Parte 4.
Na manhã seguinte quando despertamos, era ainda bem cedo, e o Maycon e a Glenda ainda dormiam. Claro que estavam pelados, como sempre, mas nós já havíamos passado por tantas situações de intimidade com eles, que não incomodava mais. Nos levantamos, a Laíse estava nua, e se movimentava sem nenhuma vergonha. Nos preparamos para ir ao banheiro, como sempre fazíamos. A Laíse sabia que eu iria viajar, e queria uma despedida. E eu estava preocupado de deixá-la sozinha.
Por outro lado, pensei em pedir para a Glenda e o Maycon tomarem conta dela. O que certamente, eles fariam com todo o prazer. Sabia que não poderia evitar se ela quisesse continuar a fazer sexo com eles, mas também, não queria pedir algo que a restringisse.
Laíse foi enrolada numa toalha e eu de short. No banheiro, fechamos a porta e a Laíse logo se livrou da toalha e me abraçou, nua. Ela sabia o que eu estava pensando, pois se adiantou e perguntou:
— Nesses três dias, como eu faço?
Tentei me fazer de bobo.
— Como faz com o quê?
Laíse me olhava de pertinho, nos olhos, e perguntou:
— Continuo liberada, ou tenho que esperar você voltar?
Eu vacilei. Mais uma vez tive a minha chance de tentar segurar as coisas, mas, dei bobeira, e em vez de pedir para me esperar, falei:
— O que você quer? Faz o que tiver vontade.
Babaquice minha, dar uma de maridinho cúmplice. Laíse me beijou, já excitada demais, e eu, hoje, lembrando, não sei se estava excitada comigo ou com o passe livre que eu acabava de dar. Ele disse no meu ouvido:
— Obrigada, amor, pela cumplicidade. Mas você sabe que a tentação vai ser grande.
Eu queria saber o que ela estava pensando. Perguntei:
— Vai? O que exatamente?
Hoje, tenho certeza, mas no dia, eu não percebi. A safada já devia estar bem instruída pela Glenda, pois agia explorando a minha tara. Ela sussurrou no meu ouvido, muito safada:
— Tentação de transar de novo com eles. Vou dormir três dias no quarto com aqueles dois safados, e vou morrer de vontade vendo os dois de sacanagem.
Fiquei olhando para ela, pensando que era a pura verdade. Ia ser difícil segurar. Então, eu caí na besteira de falar o que ela esperava:
— É verdade. E você vai querer, claro. Você que sabe.
Laíse continuava sedutora, se esfregava no meu pau duro e latejando. Ela disse:
— Você vai ficar cheio de tesão, né? Sabendo que eu estou na safadeza. Não vai?
Eu tentei recuperar a mão, mas o jogo estava perdido. Falei:
— Como vou saber? Você vai estar na safadeza?
Ao mesmo tempo que eu sentia um frio na barriga, meu pau dava saltos de tesão. Eu não estava ainda totalmente habituado com a posição do corno. Ainda sentia insegurança. Mas ao mesmo tempo, só de pensar na minha esposa fodendo com o casal, me deixava excitadíssimo. Porque ela estava louca por aquilo. Dava para ver. Laíse me deu outro beijo e sorriu, um sorriso muito malicioso:
— Amor, se você aceitar, eu vou, claro! Me deixou livre? Vou aproveitar. E eu sei que você está inseguro, mas no fundo sente muito tesão também. Não é?
Eu não sabia como mudar o rumo das coisas. Talvez, na hora, nem quisesse mudar. Sei lá. Estava confuso. Eu concordei:
— Nossa, que tesão é esse? Eu fico tarado imaginando você com a Glenda e com o Maycon.
Laíse sorriu satisfeita:
— É tesão de corno amor! Relaxa. Vai tranquilo. Pode deixar, eu conto tudo depois.
