Escola de Dança I - CapítuloPlanos para a loja.
– Tá estranhando beijar uma trans, vi que evitou meus seios e bunda nos beijos, enquanto eu já lhe apertei umas 10 vezes no pênis.
– É que nunca sai com uma trans, lembra estive trans, ou travestida, na verdade eu li que eu seria uma Crossdresser, mas você é a primeira transexual que beijo, então não sei como não ser indelicado ou como não lhe constranger, acho que terá que me ensinar algumas coisas.
– Um dependendo do que quer aprender ensino, mas se quer saber eu adoro que apertem meus seios e mexa com minha bunda, quando ao meu pênis, que ainda tenho ele, os hormônios e como ele tá preso agora, fica quase imperceptível, as se te interessar vou no banheiro e solto ele pra você.
– Não, de boa, já tenho sua boca.
Falei isso e peguei em seu seio, nossa que delicia, e ela retribui pegando em meu seio que era só um pontinho durinho o dela era tudo macio, arrepiado, auréolas que percebia pelo tocar dos dedos grandes.
– Quer chupar eles, eu adoro.
– Não, pode dar problema, vai que nos tiram daqui por assédio sei lá, esses negócios de pudor.
– Aqui, se soubermos fazer dá legal. Disse levantando uma parte da blusa e deixando um deles à mostra e moveu minha cabeça até ele, segurando pela nuca.
Eu beijei por um tempo, mordi a pontinha e ela pra me deixar maluco, mexia com meu pênis, como se fosse uma punheta, não resisti e gozei.
– Hum, precoce esse menino.
– Que nada, estou com tesão por você desde o shopping, e você sabe provocar né.
– Sim, eu sei, tenho um brinquedinho desse igualzinho, rsrsrsrs.
– Desculpe, ia segurar, mas não sei o que de fato devo fazer..
– Fica tranquila, queria ele na boca, mas isso já seria mais difícil aqui, só se meus amigos fizessem uma barreira, mas já estão todos em seus cantos se amassando.
– Sério que faria isso, disse espantado.
– Só com quem eu curto, você é uma delas, pena que viaja, poderia posar comigo na casa de uma amiga que mora aqui perto.
– Não imagina, um estranho na casa de sua amiga.
– Fica de boa, é ela que estava comigo te esperando, ela é lésbica, não temos nada, quer dizer, já nos beijamos e tal, mas nunca transamos, digamos que uma alivia a outra quando a noite foi perdida.
– Hum você é bem doida né.
– Não, eu conheço essa amiga desde meus 5 anos, é uma amiga do tempo da escolinha pré, nossas famílias se conhecem, nós nos descobrimos gays, só com 16 anos, dali em diante ficamos melhores amigas, mas quando estamos em fossa, uma é o suporte, ou consolo da outra, mas nunca transamos, tipo ficamos nos acariciando até que uma de nós esteja satisfeita, depois dela só namorados mais compromissados, você é a primeira Crossdreser, Trans, sei lá como você se define que eu fico, até então ou fiquei com meninas ou com meninos CIS.
– Hum e agora, como que vou me limpar.
– Espere, vou lá no WC pegar papel, no dos meninos geralmente não tem.
Ela saiu, um boizinho grudou em mim e tentou me beijar, eu falei que não, e ele perguntou se eu queria sair dali, falei que não, na terceira insistência dele, veio um dos amigos de SABRINA e fez ele vazar dali, pediu desculpas pelo inconveniente, mas que eu estava parado exatamente no local de pegação, e quem ficava ali sem companhia era logo visto como presa fácil, me puxou para um pouco ao lado e logo a Sabrina veio e entendendo o que tinha acontecido pediu desculpas, queria lá tirar satisfação com o moleque, que tinha com certeza visto ela me punhetando e deveria ter ficado na dele.
Ficamos mais um tempo os três conversando, com ela me beijando às vezes, daí já era umas 3 horas e deveria ir embora, já era a 4 mensagem de mãe pedindo pra eu voltar, que iriamos viajar cedo.
