Escola de Dança I - CapítuloMontando um guarda roupa feminino.
Bom eu pensei e realmente tinha sentido, agradeci e ia saindo, minha mãe esperando do outro lado da porta, veio me abraçou conversamos os três amenidades, ela saiu e mamãe falou.
– Bom filho, vamos às compras, mas antes eu gostaria de te fazer uma pergunta?
– Pode falar mamãe, se eu tiver a resposta?
– Dormiu vestido como?
– Como a senhora acha?
– Bom, senti falta de um baby-doll, um sutiã, calcinha combinando e uma saia, bom de saia não foi, então dormiu de menina?
– Sim, lhe incomoda?
– Já que está usando roupas femininas, pergunto de novo, posso lhe chamar de filha?
– Creio que seria o mais natural dada a situação, mas é novo, vamos trabalhar isso mamãe.
– Não tenho dúvidas da delicadeza do momento, então que tal, hoje termos um dia de compras mãe e filha?
– Bom até podia, mas olha, além de suado e molambento, só vejo a senhora feminina.
– Ok, disse ela me entregando uma bolsa, aqui tem a roupa usada em seu ensaio, completo, trouxe os brincos, pulseiras e tudo mais, tem uma toalha, vai ali no vestiário, tome um banho, perfume-se, venha aqui eu lhe faço uma maquiagem e pronto mãe e filha nas compras.
– Mas pra que tudo isso, eu terei que comprar cuecas.
– Olha, sendo feminina você pode comprar cuecas e roupas femininas, mas sendo molambento, não conseguirá sequer comprar 1 roupa unissex, então, quero lhe propor montar um meio guarda roupa feminino e um outro masculino, topa?
– Bom mãe, adianta argumentar, bom então já que estamos nessa, tô passando o whats da professora, ela deu uma ideia para prova prática, de repente aproveitamos o tempo.
– Não precisa, eu já tenho ela, inclusive estava ali fora vendo uns clipes que ela mandou de você, e confesso, com uma roupa feminina, está perfeita.
– Nossa vocês hein, bom agora piorou, é 2 contra 1, então, segue o baile!
Fui, banhei-me pensando, me vesti e fui ao encontro da mamãe que já tinha colocado a mesa com algumas coisas, mostrou a cadeira e eu me sentei, em 15 minutos ela terminou, tirou umas fotos e me mostrou.
– Nossa mãe, impossível acreditar, eu sou uma mulher.
– Sim, mas é o seguinte, com essa voz tá difícil , terá que melhorar isso, quanto a trajetos e tudo, siga as dicas da professora e pró nome, vou te chamar de Ju, que é unisex e evita atropelos.
– Certo.
– Então, vamos às compras filha?
Nossa ouvir isso me deu um medo, um arrepio, mas os espelhos em volta me deram a segurança que se seguisse literalmente, passo por passo, tudo ia dar certo.
No shopping, foi estranho, mamãe escolhia, colocava em frente a mim e metia na sacola da loja, tinha coisas de mulher e de homem, aí ela decidiu pelo vestido longo, uns corpetes e umas blusas tipo top, ela ia falando nome eu apenas acenava se sim ou não, alguns ela acatava outros ela dizia, você vai amar.
Fomos pro vestiário da loja, o primeiro foi um corpete destes de fechos com micro bojo, colocou em mim e apertou, nossa a cintura que já era pequena, ficou menor ainda, parece que a gordura que podia ter, foi toda pro seio, pois o bojo deu um contorno redondo ao seio, fazendo um volume muito maior do que já tinha visto, isto me arregalou os olhos e mamãe até esboçou uma lágrima.
– Que foi mamãe?
– Nada filha, nunca imaginei poder realizar isso.
– O que não imaginou, a senhora poder travestir seu filho, eu disse rindo.
– Não, de viver um momento, mãe e filha.
– Mas eu não sou sua filha, lembre-se.
– Bom olhe ali, neste momento não só é como você mesma está espantada com a transformação, ou estou enganada de novo.
