A Cura - Parte 4

Da série A Cura
Um conto erótico de Fabio N.M
Categoria: Heterossexual
Contém 2932 palavras
Data: 27/08/2024 12:54:48

Nos dias seguintes, Elias manteve um contato constante com Lara. Eles trocavam mensagens frequentes e conversavam por telefone, sempre começando com assuntos profissionais, mas gradualmente se aventurando em territórios mais pessoais. Lara parecia cada vez mais à vontade com Elias, suas respostas eram mais rápidas e menos formais, sugerindo que ela começava a considerá-lo mais do que apenas um colega.

Elias, atento a cada detalhe, percebeu pequenas fissuras no comportamento de Lara que sugeriam que seu casamento com Ulrich não era tão sólido quanto parecia. Durante uma de suas conversas, ele mencionou casualmente a intensa carga de trabalho que ambos pareciam compartilhar.

— Imagino que seja difícil equilibrar uma vida tão ocupada com o casamento. Deve ser difícil encontrar tempo um para o outro — comentou Elias, de maneira leve, enquanto eles conversavam sobre suas rotinas diárias.

Lara hesitou por um momento antes de responder, como se estivesse escolhendo cuidadosamente suas palavras.

— É verdade... Ulrich e eu temos horários bastante diferentes, e às vezes é complicado nos encontrarmos em casa. Mas nós nos entendemos, temos um acordo tácito sobre essas coisas.

Elias captou a nuance em suas palavras. Havia algo ali, uma brecha que ele poderia explorar. Forçar o assunto poderia levantar suspeitas, então escolheu um caminho mais sutil.

— Entendo — disse ele, tentando se conectar com ela em um nível mais pessoal — Às vezes, sinto que o trabalho consome tanto que nos tornamos estranhos em nossas próprias casas. É como se estivéssemos vivendo vidas paralelas, nunca realmente se cruzando.

— Sim — Lara soltou um suspiro leve, e pela primeira vez, Elias percebeu uma vulnerabilidade em sua voz — é exatamente assim. Você se torna tão envolvido no trabalho que, de repente, percebe que não sabe mais como se conectar com a pessoa ao seu lado.

— Isso deve ser difícil, especialmente quando ambos têm carreiras tão intensas. Deve ser um desafio manter a relação viva — continuou Elias, empático.

Lara ficou em silêncio por alguns segundos, como se estivesse processando suas palavras.

— Sim, é complicado. Ulrich e eu somos… parceiros no trabalho, mas às vezes sinto que nos distanciamos no restante. Ele é tão focado, que às vezes, parece que estamos em lados opostos.

— É natural que isso aconteça, especialmente em relacionamentos onde ambos têm personalidades fortes. Mas às vezes, a comunicação é a chave para redescobrir o que os uniu em primeiro lugar.

Lara concordou com um murmúrio, mas Elias percebeu que ela não estava tão convencida. Havia algo mais profundo, algo que ela não estava pronta para compartilhar completamente, mas que estava ali, abaixo da superfície.

Nos dias que se seguiram, Elias continuou a manter suas conversas com Lara, sempre tentando trazer à tona suas frustrações de maneira sutil. Eles passaram a se encontrar ocasionalmente, em cafés ou durante eventos em que ambos estavam presentes, sempre mantendo as aparências de que eram apenas colegas discutindo negócios. Mas havia uma tensão crescente entre eles, uma conexão que ia além do profissional. Elias percebeu que Lara estava começando a confiar nele, a ver nele alguém com quem podia compartilhar suas frustrações e dúvidas.

Durante uma dessas conversas, enquanto estavam sentados em um café em Berlim, Elias resolveu dar um passo a mais. Ele comentou casualmente sobre um novo projeto que estava desenvolvendo, algo relacionado à tecnologia médica, mas que ele precisava manter em segredo por enquanto. Isso chamou a atenção de Lara, que começou a fazer perguntas, intrigada pela novidade. Elias usou essa oportunidade para desviar a conversa para um tema mais pessoal.

— Às vezes, sinto falta de ter alguém com quem compartilhar essas coisas, alguém que entenda a pressão e as responsabilidades. Parece que quanto mais avançamos em nossas carreiras, mais solitários nos tornamos.

— Eu entendo o que você quer dizer. Parece que quanto mais alto subimos, mais isolados ficamos.

Havia um peso em suas palavras, uma solidão que ela carregava consigo, escondida por trás da fachada de uma jornalista confiante e poderosa. Elias percebeu que esse era o momento que ele havia aguardado, o ponto onde poderia cruzar a linha que separava o profissional do pessoal. A partir desse ponto, a missão entraria em uma fase mais delicada, onde precisaria não apenas de sua inteligência e charme, mas também de sua capacidade de entender e manipular as emoções. Enquanto a conversa no café continuava, Elias sentiu a tensão entre eles aumentar. Lara estava cada vez mais aberta, as barreiras que ela ergueu ao longo dos anos começaram a ceder.

