A Cura - Parte 5

Da série A Cura
Um conto erótico de Fabio N.M
Categoria: Heterossexual
Contém 3110 palavras
Data: 29/08/2024 13:38:26

O calor abafado do Rio de Janeiro em 2015 envolvia Elias como um manto pesado. A cidade pulsava com energia, um caos organizado de veículos, pessoas, e sons que pareciam emanar vida por todos os lados. Ele estava em sua terra natal, mas o Brasil daquele tempo era uma paisagem estranha para ele. Elias observava o movimento da rua pela janela de seu quarto no hotel, localizado em um bairro nobre da zona sul. O Rio era uma cidade de contrastes, onde a beleza natural e o luxo conviviam com a pobreza e a violência. Era um cenário complexo, mas um que ele precisava entender rapidamente para completar sua missão.

Natalia Ivanova, sua companheira de viagem e vigilante constante, estava mais presente do que nunca. Ele a avistava com frequência, nunca muito longe, como uma sombra à espreita. Nos primeiros dias, essa proximidade aumentou a tensão entre eles, cada um desconfiando das intenções do outro. No entanto, à medida que os dias se passaram, essa desconfiança começou a se dissipar, dando lugar a uma curiosa camaradagem. Eles estavam no mesmo lado, afinal, e o peso da missão os unia mais do que qualquer coisa.

Era a primeira vez que ambos se hospedavam no mesmo hotel. Seus quartos eram próximos, separados por apenas um corredor. Naquela noite, Elias tinha a sensação de que o vínculo entre eles estava se fortalecendo, embora nenhum dos dois admitisse isso em voz alta.

Ele cruzou o corredor e bateu na porta de Natalia. Em poucos segundos, ela abriu, vestida casualmente, mas mantendo a postura rígida que era quase uma segunda natureza para ela. Eles trocaram um olhar silencioso antes de ela se afastar para que ele entrasse. O quarto de Natalia era quase idêntico ao de Elias: funcional, mas sem nenhum toque pessoal. Ela indicou a mesa no canto, onde Elias se aproximou e espalhou os documentos, observando com disposição meticulosa as informações que havia preparado. Ele puxou um dos documentos, observando a foto de Ana Clara Costa presa ao papel. Era uma imagem forte, capturando a intensidade e a determinação da jovem ativista.

— Ela é problemática — comentou Elias, ainda fixado na foto — mas nada que não possamos lidar.

Natalia inclinou-se sobre a mesa, seu rosto ficando mais próximo de Elias.

— Não subestime ela — alertou — Ana Clara não é só uma militante radical. Ela é inteligente, sagaz, e está sempre cercada por pessoas que a idolatram. Qualquer passo em falso, e ela vai perceber.

Elias desviou o olhar da foto para Natalia.

— Por isso estamos aqui. Para planejar e evitar esses passos em falso — ele deu um meio sorriso — Além disso, estou mais preocupado em não atrair atenção demais. O Brasil de 2015 é muito diferente do futuro. É estranho... familiar, mas ao mesmo tempo completamente estranho.

Natalia observou Elias por um momento, e ele percebeu um traço de compreensão em seus olhos.

— Não é fácil para nenhum de nós. Moscou também era bem diferente pra mim — ela admitiu — Mas temos um trabalho a fazer. Vamos focar nisso.

Elias concordou e começou a delinear o plano, usando os arquivos detalhados de Ana Clara e suas atividades. Enquanto discutiam, a tensão entre eles se dissipava ainda mais, substituída por uma sinergia natural. Por mais que tentassem manter a relação estritamente profissional, havia uma crescente consciência mútua. Elias notou, com um certo incômodo, que começava a ver Natalia de uma maneira diferente. A frieza dela, que inicialmente o incomodava, agora parecia uma máscara que ele começava a decifrar, revelando a mulher por trás da agente implacável.

Pela manhã, o campus da UFRJ estava em ebulição. Os muros grafitados, os cartazes espalhados pelos corredores, e o murmúrio constante de estudantes engajados em discussões acaloradas criavam uma atmosfera de tensão e urgência. Os ânimos estavam exaltados com a iminente greve dos professores, e o Conselho Estudantil, sob a liderança de Ana Clara Costa, estava à frente do movimento de apoio. O campus era um campo de batalha ideológico, e Ana Clara, com sua postura radical e voz firme, era a figura central dessa revolução.

