Eu não estava pronto para ver minha esposa, Iza, fazer sexo com alguém na minha frente. Mas depois que aconteceu não havia nada que pudesse fazer para apagar o que havia visto.
Parte de mim se masturbava todos os dias relembrando, mas a outra parte, a que sempre aparecia depois do orgasmo, exclamava insegurança e medo.
Tinha pesadelos em que Iza transava com outras pessoas e não me ouvia, era como se eu fosse invisível, sendo obrigado a ver tudo e implorar que ela parasse.
Ver minha esposa transar como eu nunca tinha visto fez com que eu questionasse minha performance sexual. E para piorar, Iza estava louca para repetir a experiência o mais rápido possível e não tinha ressalvas para dizer o quanto tinha sido gostoso.
Tinha receio de perguntar por desconfiar qual era a resposta, mas precisava enfrentar o fantasma da dúvida.
⁃ Ele transou com você melhor que eu?
⁃ Depende do que você quer dizer com “transar”. - Iza respondeu.
Não era a resposta ideal mas também não era uma das piores.
⁃ Na prática, sim, foi melhor. - Ela complementou. - Mas não posso comparar vocês dois dessa forma. O que você e eu temos é amor. É diferente do que tive com ele.
Questionei tentando entender. Eu desejava transar melhor que os outros caras. Estávamos juntos há quase dez anos. Sentia que deveria ter uma vantagem perante aos outros.
⁃ Não fiquei contigo e nem nos casamos porque tivemos o melhor sexo da minha vida. - Iza disse.
⁃ Você me conheceu virgem. Teve que ter paciência para que eu aprendesse.
⁃ Exatamente. E já estávamos com vinte anos, então eu tinha tido bastante experiências para comparar. Sabia que levaria tempo para ser bom.
Seguimos relembrando e precisei saber porque Iza havia decidido ficar comigo apesar de ter esse defeito.
⁃ Antes de você, eu escolhia os caras por altura, músculos, beleza, coisas superficiais. Apesar de no quesito sexual eu ficar satisfeita, a parte amorosa sempre foi um desastre. Esses caras nunca foram fiéis. Então quando você apareceu vi a chance de fazer algo contrário do que fazia. E deu certo, não deu?
Ela percebeu que minha reação não foi tão animada ao descobrir isso.
⁃ É óbvio que hoje não acredito nas mesmas coisas que aquela época! - Disse para me tranquilizar.
Essa conversa apenas trouxe mais material para alimentar inseguranças. Comecei a pensar em desistir de ser cuckold. Era perigoso demais abrir a relação para a concorrência.
Enquanto eu duelava com meus pensamentos, Iza não via a hora de transar com outra pessoa. Estava animada e havia voltado a utilizar aplicativos de relacionamento. Eu me esquivava do assunto quando ela tentava trazer a ideia de marcar um encontro. Falava que estava atolado no trabalho e sem muita cabeça.
Então ela conheceu Gabriel. Um típico maromba de academia, com a barba e a cara de um cantor sertanejo. Ele tinha curiosidade em comer uma esposa na frente do marido e estava animado com a proposta.
⁃ Ele é muito gato. Precisamos marcar! - Iza repetia.
Estava se tornando difícil fingir que estava tudo bem e decidi abrir meu coração.
⁃ Estou ansioso e inseguro. Parte de mim se excita com a ideia mas outra parte morre de medo. - Falei.
⁃ Pensei que seus medos tinham sido curados na primeira vez que fizemos. - Iza parecia decepcionada.
⁃ Alguns sim, outros não. E também surgiram alguns novos. Meu maior medo é que você me troque por um cara desses.
⁃ Por que te trocaria se já posso ficar com outros caras? Seria burrice. Por causa da sua fantasia eu tenho o melhor dos dois mundos. O marido fiel que me ama e os solteiros cafajestes para sexo.
Ela estava certa. Mas ainda assim algo não fazia com que me sentisse bem.
⁃ Marcarei com Gabriel para o próximo final de semana para não atrapalhar seu trabalho. - Iza me avisou.