– É, realmente me impressionou, mas vamos devagar, é um fetiche, pois aqui em baixo, tá difícil.
– Bom aí, é outro assunto, importante é o conjunto.
– É mas e agora.
– Agora vista a saia, essa bata e veja o resultado.
Vesti e me impressionei, olha estava linda, não tinha como não me ver mulher, feminina e gostosa, nossa, apenas o pênis estourando me perturbava, estava escondido pra trás, foi o que achei de melhor, mas uma coisa me veio a mente, que me fez chorar um pouco, pensei no Beto, mamãe percebendo minha lágrima falou.
– Que foi filha, tá tudo bem.
– É que, vendo assim me veio algo na mente.
– O que, seu pai , irmão, vamos deixar para depois, vamos curtir juntas.
– Tá certo, vamos deixar o resto pra depois, mas mãe, eu nunca pensei em nada disso, nunca fiz nada, dança, amigos, nada realmente nada para que estivesse neste exato momento, vestida de menina, ao seu lado, em um vestiário experimentando roupas para levar para casa, isso é o que não consigo entender.
– Bom filha, nem eu, mas já te chamei de filha algumas vezes e você não reagiu, sinal que tá gostando.
– Mãe estou respondendo no automático você me chamar ou não de Ju ou filha, seria muito pior me chamar de filho e eu aqui toda travestida, ai sim que seria tirado com uma transex, uma travesti, um veado, pelo menos me tratando pelo feminino, como você mesmo disse, no conjunto da obra, quem olhar vê o que né, vê mãe e filha.
– Verdade, mas realmente você está gostando?
– Bom, é diferente, divertido e sim, gosto da magia de ser feminina, mas não imagino isso 24hs, mesmo porque não dá né.
– Sim e não, mas vamos curtir, em casa, sozinhas vamos conversar melhor, temos outras coisas pra fazer.
– Como por exemplo?
– Filha só vimos uma loja, tem ainda sapatos, bijus, calcinha, sutiã, quem sabe um furo nas orelhas e algumas bijuterias.
– Mas mãe, não viemos pra isso.
– Viemos pra isso e muito mais, mas tá bom, não quer pararmos aqui e voltamos pra casa.
– Aff, não é isso, é que tenho minha vida de homem, estudante, trabalhador, as provas, exames, não dá pra brincar de casinha. Além do que as cuecas, por favor lembre das cuecas.
– Tá, mas não estamos brincando de casinha, pelo menos teu olhar não parece de alguém que esteja brincando.
– Mãe, chega, vamos focar aqui, discutimos isso outra hora.
Assim fizemos, saímos dali mamãe foi conversando comigo coisas mais amenas, o clima tinha ficado estranho.
Na loja de cosméticos ela comprou apenas um creme pós depilatório, um outro para suavizar a pele e só.
Em outra, apenas olhava as roupas e saia, em uma comprou um chinelo, vi que as coisas perderam a magia e tudo mais, mas senti que ela estava me provocando, vendo se eu iria falar ou fazer algo, então quando paramos em uma loja de lingeries eu disse.
– Nossa não podemos esquecer as cuecas, quem sabe aqui tenha hein?
– Vamos entrar, disse ela, voltando um sorriso.
Fui perguntar por cuecas, a atendente me olhou e perguntou.
– Você quer cuecas femininas?
– Como assim? Perguntou, mamãe, muito mais curiosa. Seria pra Ju, minha filha.
– É que existem calcinhas que parecem com cuecas, mas tem as mesmas formas das calcinhas, muda apenas aqui na base, algumas fio dental, vou lhes mostrar.
Ela foi e trouxe cerca de 15 cuecas diferentes, algumas com estampas femininas, outras neutras, duas coloridas, uma branca e outra preta.
– Olha filha que interessante, como se puxa, que ideia maravilhosa você teve.
– Pois é! Falei já me assustando com o que viria na sequência.
– Moça, poderia nos trazer alguns conjuntinhos de calcinha e sutiã enquanto escolhemos estes?
