A republica dos Machos (15)

Um conto erótico de Yuri
Categoria: Homossexual
Contém 957 palavras
Data: 28/07/2024 18:52:01

XV

Eu ainda lembrava do que havia acontecido no dia anterior. "E ainda dizem que cachaça perdoa", lembrava e minhas pálpebras tremiam de dor de cabeça em pensar no problemão que eu mesmo tinha criado para mim.

- Eu estou ferrado - disse esfregando os olhos - que porra...

Os detalhes da foda com Silverback ficaram no meu corpo como recordação da varada no rego que levei. Por isso mesmo evitei aparecer na faculdade no primeiro dia "estou doente!", menti.

Maicon tentou contato comigo várias vezes. As mensagens dele eram "você enlouqueceu?????", "que porra cara! na minha piscina!!!!", "eu vou te matar!!!", "caralho com o Adriano!", "Você está bem?".

Mas a mensagem que mais me pegou foi a última "tá rolando um vídeo, caralho Yuri, que mole da porra!!".

Os meninos da Republica mal notaram a minha ausência durante a manhã exceto por:

- Yuri você é maluco! - Duval disse escancarando a porta. - Eu te reconheci na hora. Deixou que gravassem, seu burro!

Eu estremeci debaixo do edredom "então o vídeo é real", não havia como não ser, eu sabia mas guardava uma esperança pequena de que tivessem gravado com um Samsung de câmera com baixa resolução...

Mas transamos em uma espreguiçadeira rodeada por pessoas "muitos alunos da faculdade".

- Me deixa em paz Duval...

Ele sentou na minha cama e puxou meu rosto afundando os dedos frios e ásperos nas minhas bochechas.

- Você está horrível - suspirou - vai tomar um banho e se reerguer. Vamos ao hospital.

Eu virei para ele franzindo as sobrancelhas.

- Hospital para quê?

- Eu prestei atenção na surra de rola que o cara te deu, sem camisinha - ele arfava - aposto como esse cara era um estranho.

Eu resfolegava por ouvir sermão justo do cara mais da pá virada que eu conhecia, a dor de cotovelo não me permitia aceitar que Duval estava coberto de razão.

- Nem tá parecendo você falando isso.

Ele puxou o edredom e segurou minha mão me puxando para cima. Eu deslizei para a beirada da cama. No centro dos lençóis a porra seca do Adriano remanescente dentro de mim vazara.

Eu nem lembrava de ter chegado em casa, nem de ter tirado a roupa.

- Vai assim mesmo anda - Duval disse impaciente - depois de dar o rabo com o mundo todo vendo, vai ficar com frescura para sair do quarto e ir ao banheiro sem cueca?

Ele mais uma vez tinha razão. Eu diminui de tamanho diante das verdades que saíam da boca do meu amigo "fui inconsequente" merecia uns murros na cara. O chuveiro lavou o que era possível. Apesar disso eu estava todo dolorido.

Eu senti os lábios do meu cu dilatados "um caminhão passaria aqui tranquilamente" pensei com raiva de mim mesmo.

Duval trouxe minha toalha, eu vesti uma camisa e bermuda, e óculos escuros como se isso fosse me esconder. O café estava amargo e apenas um pedaço duro de pão me esperava na cozinha.

- Juarez te emprestou o carro? - perguntei.

- É, e não vamos sozinhos... - Duval completou.

No banco de trás deitado com a cabeça apoiada na outra porta, Betão dormia.

- Ele por que?

- É outro irresponsável...

Os exames foram rápidos e no meu caso o médico adiantou logo que provavelmente eu não tinha nada mas o Betão teve que se internar e o Duval acompanhou.

Eu esquecia que Duval era um médico em formação e vê-lo com o jaleco foi um susto, o segundo do dia, vindo dele.

- E aí? - perguntei.

Ele sacodiu a cabeça.

- Os resultados ainda demoram um pouco mas acho que você deu sorte - sorriu sacana - já nosso amigo Betão, vai receber uma lição...

- Duval não seja cretino...

- Eu? - ele sorriu - cretino eu? Ele está com suspeita de três doenças sexuais diferentes, e o cretino sou eu? Vai se foder! Toma.

Ele entregou a chave do carro de Juarez.

- Você não pode... - eu comecei mas Duval se virou e mais adiante ergueu o dedo do meio para mim, "cretino!".

Eu tenho CNH embora não use com frequência por falta de prática. Duval sabe disso!

Eu pensava na faculdade e em como iria começar no curso de jornalismo tendo um vídeo pornográfico meu rodando pela internet. "Se isso chegar em mamãe", que porra!

A cidade estava calma para uma segunda-feira mas por alguns instantes minha respiração parou.

Eu estacionei em um sinal vermelho e entrevi do outro lado da rua uma viatura da policia daquelas estilo 4x4.

- Para de paranoia! - eu disse e segui em frente.

Nem eu sei direito do que estava com medo mas a ideia de encontrar o Silverback assustava um pouco.

Juarez estava na porta vestia um short de náilon preto e o peitoral nu.

Eu estacionei rente ao passeio e ele indicou para eu parar mais para frente onde era mais plano. Ele vinha pelo passeio e parou ao meu lado o vidro estava baixo e eu senti o calor do corpo de Juarez perto do meu rosto.

O volume debaixo do short ondulando o tecido em formato de cano. O cheiro de pau.

- Eu não sabia que você sabia dar um talento tão - respirou fundo com o nariz quase colado ao meu - guloso em um caralho. Tá de parabéns moleque.

- Você viu o vídeo?

- Eu vi o vídeo - ele disse isso e ajeitou a ferramenta por cima do short.

- Eu estava bêbado - confessei abrindo a porta - e, e...

Minhas bochechas queimavam e eu não sabia onde enfiar a cara porque a forma como Juarez puxou o volume ajeitando o pau dentro do short e veio até mim passando o polegar acima do meu lábio.

- Opa, estava sujo - ele dissimulou.

Era para eu sentir o cheiro do seu caralho nos dedos dele "que porra!", pensei, "agora todo mundo vai achar que sou um puto!". A porteira está aberta. Era o que faltava.

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Comentários

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Oi!?!?!?!? "Agora todo mundo vai achar que sou um puto?" 😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂

Mano, Yuri só não é mais puto pq as putas precisam de doses de putice também e não poderia ficar tudo pra ele.

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Morro de rir dessas suas frases de puta, mano... mó complexo você tem nisso! Haha

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