Riscos da Puberdade! - Capítulo 13 - Eu e mamãe, Independentes!

Um conto erótico de Cigana CD
Categoria: Crossdresser
Contém 1835 palavras
Data: 10/06/2024 06:51:28

Ouvir a frase lá na outra sala:

- Bom, a primeira fase terminamos, oficialmente sua mãe esta divorciada.

Não foi como imaginaria que iria reagir, tá certo que a mágoa como papai tratou o meu problema hormonal, foi brutal, sim, para mim naquele momento, naquele lugar, naquela situação fragilizada mental e fisicamente, eu me senti muito ruim, mas o tempo pega peças e eu estava agora ali, naquela sala, levantando e caminhando para sala, tinha meus pais divorciados, tinha meu pai longe, era apenas isso que até o momento estava me movendo, não ponderei se era certo, quem estava certo, se erra errado, quem estava errado, afinal apenas eu tinha estas sensações, mamãe tinha as delas pela traição, a advogada tinha seu papel legal, o pessoal do cartório sua obrigação no processo, creio que infelizmente, havia algum individualismo de suas fraquezas pessoais em cada um ali presente, mas primeira parte da fala, derrubou meus pensamentos.

"Primeira fase terminamos".

Nossa eu não tinha me dado conta que muito disso, tinha relação com minha situação, eu era parte da primeira fase, mas totalmente, como que exclusividade da segunda e talvez lá da terceira, ou tantas fases que minha vida agora iria tomar.

- Bom dado que junto ao divórcio, temos a emancipação então do Menor Alexandre, aqui presente! Sr. Alexandre, inicialmente peço desculpas em referir-me ao senhor desta forma, mas é o tramite a ser seguido, por hora, então posso prosseguir para a próxima pergunta, tem algo a dizer ou mencionar do que já foi assinado e decidido.

- Não, nenhuma observação, comigo está tudo bem, entendo, pode prosseguir. Disse pegando a pasta que ela colocou a minha frente.

- Bom temos a diante, um documento que atesta seu desejo de uso de nome social, é de sua livre vontade, agora sendo emancipado de tal mudança e a escolha do gênero feminino para identificação nos documentos?

- Como assim, achava que era apenas um documento que permitira, ou melhor, obrigaria a todos usarem meu nome de Alessandra, é necessário a identificação de gênero.

Ai a advogada, com calma explicou:

- A prerrogativa do nome social, em detrimento do nome civil, é para no Decreto n.º 8.727, estabelecer que os órgãos e entidades da administração pública federal, estadual e municipal, devam normatizar o uso do nome social, assegurando seu reconhecimento em diversos contextos, desde universidades, escolas, clubes até unidades de atendimento hospitalar e cartórios, como aqui é o nosso caso. Mas não se preocupe, ao adotar o nome social de uma pessoa transgênero, transexual ou travesti, se mostra respeito pela diversidade de identidades de gênero existentes na sociedade. É um passo em direção à inclusão e ao reconhecimento da singularidade de cada indivíduo. Portanto, vai muito além de ser apenas um nome; é uma ferramenta poderosa de afirmação da identidade e uma forma de garantir que todos tenham o direito fundamental de serem reconhecidos e respeitados em sua plenitude.

- Sim compreendi, mas e minha referencia Masculina. Pontuei.

- Ele vai além de um mero identificador, sendo uma parte essencial da identidade pessoal. É importante lembrar que não está ligado à sexualidade, mas sim à expressão de gênero.

- A sim, havia lido bastante sobre isso.

- Bom estando ciente, reconhecendo essa necessidade, é de sua livre escolha?

EU parei, respirei fundo e olhando nos olhos de mamãe que estava um tanto que apreensiva disse:

- Uma última observação, este processo é reversível, visto que como todos aqui sabem é ainda transitório, apenas para evitar mais problemas discriminatórios?

- Sim, como pode olhar no documento que está assinando, consta que a qualquer momento, o autor do pedido, pode pedir reversão do processo, é claro que demora o mesmo tempo que este, passará por uma analise e deverá neste caso um laudo de um especialista para respaldar o caso, visto que o seu de mudança de nome social está seguido de 2 laudos de uma médica endocrinologista e outra Psicóloga. Peço que antes de assinar, leia em voz alta o teor, para que todos os presentes tenham ciência.