Sabrina juntou à tropa, e fomos todos andando até o hotel, no meio do caminho alguns dos amigos se pegaram, ficou eu e ela juntos, a amiga lésbica dela, acabou ficando com o menino que veio me salvar. Ai entendi que era Lésbica, mas curtia carinhos, como não pegou ninguém e a Sabrina estava ocupada, foi consolar meu herói.
Na entrada do hotel, nos despedimos com um beijo, ela falou que um dia nos veríamos, eu ri e disse que esperava um dia encontrar ela mas agora não sabia quando voltaria, subi, tomei banho, vesti uma das calcinhas pequenas e dormir usando um top estilo sutiã.
Logo cedo no café, encontramos Vanessa, ela estava mega cansada, havia pedido para ela compor a equipe que iria analisar as notas, ela não daria a nota apenas apontaria se todas foram dadas segundo os parâmetros definidos no edital, ao se despedir de mim um abraço, ao se despedir de mamãe um selinho.
Olhei e mamãe apenas disse que Vanessa era bem maluca, não adiantou eu tentar entrar no assunto, ela desconversou e seguimos pra casa.
Chegamos com Papai em casa, Fabi já havia se instalado e se apresentado, agora era aguardar o primeiro feriado para mamãe visitar ele junto com papai, afinal ela sentia tanto a falta dele como a minha que não sabíamos quando seria.
Mantínhamos contato com Vanessa que disse que mais de 60 candidatos haviam sido eliminados quer por excederem o tempo, ou não apresentarem a combinação correta e na ordem dos passos.
Já era quinta feira e eu ainda não tinha vontade de sair de casa, foi estressante e instigante essa semana, eu andei boa parte do dia com roupas de meninos, isso foi notado por minha mãe, papai apenas comentou do brinco, mas meio que tirando onda do roqueiro e da inveja que faria pro meu irmão.
Acho que isso é o que me perturbava, mamãe pelo contrário do que imaginava, não falou nada, nem de eu estar de menino nem de eu não utilizar ao menos uma cueca feminina, troquei algumas mensagens com Beto, mas evitava detalhes, conversava muito mais com meu irmão do que com a família, acho que estava sentindo muita saudade dele.
Sabrina era a pessoa que falava de tudo o que estava me acontecendo, meio que ela me entendia, dava algumas dicas de que eu deveria abrir o jogo com mamãe, sobre tudo, sobre ter saído com ela, sobre não querer ser 24hs feminina mas querer namorar uma trans, mas Sabrina também insistia que eu deveria sair como homem como Beto e ver o que iria acontecer, com ele e comigo.
Deu sexta a tarde, havia acabado as postagens que eu tinha preparado e precisei ir para a loja, mamãe havia marcado uma reunião pois em sua saída em Curitiba ela tinha visto muita coisa e queria ver se poderíamos fazer.
Na reunião estava eu, Beto, a moça que substitui Fabi, meu pai e outras duas moças que trabalhavam no atendimento direto ao público.
– Bom chamei vocês todos aqui pois na viagem que fiz com Juliano, enquanto ele estava nas provas eu aproveitei e fui visitar alguns shoppings, um outlet, e andei por duas ruas que tinham só brechós, de tudo, mas em 4 destes eles me mostraram seu mostruário digital é aqui que iniciamos nossa reunião.
– Bom Dona Magda (era assim que chamava minha mãe na loja), hoje terminamos de postar a última série que havíamos montado, creio ser o momento certo, mas o que a senhora indica.
Filho, sua mãe, Dona Magda, conversou comigo, disse meu pai, nós iremos trazer outras roupas mais focadas na juventude, iremos reduzir um pouco as roupas da meia idade para cima, com isso a loja passará a atender um público mais jovem, por isso chamamos as duas gerentes.
Minha mãe então havia impresso uma folha com inúmeros pontos e começamos a discutir, o primeiro colocava Beto como responsável pelas postagens oficialmente, das duas empresas, mas não iria trabalhar sozinho, irá dividir seu trabalho com a moça que estava fazendo as tarefas de Fabi, a Renata.
