Entre as Trilhas do Amor: O Romance Proibido de Iara e Helena (Capítulo 9: O para sempre) - FINAL

Um conto erótico de Teça
Categoria: Lésbicas
Contém 1188 palavras
Data: 16/07/2024 13:26:03
Assuntos: Amor, Lésbicas, linhagem

Ao acordar Helena sentiu que seu mundo pela primeira vez estava completo e que a pessoa ao seu lado era a maior razão para isso. Seu olhar e carinho por Iara estavam aflorados e seu sorriso demonstrava isso. Iara ao acordar percebeu o olhar sobre si e sorriu, beijando sua amada.

Como em todos os dias elas se levantaram e foram para suas tarefas, tudo estava mais belo para Helena. À noite, sob um céu estrelado, voltaram ao local de acampamento de Helena e no meio do caminho ela olhou nos olhos de Iara e disse com sinceridade:

Você trouxe uma luz nova para minha vida. Eu nunca imaginei que pudesse sentir algo tão forte assim

Iara sorriu, acariciando o rosto de Helena com delicadeza.

Eu também nunca pensei que encontraria alguém tão especial como você. Estar ao seu lado é como estar completa.

Ambas estavam felizes, mas tudo mudou ao chegarem ao acampamento. Helena sentiu um arrepio percorrer sua espinha ao avistar os exploradores próximos ao acampamento. Ela sabia que aquele lugar isolado escondia segredos valiosos, mas nunca imaginara que os exploradores chegariam tão longe em mata fechada. A preocupação tomou conta dela instantaneamente, não apenas pela possibilidade de estarem atrás dela, mas também pela segurança de sua aldeia, onde todos os dias trabalhavam para viver em harmonia com a natureza. Iara percebeu imediatamente a mudança no semblante de Helena. Segurou suas mãos com firmeza, transmitindo apoio silencioso.

O que está acontecendo, Helena? Por que está tão preocupada?

A presença desses exploradores aqui pode significar problemas para nossa aldeia. Se eles descobrirem a riqueza das terras aqui, não duvido que tentarão explorá-las - Disse Helena respirando fundo, tentando organizar seus pensamentos.

O que devemos fazer? - Iara olhou ao redor, avaliando a situação.

Helena ponderou por um momento.

Primeiro, precisamos garantir a segurança da aldeia. Não podemos correr o risco deles descobrirem nosso lar. Vou precisar alertar os anciãos e preparar defesas caso seja necessário.

Iara assentiu, apertando as mãos de Helena com mais força.

Estarei ao seu lado em tudo isso. Vamos proteger nosso lar, Helena.

Com determinação renovada, Helena e Iara retornaram ao acampamento. O caminho de volta foi silencioso, cada uma perdida em pensamentos sobre como proteger o que amavam. Ao chegarem, Helena reuniu os anciãos e explicou a situação, enquanto Iara mobilizava os outros membros da aldeia para reforçar a segurança. Enquanto se preparavam para enfrentar o desconhecido, Helena olhou para Iara com gratidão e amor. Sabia que, juntas, enfrentariam qualquer desafio que o futuro lhes reservasse, protegendo não apenas seu amor, mas também a aldeia.

Com a aldeia em alerta, Helena e Iara lideraram os esforços para proteger seu lar. Os anciãos e membros da aldeia se organizaram rapidamente, fortalecendo as defesas e mantendo vigilância constante. Helena, com sua experiência na mata e com o comportamento de exploradores em relação aos recursos locais, orientou os preparativos estratégicos, enquanto Iara coordenava os guerreiros do seu povo.

Alguns dias em alerta com todos os guerreiros observando atentamente os movimentos dos exploradores e a proximidade com a aldeia deixou todos tensos. As noites eram mais tranquilas, porém em uma dessas noites Helena teve uma ideia que talvez salvasse a aldeia por um tempo. Ela se lembrou da caverna e de como em seu entorno havia minerais e sendo alguns indicativos de pedras preciosas, percebeu que se usando uma última vez o disfarce de Henrique poderia desviar a atenção dos exploradores e possivelmente mover a aldeia para mais dentro da mata.