Eu estava novamente com febre de tão tarado, e a Laíse percebia. Ela também se mostrava tarada e abaixou meu short, pegou meu pau e enfiou no meio das coxas, fechando as pernas e prensando a rola. Resolvi perguntar objetivamente:
— Você quer dar para o Maycon de novo, não é?
Laíse sorria maliciosa ao responder:
— É claro que eu quero. Ele é um tesão, tem uma pica perfeita, fode gostoso, e é nosso amigo. E você já liberou. Ou não?
Ao ouvir aquilo, era a minha chance de dizer que ela deveria esperar meu regresso. Mas a safada estava esfregando aquela xoxota na minha coxa, e gemendo.
Ouvi a Laíse dizendo que estava cheia de tesão. Eu não queria cortar aquele embalo, então fiquei dando beijos nos peitinhos, meu pau roçando a boceta por fora, e não respondi. Ela perguntou:
— Você gostou de ver sua mulher dando para o amigo do pau grosso? Ficou muito tarado, né?
Tentei beijar, evitar responder, mas ela insistia:
— Fala, ficou tarado ontem, não foi? Foi bom para você?
Tentei justificar, para não dar certeza:
— Ontem eu estava bolado, bebi, perdi todo o controle.
Laíse pegou no meu pau, e ficou esfregando a cabeça da rola no melado da bocetinha. Nós estávamos muito ofegantes. Ela falou:
— Mas você estava sabendo o que acontecia, e acho que gostando muito. Me conta, gostou de ser corno? Não tinha tesão nisso? Vai, me fala o que sentiu. Eu contei tudo, assumi meu desejo. E você? Vai me contar?
Eu vi que não tinha jeito de evitar, então acabei assumindo:
— Amor, eu sentia tesão antes, só fantasiando. Depois quando o Maycon me falou que era muito excitante ser corno, e assistir, eu fiquei mais curioso, e fui, a cada dia, perdendo o medo de experimentar. Quando vi que você estava louca para dar, e provar aquela rola grossa, me deu um tesão maluco. Juntou com o efeito anestesiante do fumo e do vinho, e pedi completamente o controle.
Laíse parecia mais tarada ao ouvir aquilo, chegava a gemer, e apertava minha rola na entrada da xoxota. Meu pau já doía de tão duro. Ela, safada, sabendo que me alucinava, foi no meu ouvido, e perguntou:
— Você fica com tesão quando eu falo que estou igual uma cadelinha no cio? Louca de vontade de dar de novo para o Maycon? Gosta que eu seja bem putinha? Que eu adorei foder com aquela rola grossa na minha bocetinha?
Meu corpo todo estremeceu com a onda de volúpia que me sacudiu. Nunca imaginei a Laíse tão safada. Sabia que era efeito das dicas e provocações da Glenda. Cheguei a ter um suspiro forte, e meu pau deu um salto. Laíse sorriu muito safada, e falou:
— Confirmou agora, safado! Está tarado. Adora me ver bancando a putinha né? Então, fala. Diz que está gostando de ser meu corno. Eu preciso disso, quero ouvir. Igual você retirou a minha calcinha, assumindo que estava me ajudando a dar para o Maycon. Cumplicidade, amor, é isso que eu quero.
Não tinha mesmo jeito, e eu também já estava quase ejaculando antes de meter nela. Com voz rouca eu falei:
— Muito safada, você! Cada dia mais putinha! Eu estou sim, tomado de um tesão alucinado.
— Fala amor. Meu corno gostoso, e safado. Diz que adora saber que eu vou foder adoidado com o Maycon e a Glenda até você voltar. – Ela falava assoprado no meu ouvido, e meu pau deslizando para dentro da xoxota dela que estava inchada e quente.
Exclamei:
— Vai dar muito, sua piranha sem-vergonha. Eu deixo. Vou ficar morrendo de tesão a viagem toda, imaginando a putaria que vocês vão aprontar.