Não pude argumentar contra e do jeito que ela falou não parecia que eu tinha opção. E confesso que ouvir dessa forma me deixou excitado.
Aproveitei os dias que faltavam antes do fim de semana chegar para acumular tesão. Começava a me masturbar e parava quando estava perto de gozar. Fazia isso pensando em Iza com Gabriel. Não era a estratégia ideal mas era o que podia fazer para sentir apenas excitação ao invés de ciúmes.
Na sexta-feira, uma dia antes do encontro do sábado, Iza passou o dia no salão de beleza e fazendo depilação a laser. Fiquei satisfeito em vê-la tão feliz com o resultado. Fazia alguns anos que ela não tirava um dia inteiro apenas para se cuidar assim e percebi que deu uma melhorada em sua auto-estima.
Acordei desanimado no sábado. O encontro estava marcado para acontecer à tarde.
⁃ Vamos nos encontrar às 15h com ele no motel mas pensei em chegarmos às 14 para eu ficar preparada.
⁃ Iremos encontrá-lo direto no motel?
⁃ Perdão, esqueci de avisar. Eu chamei ele para sairmos para um bar antes mas ele preferiu ir direto para o motel e eu aceitei.
Isso significava que as chances de Iza não transar com ele seriam remotas. O mar de emoções positivas e negativas que me invadiu faziam com que me sentisse sobrecarregado. Mas engoli o medo e segui.
Chegando no motel, Iza escolheu uma das suítes mais caras. Tinha vários cômodos, uma pequena piscina e sauna. Enquanto ela finalizava a maquiagem e se vestia, fiquei olhando para o céu e me perguntando o que eu gostaria mais: que Gabriel não aparecesse ou ver o grande amor da minha vida sendo comida por outro cara. Como era possível desejar as duas coisas ao mesmo tempo?
O interfone tocou. Iza liberou a entrada dele e me mandou ir recebê-lo na garagem.
⁃ Vou ficar porque prometi uma surpresinha. - Ela disse.
O que poderia ser? Claro que eu sabia que eles vinham batendo papo há alguns dias pelo Instagram, mas não sabia o que falavam. Criamos essa regra porque quando ela começou a conhecer outros homens, tive algumas crises de ciúmes vendo as conversas que ela tinha. Iza também argumentou que precisava de privacidade para poder ser ela mesma nos papos. Aceitei e segui batendo punheta sabendo que ela falava de putaria com outros caras enquanto eu ficava apenas imaginando.
⁃ Cara, um prazer te conhecer. Iza falou bastante de você. - Foram as primeiras palavras que Gabriel me dirigiu assim que o recebi na garagem.
Ele era um armário. Talvez uns dois metros de altura. Esculpido no que deveriam ser anos de academia. Apertou minha mão e quase quebrou meus ossos. Falei que Iza estava esperando lá em cima.
⁃ Então você curte ser corno? Cara, eu nunca teria essa coragem. Se fosse casado com sua mulher, não conseguiria deixar outro homem encostar nela.
Ri sem graça.
⁃ Não estou julgando. Sorte a minha que você curte essas coisas. Vou comer muito sua esposa e te fazer bem corno. Pode me agradecer depois.
Era isso que eu havia me tornado: um marido que agradece a outros homens por transarem com sua esposa. Gabriel falava com tal segurança que me deixou excitado só em imaginar o que ele faria com Iza.
Quando abrimos a porta fomos recebidos por Iza pelada, sorrindo para Gabriel.
⁃ Desafio concluído. O que achou? - Ela disse.
Naquele momento eu não sabia que ele tinha a desafiado a encontrá-lo completamente nua.
⁃ Que delícia. É assim que gosto de ver minhas putinhas. Peladinhas e obedientes. - Ele disse.
Iza sorriu de forma safada. Estava satisfeita em se tornar uma das putinhas de Gabriel. Me senti incomodado em perceber que minha esposa estava se esforçando para se tornar a putinha de alguém.
Ele se aproximou dela e deu um selinho. Procurou o frigobar e pegou uma cerveja. Sentou na cama e fez sinal para que Iza sentasse em seu colo.
