeça dele ao encontro da sua e suas bocas se encontraram em um beijo apaixonado que durou mais que trinta segundos. Quando finalmente se separaram, Laura batia palmas e depois falou:

– Agora sim. Agora vocês estão agindo como duas pessoas com tesão uma pela outra.

E dizendo isso, como se para deixar registrado que o desejo não era apenas entre os dois, aproximou-se de Marcinha e a surpreendeu lhe dando um rápido selinho. Depois, pegou na mão do esposo e se dirigiu para a porta de onde virou para trás e falou para a Márcia:

– Delicioso seu beijo. Vou querer mais. Mas cuidado, se você chegar amanhã cedo no escritório e for me beijando, você será demitida. Não se beija o chefe na boca. – Aí olhou para o Alberto e falou antes de soltar uma gargalhada: – Bom, pelo menos não no local de trabalho.

Mesmo estando morrendo de vergonha por causa do jeito que Laura se comportava dentro de sua casa depois de praticamente encontrar seu marido na cama dela, Marcinha não conseguiu evitar que um sorriso enfeitasse seus lábios sedutores.

Alberto estava completamente assustado. Nunca durante todo o tempo de casamento ele vira uma Laura tão solta, brincalhona e divertida, muito embora não fosse ele que estivesse se divertindo naquele momento. Mais tarde, pensando no assunto, ele concluiu que estava adorando essa nova forma de agir da mulher que amava. Porém, ficou assustado quando ela se negou a lhe entregar as chaves do carro informando que seria ela a conduzir o carro até a residência deles. E muito, mas muito mais assustados, quando estava sentado ao lado dela que dirigia como se fosse “tirar o pai da forca”, desrespeitando sinais de limite de velocidade e até mesmo avançando alguns sinais vermelhos.

E ele entendeu quando chegaram em casa, pois mal entraram no apartamento e ele foi literalmente estuprado por uma Laura sedenta de século que, sem conseguir se conter, exigia que ele lhe entregasse até a última gota de sua essência do prazer.

Mais tarde, extenuado sobre a cama e sem poder dormir por causa do excesso de adrenalina que fazia eu coração continuar celerado, ele ficou a imaginar o que teria feito para ter o privilégio de ter duas mulheres maravilhosas sempre dispostas a se entregarem a ele. Uma com o viço da juventude e a outra com a aura da maturidade. Ambas belas e possuidoras de corpos perfeitos e que sabiam dosar a doçura de uma mulher disposta ao sexo, a sensualidade de uma mulher que valoriza o dar e receber prazer e a volúpia de uma mulher desejosa em ser possuída com vigor. Além disso, o fato de ambas saberem o momento exato de alterar um comportamento carinhoso com outro mais selvagem fazia com que o sexo com qualquer uma delas nunca fosse considerado rotineiro.

– Acho que eu estou no melhor entre dois mundos. – Disse ele baixinho por não conseguir se conter.

– Verdade mesmo? Então vê se dorme porque senão você vai levar outra surra de xoxota.

O fato de Laura não estar dormindo, mas apenas de olhos fechados e com a respiração normal, não assustou ao Alberto. Ele apenas deu um largo sorriso e se aconchegou a ela fazendo-lhe carinhos no cabelo por saber que essa era uma forma de fazê-la dormir.

Na manhã seguinte quatro pessoas que viveram a mesma situação estavam convictas de que a conclusão que tiraram dela era a correta. O problema é que, como ser todas corretas se cada uma delas era diferente das outras?