Elias, caminhava pelo campus com passos calculados. Seu disfarce de advogado do sindicato dos professores era a chave para se aproximar de Ana Clara. Ele a avistou em uma área aberta do campus, cercada por uma roda de amigos, todos entorpecidos pela fumaça densa de maconha que se espalhava pelo ar. As risadas e as vozes baixas se misturavam ao som distante de músicas que ecoavam pelos prédios, criando uma espécie de microcosmo isolado onde as preocupações do mundo exterior pareciam irrelevantes. Ana estava no centro, seu cabelo vermelho vibrante se destacando contra o cenário de rostos embaçados pela névoa de fumaça. Ela segurava um cigarro entre os dedos, gesticulando com fervor enquanto discutia as próximas ações do Conselho.

Elias se aproximou, sentindo o cheiro pungente da erva invadir suas narinas, o que lhe causou uma imediata sensação de desconforto. Ele disfarçou, tentando não demonstrar seu incômodo, e aguardou o momento certo para intervir. Quando Ana fez uma pausa na conversa para uma tragada, ele aproveitou a oportunidade.

— Com licença, Ana Clara? — ele disse com firmeza, atraindo a atenção de todos ao redor — Sou Elias Zimmermann, advogado do sindicato dos professores. Fui enviado para assessorá-los durante essa fase crucial. Precisamos garantir que todos os passos legais sejam seguidos e que o Conselho tenha o suporte necessário.

Ana levantou o olhar para ele, avaliando-o com um misto de curiosidade e desconfiança. Seus olhos amendoados, ligeiramente vidrados pelo efeito da maconha, ainda tinham a intensidade que ele esperava. Ela deu uma última tragada, soltando a fumaça lentamente antes de responder.

— Interessante — ela disse com uma voz arrastada, mas ainda firme — O sindicato finalmente resolveu se mexer, hein? E por que só agora? Tem algo em jogo que não estamos vendo, Elias Zimmermann?

Elias manteve a compostura, ignorando o cheiro que parecia grudar em suas roupas e nas narinas. Ele precisava jogar com cuidado, ganhar a confiança de Ana e, ao mesmo tempo, fazer com que ela o visse como um aliado indispensável.

— A situação está se agravando, e o sindicato entende a importância do movimento que vocês estão liderando. Estamos aqui para ajudar, e eu serei o ponto de contato direto com você e o Sindicato. Precisamos nos assegurar de que tudo está sendo conduzido da melhor maneira possível, especialmente diante do cenário legal que pode se desenrolar.

Ana sorriu de lado, um sorriso que parecia uma mistura de desafio e diversão. Ela apagou o cigarro contra o chão e se levantou, estendendo a mão para ele. Elias notou um leve tremor em seus dedos, provavelmente resultado da combinação de estresse e substâncias químicas.

— Bom, Elias, vamos ver do que você é capaz — disse ela, apertando a mão dele. — Mas vou logo avisando: aqui não temos espaço para burocratas que tentam colocar a nossa luta em caixinhas legais. A revolução não pede licença.

Elias apertou a mão de Ana, sentindo a força por trás do aperto. Ganhar a confiança dela seria um desafio, mas era um desafio que ele estava preparado para enfrentar. Enquanto os outros ao redor continuavam suas conversas despreocupadas, Elias e Ana estabeleceram uma conexão inicial, um ponto de partida. O plano estava em movimento, e o sucesso dessa missão dependia de sua habilidade em navegar pelo mundo caótico e apaixonado dela.

Elias acompanhou Ana Clara pelo campus, observando cada detalhe do ambiente ao seu redor. A universidade era um reduto de ideais fervorosos e, ao lado de Ana, ele sentia a intensidade desse microcosmo revolucionário. Eles caminharam até uma sala de reuniões improvisada, onde outros membros do Conselho Estudantil já estavam reunidos, discutindo os detalhes da próxima assembleia. A sala estava abarrotada de cartazes, panfletos e anotações espalhadas em uma mesa grande no centro. A atmosfera era densa, carregada de frustração e determinação. Elias precisava agir com cuidado. Ele não estava apenas lidando com uma mulher inteligente e apaixonada por suas causas, mas também com uma líder que tinha a confiança de muitos.

