Chegamos em Porto Seguro de madrugada e ficamos em um hotel. A minha noite de núpcias foi resumida em tirar os milhares de grampos que foram colocados no cabelo de Juh. Depois disso, dormimos para no outro dia partir para Caraíva.
Acordei meu amor com muitos beijinhos, estávamos bem cansadas ainda e ela foi o caminho inteiro com a cabeça no meu colo, concluímos o trajeto passando por uma estrada de terra até chegar a casa. Era pequena e afastada, de frente para o mar e bem aconchegante.
Pensei que a gente ia tomar um banho e dormir um pouco para aproveitar a noite mas a muié que descansou o percurso todo, achou uma ótima ideia se jogar no mar.
- Vamos, amor, a gente não vai ter outra lua de mel... - disse Juh me puxando pela mão
Achei um bom argumento e fui.
A água estava bem calminha, e tinha formado algumas piscinas naturais, uma paisagem paradisíaca.
- Amor, deixa eu tirar pelo menos a camisa primeiro - falei mas fui atirada no mar, por puro reflexo, tentei me segurar nela mas em uma feliz coincidência acabei puxando-a comigo.
- Amooooor, não era para isso ter acontecido! - falou rindo
- Nota de falecimento, todos os peixinhos de Caraíva foram encontrados mortos após turista mergulhar e deixar 1 tonelada de gel no mar - disse-lhe rindo e mostrando para ela, levei um tapinha de leve e a agarrei pela cintura para um beijo.
- Eu te amo, minha esposinha linda! - falei no seu ouvido
- Eu te amo muito, minha mulher! - disse-me, e nós duas tínhamos um sorrisinho bobo nos lábios
Ficamos por ali até mais ou menos o horário do almoço, comemos em um quiosque e entramos para tomar banho, fui primeiro pelo estado do cabelo de Juh, ela ia demorar.
Assim que saí, me joguei na cama e cochilei um pouco, despertei quando a gatinha apontou na porta do quarto, com um roupão de seda e uma toalha na cabeça.
- Agora nenhum peixinho vai morrer, amor - disse com o sorriso mais lindo do mundo
- Quem vai morrer sou eu com você tão sexy assim, vem cá - falei com um riso malicioso
- Não era você quem estava querendo descansar? - Perguntou ironizando
- Para certas coisas, eu sempre arranjo energia... Vem! - chamei novamente
Juh veio engatinhando até mim, me deu um longo beijo, minhas mãos já acariciavam suas costas quando ela apertou minhas bochechas e disse: - A noite, amor... A noite se prepare que eu vou acabar com você!
Eu não consegui evitar o riso, virei por cima do seu corpo e perguntei: - É o que, Júlia?
- Eu achava que para você era Amor - disse me encarando
- Desculpe, desculpe... É o que, amor? Quem diria, né... - continuei rindo
- Tá duvidando de mim, é? - Perguntou-me
- Não, isso jamais... Só não esperava você tão safadinha assim... - falei enfiando o rosto no pescoço dela
Seus braços se cruzaram no meu e Juh falou: - Você quer que eu pare?
- Não, continua que eu estou gostando - e dei um beijinho
- Agora fiquei com vergonha... falou no meu ouvido
- Vergonha de mim, amor? Nessa altura do campeonato? Quero mais é que você acabe comigo mesmo, só não ache que vai ficar por isso mesmo, enquanto eu não ver você molinha em meus braços eu não descanso... - e a beijei
- Agora eu vou arrumar o meu cabelo - e saiu para frente de um espelho
Fui atrás dela e a abracei, sentindo o cheiro da sua pele
- Amor, você não ia descansar? - Perguntou rindo
- Você tá muito gostosinha para eu conseguir largar do seu corpo - falei subindo uma das mãos para seu seio
- Eu estou parecendo uma maluca com essa toalha aqui e você falando essas coisas - disse desenrolando o cabelo
Eu não disse nada, apenas a devorava com o olhar através do espelho e continuava a percorrer seu corpo.