Para Marcinha o lado bom da história é que seus recentes problemas pertenciam ao passado. Ela, que se vira privada de curtir o sexo com Alberto, primeiro por causa da reação de seu marido quando ela ocorreu de eles irem a um motel por iniciativa deles mesmo sem que o Lukas soubesse e depois, quando ela conseguiu recuperar o controle, surgiu nova situação em que Laura descobriu a traição do marido e isso foi o suficiente para que o Alberto se recusasse a transar com ela. Agora, Laura também parecia estar conformada com a situação e até mesmo demonstrou que ficava excitada com isso. O lado ruim é que ela sentia que, do jeito que Laura agiu, não demoraria em que aquela mulher mais experiente que ela assumisse o controle de toda a situação e ela se ressentia disso, pois por mais que o Alberto agisse como se fosse o alfa da relação, no fundo era ela que decidia quando, onde e como eles transavam. E tinha também outro fato que a incomodava bastante. Ela não estava nada feliz por Lukas ter fodido Laura, mas sabia que ficaria parecendo muita hipocrisia se ela brigasse com ele por causa disso. Como cobrar do marido o fato de ele ter fodido outra mulher quando ela fazia isso sempre.

Para Lukas a parte boa era parecida com a de Marcinha com a situação voltando a ser da mesma forma como era antes, com a diferença de que agora, a qualquer momento e independente de onde estivesse, poderia receber uma ligação da esposa apenas para avisá-lo de que estaria fodendo com seu amante. O lado ruim é que, apesar de não ser mais nenhum caipira e muitas vezes se fazer de inocente para conseguir situações em que sua esposa Márcia lhe proporcionaria mais prazer, ele tinha medo de Laura. Aquela mulher, segundo ele mesmo classificava, era muita areia para ele carregar sozinho, muito embora ela tenha deixado claro que ele seria o macho escolhido para que, junto com o marido dela, lhe desse o prazer de foder com dois homens ao mesmo tempo. Por tudo isso, ele temia por esse momento.

Para Alfredo o fato de agora poder transar com Márcia sem que isso afetasse seu casamento com Laura era tudo o que podia sonhar e era o lado bom, porém, embora ele não tivesse demonstrado em nenhum momento, ele se doía todo por dentro só em pensar que Laura tinha sido fodida por Lukas e isso o incomodava sendo o fator ruim daquela história. Na cabeça dele, sua esposa não deixara barato e tinha deixado que o marido de Márcia fodesse a sua boceta e isso o deixava louco de ciúme. O pior de tudo, é que Laura percebeu isso e não fez nada para que ele tirasse esse pensamento da cabeça em virtude de não ter acontecido o que ele pensava.

Para Laura, o lado bom foi ela estar se sentindo como se tivesse embarcado em uma máquina do tempo e voltado à idade de dezoito aos vinte e um anos, época em que ela conseguiu se desvincular de qualquer sentimento que a prendesse a alguém e se entregara com muita sede ao prazer, principalmente com mulheres. O tesão que ela sentia por Marcinha era o que provocava essa sensação nela, muito embora, a expectativa de tentar outras formas de prazeres a deixava totalmente acesa a ponto de, antes de sair de casa para o escritório, se ver obrigada a trocar de calcinha porque a que colocara antes, a menos de uma hora, já esta encharcada. Precavida, colocou outras duas na bolsa antes de sair de casa. O lado ruim é que ela sonhava que o Alberto mudasse um pouco e se transformasse em um homem mais malvado e cafajeste na hora do sexo. Ela ainda não vira o marido fodendo a Marcinha e por isso ainda pensava que ele era carinhoso e romântico demais e ela queria sim esses carinhos e romantismo, porém, não tinha nada contra uma pegada mais forte e até uns tapas de vez em quando, desde que dados no momento correto.

Foi com esse ânimo que todos chegaram ao trabalho naquele dia.

Marcinha, ao chegar ao escritório, lembrou-se da advertência de Laura que, depois de beijá-la, lhe advertiu que se isso acontecesse no escritório ela seria demitida. Agora, pensando no assunto, ela achou aquilo até ofensivo. Primeiro porque ela não tinha intenção nenhuma de beijar Laura e nenhuma outra mulher e segundo, que já havia demonstrado que era de confiança e nunca fizera nada que pudesse causar algum problema para o Alberto, mesmo já estar fodendo com ele há meses.