Nessa hora eu mesmo empurrei e pélvis para frente e enterrei o pau de uma vez na xoxota. Ouvi minha mulher ofegar, e cravar as unhas nas minhas omoplatas. Ela gemeu:
— Isso, fode sua putinha. Que delícia amor. Você vai ser o meu corno, muito tesudo. Estou ficando mesmo uma cadela no cio. Sinto tesão o tempo todo, e uma vontade de dar e gozar muito, sem parar.
Metendo nela, sentindo a boceta dela inchada de levar rola, eu tentava me controlar, para prolongar a foda, então, perguntei:
— Você ainda vai gostar de foder comigo, depois de se viciar naquela pica grossa do Maycon?
Laíse suspirando de prazer, também muito tarada exclamou:
— Eu amo você, meu corno, nada se compara. Com o Maycon eu fodo, faço só sexo, muito gostoso, aquele pau grosso e a pegada forte dele, são uma delícia, mas não tenho o mesmo prazer que com meu marido. Eu sempre vou adorar foder com você, meu corninho, pois com você eu tenho amor, parceria, carinho, e muito mais tesão.
Eu queria entender melhor aquilo. Perguntei:
— E como explica isso? Pode esclarecer?
Laíse, no meio daquela excitação toda, também tomada pelo desejo, já baralhada das ideias, disse algo que me surpreendeu:
— Todas as vezes em que eu dei para outro, nunca foi melhor do que foder com você. Você é o homem que eu amo, admiro, e que me ensinou muito.
Naquele momento, meu controle do tesão acabou, fui tomado por uma onda de volúpia incrível, passei a foder com força, puxava o corpo dela pela cintura, e metia a rola.
O barulho do melado era a prova das socadas: “Floc”... “Floc”... “Floc”... “Floc”...
Gozei forte, ao mesmo tempo que ela. Senti a Laíse amolecer nos meus braços, estremecendo, gozando, gemendo. Ficamos alguns segundos abraçados, desfrutando o momento. Aproveitei que estávamos relaxados, e falei:
— Você já me traiu antes? Já tinha dado para outros?
Laíse não respondeu, estava meio fora do ar, quase desmaiada. Demorou para recobrar sua consciência. Eu a mantive grudada em meu corpo, abraçado. E insisti na pergunta:
— Vai, fala. Você já deu para outros?
Finalmente, ela recobrou o fôlego, e disse ainda com voz entrecortada pela dificuldade de respirar:
— Sim, eu dei para outros. Mas não traí você. Foi antes.
Eu respirei mais aliviado. Não me agradava em nada pensar que minha esposa pudesse ter me enganado. Não precisávamos disso. Sempre confiamos muito um no outro, e sinceridade e a transparência eram mais importantes. Aí, lembrei que até naquele momento, eu não sabia muito do passado dela, antes de me conhecer. Me atinei que nunca havia perguntado nada. Mas, naquele momento, eu estava muito focado e não queria me dispersar. Então, eu falei o que mais me preocupava:
— Tudo bem, eu deixo você liberada. Mas vou pedir um favor.
Laíse me olhava, intrigada, esperando eu falar:
— Não libera o cuzinho. Sei que você gosta de dar, mas não quero que dê para o Maycon.
Laíse me olhava sem entender. Ela perguntou:
— Libera, mas não libera? Por que isso?
Eu não sabia bem o que me levava a querer aquilo. Acho que era apenas uma vontade de reservar alguma coisa exclusiva. Na hora, respondi:
— Acho que o marido deve ter algum privilégio exclusivo.
Eu não pensei que a Laíse fosse ficar ofendida, ou irritada com aquilo. Ela se afastou, entrou debaixo do chuveiro, e começou a tomar banho, calada. Senti que ela estava diferente e perguntei:
— O que houve? Está brava com alguma coisa?
— Estou um pouco chateada. – Ela falou.
— Com o quê? – Questionei.