A noite caiu lentamente sobre Berlim, as luzes da cidade refletindo no vidro do café, criando um ambiente íntimo. Elias observou Lara, que desviava o olhar para a xícara de café já quase vazia, seus dedos traçando distraidamente o contorno da borda. Ele precisava ser cuidadoso, mas também não podia deixar essa oportunidade escapar.

— Às vezes, sinto que estamos sempre em busca de algo… algo que talvez nem nós mesmos saibamos o que é — sua voz baixa, mas carregada de uma suavidade que fazia suas palavras parecerem confidenciais.

Ela levantou os olhos para ele, algo em sua expressão sugerindo que ela entendia exatamente o que ele queria dizer. Mas antes que pudesse responder, o toque do telefone dela interrompeu o momento. Era uma mensagem de Ulrich, lembrando-a de um compromisso matinal. Ela desligou o telefone e olhou para Elias, como se algo importante estivesse se perdendo naquele instante.

— Eu realmente devo ir — ela disse, com uma suavidade que quase soava como arrependimento.

Elias assentiu, compreendendo, mas não antes de segurar levemente a mão dela sobre a mesa.

— Podemos continuar essa conversa outro dia?

Lara hesitou por um momento, mas então um sorriso suave, quase imperceptível, curvou seus lábios.

— Sim, acho que podemos.

*****

Na manhã seguinte, Berlim estava agitada como sempre, e aquele seria um dia crucial. Lara havia mencionado a coletiva de imprensa que aconteceria mais tarde, e ele tinha certeza de que essa seria a chance perfeita para se aproximar dela em um ambiente mais controlado.

A coletiva foi realizada em um dos auditórios da cidade, um lugar elegante, cheio de jornalistas e câmeras. Elias, ainda utilizando sua identidade de Elijah Zimmermann, estava entre os presentes, mantendo uma distância profissional, mas sempre com um olho atento em Lara.

Durante a coletiva, Lara se destacou, como sempre, sua presença imponente comandando a sala. Ela fazia as perguntas com a firmeza de alguém acostumada a lidar com respostas evasivas, mas Elias podia notar as pequenas nuances em sua expressão, os olhares rápidos que ela lhe lançava de tempos em tempos.

Quando a coletiva finalmente terminou, o auditório começou a se esvaziar, os jornalistas se dispersando em busca de suas próximas matérias. Elias esperou pacientemente até que o movimento diminuísse, observando Lara enquanto ela conversava com alguns colegas. Ele precisava agir agora. Assim que a sala ficou praticamente vazia, Elias se aproximou. Lara estava guardando alguns papéis quando sentiu a presença dele ao seu lado. Ela ergueu o olhar, surpresa, mas sem se afastar.

— Elijah — ela disse, tentando manter a compostura — Achei que você já tivesse ido.

— Eu queria ter certeza de que tudo estava bem — ele respondeu, a voz baixa, quase íntima.

Lara hesitou por um momento, a profissional impecável que era, tentando manter a distância que sabia ser segura. Mas algo naquela manhã a fazia baixar a guarda, talvez a conversa da noite anterior, talvez o sentimento de que alguém finalmente a compreendia. Elias deu um passo mais perto, invadindo suavemente seu espaço pessoal, mas sem ser invasivo. Ele estava perto o suficiente para sentir a respiração dela acelerar, e o olhar que ele lançava era carregado de uma intensidade que ela não conseguia ignorar.

— Você sabe que pode confiar em mim — ele sussurrou, seus olhos fixos nos dela.

Lara engoliu em seco, o ambiente silencioso ao redor deles tornando a tensão ainda mais palpável. Ela estava se aproximando de um limite, mas a presença de Elias era uma tentação que ela não conseguia resistir. Antes que pudesse responder, o toque de uma porta sendo fechada ao longe a fez recuar um pouco. Eles estavam sozinhos, mas não completamente isolados do mundo lá fora.

— Eu preciso ir — Lara disse, sua voz vacilante, mas sem a firmeza que normalmente exibia.

Elias sentiu que era o momento decisivo. Ele se aproximou ainda mais, até que seus corpos quase se tocassem. Com delicadeza, ele segurou o rosto dela com uma das mãos, seus dedos roçando a pele macia, enquanto seus olhos penetrantes buscavam a permissão silenciosa nos dela. Lara não se afastou, seus lábios entreabrindo-se levemente, e ele se inclinou com suas intenções claras, seus lábios a apenas um sopro de distância dos dela. Lara sentiu o mundo ao seu redor parar, seu coração batendo forte, a respiração presa no peito. O toque de Elias a desarmou completamente, e por um instante, ela não queria nada mais do que ceder àquele momento.