- Perfeito, bom é aqui que assino, fiz um gesto apontando pro documento, o sim afirmativo da advogada selou minhas dúvidas.

Reli em voz alta o documento, até para constar, para todos na sala que assinavam como testemunha e assinei.

- Bom Alessandra, é com alegria que lhe recebemos aqui, daqui para frente nos referiremos ao feminino, nesta outra pasta tem alguns outros documentos, aonde deverá repetir a assinatura como Alessandra, são 2 documentos do banco, 1 para fins de mudança do RG, outro da Maioridade, agora como Alessandra e assim encerramos por aqui, mais alguma dúvida.

- Sobre o Banco, como assim.

- Bom filha, ao emanciparmos você, você recebe junto com a maioridade a responsabilidade de sua vida financeira, esta conta esta sendo aberta com metade do meu saldo e metade do saldo de seu pai, como já uma divisão de bens financeiros, ali verá também a escritura da casa, que já temos um terceiro documento passando ela para seu usufruto, para você entender creio que advogada possa explicar.

- Perfeito, Alessandra, Usufruto é um direito que está regulamentado entre os artigos 1390 e 1411 do Código Civil Brasileiro. Basicamente, ele consiste em um direito real sobres coisas alheias que se confere a uma pessoa permitindo que, durante um tempo, ela possa usar as utilidades e os frutos do bem, ainda que não seja proprietário desse bem. Neste caso a casa, é de sua mãe, até que ela venha a falecer, mas ele fica em seu poder de uso. Junto com o aporte financeiro, você a partir do ano que vem irá fazer a declaração de IRPF, dando ciência da herança financeira e demais tramites, que poderemos conversar com o contador mais para frente.

- Tá, entendi. Mas e esse dinheiro o que significa mãe, do que exatamente estamos falando.

- Bom filha, estamos falando algo em torno de 500 mil reais em sua conta, quando apuramos os valores, foram encontrados outros lançamentos financeiros, feitos pelos seu pai, bem como seus avós, que só seriam depositados quando completasse 18 anos, ou seja de sua maioridade, com ela antecipada, automaticamente estes valores são seus de direito.

- Nossa que doido, eu tenho isso na conta?

- Não, a maior parte deste dinheiro esta em forma de uma previdência privada, poderá sacar, desde que cumprindo algumas regras, mas eu recomendo deixar lá, tem se mostrado um bom investimento, não sendo necessário, na sua conta, deixa eu ver, terá cerca de R$ 97.000,000, noventa e sete mil reais, em dinheiro limpo.

- Nossa, praticamente minha universidade está garantida né?

- Sim assim esperamos, que use para este fim, afinal ainda estará morando comigo, imagino mantermos as mesmas rotinas financeiras, por isso que lhe disse no passado, que conseguiria manter nosso padrão financeiro, eu tenho em conta uma parte um pouco maior que a sua, vinda dos inventários de seus avós, maternos e paternos. Seu pai também ficou com uma boa quantia, embora a dele ainda aguarde a finalização do inventário, mas ele adiantou a nossa parte, como verá no último documento que ambos assinamos antes de lhe emancipar.

Bom todo aquela conversa me exauriu, estava cansada, acho que todos ali, pois foi com tensão, situações indelicadas, um pouco de aspereza processual, pois o momento exigia a seriedade, coisa que a acompanhante de meu pai não havia entendido.

Ao sair da sala, mamãe entregou-me uma sacola e disse:

- Bom filha, se quiser, trouxe uma muda de roupa, assim já sai daqui como Alessandra e deixamos o Alexandre guardado entre estas paredes, havendo necessidade futura, você acorda o gigante adormecido.

Essa frase foi dúbia, rimos mas peguei a sacola e me dirigi a sala anterior aonde havia um lavabo e lá me troquei.

Ao sair da sala, acabei por esbarrar no rapaz que estava cuidando de mim, ele sem perceber que era eu, pediu desculpas, perguntou se já havia sido atendida no cartório que ele poderia ajudar.