- Amor, você tá com fogo, é? Parece que vai me engolir - falou rindo
- Estou, como adivinhou? - e beijei seu pescoço sem tirar o olhar dela
- Eu vou finalizar meu cabelo... - disse se divertindo com meu sofrimento
- Por que você tá me maltratando assim, gatinha? - Perguntei sussurrando bem próximo ao seu ouvido
- Porque me dá um tesão incalculável vendo você assim - falou sorrindo
- Golpe baixo, amor... Eu vou ficar louquinha - Fechei os olhos e apertei um abraço
- Essa é a intenção, amor... - ela estava mesmo se divertindo com a minha situação
Dei um tapa na sua bunda e com grande esforço me desvinculei dela dizendo: - Ainda bem que não temos vizinhos! - e me joguei na cama ouvindo sua risadinha.
Estava mesmo cansada, dormi bastante e quando acordei Juh também estava dormindo, em uma posição bem esquisita com o cabelo pendurado para fora da cama. Fui conferir aquela cena estranha e ela acordou e explicou que era para o cabelo secar sem amassar.
- Bora ver o pôr do sol de outro lugar? - lancei o convite
- Vamossss! - falou animada
E saímos caminhando pela praia mesmo, agarradinhas até que chegamos em um lugar bem movimentado, sentamos na mesinha de um bar e apreciamos a vista bebendo um pouco, conversando e ficando bastante de amorzinho. Foi escurecendo e começaram a dizer que teria som ao vivo ali, pensamos que seria uma coisinha good vibes e começou um forró pé de serra agitadíssimo que foi impossível ficarmos paradas. É cultural de lá, 90% do lugar a noite ferve no forró.
E foi dando uma namoradinha aqui e ali, naquele ritmo gostoso que começamos a esquentar o clima novamente, os beijos eram cada vez mais longos e lentos, os toques mas firmes e desesperados, tivemos uma decisão acertada ao sair dali o mais rápido possível.
- Como a gente vai voltar? - Perguntei olhando para o mar que estava tão agitado quanto nós duas
- Pqp! E agora? - Exclamou Juh um pouco preocupada
Mas foi só observar um pouco que conseguimos avistar os barcos que faziam essas viagens, para o nosso alívio. A primeira vista parecia perigoso, mas consegui apreciar o caminho. O vento era bem forte mas prazeroso de sentir, Juh estava morrendo de medo, sentada entre minhas pernas com o rosto enfiado na minha coxa. Era meio engraçado, mas passei os braços sobre ela para que sentisse alguma segurança.
- Amor, que loucura! - falou ao entrarmos na casa
- Loucura é o que nós vamos fazer agora - e já agarrei ela em um beijo
Ela foi nos conduzindo ao banheiro e fomos tirando a roupa, jogamos uma água rápida no corpo, em uma pegação muito boa, mas a gente queria mesmo era ir para a cama.
Deitada, com Juh por cima de mim a encarei e disse: - Vai, gatinha, acaba comigo como você prometeu que faria...
Ela tinha um sorriso bem safado na boca, foi se aproximando e mordeu meu lábio inferior, arrastou-se até meus seios, segurava-os firmemente, cheirava e começou a passar a língua, tudo isso olhando dentro dos meus olhos. Minhas mãos estavam entranhados em seus belos cachos, e quando ela começou a chupar, eu puxava mais e mais para mim.
Aquela mamada foi me causando calafrios, minha pele estava visivelmente arrepiada, sentia meus mamilos duros feito pedras em sua língua enquanto ela intercalava entre um e outro. A sensação era que a qualquer momento eu entraria em combustão, não me responsabilizaria pelos meus próximos atos.
- Me chupa, amor, eu preciso agora! - gritei
Júlia ria, desceu mordendo e beijando a minha barriga, passando o rosto em minhas coxas, com as mãos, abriu a minha pepeca e de baixo para cima, bem lentamente passou sua língua que parecia mágica naquela noite, fazendo meus neurônios pararem de funcionar aos poucos. Foi alternando a aceleração, enfiando a língua de forma rígida dentro de mim, que era mastigada com força porque eu já não aguentava mais, sentindo isso ela passou a me comer com os dedos enquanto fazia movimento circulares no meu clitóris. Gozei com força, gritando de prazer, meu corpo inteiro sentiu o choque daquele orgasmo delicioso.