A vendedora saiu e mamãe ficou argumentando comigo, que seria até melhor que usar as minhas cuecas de homem, não tive como discordar, com isso ela deixou já escolhida a branca, preta, as duas coloridas e 2 com estampas femininas. Logo a moça chegou.
– Temos aqui uma linha mãe e filha, muito na moda, trouxe esta preta, está em nudes e uma vermelha, bem sensual, se me permitem dizer.
– Sim sim, nossa seu pai iria amar me ver assim.
– Nossa mãe, eu disse, ficando vermelha.
– Olha, seu namorado iria amar também Ju, combina perfeitamente com seu corpo.
– Não meu doce, parece confusso, eu não tenho namorado. Eu respondi de imediato.
– Desculpa, foi indelicado minha observação, não quis lhe constranger.
– Não, imagina, eu no seu lugar perguntaria o mesmo de você.
– Bom eu também não tenho namorado, por opção também, bom vamos olhar os modelos, disse ela ficando vermelha com sua observação.
Olhamos alguns modelos, nos interessamos pelo conjunto vermelho, mamãe pediu para embrulhar para presente cada um e as cuecas femininas, ficamos com as que ela já havia pré separado comigo.
– Mamãe, já gastamos muito não acha?
– Filha, puxa, então só mais uma coisa, posso pedir?
– Tenho até medo de perguntar o que mamãe?
– Nada demais, deixa.
– Não vai mãe, o que é mais uma loucura em meio a toda essa né, quero ver aonde a Senhorita irá guardar tudo isso, no meu armário o Fabi vive mexendo.
– Bom, vemos isso depois em casa, fica no meu por enquanto, mas eu queria lhe dar um brinco.
– Tá tudo bem então, um brinco não vai me matar.
Ela deu um pulo de alegria, fechou o pagamento e me puxou pra fora da loja, indo direto pra uma loja de material de prata.
Eu apenas acompanhei, fiquei ali esperando o que vinha pela frente, mamãe já foi entrando e escolhendo um pingente, mas de furar, uma com um beija flor, uma pedrinha e olhando para mim falou.
– Filha, tá na hora de ganhar um brinco, queria muito três furos nas orelhas, mas não é o momento, então vamos de 1 furo em cada lado, e estes 4 brincos, agora você vem e escolha outros 4 pra você, quero entender seu gosto.
– Ai mãe, não sei, morro de tesão vendo as meninas com aqueles brincos de argolas e com pingentes, mas a senhora já comprou um né.
– Filha, é sua escolha.
Bom escolhi, ia sair pro caixa e mamãe falou.
– Oi filha, são de furar, espere a moça pegar o aparelho, moça são apenas dois furos um de cada lado.
– Puxa uma orelha tão linda e não tem furo ainda, seria tão linda com três furos.
– Não, ela teve até os 15 anos, depois ficou rebelde e não usou mais e eles fecharam, agora decidiu usar, vai entender essas meninas né.
Eu só olhei sem entender, mas mamãe piscou e eu confirmei com uma risadinha, tirei o cabelo para o lado e senti um choquinho, depois no outro lado outro, a moça ainda tentou perguntar se pelo menos mais um em um dos lados, mas mamãe achou melhor não, olhando minha cara de desespero.
Junto ainda ela comprou um brinco unissex, destes bem pequenos e me confidenciou que era pra usar enquanto estivesse de menino, evitava o furo fechar e eu me acostumar.
Dali, fomos pra uma loja de calçados, mas mamãe viu que nossos pés eram do mesmo tamanho e falou que emprestaria alguns e assim evitamos gastar, pois sapatos eram caros, não seria preciso gastar neste momento. Eu estava exausta, fiz uma cara de cansada e mamãe, entendeu.
– Filha vamos pra casa, temos que guardar tudo isto antes de seu pai e irmão chegarem.
– Mas mãe e se eles já estiverem em casa, olha pra mim.
– Verdade, bom eu assumo tudo, vamos arriscar, mas tenho uma ideia.