⁃ Pegou um quarto do jeito que pedi, gostei. - Ele disse.
⁃ Peguei porque você disse que queria me comer em todos os cômodos. - Iza comentou.
Conversavam como se eu não estivesse ali. Ele finalizou a cerveja em poucos goles.
⁃ Pega mais uma para mim, corno. - Falou me encarando.
Eu não podia acreditar na audácia dele, mas em meio a minha descrença eu não sabia como reagir. Fiz o que pareceu mais educado: fui ao frigobar e peguei a cerveja. Até hoje me pergunto porque, antes de entregar, ainda abri a lata. Me pareceu tão natural mas ao mesmo tempo sem sentido. Iza me olhou com uma cara que parecia dizer: “não precisava fazer tanto”. Mas era tarde, eu já tinha feito.
Em meio a essa segunda cerveja eles começaram a se beijar. Iza odiava o gosto de cerveja então pensei que Gabriel ter começado a beber poderia estragar a experiência. Mas pelo jeito que se beijavam, Iza estava adorando o sabor. Gabriel parecia que ia engoli-la e ela fazia o mesmo com ele.
Ela estava tão entregue pelada aos beijos com o cara fortão que a envolvia pelos braços que me sentia feliz pelo prazer que ela sentia. Meu pau começou a latejar de tesao.
Então ele a mandou chupar. Ela se ajoelhou no chão e ele ficou sentado na cama.
Quando vi o pau de Gabriel tive a impressão que apenas com o pau ele conseguia levantar mais peso do que eu na academia. Era um dos mais grossos que eu havia visto e o tamanho também era acima da média. A dificuldade de Iza colocar na boca era evidente.
Enquanto ela tentava fazer sua melhor performance, o safado seguia bebendo cerveja. Finalizou e apenas estendeu o braço com a lata vazia em minha direção. Entendi que ele queria mais uma e o servi. Me perguntei o que todos achariam se soubessem que eu sirvo cerveja para um homem que está recebendo um boquete da minha esposa.
O que me impressionava era o desprezo que ele dava a Iza chupando seu pau. A cerveja parecia mais interessante. Iza percebia e tentava caprichar mais. A vi engasgando tentando engolir tudo sem sucesso. Babava inteiro, ia até as bolas e voltava, passava a língua de todas as formas. Gabriel apenas saboreava sua cerveja.
⁃ Levanta, vou comer sua bucetinha agora. - Disse após decidir que Iza o havia mamado o suficiente.
Ela ficou de quatro na cama e ganhou um tapa.
⁃ Mais forte. - Iza disse e rebolou.
Mais uma. Gabriel não teve dó e vi a bunda da minha esposa ganhar uma tatuagem vermelha no formato da mão dele.
⁃ Gosto de deixar minhas putinhas bem marcadas. - Disse e seguiu batendo.
O som do tapa era capaz de ser ouvido do lado de fora do motel. Iza gemia e eu queria que ele parasse de bater em minha esposa, mas a cada rebolada que ela dava, eu aceitava que era o que ela queria.
Lembrei de quando ela me pedia para bater quando estava de quatro. Sempre pedia mais força, mas eu sempre tive medo de machucá-la. Achava que batia forte o suficiente. E nunca havia gostado da ideia de bater.
Então a sensação de que Iza precisou de outro homem para bater do jeito que ela gosta era agridoce. Após ele acabar com a sessão de tapas, comecei a achar que eu deveria aprender a fazer o mesmo porque Iza tinha adorado.
Fui buscar a camisinha e entreguei para Gabriel. Me impressionou a facilidade e agilidade que ele abriu o pacote e vestiu seu pau. Era algo que eu nunca tinha aprendido e sempre dependia de Iza para me ajudar quando íamos transar.
Iza de quatro olhava para trás por cima do ombro. Estava ansiosa para ser penetrada. Seu rosto ansioso logo mudou para um de prazer quando Gabriel resolveu enfiar, devagar, centímetro por centímetro, dentro dela.