- Não obrigada, Rubens. Já está tudo resolvido, muito obrigada pela forma gentil que me atendeu.

Sai deixando ele com cara de bobo, ele ainda não havia caído a ficha que era Alessandra que estava ali, também pudera, mamãe escolheu a roupa mais feminina que tinha, em vista de como estava, agora maquiada, batom, lápis, saia, salto médio e meia calça, realmente, quem sabe ao final do dia ele ligaria a pessoa ao nome e a situação, mas foi engraçado.

- Dali fomos pro banco, refazer biometria, pegar um cartão avulso de crédito, mudar algumas coisas no aplicativo que instalamos no banco pra gerenciar a conta e eram já 14hs quando fomos comer algo, famintas e exaustas.

Mamãe, deixou comigo algo em torno de mil reais pra uso até que recebêssemos em 72 horas os novos cartões, ela também mudou seu nome, retirou o nome de Papai, eu também fiz o mesmo, colocando o sobrenome de minha avó materna francesa, havíamos consultado a advogada e o cartório antes sobre isso, agora eu era Alessandra Neville, achei bem fofo, assim Alexandre Bezerra de Albuquerque Siqueira ficava no passado, preferi um nome simples até mesmo para distanciar qualquer coincidência que o nome poderia causar.

Fizemos um lanche em uma cafeteria da cidade, dali voltamos para a escola para levar os documentos oficiais, já havíamos feito lá uma declaração de qual seria o nome social, mas ficará pendente os documentos, agora com eles, resolvíamos também mais uma pendência. Os demais locais que eram o clube que frequentávamos, etc, mamãe ficou de resolver no dia seguinte que pegaria uma folga.

Voltamos para casa, mamãe entrou foi para seu quarto, ia trocar de roupa e fazer algumas coisas antes do lanche, definimos que hoje iríamos pedir iFood, pizza.

Eu no quarto, apenas tirei o calçado, deitei como estava de saia e com o celular, fui rever meu instagran, da Alessandra, inclui meu sobrenome, e fiquei lendo alguns comentários sobre uma foto que havia publicado, depois peguei os documentos e fui gerar pdf para deixar disponível na nuvem, nisso quando peguei a do nome social, fiquei relembrando do rapaz do cartório, não conseguia me desvincular do Rubens, aquele rapaz me deixou encucada, por que afinal ficava lembrando dele.

Ia pagar a pizza quando mamãe disse que não, nada de gastos, ela iria me dar umas dicas de aonde deixar o dinheiro aplicado, eu deveria ter uma meta de gastos e respeitar, assim o que tínhamos de dinheiro físico, mais um pouco que ela instituiu como mesada seria meu teto de gastos, não deveria mexer em nada até estabilizarmos todos nossos gastos e necessidades que não eram poucas. Eu aceitei, comemos e fui pro quarto, novamente me vi pensando e fui tentar procurar quem era afinal o Rubens, como ele tinha assinado como testemunha, pelos dados dele eu fiz uma busca e encontrei, inclusive seu instagram, fiquei na dúvida se seguia, mas quer saber, vendo suas fotos e tudo, resolvi segurar meu ímpeto, deixei apenas gravado nas pesquisas o que havia encontrado.

Dali, troquei a saia pelo conjunto mais fresquinho de calcinha e baby-doll e fui dormir, acordei as 03hs da manhã, suando e assustada.

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Foto de perfil genéricaCigana_cdContos: 197Seguidores: 110Seguindo: 61Mensagem Sou crossdresser, amo tudo!

Comentários

Foto de perfil de Tito JC

Capítulo interessante para quem tem curiosidade sobre trâmites legais, marca também uma mudança na trajetória do personagem...

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Obrigada, gosto de colocar cotidianos mas histórias, dá robustez e delicadeza só mesmo tempo.

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Um ótimo capitulo bem legal, não sei o porquê demorou para ser liberado pois não vi nada de mais que justificasse isso. Já vi contos bem piores e que nem se compara com esse.

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Que história incrível ,pois tem muitos detalhes,dados reais sobre o nome social que até então não sabia . Ótimo capitulo! Acho que a Alessandra já está começando a tomar conta da mente do Alessandro.

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