— O corpo é meu. O prazer é meu. Você é meu marido, mas não é dono, não tem a posse. Você não pode dispor do que é meu. Quem decide o que dar, quando dar, e como dar, sou eu. É o que eu penso. Não gostei desse seu pedido. Não quer liberar, não libera nada, e paramos com tudo. Eu respeito. Mas não aceito você determinar o que eu posso ou não dar.
Eu não esperava aquela reação. Mas não quis discutir com ela. Disse apenas:
— Então, pronto. Você decide. Não vou interferir.
Ela nem respondeu. Se enxugou e não tocou mais no assunto. Tomei o meu banho e desocupamos o banheiro. Fomos para o quarto, e nos vestimos enquanto o Maycon e a Glenda se banhavam e se arrumavam. Naquele dia fui para o trabalho com a mochila, preparado para a viagem. Antes de sair, me despedi da Laíse, e falei:
— Não fique chateada. Senti que você ficou incomodada. Não quero viajar com esse clima.
Laíse me abraçou, carinhosa, me beijou, e falou:
— Amor, eu amo você. Mas não gosto que me imponham nada. Acho que nunca aconteceu com a gente antes. Só reagi assim, porque não esperava você pedir aquilo. Vai tranquilo. E volta logo.
Não dei mais conversa. Deixei ficar. Eu fui para o trabalho, e percebi que acabei me sentindo tenso com a situação.
A viagem foi ótima, aproveitei para conhecer um pouco mais do país, e a cidade do Porto, que é mesmo incrível, pujante, movimentada, dinâmica. Fomos para um hotel, depois jantamos numa taberna, e voltamos para o hotel. Conheci melhor o Lazuli, que se mostrou muito simpático. Depois do jantar o Maciel ficou vendo TV, e eu saí com o Lazuli para dar uma volta. Fomos conversando, e ele contando um pouco da vida dele. Disse que o Maciel e a Meiry foram muito importantes quando eles chegaram em Portugal, ainda sem falar português direito, e cheios de dificuldade.
Estávamos numa boa e resolvemos entrar num café, tomar um expresso e comer pastéis de nata. No café tinha Wi-Fi, eu vi a senha no cardápio e entrei. Logo começaram a chegar mensagens de Laíse, desejando boa viagem. Falou que tinha acabado de chegar do salão, e ia tomar banho. Eu pedi uma foto e ela mandou uma totalmente nua, no banheiro, tomando banho. Fiquei excitado e digitei: “Tô de pau duro aqui”.
Continuei falando com o Lazuli e ele então perguntou como estava sendo para nós dividir quarto com o outro casal. Eu falei que era ótimo, Maycon e Glenda eram muito boa gente. Nisso, ele perguntou:
— Você está gostando da relação com eles? Gosta de ver a Laíse com ele?
Eu parei, olhando. Não esperava ele perguntar. Respondi com outra pergunta:
— Como você sabe? Quem contou?
— A Laíse e a Glenda, no salão, contaram para a Gessy. As mulheres, todas elas sabem, mulher fala tudo, então os maridos também sabem.
Fiquei meio abestalhado. O Lazuli percebeu, e perguntou:
— Você não sabia, que todos já ficaram sabendo?
— Juro que não. – Respondi. — E o que disseram? Sabe? – Questionei.
— Nada demais. Mas, estavam animados, pois ontem, no jantar, a Laíse disse que era para entrar na bicha. Ela sabe que todos estão loucos por ela. Sua esposa é uma gatinha deliciosa. Vou ser sincero. Agora, com você aqui, talvez seja a hora dela aproveitar. Se ela deixar e gostar, vira suruba. Aí todos participam.
Fiquei arrepiado, jamais imaginei que eles tivessem aquele tipo de informação, e eu pensando que era segredo. Fiquei meio invocado, e na hora tive uma ideia. Falei:
— Negão, vou pedir um favor. A Laíse não pode saber. Eu quero acompanhar, mas sem pedir para a minha esposa. Pede para a Gessy tirar umas fotos e mandar para você. Quero ver, mas não quero que elas saibam.