No entanto, antes que seus lábios se encontrassem, o som de passos ecoando no corredor fez Lara congelar. Elias também parou, mas sem soltar o rosto dela. O olhar de Lara passou rapidamente do desejo à apreensão, e seus olhos se arregalaram ao reconhecer a voz familiar de Ulrich chamando seu nome a poucos metros de distância.

Lara deu um passo para trás, sua respiração acelerada, mas antes que pudesse se distanciar completamente, uma voz ressoou interrompendo a proximidade dos passos.

— Ulrich Schmidt, não é? Estava justamente procurando pelo senhor.

Elias imediatamente reconheceu a voz. Era Natalia interceptando Ulrich antes que ele pudesse ver algo comprometedor. O jornalista, pego de surpresa, hesitou por um momento, olhando para Natalia, que se aproximava. Ele não percebeu Lara e Elias logo ali, a tensão entre os dois ainda pairando no ar.

Lara aproveitou a oportunidade, recuando lentamente até estar a uma distância segura de Elias, que percebendo o movimento, seguiu o exemplo, sua mão escorregando suavemente do rosto dela.

— Eu preciso ir — Lara repetiu, desta vez com mais firmeza, mas o calor do momento ainda presente em sua voz.

Ela deu um último olhar para Elias antes de se afastar apressadamente, desaparecendo pela porta lateral do auditório. Elias observou-a partir, sentindo a frustração e a excitação se misturarem dentro dele.

Quando Elias chegou ao corredor do hotel, viu Natalia encostada na porta de seu quarto, braços cruzados e uma expressão de leve irritação em seu rosto. Ela o observava com aqueles olhos que pareciam sempre prontos para analisar qualquer movimento seu. Ele não pôde deixar de sentir uma leve tensão ao se aproximar.

— Está demorando demais nessa missão — disse ela, sem rodeios, assim que ele se aproximou.

Elias suspirou, destrancando a porta.

— As coisas com Lara não são tão simples quanto com Anya. Ela é mais… resistente.

— Ou talvez você esteja se envolvendo demais — Natalia retrucou, entrando no quarto atrás dele.

Ele fechou a porta e se virou para encará-la.

— Não é isso. Cada uma dessas mulheres é diferente. Preciso me adaptar para alcançar o objetivo.

— Só não se esqueça do que está em jogo.

Ele balançou a cabeça, reconhecendo a preocupação dela.

Por um instante, a tensão pareceu diminuir. Elias foi até o frigobar, pegou duas garrafas de uma bebida local e ofereceu uma a Natalia. Ela aceitou, sentando-se na poltrona próxima à janela. Tomaram um gole em silêncio, enquanto a noite berlinense se estendia do lado de fora.

— Você poderia passar a noite aqui — Elias sugeriu, tentando aliviar a pressão que pairava entre eles — Estamos do mesmo lado nisso.

Natalia ergueu uma sobrancelha, uma sombra de curiosidade passando por seus olhos — É uma oferta generosa, mas… prefiro meu próprio espaço.

— Como quiser — Elias deu de ombros, tomando outro gole.

Por um momento, Natalia pareceu ponderar sobre algo, então se levantou, deixando a bebida de lado.

— Acho que vou aceitar o banho, pelo menos. Preciso relaxar.

Elias a observou enquanto ela se movia em direção ao banheiro. Quando a porta se fechou atrás dela, ele se recostou na poltrona, olhando para a garrafa em sua mão. A presença de Natalia sempre foi algo intrigante, uma mistura de frieza calculada e uma força que ele não encontrava em mais ninguém. Os sons da água correndo no chuveiro alimentavam sua imaginação. Ele tentou afastar os pensamentos que começavam a invadir sua mente, mas foi difícil ignorar a beleza dela, uma beleza que era mais notável quando ela baixava um pouco a guarda. Ele balançou a cabeça, tentando afastar a distração, mas sua mente voltava à imagem de Natalia, suas feições rígidas suavizadas pela água quente, seus cabelos molhados e colados ao corpo esguio. Ele percebeu que havia algo mais ali, algo que ia além da frieza que ela sempre exibia.

*****

Na manhã seguinte, Elias se viu caminhando em direção à emissora de televisão onde Lara trabalhava. O prédio imponente da rede de notícias se destacava no horizonte de Berlim, e enquanto ele se aproximava, seu coração acelerava, sabendo que o tempo estava se esgotando. O encontro no café naquela noite não saíra de sua mente, e ele sabia que precisava agir agora ou perderia o calor do momento.