— Então… — começou Ana, enquanto os dois se sentavam lado a lado — como o sindicato pretende nos apoiar? O que podemos esperar de vocês?

Elias abriu sua pasta e puxou alguns documentos que ele havia estudado anteriormente. Ana era cética por natureza, e qualquer deslize poderia levantar suspeitas. Ele precisava ser convincente.

— Nosso objetivo é garantir que todas as ações do Conselho sejam legitimadas, protegendo tanto os estudantes quanto os professores. Estamos dispostos a fornecer assessoria jurídica completa, preparando documentos e representando vocês em qualquer situação que exija intervenção legal — explicou, enquanto mostrava a ela alguns dos papéis que trazia consigo.

Ana ouviu atentamente, mas seus olhos demonstravam uma cautela constante.

— Entendo — ela respondeu, folheando os papéis sem muita pressa, nem atenção ao que estava escrito — Mas quero deixar claro que não seremos limitados por burocracia. Se o sistema não nos serve, então o sistema precisa ser mudado, não o contrário.

Elias inclinou-se um pouco mais para perto dela, reduzindo a distância entre eles de maneira calculada, mostrando uma certa cumplicidade. Para ganhar a confiança de Ana, precisava compartilhar dessa energia de rebeldia, mesmo que apenas superficialmente.

— Concordo totalmente — disse Elias, com um tom firme — Não estou aqui para colocar freios no movimento, mas para garantir que vocês possam seguir em frente sem amarras legais. Vocês têm o meu total apoio, Ana. Estou aqui para ajudar a alcançar o que vocês acreditam ser justo.

Ana manteve o olhar fixo no dele, estudando-o por alguns instantes. O silêncio entre eles foi interrompido apenas pelos murmúrios dos outros estudantes na sala, mas Elias podia sentir a tensão no ar. Estava indo no caminho certo, mas ainda havia muito a ser feito.

— Aceito sua ajuda — disse Ana finalmente, com um aceno de cabeça — Mas quero que fique claro que estou no comando. Se eu sentir que há algo fora do lugar, você será o primeiro a saber.

— Entendido — respondeu Elias com um sorriso discreto, sentindo que havia dado o primeiro passo importante.

Com a reunião chegando ao fim, Elias deixou que Ana liderasse as discussões, enquanto ele absorvia cada detalhe, cada interação. Ele notou como ela controlava a sala, comandava as atenções e como os outros a seguiam quase que instintivamente. Era fascinante observar como uma jovem tão cheia de contradições e paixões intensas conseguia unir tantos em torno de suas causas. Depois de horas de planejamento e debates, Ana finalmente encerrou a reunião. Ela se aproximou de Elias, um pouco mais relaxada do que antes.

— Obrigado pela sua ajuda hoje — disse ela, com um leve sorriso que suavizou as linhas de seu rosto — Vamos precisar de você nas próximas semanas, então espero que esteja preparado.

— Estou aqui para o que precisar.

— Ótimo — disse ela, pegando suas coisas e se preparando para sair — Vejo você amanhã então.

Enquanto Ana saía da sala, Elias respirou fundo, o caminho seria árduo. Havia conseguido abrir uma porta, mas para completar sua missão, precisava encontrar a chave que a mantinha fechada para os outros. Ana Clara Costa era uma barreira difícil de transpor.

Agora, tudo dependia de como ele jogaria suas cartas nos dias que viriam.

Elias entrou em seu quarto de hotel, soltando um suspiro cansado. Ao fechar a porta atrás de si, ele percebeu Natalia sentada em uma poltrona o aguardando. Seus olhos azuis logo se voltaram para ele, e uma expressão de leve desagrado cruzou seu rosto.

— Você cheira a maconha — ela comentou, franzindo o nariz. O odor pungente da erva impregnada nas roupas de Elias preencheu o quarto.

— Isso é o que acontece quando se trabalha em um campus universitário nessa época — respondeu Elias com um meio sorriso, enquanto começava a desabotoar a camisa — Fiz progresso. Consegui me aproximar de Ana Clara, mas ela é resistente. Preciso ganhar a confiança dela primeiro.