Helena ponderou sobre sua ideia durante alguns dias, enquanto os exploradores continuavam a rondar os arredores da aldeia. Ela sabia que precisava agir com cautela e rapidez para proteger não apenas o segredo da localização da aldeia, mas também a segurança de todos os que ali viviam. Helena então compartilhou sua ideia com Iara que passou aos anciãos da aldeia. Apesar dos riscos envolvidos, todos concordaram que era uma medida necessária para garantir a proteção a longo prazo. Helena decidiu que era hora de usar seu antigo disfarce como Henrique, o explorador solitário que ocasionalmente visitava a região em busca de minerais raros.

Helena então desviou pela mata até a caverna e dali foi em direção ao acampamento, assustou os exploradores com um pequeno grito. Alguns ali eram velhos conhecidos de Henrique, então foi fácil explicar o acampamento abandonado e seu sumiço. Ela então contou a todos as maravilhas em volta da caverna e preparada para uma possível prova de tudo, mostrou uma pedra de ouro puro que estava dentro da caverna na primeira vez que foi explorada. Isso despertou o interesse da meia dúzia de exploradores que ali estavam e prontamente se organizaram para irem na primeira hora do dia seguinte.

Ao nascer do sol o acampamento já estava desmontado e os exploradores caminhavam para a caverna. Enquanto isso na aldeia, todos já estavam dentro da mata pelo menos 10 km. Os arranjos para a montagem da nova aldeia próxima a outro braço do rio já haviam começado. Iara sabia que deveria voltar para encontrar Helena, e Helena sabia que sair sem explicação poderia levantar suspeitas e precisava de mais dois dias antes de sumir novamente.

Helena encontrou Iara naquela noite e explicou a situação. No dia seguinte, Helena e os exploradores começaram a encontrar ouro e decidiram não se manter na caverna e descer o rio, pois pela altura da caverna provavelmente muitas pedras deveriam ter descido. Helena estava muito feliz já que o rio ia pro completo oposto da aldeia. Os exploradores desceram e fixaram acampamento, Helena então fez o que sempre fazia disse que iria mais dentro da mata procurar algo e voltaria caso achasse, ninguém desconfiava já que era algo comum e característico.

Naquela noite Helena voltou à aldeia e esperou por Iara. Iara manteve sua rotina de reconstrução da aldeia e toda noite procurava sua amada, quando ambas se encontraram houve lágrimas de felicidade e beijos. Iara a levou para a nova aldeia e ali ambas comemoraram.

Após algumas semanas os anciãos decidiram que ambas deveriam celebrar seu amor. Em alguns dias no coração da floresta, sob um dossel verde exuberante e o som suave das águas do rio que serpenteava pela aldeia, o casamento de Helena e Iara era um evento esperado e celebrado por toda a comunidade. As tendas foram cuidadosamente montadas, adornadas com folhas de palmeira e flores silvestres, criando um ambiente acolhedor e festivo. Os anciãos, vestidos com ornamentos tradicionais e pinturas corporais que contavam histórias de suas vidas, lideravam a cerimônia com sabedoria e respeito pelas tradições ancestrais. Os membros da aldeia se reuniram ao redor de um grande fogo central, onde as chamas dançavam em sincronia com os cânticos que ecoavam pela clareira.

Helena e Iara, vestidas com túnicas de linho bordadas com padrões geométricos e contas coloridas, caminharam juntas até o centro da cerimônia. Seus rostos brilhavam com alegria e emoção enquanto trocavam olhares significativos, sabendo que estavam prestes a unir seus destinos. Os rituais se seguiram pela noite, terminando com as noivas se amando em sua cabana, que agora carregava todas as memórias de ambas naquele momento até o fim de seus dias.

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Comentários

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Mais uma bela história finalizada, eu amei cada capítulo!

Parabéns Teça, você escreve muito bem e as suas histórias são ótimas!

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Obrigado. Irei continuar o outro conto, e se tudo der certo logo inciarei um novo

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Ah que final lindo!

Amei sua história, você tem um jeito próprio de escrever e adoro isso.

Ficou muito bom do início ao fim.

Parabéns Teça!

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Linda história de amor, Teçá! Esperei o final da saga de Iara e Helena para comentar. História bem escrita e bem ambientada no tempo do Brasil Colônia. Li em outro conto recente, da autora Lorena, uma frase que cabe aqui: O amor não tem regra. E complemento: é atemporal...

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