Quando Laura passou por ela e se dirigiu para a sua sala, ela procurou tirar isso da cabeça. Afinal, estava em horário de serviço e não podia ficar sequer pensando nas coisas boas, quanto mais nas ruins. Portando, estranhou quando levantou a cabeça ao ouvir o som que Laura fez para chamar a sua atenção e quando ela olhou, viu a loira parada na porta do escritório a chamando naquele gesto malicioso de ficar com a mão virada para cima e dobrar apenas o indicador. Ela se levantou e andou em direção à porta, passando por Laura que ficou de lado para abrir caminho e, mal ela ultrapassou a porta, a mesma foi fechada e antes que Márcia pudesse ter qualquer reação, sentiu seu corpo ser puxado de uma forma que teve que se virar para ficar frente a frente com Laura. Sentiu uma forte pressão nos seus ombros e não conseguiu evitar que seu corpo ficasse colado ao daquela mulher que, segurando seu queixo e forçando seu rosto para cima, apoderou-se de sua boca com a boca dela.

A reação de Márcia foi nenhuma. Embora sentisse a maciez dos lábios de Laura pressionando os seus, permaneceu com a boca fechada. Porém, quando sentiu a língua dela percorrendo o contorno de seus lábios sentiu suas pernas tremer e sua xoxota ficar melada, mas ainda encontrou forças para resistir e permaneceu imóvel. Marcinha já se imaginava vencedora daquela estranha disputa. Apesar de seu corpo gritar para que se entregasse, ela resistia bravamente e quando já pensava que logo, diante de sua total imobilidade, a outra desistiria, sentiu uma leve mordida em seus grossos lábio inferior e não teve como suspirar e, o breve instante em que abriu a boca para deixar o ar escapar foi o suficiente para que sua boca fosse invadida pela língua áspera e ao mesmo tempo macia de Laura que começou a explorar a sua boca.

A partir desse momento, Márcia não sabia mais o que aconteceu, pois não comandava mais suas ações. Não foi um ato pensado quando seus braços enlaçaram a cintura de Laura a puxando para si e nem o fato de seus quadris pressionando o dela enquanto rebolava de um lado para outro foi premeditado. Tudo acontecia comandado pelo louco instinto que comandam as pessoas que se entregam ao prazer.

O beijo durou mais que um minuto e, quando terminou, Márcia provocou:

– Meu Deus! Eu estou demitida?

– Não Márcia. Eu disse que se você me beijasse eu te demitiria. Fui eu que te beijei.

– Ah bom Quer dizer que você pode.

– Não posso. E também acho melhor que isso não se repita. Eu só não podia ficar sem saber como seria isso. Passei a noite inteira pensando sobre isso.

Márcia pensou um pouco e depois, como se de repente tivesse criado coragem para tanto, perguntou:

– Quer dizer que é assim. Você me beija, tira sua dúvida e pronto. Tudo resolvido. Só que você não tem o poder de governar a vontade dos outros. E se me der vontade? Não aqui, eu concordo que não devo fazer isso aqui. Mas e se estivermos em outro local e eu sentir vontade de fazer isso. Eu não vou poder? É só você que pode decidir quando deve ou não fazer? Pois eu quero que você saiba que isso é muito esquisito.

Laura voltou a se aproximar de Laura e desafiou:

– Não é bem isso. Eu fiz o que fiz porque estou certa que você jamais vai ter a coragem de tomar a iniciativa. Então acabou. Ok?

– Foi tão ruim assim?

A pergunta de Marcinha pegou Laura desprevenida. Tinha sido maravilhoso e ela estava pronta para confessar isso e ia fazê-lo. Mas foi impedida porque estava muito perto e dessa vez foi a garota que tomou a inciativa e segurando os dois lados do rosto de Laura avançou sobre ele e lhe beijou a boca sendo o beijo correspondido. Mais um minuto em que a cena parecia ser uma reprise da cena anterior. Dois corpos de mulheres lindas colados em um abraço apertado e tornando-se cada vez mais obsceno em virtude da volúpia com que se beijavam.

Depois disso, Márcia voltou para sua mesa e refez seu pensamento. O bicho não era tão bravo como ela imaginava e, talvez ela ainda estivesse no controle, muito embora, concordasse agora que não seria em nada desagradável caso fosse controlada por aquela experiente e lindíssima mulher.