Assim eles teriam conhecimento das duas lojas e isso fez, um certo olhar meu para Beto e outro para mamãe.
Segundo ponto, que as duas gerentes iriam fazer as mesmas visitas que mamãe fez em Curitiba, depois iriam para São Paulo, pois duas das lojas que mamãe visitou indicarem a região do Brás para compras. Elas deveriam escolher uma outra funcionária para lhes substituir temporariamente.
Terceiro ponto foi ela olhando para meu Pai, o Sr. Rodolfo, irá procurar um armazém em um dos bairros aqui perto do centro, para nós transferirmos todo nosso estoque para lá, as lojas ficaram maiores, abriremos um café integrado às duas e assim o espaço da loja ficará mais dinâmico.
Teremos todas as peças com um chip, indicando quais são de aluguel e quais são de vendas, embora as lojas estejam separadas, o café as tornará como disse integradas e evitamos problemas com peças perdidas.
E por último, Juliano sai da produção das fotos, ficará comigo na gerência de tudo isso, possivelmente gerenciando o Café, pois já temos que nos programar para sua ida para o RJ em breve, se tudo der certo, se não der ele já saberá o que deverá aprimorar, o Café.
Isso foi um tanto quanto assustador, mamãe não só mudou tudo, fez com que eu e Papai ficassem ocupados com novas atividades, separou eu de Beto, das Lojas e
Ao final da reunião, mamãe pediu pra ficar eu, Renta e Beto.
– Bom, agora nós teremos que pensar em como mudar tudo isso aqui, mas faremos de forma gradual, o que eu vi, nos catálogos foram pequenos vídeos de 10 segundos apresentando as roupas, mas com movimentos, sabe aqueles fundos que vocês faziam naquele fundo verde, então ao invés de ser uma imagem fixa ali também eram pequenos vídeos, ou seja um vídeo de paisagem, do cotidiano e um das roupas, mas todos eles escolhiam pontos turísticos da cidade de Curitiba e Região.
– Tá mais aqui não tem muita coisa não né.
– Bom ai que é, vindo para cá fui olhando as paisagens, vamos começar a filmar ou achar vídeos dos pontos turísticos do Paraná. Iniciamos com os lugares que já conhecemos, vamos buscar modelos nos grupos de danças e faremos estes usarem nossas roupas, e cortamos para eles dançando com as roupas típicas, faremos o mesmo com as identidades geográficas de nosso município, chamaremos as coleções com nomes dos lugares turísticos.
Curitiba, respira seus pontos turísticos, e usam muito nas promoções de seus produtos, faremos o mesmo aqui.
– Eu farei um esboço de roteiro e vocês três correm atrás de fazer acontecer, mas não se preocupem nada de tão hollywoodiano. Com isso eu ficarei toda manhã reunida com Ju e um de vocês, pelo menos 3 vezes na semana, imagino segunda, quarta e sexta, nos outros dias e horários é criar e fazerem as tarefas naturais das duas lojas.
– Mas eu, digo, a loja não tenho nem cafeteria?
– Ju, a cafeteria é para daqui uns 3 meses, primeiro você e seu Pai vai achar o armazém, depois ajustar ele para receber todo o estoque, segurança, etc, daí isso fará nossa loja ficar vazia, vamos primeiro transferir tudo para uma só, reformar a outra e vice versa, em 3 meses, inauguramos.
Mamãe dispensou Renata, olhou para nós dois e deu a última ordem da reunião.
– Bom, tragam as imagens que usavam de fundo, vou olhar o' que temos e partir dali para o primeiro roteiro.
Eu e Beto pedimos licença e fomos providenciar, era muito estranho, embora estivéssemos focados no pedido de mamãe, era a primeira vez que estivemos juntos desde o meu retorno, em um dado momento ele me perguntou como foi lá na Capital, eu ia respondendo à medida que íamos separando e ajustando as coisas, já fazia umas 2 horas que estávamos ali, já tinha dado umas 19 horas e paramos.