⁃ Olha só, corno. Vou arrombar tanto a buceta da sua mulher que ela vai ter dificuldade pra sentir o seu mais tarde. - Ele disse olhando nos meus olhos.
Não pude reagir, apenas fingir normalidade. Sabia que isso era impossível porque não é assim que o corpo das mulheres funciona, mas da forma que ele disse soava como uma promessa.
Ele começou a comer Iza com a intensidade de quem havia enfiado uma pilha Duracell no rabo. Era como um coelho. Sempre acreditei que as mulheres odiavam aquele sexo britadeira, mas com Iza gritando que estava gostoso, que queria mais forte, mais fundo, em meios a gemidos de prazer, comecei a duvidar dessa tese.
Minha vontade era de perguntar se ela estava bem. Se estava aguentando. Mas Iza nem me olhava. Gabriel de vez em quando percebia meu semblante meio assustado e dava um risinho de canto. Seu ritmo de foda era constante e daquele jeito conseguiria comer minha esposa por dias.
⁃ Agora é sua vez, vem por cima. - Ele disse para Iza e sentou na cama.
O mais rápido que pode, minha esposa subiu em Gabriel, ficando de frente para ele. Seus cabelos bagunçados e seu corpo suado davam uma noção da sua exaustão. Mas no momento que ela sentiu o pau deslizando dentro de si, pareceu ter ganho uma súbita dose de energia e começou a subir e descer. Gabriel que não é bobo, colocou suas mãos na bunda maravilhosa que Iza tem e usou sua força para fazer esse sobe e desce sem dificuldade.
Eu via o pau saindo quase por completo e entrando como se fosse nada. Lembrei da ameaça que ele havia feito e comecei a acreditar. Iza precisava estar bem aberta para receber aquilo daquele jeito.
Por cima é uma das posições prediletas de Iza e por isso em pouco tempo ela gritou avisando que ia gozar. O sobe e desce continuou com força total. Percebo que seu orgasmo está vindo quando vejo seu corpo tremer e os gemidos se tornarem cada vez mais desconexos.
Iza quase desfalecida cai nos braços de Gabriel. Nunca havia visto ela ter uma gozada tão intensa.
Ela se deita na cama ao lado dele e vejo seu pau ereto sem nenhum sinal de que está prestes a gozar. Iza percebe e ri de desespero sabendo que precisa satisfazê-lo.
Gabriel se levanta da cama e vem em minha direção. Me assusto porque não faço ideia do que ele está fazendo. Ele tira a camisinha do pau e me entrega.
⁃ Vou dar um pulinho na piscina, já volto. - Diz e nos deixa no quarto.
Me aproximo dela na cama. Parece que já recuperou um pouco suas energias. Guardo a camisinha no bolso.
⁃ Você tá bem? - Pergunto.
⁃ Ô, nunca estive tão bem. - Ela responde.
⁃ Você gozou? - Perguntei mesmo sabendo da resposta.
⁃ Muito. Nunca tive uma gozada intensa feito essa.
Apesar de saber que Iza não tem maldade ao falar essas coisas, minha mente me faz ouvir algo como: "em dez anos você nunca foi capaz de me fazer gozar assim".
⁃ Vou para piscina porque quero mais. - Ela disse e saiu da cama.
Corri atrás porque senti medo de deixá-la sozinha com outro homem.
Ela entrou na piscina sem roupa onde Gabriel estava e foi logo ao seus braços.
⁃ Não vai entrar, corno? - Ele perguntou.
Fiz que não com a cabeça.
⁃ Por que? Tá com vergonha de mostrar o peruzinho? - Ele disse rindo.
⁃ Vem ficar com a gente, B - Iza disse.
Após Iza me convidar senti que precisava ir. Senti que ela gostaria de ficar comigo.
O problema era tirar a roupa. Apesar da situação estar me excitando, a vergonha de me despir na frente de outro cara era demais. E para piorar, meu pau sentia a intimidação e estava mais escondido que o de costume.
⁃ Vem, B - Iza insistiu.