Lazuli ficou me olhando, em dúvida. Eu tive que dizer:
— Eu liberei a Laíse hoje. Não fique preocupado. Mas eu estou ansioso para saber o que acontece.
Lazuli sorriu:
— Você também gosta de ser corno? Como o Maycon?
— Sim, gosto. Muito tesão. Estou gostando muito, e você? – Respondi.
Lazuli parecia mais tranquilo, sorriu com malícia, mostrando os dentes muito alvos, e disse:
— Eu sempre gostei. Quando estava no quarto com o Maycon, a gente brincava direto. A Glenda adora pau grande e o meu é maior do que o do marido. E a Gessy gosta do Maycon porque ele sabe comer um cuzinho. E comigo ela chora e diz que não aguenta.
— Caralho, Negão! Aí é foda! Putaquipariu. Ainda bem que você veio. Senão a Laíse estava tramada, como dizem por aqui.
Ele caiu na gargalhada. Enquanto isso, fiquei pensando que a Glenda devia estar armando para a Laíse dar o cu para o marido dela, por isso a safada ficou chateada quando eu pedi que não fizesse.
Naquela hora, eu reparei que o Lazuli mandava mensagens para a Gessy. Não demorou e chegaram umas fotos. Eu dei meu número para ele, que me colocou no WhatsApp, e me repassou as mensagens que chegaram.
Primeiro era a foto da sala de jantar, todos na mesa. A Laíse estava de camisolinha fina, cor de creme. Sentada, dava para ver os peitinhos aparecendo. O comentário da Gessy era: “Aujourd'hui, elle est très excitée” – “Hoje ela está muito animada”.
Uma segunda foto, a Laíse estava fora da mesa, de pé, com pratos na mão. Parecia que estava retirando pratos usados da mesa. Do lado dela, o Steve olhava bem no meio da virilha. Dava para ver, pela transparência do tecido que ela não usava calcinha. A safada aproveitou para se mostrar e provocar. O comentário da Gessy foi: “Attention au regard de l'Américain” – “Atenção no olhar do americano”.
Eu pedi ao Lazuli:
— Pergunte para a Gessy se ela sabe se vai ter safadeza com a Laíse.
O Negão digitou e mandou a mensagem. Logo a seguir, três minutos depois, a esposa respondeu: “Certainement. Elle est déjà allée dans la chambre avec Maycon, Steve, Glenda et Sophie” – “Certamente, ela já foi para o quarto com o Maycon, Steve, Glenda e Sophie”. – Eu senti um arrepio no corpo na mesma hora. A Laíse, estava mesmo esperando aquela oportunidade para se soltar. Era uma sensação meio estranha, por um lado, ficava cheio de tesão de imaginar minha mulher numa safadeza da boa, dando para os dois machos, e ainda brincando com a Glenda e a Sophie, mas, por outro lado, me incomodava saber que a Laíse não me revelou muita coisa. Eu fiquei meio bugado, travei, e o Lazuli notou. Ele perguntou:
— O que houve? O que se passa?
Eu tentei amenizar:
— Fico triste de não estar junto. Eu gosto tanto de ver. A Laíse já devia estar preparando isso, quando surgiu a minha viagem.
Lazuli sorriu, e comentou:
Eu entendo você. Eu também gostaria de estar lá. Mas, vai acontecer de novo. E poderemos participar.
A fala dele, em vez de me ajudar, mais me deixou incomodado. Mas eu sorri, fingindo que me convencia. Eu disse:
— Isso é verdade.
Aí, ele me perguntou:
— Você já viu a Laíse com dois homens?
Neguei com a cabeça. Depois resolvi contar:
— A primeira vez que eu vi minha esposa com outro, foi com o Maycon. Nunca fizemos isso antes.