Óbvio que eu tinha levando uma cinta, Juh pegou e foi colocando em mim, levantei meu corpo com bastante esforço para ajudá-la, minha respiração ainda era ofegante e ela quis ir se encaixando em mim.
- Ei, calminha... Vem aqui antes - e apontei para minha boca sorrindo
Júlia me beijou, também sorria, fui beijando do seu pescoço até o seu ouvido e disse: Eu amo seu beijo, na verdade, eu adoro seu beijo - dei um selinho - mas não foi a exatamente isso que eu me referi quando te chamei...
Imediatamente ela entendeu e o seu riso se alargou no rosto.
- É que olha como eu estou... - passou a mão em seu melzinho e levou até a minha boca - Achei que não precisava sabe, amor? - e ela tinha uma carinha que me deixou impressionada, Juh estava disposta disposta a me provocar
Eu lambi os seus dedinhos, encarando-a nos olhos e falei: - Agora sou eu que preciso, sua gostosa do caralho!
Ela se ajoelhou na minha boca e eu passei a suga-la com força, segurei na sua bunda e as vezes dava alguns tapas. Júlia estava realmente excitada, minha boca estava toda lambuzada, eu me afogava nela e a via sem um pingo de lucidez forçando a minha cabeça, querendo mais e mais. Seus gemidos eram intensos e me faziam pirar, me dá prazer vê-la tão entregue. Minha língua estava sendo mastigada, agora, com minhas forças recuperadas, segurei seu corpo, a joguei na cama e fui para cima me encaixando na sua entrada. Cada centímetro que entrava, uma nova expressão se formava, apesar da facilidade, inicialmente fui sem pressa, apenas quando percebi que ela tinha se habituado, movimentei-me com vigor e potência arrancando suspiros desesperados dela. Em um beijo apaixonado, segurei em sua cintura para ela fazer o que ama, me enfeitiçar com sua sensualidade. Agora ela sentava rebolando, segurando de vez em quando no meu pescoço e me deixando sem ar, pouco tempo depois nessa posição, seu corpo pesou sobre o meu e senti sua cabeça cair sobre os meus ombros. Enquanto seu corpo expulsava o pau, Juh soltou um gritinho meio involuntário.
- Te machuquei, amor? - Perguntei dando um beijinho no seu rosto
- Incomodou - me respondeu
- Se eu der um beijinho melhora? - E sem aguardar resposta, mergulhei em suas pernas para um banho de língua. Estava tudo bem, finalizei dando um beijinho e arrancando risadas dela.
Voltei ao seu abraço e assim apagamos, no outro dia acordamos cedo por conta da janela que esquecemos aberta, o sol já estava bem forte mas isso não nos incomodou, estávamos esbanjando felicidade depois daquela noite. Foi até bom despertar naquele horário porque seria o nosso último dia ali, tomamos um banho cheio de carinho e fomos para o centro onde encontramos um guia e nos juntamos a outros turistas para conhecer o lugar. Foi um dia gostoso, conhecemos outras pessoas e visitamos muitas praias, fizemos um passeio de barco pelo rio, rolê gastronômico e demos muita risada com as coisas que iam acontecendo. Um casal nos convidou para um luau a noite e aceitamos, quase todos daquele grupo também estariam. Chegou o horário e no ponto de encontro já vimos que a maré estava alta.
- Babou o luau - falei rindo
- É uma praia dentro da outra, vamos andando que daqui a pouco achamos um lugar bom - falou a mulher que nos convidou
- O lugar que a gente está ficando esse horário tá tranquilo - disse Juh
- É longe daqui? - Perguntou o marido dela
- Não! - disse minha mulher animada
- Então vamos para lá! - respondeu o cara
Segurei Júlia por trás e beijei seu pescoço para disfarçar e disse: - Gatinha, que ótima ideia levar um monte de gente desconhecida para o lugar que tudo nosso está...