Durante todo aquele dia Márcia ficou a pensar que sua vida sexual estava para assumir outro patamar. Ela pensava nisso ao se lembrar das raríssimas cenas de sexo entre mulheres nos filmes que o Lukas comprava na empresa, pois os preferidos dele eram os de uma mulher com dois homens. Essas eram as partes do filme que não chamavam a atenção dela, porém, naquele dia, ela se via no lugar de uma das atrizes e sua excitação era tão grande que, depois de ir várias vezes ao banheiro para enxugar sua bucetinha melada, ela resolveu fazer um pequeno rolo de papel higiênico e colocar preso à sua calcinha para assim evitar que a umidade que escorria de sua xoxota atingisse suas pernas e gotejassem no chão do escritório. Em seus pensamentos, a mulher que estava com ela nunca era a outra atriz do filme, mas Laura. Sempre a Laura a lhe chupar a xota e ser chupada por ela.

No final do dia Márcia tinha certeza de que era questão de dias para que Laura desse a ela sua primeira transa lésbica e já estava planejando a melhor forma de tocar nesse assunto com o Lukas. Mas não naquela noite, pois ao chegar em casa, ela tinha que dar um jeito de dizer ao marido que não lhe agradara em nada o fato de ele ter fodido a mulher do Alberto.

No que refere às suas previsões, a conversa com o marido aconteceu e ela logo foi convencida de que seu maridinho não se deixara seduzir por Laura. Porém, a vitória não foi completa, pois Lukas foi sincero em afirmar que, embora não tivessem transado, isso não queria dizer que a Loira logo daria um jeito para que isso acontecesse e ele não ia poder fazer nada para impedir. E Marcinha reconheceu que ela também não e isso doeu muito. Ela sabia que era isso ou abrir mão de transar com o Alberto e essa era algo que ela não estava pronta para aceitar.

A segunda parte é que não aconteceu.

O mês de dezembro já avançava para sua metade e Lukas foi informado que a empresa na qual trabalhava ia entrar em férias coletivas a partir do dia vinte e o retorno só se daria no dia dez de janeiro do ano seguinte. Ele decidiu que esses dias seriam melhores aproveitados se ele e Marcinha fossem visitar seus pais no interior e passar as festas de final de ano com seus familiares. Concordando com ele, Márcia consultou Laura que, sabendo que todo o sistema judiciário entra em recesso no final do ano, não só concordou com a ideia de Lukas como a incentivou a ir.

Foi assim que, no dia vinte de dezembro Alberto e Laura foram levar o casal até a rodoviária aonde eles tomaram um ônibus com destino à cidade natal deles. Foi na hora da despedida que o casal de advogados informou à Márcia e ao seu marido que, no dia dois de janeiro, ambos embarcariam em um avião com destino aos Estados Unidos para acompanharem seus filhos que conseguiram vagas em uma faculdade naquele país.

A festa nas residências dos pais de Márcia e na de Lukas foram inesquecíveis. Todos os parentes demonstravam o orgulho com o sucesso que o casalzinho obtivera na cidade grande e ficavam extasiados com as modificações que os dois demonstravam. Não eram mais aqueles dois pombinhos tímidos que arrumaram a mala e, apesar do fato não agradar aos pais de nenhum deles, se arriscou em uma aventura na cidade grande e agora, em um regresso para uma visita, agiam e falavam diferente mostrando a todos os benefícios de viver em um local onde o progresso é visto por todos os lados e em todos os aspectos.

Os dois pombinhos também não reclamavam em nada o fato de ser o centro das atenções de todos os moradores daquela local. Aliás, eles estavam curtindo muito isso. O que os dois sentiam é que a vida era boa e que eles estavam prontos para colherem os frutos dessa vida, com a realização de todos os seus desejos, sejam eles profissionais e, principalmente, os sexuais.

Entretanto, eles gastaram parte desse tempo a planejar também a vida deles em outros aspectos e deram maior ênfase aos estudos. Marcinha ia prestar o exame vestibular em uma instituição privada e isso não era problema, pois Alberto já informara que a empresa custearia as mensalidades e outras despesas ficando condicionado, porém, ao seu aproveitamento. Ou seja, ela perderia esses benefícios no caso de ser reprovada em qualquer disciplina.