Lazuli me olhou admirado, e exclamou:
— Caramba. Vi vocês tão soltos e descontraídos, que pensei que já tinham experiência. A Gessy me contou que a Laíse no salão é muito descontraída, sem vergonha nenhuma, brinca, fala besteira, e depila os clientes muito à vontade. Num dia já havia aprendido tudo. E o Maycon também comentou que desde o primeiro dia vocês entraram no clima da brincadeira no quarto, sem hesitação.
Notei que ali naquele apartamento, rolava muita conversa cruzada, e só o otário como eu que estava inocente na parada. Aquilo me deu um pouco de irritação, mas eu não podia fazer o Lazuli perceber. Eu falei:
— A mulherada safada se junta no salão, e não existe mais segredo. Lá, contam tudo, comentam tudo.
Lazuli sorriu, e concordou:
— Com certeza. E aposto que a Laíse vai querer entrar no esquema dos programas.
— Como é? Que esquema é esse? – Perguntei tenso como uma mola.
Lazuli respondeu sem se exaltar:
— Não sabe disso também? A Meiry, tem com a Glenda, um esquema de book rosa. Para alguns clientes selecionados, ela indica as meninas para fazer programa. Você não foi no salão? A Laíse não contou?
Eu estava besta, e já não disfarçava mais. Falei:
— Não, não fui, e ela nada disse.
Ele pediu mais dois cafés, e falou:
— Vou explicar. O salão está instalado numa antiga loja. Tem a parte da frente, com a recepção e o salão de cabelos, depois tem a sala de estética, massagem e tatuagem, da japinha. Do lado da sala da japinha, tem outra sala, da Glenda e da Laíse, com depilação. Em frente, outra salinha onde elas fazem unhas, pé e mão. Aí, tem a sala privada da administração do salão, onde ficam a Meiry e a gringa Sophie. Mas, depois tem dois sanitários, masculino e feminino, e mais duas salinhas nos fundos, onde acontecem os programas. Cada sala tem um divã, que alegam ser para massagem. Mas é programa. A Meiry tem duas outras mulheres que só fazem programa. Mas, algumas das moças do salão, também entram no esquema. A Glenda é uma, e a Sophie é outra, e acho que a Laíse também entrou nisso, pois a Gessy comentou que as meninas falaram que o cliente elogiou muito o atendimento dela.
Naquele momento, meu mundo estava desabando. Eu não queria acreditar, mas o negão não tinha nenhum motivo para me enganar.
Estava falando sem aumentar, sem fazer nenhum juízo de valor. Pela minha cara de espanto ele percebeu que eu não sabia de nada. Lazuli comentou:
— Vejo que você não sabia de nada disso. Pela sua cara, entendi que estava por fora. Desculpe. Mas é o que eu ouvi da Gessy.
Eu fiz um gesto de deixa para lá, e falei:
— Não esquenta. A Laíse deve me contar quando eu voltar. Não deve ter dado tempo. Ela não me esconde nada. Tudo bem.
Enquanto falávamos, chegaram outras mensagens da Gessy no celular do Lazuli e ele me passou:
Era uma sequência de fotos, tirada de fora do quarto, por uma brecha na porta que estava entreaberta. Dava para ver parte do corpo da Laíse, de quatro sobre a cama, do lado oposto da porta, a cama onde eu dormia com ela. E por trás dela, o Steve, agarrado na bunda e socando a vara por trás. Não dava para ver se era na boceta ou no cu. Na segunda foto, o celular foi deslocado para a esquerda e enquadrava a outra metade do corpo da Laíse, dava para ver o Maycon dando a rola para ela chupar. A safada estava trepando com os dois. Meu corpo ficou todo arrepiado ao ver aquilo, me deu uma emoção, mas senti mais angústia do que tesão. Tive que me segurar para não desmoronar ali na frente do negão, e comentei com ele:
— Porra, a festinha dela está boa. Vontade de estar por lá.
Ele riu e concordou:
— Eu também. Espero ter a minha chance.