Então tirei a roupa. Aguardei a piada que não veio. Gabriel olhou e me ignorou.
Enquanto eu entrava na piscina, ouvi Iza falando baixo:
⁃ Mas ele ainda cresce um pouco.
Me aproximei dos dois e quis perguntar mas me faltou coragem. Iza percebeu meu desconforto e tentou se explicar.
⁃ Estava falando para o Gabi que seu pau é dos que crescem. Que ele não fica desse tamanho que tá agora.
⁃ Achei que você tinha micropenis. - Ele disse.
⁃ Micropênis é só abaixo de oito centímetros. - Me defendi.
⁃ E quanto você tem?
⁃ Entre nove e dez, eu acho. - Iza respondeu por mim.
⁃ E vocês conseguem transar sem problema? - Gabriel parecia curioso.
⁃ Sim. - Respondi.
⁃ Algumas posições são mais difíceis, mas a maioria que gostamos não tem problema. - Iza complementou.
⁃ É por isso que você deixa ela transar com outros homens? - Ele me perguntou.
⁃ Não. - Respondi.
Mas no fundo sabia que Iza nunca tinha gozado na penetração comigo e há pouco tempo atrás estava facilmente gozando com ele. Senti um amargo arrependimento de ter aberto aquela caixa de Pandora e começado a praticar a fantasia de cuckold. Senti vontade de ir para casa, abraçar e ficar com minha esposa, mas ela já estava ocupada, estava na minha frente nos braços de Gabriel.
Sai da piscina e voltei ao quarto. Iza percebeu meu desconforto e chegou em seguida.
⁃ Tem algo errado? - Perguntou.
⁃ Mais ou menos. - Respondi.
⁃ O que houve? Foi o papo de Gabriel sobre tamanho?
Tentei desconversar por não estar pronto para falar sobre aquilo, mas Iza insistiu.
⁃ Não gozei com ele apenas porque é maior que o seu. - Ela disse. - Lembra das outras coisas que expliquei?
⁃ Quando estamos fazendo isso parece que você gosta mais dos outros do que de mim. - Falei sem pensar.
⁃ Como você pode achar isso? Lembra que também é uma fantasia sua e pelo seu prazer?
⁃ Lembro.
⁃ E o que você queria que eu fizesse? Que a gente convidasse um cara e eu ficasse com você enquanto o cara apenas olha?
Parte de mim queria algo assim, mas não tive coragem e nem sabia como responder.
Gabriel pareceu ter ouvido parte da conversa e veio se despedir.
⁃ Acho que vocês precisam conversar a sós. - Disse.
⁃ Não vai! - Iza implorou. - São apenas alguns detalhes que estamos acertando mas nada impede que nos divirtamos mais.
⁃ Sem problema, podemos continuar outro dia. - Ele disse.
⁃ Mas eu nem te fiz gozar!
Gabriel começou a vestir suas roupas.
⁃ Deixa só eu te chupar e tomar seu leitinho antes de você ir. - Iza seguia implorando.
A cena era surreal e de alguma forma me colocou ainda mais para baixo. Minha esposa sem roupa implorando para pagar um boquete e sendo rejeitada enquanto eu tentava me recuperar daquele mar de sentimentos confusos.
Iza me olhou e disse para que eu fizesse alguma coisa, mas parte de mim queria que ele fosse embora.
Após Gabriel sair, procurou suas roupas e se vestiu.
⁃ Ficou com raiva de mim? - Perguntei preocupado.
⁃ O que você acha? - Ela respondeu com outra pergunta.
No carro não conversamos. Percebi que no celular ela mandava mensagem e conversava com Gabriel. Senti uma pontada no estômago. A culpa era minha. Se eu tivesse segurado minha onda e deixado Iza se satisfazer o suficiente, ela estaria no carro sorrindo e feliz comigo. Ao mesmo tempo que eu estaria voltando para casa feliz por ter sido um cuckold de sucesso. Me masturbaria com as lembranças na segurança da minha casa.
⁃ Desculpa. Não queria estragar as coisas. - Falei.