Ela me olhou assustada e eu ri.
- Amor, eu não pensei nisso...
- Eu sei, vamos só tomar cuidado, é tudo muito isolado, a casa tá trancada e a gente mantém distância do lugar exato
E foi o que fizemos, foi bem legal. A música ótima em voz e violão, foi acendida uma fogueira, o grupo era bem animado, alguns estavam chapados. Compramos Xeque Mate (eu sei que é uma bebida mineira mas eu me apaixonei por ela na Bahia, inclusive queria que vendesse em Salvador) eu adorei, Juh não.
Viram que ela não estava bebendo e a mulher ofereceu um brigadeiro, quando eu a vi aceitar, falei novamente ao seu ouvido: Amor, eu tenho quase 100% de certeza que isso aí tem maconha...
- Seráaaaa???? Ela ia me dar sem perguntar antes???? - Me perguntou
- Gatinha, olha para a cara deles, não estão nem nesse universo mais... - falei rindo um pouco
- Então não vou comer, Deus é mais! - falou deixando na minha perna (eu acho essa muié engraçada demais nas expressões mais naturais dela)
Aos poucos, as pessoas foram embora e fomos ficando a sós, nos aproximamos da casa, caminhando com as águas batendo em nossos pés e trocando vários beijinhos.
Juh estava tão linda, tão feliz, com um sorrisão no rosto, seu cabelo voava, sua pele estava um pouco avermelhada por conta do sol e ela tinha a cara do amor da minha vida, de quem eu desejo passar cada dia da minha vida.
- Amor, eu te amo tanto... - falei carregando-a
- Eu também te a... - ela não conseguiu terminar porque eu corria em direção ao mar
Me joguei com ela e eternizamos mais um momento em nossa memória. A água estava quentinha e a gente gargalhava por simplesmente nada, a nossa brisa não era de cannabis mas de estar vivendo um dos melhores momentos mais lindos das nossas vidas até então.
Depois disso, entramos e tiramos a roupa molhada, ela foi direto para o banho e eu fui lavar aquilo rápido para dar tempo secar, pois partiríamos para Trancoso cedo e de repente ouvi um grito agudo.
- AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH!
Pensei logo que um dos nossos loucos conhecidos tinham entrado na casa e corri até onde Júlia estava. Ela já vinha correndo e pulou em cima de mim, me agarrando apavorada.
- O que foi????? Tem alguém aí?????? - Perguntei
- TEM UM BICHO ENORME LÁ NO BANHEIRO!
E eu comecei a rir, foi um alívio!
- Amor, não ri, eu não vou mais entrar lá! - falou um pouco chateada
- Vou te salvar dos bichinhos pelo resto da sua vida, gatinha - e dei um beijinho no seu pescoço
Fui enfrentar o terrível monstro que tirava a paz de um dos meus bens mais preciosos e me deparei com um inseto, bem anormal ele era, mas um inseto, não tão grande quanto imaginei pela descrição.
- Amor??? - Ela me chamou
- Estou lutando bravamente, ele ainda não me matou - falei rindo
- Não mata ele, tá? Só joga longe daqui - disse-me
Confirmei e foi o que fiz sem muito trabalho, o bicho era tranquilo só joguei para fora pela janela mesmo e tranquei.
- Pronto, pode tomar banho, daqui a pouco eu me junto a você - e dei mais um beijinho
Eu já ia saindo e ela apertou o abraço.
- Obrigada! - falou sem me olhar
Um negocinho tão simples as vezes mexe de forma gigante nas pessoas, a mente humana é fascinante.
Abracei mais forte ainda e enchi de beijo até ela soltar o seu lindo sorrisinho.
Terminei de lavar as nossa roupas, e fui para o banho, dormimos bem grudadas, como é de costume e no outro dia seguimos para o nosso último destino da lua melada.