Enquanto isso, Lukas deveria se preparar para prestar o exame do ENCEJA e assim concluir o ensino médio em uma única etapa. O planejado era ele começar a faculdade já no meio do ano que ia se iniciar e assim não ficar muito atrás de Marcinha no plano da educação. Márcia, contrariando a todas as expectativas, optou por concorrer para um curso de Comunicação Social quando todos apostavam suas fichas de que ela faria iria preferir o Curso de Direito. Segundo ela, sua intenção era se dedicar ao jornalismo e mais tarde se tornar uma escritora.

Lukas achava que essa era uma decisão que poderia deixar para mais tarde, todavia, volta e meia ele deixava escalpar que sua intenção era se dedicar a Ciências da Computação.

Acertados esses detalhes, o resto do tempo seria gasto em banhos no rio, reunião com as amigas para Márcia e as partidas de futebol no campinho da zona rural para o Lukas e deixar o tempo passar até o dia de regressar à São Paulo.

Quando faltavam dois dias para a data do retorno, Lukas se preocupou em ir comprar as passagens de ônibus. Ele sabia que nessa época do ano as viagens eram muito concorridas o que tornava necessário antecipar essa compra. Ele informou Marcinha que iria à cidade em companhia de seu pai que o levaria para isso, entretanto, no último momento, Márcia resolveu ir junto o que atrasou em meia hora a saída deles.

E foi nessa meia hora, enquanto Lukas esperava e volta e meia gritava para que Marcinha se apressasse, que um carro moderno apontou na estrada levantando a poeira em virtude de não haver asfalto. Tratava-se de uma Van e, mesmo à distância, dava para notar que era um carro de luxo. Enquanto o carro se aproximava deles Márcia, que finalmente estava pronta para partir, foi se juntar ao marido e ambos ficaram olhando o carro, Ela, de imediato, já ficou desconfiada de quem pertencia aquele veículo e Lukas teve essa certeza quando conseguiu divisar os longos cabelo loiros da mulher que o dirigia.

O carro parou a cerca de dez metros deles e a mulher, que estava sozinha no carro, desceu e, depois de bater a porta do mesmo, olhou para o casal e falou:

– O que aconteceu com o meu casalzinho preferido? O rato roeu suas línguas?

Dois pares de olhos arregalados olhavam para a mulher tentando imaginar que tipo de ocorrência era o responsável por sua presença ali. Foi Márcia que, vendo que a mulher estendia os braços para ela, correu para ser abraçada enquanto falava:

– Que loucura é essa Laura? Que bichos te mordeu para fazer você vir até aqui?

– O Alberto acabou tendo que viajar sozinho para acompanhar as crianças e eu fiquei entediada de ficar sozinha e vim atrás de vocês.

Ela falou isso para que todos os que estavam próximos ouvissem, porém, logo depois sussurrou no ouvido de Márcia:

– Não aguentei a saudade dos meus pombinhos. Principalmente da minha pombinha.

Em seguida a mulher beijou a jovem com um beijo no rosto. Quer dizer... Não dá para dizer ao certo se foi no rosto porque não há uma palavra para explicar um beijo em que metade da boca toca o rosto de quem é beijado e a outra metade pressiona os lábios dela.

Para espanto de todos, Lukas recebeu o mesmo tratamento de sua esposa, provocando olhares severos das mulheres e comentários maliciosos dos homens ali presentes.

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Comentários

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Eita que o trem tá ficano baum dimais da conta sô!!!

Nassau você é sensacional!!! Faz uma história muito ruim, cheia de humilhações e previsível, se transformar em uma excelente história.

Obrigado!!!

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Poha Nassau, vc é PHÓDA!

👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼

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Sensacional! Quando o autor original largou esse conto, fiquei frustrado, mas você ter decidido continuá-lo foi maravilhoso. Parabéns!

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Isso tá ficando cada vez melhor kkkkk nota mil Nassau parabéns pela saga amigo

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