⁃ Não se preocupa. Falei para ele que iríamos conversar e que no próximo fim de semana poderíamos encontrá-lo e continuarmos de onde paramos. Ele já aceitou.
Eu não conseguia comentar. Pensar que no próximo final de semana teria que estar preparado para viver aquilo novamente era complicado. Toquei no meu pau por cima da bermuda e senti um certo alivio. Era mais fácil ficar excitado quando a situação não estava acontecendo.
Quando chegamos em casa, Iza me puxou para um canto.
⁃ Você tem insegurança com o tamanho do seu pau? - Ela perguntou.
⁃ Mais ou menos. - Respondi.
Antes dela transar com alguém, eu sabia que não era dos maiores, mas não questionava minha capacidade de dar prazer.
⁃ Se a resposta não foi um não então vou considerar que sim, tem insegurança. Você acha que ele é pequeno demais? Acha que sinto mais prazer com alguém maior?
⁃ Er…
⁃ A resposta é sim. Ele é pequeno, o menor que já tive. E paus maiores que o seu são capazes de me dar mais prazer na penetração.
Eu estava em choque pela forma que ela começou a falar mas ela não parou por aí.
- Você também deve estar achando que ele transou melhor que você. E adivinha? Foi melhor sim.
Ouvi em silêncio sem saber como reagir.
- Como se sente sabendo de tudo isso? - Ela perguntou.
- Não posso dizer que me sinto ótimo. - Respondi.
- E por que?
- Que homem se sentiria bem sabendo dessas coisas?
- Você acreditava que tinha o maior pau do mundo e era o melhor sexo da minha vida?
Não poderia dizer que sim. Iza sempre pareceu mais sensual, sexual e habilidosa que eu.
- Não.
- E isso sempre te incomodou?
- É mais fácil ignorar quando não está acontecendo na sua frente.
- O que eu poderia fazer para te deixar mais seguro?
Eu não tinha uma resposta.
- Quer desistir de praticar sua fantasia? - Ela perguntou.
- Er...
- Antes que você responda, preciso expôr meu lado. Antes de começarmos a fazer isso eu não pensava em sexo com outras pessoas. Depois que fiz, preciso confessar que gostei. E gostei muito. Eu não sonhava que ia me sentir desse jeito. Nunca imaginei que pessoas como Jeronimo e Gabriel transariam com garotas como eu.
Engoli em seco. Iza seguiu.
- Então você pode preferir que a gente pare, mas tenho que te deixar sabendo que ainda terei vontade e não vou esquecer ou parar de lembrar do que fiz e me excitar com isso.
Mesmo que em parte eu gostaria de parar, Iza tinha razão. A fantasia era minha mas eu havia perdido o controle. Para sempre teria que conviver sabendo que ela gostaria de estar transando com outro cara. Que talvez ela ficasse triste por isso. E que aí sim poderia pensar em me trocar porque como ela gostaria de um homem tão inseguro como eu a seu lado? Ainda mais agora que tinha conhecido esses outros homens dispostos a ficar com ela.
- Não quero desistir. - Falei.
- Ufa. - Iza respirou aliviada e riu. - Não sei o que eu faria se você desistisse porque preciso pelo menos fazer Gabriel gozar uma vez. Mas precisamos trabalhar seus problemas para não acontecer o que aconteceu hoje.
- Tem razão, tenho que fazer alguma coisa.
- Você precisa parar de tentar ser igual aos outros homens que eu transo. Você não vai ganhar a competição.
- Sou tão ruim assim?
- Você é melhor no que importa.
- E sexo não importa?
- Para o marido que gosta de me ver transando com outros? Nem um pouco. - Ela riu.
- E se você não transasse com outros?
- Nesse caso daríamos um jeito. Passamos quase dez anos sem sua fantasia, lembra?
- Mas você estava satisfeita?
- Nunca reclamei. Sempre imaginei que num casamento essas coisas aconteciam. A vida sexual esfria. Eu parei de valorizar essa parte. Com você foi ainda mais fácil porque desde o começo eu sabia que você não seria um garanhão na cama.