Pouco depois chegou uma mensagem da Gessy: “Glenda est allée aux toilettes et a laissé la porte ouverte, alors j'ai pris les photos. Mais elle est revenue et l'a fermé” – “A Glenda foi ao banheiro e deixou a porta aberta, por isso eu tirei as fotos. Mas ela voltou e fechou”.
O estrago já estava feito, e eu perdi o entusiasmo que eu tinha. Aleguei cansaço e depois de tomar o café, voltamos para o hotel. Nos deitamos, mas eu não conseguia dormir. Estava magoado e triste com a Laíse. A sensação de ser enganado, era muito grande e isso me revoltou. Fiquei na cama muito tempo, até que perto das duas horas da madrugada começaram a chegar fotos e vídeos no meu telefone. Abri e li a mensagem. Era da Laíse. Ela dizia:
“Amor, rolou uma festinha privada aqui. Não consegui segurar, mas você liberou. Foi muito bom. Eu Glenda, Maycon, o Steve e a Sophie”.
Em outra mensagem disse:
“Mando as fotos que a Glenda fez, para você tomar conhecimento. E depois eu conto com calma. Estou acabada e vou dormir”.
Tentei mandar mensagem pedindo para falar com ela, mas ela havia desligado o celular. Certamente, ela sabia que se seu visse as fotos que eu vi, da foda com os dois machos, até com dupla penetração, eu ligaria na mesma hora.
Minha cabeça estava fervendo. A Laíse não estava me escondendo nada. Eu já não conseguia entender direito o que se passava. Amanheceu e eu não tinha conseguido dormir. E quando o Maciel nos chamou para tomar café da manhã, eu estava detonado.
A reunião de apresentação da empresa foi muito boa, os futuros clientes gostaram do que viram, e concordaram com os termos propostos. No final da manhã, fomos convidados para almoçar com a diretoria, e de tarde retornamos para fazer as primeiras coletas de informação, e receber dos diretores as suas necessidades específicas. Eu tinha que estar inteligente para saber o que perguntar, e isso me obrigou a me desligar do meu problema. Mas por dentro eu estava completamente confuso. No final do dia, quando encerramos nosso trabalho, já eram mais de 19h00. Fomos jantar e depois voltamos ao hotel. Maciel estava muito satisfeito e o Lazuli entusiasmado. Eu me sentia exausto, exaurido e falei que desejava dormir. O Maciel e o Lazuli desceram para tomar um drinque e comemorar. Esperei eles saírem.
Liguei para a Laíse e ela me atendeu muito feliz. Eu contei que o trabalho foi muito bem recebido, e perguntei que fotos eram aquelas. Laíse respondeu:
— Amor, foi a festinha que fizemos aqui. Uma pena que você estava fora. Mas prometo que quando chegar eu lhe conto tudo como foi.
Eu estava tão abalado, e tão confuso, que não quis estender o papo. Respondi:
— Tudo bem, então, eu vou me despedir, pois preciso dormir. Estou um bagaço. Desde que chegaram as fotos eu não consegui dormir.
— Amor, você está chateado? Parece triste. – Disse ela.
— Estou surpreso, um pouco triste, de saber que você não me esperou, e muito cansado. – Falei já desanimado.
Laíse disse:
— Suas palavras: “Vai dar muito, sua piranha sem-vergonha. Eu deixo. Vou ficar morrendo de tesão a viagem toda, imaginando a putaria que vocês vão aprontar”. Então, estava liberado.
Eu disse apenas:
— Falaremos quando eu voltar.
Dei uma pausa, fiz um esforço enorme para falar:
— Um beijo e boa noite.
— Amor, você liberou, eu... – Ela começou.
Desliguei a chamada e na mesma hora, apaguei o telefone.
Na hora parecia que eu ia ter um enfarte. Meu coração doía. Deitei no escuro e a mente fervilhava rememorando os acontecimentos. Não vi quando apaguei.
Continua na parte 5.
Conto de Leon Medrado, inspirado no relato original do Guto.
e-mail: leonmedrado@gmail.com
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