Ao entrar no prédio, ele apresentou seus documentos falsos para a recepcionista e foi conduzido até os estúdios. A atmosfera era agitada, com produtores e assistentes correndo de um lado para o outro, preparando-se para a transmissão ao vivo. Elias se movia com a segurança de alguém que pertencia àquele ambiente, suas habilidades de dissimulação sendo testadas a cada passo. Ele finalmente chegou ao camarim de Lara. A porta estava entreaberta, e ele pôde ver o reflexo dela no espelho enquanto se preparava para entrevistar um político importante. Lara estava concentrada, ajustando os últimos detalhes de sua maquiagem, mas havia uma tensão perceptível em seu semblante. Ao notar a aproximação de Elias, ela se virou bruscamente, seus olhos mostrando um misto de surpresa e apreensão.

— O que você está fazendo aqui? — Lara sussurrou, olhando para a porta — Ulrich pode aparecer a qualquer instante. Não é seguro.

Elias deu um passo à frente, fechando a porta atrás de si e trancando-a discretamente.

— Isso é mais forte do que eu, Lara — disse ele, sua voz firme, mas carregada de urgência — Você sabe que há algo entre nós, algo que não podemos mais ignorar.

Lara engoliu em seco, seu olhar alternando entre a porta e Elias.

— Eu… Eu não posso — murmurou, mas sua resistência estava se desfazendo rapidamente. O peso de seu casamento, o medo de ser descoberta, tudo estava começando a se esvair diante da intensidade de Elias.

Ele se aproximou lentamente, seu olhar fixo no dela, cada passo calculado.

— Você merece mais do que essa fachada que criou para o mundo — sussurrou — Eu vejo quem você realmente é, e sei que você também sente isso.

Lara estava dividida. Suas mãos tremiam levemente enquanto ela tentava recuar, mas Elias estava agora a poucos centímetros de distância, sua presença dominando o pequeno espaço do camarim. Ele ergueu uma mão, acariciando suavemente o rosto dela, e Lara fechou os olhos, sentindo a barreira que mantivera intacta por tanto tempo começar a desmoronar.

— Elijah… — ela sussurrou, mas foi silenciada por seus lábios, que se aproximaram lentamente dos dela. O beijo que se seguiu foi cheio de desejo reprimido, uma liberação das tensões que haviam se acumulado entre eles desde o primeiro encontro. Lara cedeu completamente, deixando-se levar pela paixão que sentia e que vinha tentando negar.

As roupas ficaram pelo caminho enquanto ele a guiou para o sofá do camarim. Lara, que sempre manteve o controle sobre sua vida e carreira, agora se via vulnerável, mas estranhamente livre nos braços de Elias.

Sentada sobre suas pernas, fitava seus olhos dele com desejo, sua respiração descompassada se misturava ao hálito fresco de Elias antes de se unirem novamente em um beijo ardente. As mãos dele percorriam suas costas deixando um rastro de fogo, eriçando sua pele e arrancando gemidos roucos, enquanto sua virilha resvalava úmida em sua dureza.

Elias a segurou pela bunda e a encaixou em seu membro. As paredes vaginais o pressionaram a cada centímetro. Concentrou, então, seus beijos e carícias nos seios rijos e arredondados de Lara. Movimentos apaixonados, beijos ardentes e sucções calculadas faziam estremecer deliciosamente o corpo dela. O sofá tornava-se pequeno para as manifestações de carinho que cresciam em intensidade. Rolaram excitados pelo sofá, os corpos esfregando-se com luxúria, beijos sôfregos ardendo em seus lábios. Seu corpo acomodou-se lentamente sobre o dela.

Ela ofereceu-se totalmente aos momentos que viriam em seguida. Primeiro movimentos suaves e furtivos; depois, uma estocada viril e profunda que levou o fogo do inferno para dentro de seu ventre, fazendo-a abalar-se em espasmos. Com movimentos mais intensos, sentiu toda sua energia concentrando-se nas terminações nervosas de seu sexo fazendo-a se derreter por completa. Os jatos volumosos de creme inundando seu útero aqueciam seu interior trazendo uma sensação deliciosa de conforto e prazer.

Um ato que selaria o destino de Lara de maneiras que ela jamais poderia imaginar. Quando tudo terminou, ela estava deitada ao lado dele, o corpo ainda tremendo enquanto tentava recuperar o fôlego.

— Você precisa ir — disse ela, finalmente, sua voz rouca e cheia de emoções conflitantes.

Elias assentiu, sabendo que a missão estava cumprida. Ele se vestiu rapidamente, lançando um último olhar a Lara antes de sair do camarim.

Enquanto se afastava, Elias sentiu uma mistura de satisfação e inquietação. Ele havia feito o que precisava ser feito, mas também estava inquieto quanto aos sentimentos que sentia por cada uma com que se relacionava. Primeiro Anya, e agora Lara. As duas o haviam marcado de formas distintas, mas o que sentia pelas duas era o mesmo, o desejo de voltar a vê-las algum dia.

AUTOR: Mais um capítulo terminado. Não esqueçam de deixar suas ⭐ e de comentarem.

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