– Ju, posso te perguntar algo?
– Sim, Beto, nunca lhe escondi nada.
– Após os concursos, você se afastou, eu lhe fiz algo, ou aconteceu algo lá?
– Não aconteceu nada, apenas que algumas coisas que aconteceram aqui, foram criadas, na verdade aconteceram pois tinha que acontecer.
– Não entendi, achei que eu veria você logo em seguida, sei lá de menina.
– Pois é, mas eu te falei que era algo para o concurso, foi confuso pra você foi confuso para mim, mas isto te incomoda.
– Não, e sim, na verdade gostava de te ver como menina, mas lembra que eu disse sobre me sentir atraído por você independente de suas escolhas?
– Sim lembro, mas por que estamos falando nisso?
– Bom, não sei você, mas quando focou mais no estudo, eu senti saudades, não pude falar com você, primeiro por que me pediu, depois por que o trabalho era muito e não havia tempo mas por último fiquei com ciúmes de você, talvez lá no concurso encontra-se pessoas iguais a você, digo, que lhe interessarem por estarem vivendo os mesmo desejos e sonhos.
– Mas agora, estou aqui.
– Sim e gostaria de sair com você.
– Com Juliano?
– Com quem você quiser, o que me diz.
Bom ele fez a pergunta mais cabulosa que poderia fazer, eu não tinha ideia do que realmente queria, ter beijado Sabrina, ter beijado Vanessa, ter beijado ele, eu não sabia, mas eu ainda tinha um dúvida, que desde o início disso tudo, até mesmo antes de meu sonho com ele, que era de saber o que eu faria se Juliano saísse com Beto, bom olhei ele nos olhos e com muita calma falei.
– Beto, realmente, não tenho respostas pra te dar, na verdade dúvidas e somente dúvidas, mas vamos sair, inclusive se estiver livre hoje, me pegue em casa às 21hs, mas não faça planos, apenas venha, no caminho, você decide, tudo bem?
– Ok, vou agora pra casa, te deixo lá?
– Não, pego um Uber, fica tranquilo, te aguardo às 21hs.
Fui e lhe abracei, por um tempo até longo, mas apenas isso, nos abraçamos e ao final disse um obrigado por me compreender.
Bom fui para casa, mamãe e papai na sala, passei por eles e falei que iria pro banho e depois iria dar uma saída, me divertir, eles disseram ok, a velha frase do “se cuida hein”, “não volte muito tarde, mas avise de qualquer mudança de planos”, essa frase final era iniciada por mamãe e terminada por papai.
Fui no armário de mamãe, peguei uma muda de roupa feminina, sutiã e calcinha e um salto baixo, fui no meu armário e peguei uma cueca feminina, mas roupas masculinas, coloquei as femininas na mochila, um batom, um perfume e um parte brincos. Coloquei gel, pomada, ky, camisinhas, na verdade, nem sabia o que poderia acontecer, queria apenas me prevenir, na minha mente, se Beto pedisse por Ju, sua amiga, eu seria, mas eu queria algo diferente, no banho pensei e pensei.
Acabou que me vesti com roupas masculinas inclusive a cueca, na bolsa ficou ali todo o resto, deu 20:45 eu desci pra cozinha, fiz um lanche com Nescau e um salgadinho da padaria, às 21:10 o celular toca a sinalização de mensagem, estou chegando, trânsito ferrou, já estou na rua de sua casa.
Eu visualizei, fui até a sala e dei tchau, nisso buzina e eu saio.
Beto estava cheiroso, como eu imagino, eu coloco a mochila no banco de trás.
Ele toma o caminho contrário aos botecos, já imaginava, ele sem dizer nada, me leva pro Motel, pede a comanda, até então estávamos apenas cantando as músicas que tocavam no rádio e falando sobre elas.
Ele entra no box, é um tipo sobrado, eu saio ao mesmo tempo que ele, mas não pego a mochila, ele me cede a frente e pede para subir.
No quarto ele pede para eu sentar na cama e falou.