Saber que nunca pude satisfazer minha esposa durante o sexo foi um baque menor que pensei porque depois de ver como ela fazia com os outros, era impossível dizer que o que fazíamos chegava aos pés daquilo. Doeu mas era esperado.
- Sua fantasia traz a cereja do bolo: sexo maravilhoso e com quem eu quiser.
Ela falou isso com um sorriso no rosto e pela primeira vez, por um segundo, fiquei satisfeito com meu desejo de ser cuckold.
- Você não sabe montar móveis, trocar um cano e essas coisas, certo? - Ela perguntou.
- Certo.
- E o que fazemos? Chamamos um homem que sabe.
- Quer dizer que por eu não saber transar...
- Chamamos alguém que sabe. - Ela riu e piscou o olho pra mim.
Sempre me sentia julgado todas as vezes que tínhamos que chamar alguém para trocar um cano, desentupir uma pia, trocar um pneu e essas coisas "masculinas" porque os caras que vinham costumavam comentar como aquilo era fácil e não entendiam como eu não sabia fazer. Tentei com sucesso ignorar que ver Iza pedir ajuda ao vizinho para abrir um pote que estava apertado demais fazia com que me sentisse menos homens. Mas se até para comer minha própria mulher eu precisava ser ajudado, o que me sobraria?
Iza pegou o celular e vi que conversava com Gabriel.
- Na próxima vez teremos que pagar a diária no motel porque precisarei ser putinha dele o dia inteiro. - Ela disse.
Não queria que ela fosse putinha de alguém além de mim e isso me excitava no mesmo nível que incomodava.
- Tira a roupa e fica de quatro na cama. - Falei.
- Agora? Pra que? - Iza perguntou confusa.
- Só vai.
Ela se posicionou mas não largou o celular.
- Você não vai embora sem me dar leite. Muito leite. - Ela falou no celular, gravando um áudio para Gabriel.
Meu pau duro parecia estar pronto para competir. A buceta molhada de Iza me recebeu.
- Viu como fico molhada só de conversar com ele? - Ela disse.
Comecei a fode-la com força mas com cuidado para não ir forte demais e gozar rápido. Mas quem dera o pau pudesse ouvir a mente porque não demorou para que eu sentisse que ia gozar. Tive que diminuir o ritmo e até parar para respirar um pouco.
- Com certeza me apaixonei na sua pica. - Ela gravou outro áudio para Gabriel, sem parecer incomodada por eu estar a comendo.
Fiz menção de puxar seu cabelo, mas ela me interrompeu.
- Aí não B, vai atrapalhar minha conversa.
Fiquei ofendido mas ao mesmo tempo excitado. Respirei fundo e tentei come-la com toda a força que tinha. De um jeito que nunca tinha tentado. Seu corpo balançava mas Iza reagia pouco, estava mais interessada no papo com Gabriel.
- Claro que meu cuzinho também vai ser seu. Ele, minha bucetinha, minha boquinha. Tudo que você quiser.
Ao ouvir isso meu pau não resistiu. Meu plano era gozar na sua cara como Jeronimo tinha feito, mas não consegui segurar e acabei derramando tudo na cama e no chão. Quando Iza se virou viu a bagunça.
- Ah não, B, corre para limpar isso. - Ordenou.
Enquanto eu limpava Iza perguntou:
- Por que você não gozou dentro? Olha, se você pretendia outra coisa, preferia que me avisasse antes, tá bem? Não gosto de me melar quando não estou excitada.
- Pensei que estivesse. Pelo que eu senti, parecia bastante.
- Mas estou excitada com Gabriel, é diferente. Era o leite dele que eu queria, que por sinal não tomei hoje por sua culpa. Se eu tivesse me lembrado disso, não teria deixado você brincar. - Ela disse e riu.
Ouvir isso pós gozo nunca era bom. Como eu aguentaria processar tudo que eu tinha visto e ouvido sem estar excitado? Parecia que quanto mais eu tentava resolver meus medos, mais eles se divertiam e riam da minha cara.