Ela ligou para papai, perguntando se ele ia demorar, e papai confirmou que ainda ficaria mais umas 2 horas fora, mandou uma mensagem pro meu irmão, falando que precisava comprar iFood e se ele estava em casa, o que ele disse que não, que ainda estava na casa dos amigos, rolou um churras e as meninas apareceram e ele ia ficar lá por mais um tempo.
– Pronto, temos 2 horas ainda, mas vamos logo, queria te ver com estas coisas, com brinco e tudo, bom lembrei que hoje não vai dar, esses que ela colocou são para dilatar e tem um remédio antioxidante, analgésico e fitoterápicos pra evitar inflamação.
– Bom, então vamos, estou exausta.
– Tão linda te ver se assumindo menina.
– Mãe, já expliquei, se falar exausto e alguém ouvir é muito pior.
– Tá bom FILHAAAAAAA, meu anjinho.
– É né, me deve uma hein, olha as ideia da senhora.
Em casa, chegamos e ela pediu para subir direto pro quarto dela, primeira coisa ela foi ajustando um lado do guarda roupa, foi retirando tudo o que era dela e algumas coisas ela pôs na cama, outras na outra porta de seu armário e outras direto pro chão, eu não falei nada fiquei olhando, ai ela abriu as outras portas e foi fazendo o mesmo neste caso, colocando coisas na cama e outras no chão, e assim ela reajustou as 4 portas com coisas dela e 1 ficou vazia, na cama ainda ficou alguns calçados, então foi até a porta do quarto, fechou a chave e falou.
– Filha, tá vendo esta pilha na cama, vamos experimentar todas, as que você gostar, já ponho no armário, as que não servirem vamos descartar, mas sejamos rápidas, senão daqui a pouco chegam e você não consegue sair daqui sem que vejam.
– Então que tal eu ir lá pegar uma roupa minha e ai evitamos este risco né
– Vai, enquanto isso eu vou pondo algumas na sacola pra brechó, afinal é tudo roupa boa né filha.
Sai, peguei o moletom e um blusão e voltei pro quarto, fechei a porta novamente com chave e sentei na beira da cama, deixando a roupa que trouxe em cima da banqueta da penteadeira dela.
– Bom vamos lá, tire esta que está e já me passe aqui que essa vai ser sua, vou por no meu sexto pra lavar, vai vestindo e vamos conversando.
Bom eu coloquei a primeira que era um calça solta de cintura alta, vesti e mamãe já me alcançou um cinto e com isso ela ficou ajustada, alcançou uma blusa pra acompanhar, falou ok, eu também. Pediu para eu dar uma volta, e retirar, já pôs em um cabide e foi pro armário.
Para cada uma a mesma coisa, sem muito falar, a pressa nos fez ser mais diretas, uma saia longa, destas de festas, nessa paramos mais, mamãe falou de possíveis ajustes, em um outra saia descartamos, não por não ter servido, mas ela tinha pegado um mancha de guardar, ela odiou, era um vestido lindo, foi pro chão.
Entre tudo foram 2 saias na altura da canela, três na altura do joelho, algumas blusinhas, não eram coisas velhas ou de pessoas velhas, mamãe sempre se vestia jovial, então passava bem, os sapatos ela pegou a menor saia e fez eu vestir e experimentar, enrolou ela pra ficar quase uma mini, não deu certo, lembrou , abriu uma gaveta e de lá tirou uma minissaia em um tecido que estica, me entregou, era mini mesmo, vesti e experimentei os calçados, de saltos 5 a 18, e senti minha bunda empinar a medida que aumentava o salto, a ponto de achar que a minissaia não escondia nada.
Demoramos mais nos calçados, todos foram pro armário.
Ai mamãe abriu as roupas das sacolas de compra e foram todas organizadas, nessa porta como as outras do armário tinham 2 pequenas gavetas na base inferior, que foram agrupadas calcinhas, sutiã, baby-doll e meias calças, que ela me deu umas 4, 3 ainda no envelope.