— Resistente? — Natalia repetiu, levantando uma sobrancelha — Ela não parece o tipo que resiste a muita coisa.

Elias deu de ombros, tirando a camisa e revelando o torso ligeiramente suado pelo calor e pela tensão do dia. Seus músculos eram firmes, e embora ele não tivesse o corpo esculpido de um atleta, ainda havia uma força palpável ali. A barriguinha saliente sobre o abdômen indicava que ele já não tinha mais o corpo de um jovem, mas isso não diminuía sua atratividade. Natalia, embora acostumada a manter a compostura fria e distante, não pôde evitar que seu olhar se demorasse um pouco mais no corpo dele. Ela o observou enquanto ele tirava a camisa, notando a forma como os músculos de seus ombros e braços se moviam. Ele tinha um charme bruto, quase primitivo, que contrastava com sua aparência geralmente reservada.

— Vou tomar um banho — disse Elias, jogando a camisa sobre uma cadeira e se dirigindo ao banheiro.

Natalia o seguiu com o olhar, permanecendo em silêncio. Havia algo intrigante naquele homem, algo que ela começava a notar mais claramente. Apesar de toda a tensão e desconfiança que ainda pairava entre eles, havia uma inegável conexão surgindo, uma atração que ia além do profissionalismo que tentavam manter. Ela se pegou pensando nas complexidades dessa missão, e como seus papéis iam muito além de simples agentes do Governo Global. Eles estavam presos em uma época que não era a deles, forçados a adaptar-se e a conviver com pessoas que não entendiam totalmente. E, agora, essa convivência se estendia a eles mesmos, um ao outro, de formas que nenhum dos dois havia antecipado.

A porta do banheiro se fechou, mas o som do chuveiro ligando não apagou os pensamentos que começavam a tomar forma na mente de Natalia. Talvez, depois de tudo, eles tivessem mais em comum do que ela queria admitir. E enquanto esperava Elias terminar seu banho, ela se acomodou mais na poltrona, perdida em pensamentos que misturavam dever e desejo.

O dia seguinte amanheceu carregado de tensão. A universidade parecia um campo de batalha à beira da explosão, com estudantes agitados, gritos ecoando pelos corredores e fumaça subindo de pneus queimados. Bandeiras e faixas com palavras de ordem foram erguidas, enquanto o som de vidros quebrados e objetos sendo arremessados ecoava pelo campus. A situação estava à beira do caos.

Elias observava tudo à distância, tentando avaliar o cenário antes de se aproximar. O Batalhão de Choque da polícia estava posicionado nos portões da universidade, suas fileiras de escudos e cassetetes prontos para o confronto que parecia cada vez mais inevitável. O som ritmado das botas contra o chão trazia uma atmosfera opressora, como se a qualquer momento tudo fosse explodir em violência.

Tentando manter a calma, Elias avançou em direção à multidão de estudantes, mas logo percebeu que sua presença não era bem-vinda. Alguns olhares o encararam com desconfiança, e ele foi empurrado por cotovelos e ombros, recebendo insultos abafados enquanto tentava se aproximar do epicentro da confusão.

— Quem é esse cara? — um dos estudantes murmurou, a desconfiança evidente.

— Ele não é um dos nossos! Sai fora, playboy! — gritou outro, empurrando Elias com força.

A situação estava prestes a se tornar insustentável quando Ana Clara o avistou no meio da turba. Ela rapidamente se aproximou, cortando caminho pela multidão. Seus olhos estavam arregalados, o rosto marcado pelo estresse do momento, mas ao ver Elias, ela tomou uma decisão rápida.

— Deixa ele! — Ana ordenou, sua voz alta o suficiente para ser ouvida acima do tumulto.

Ela agarrou Elias pelo braço e o arrastou para longe da confusão, guiando-o por corredores estreitos até o escritório do Conselho Estudantil, onde as paredes de vidro ainda tremiam com o eco das explosões e dos gritos do lado de fora.

Dentro do escritório, o som abafado do caos lá fora parecia um pouco mais distante, mas a tensão era palpável. Ana estava ofegante, e os olhos dela revelavam uma mistura de raiva e determinação, mas também algo mais, dúvida, uma fagulha de incerteza que Elias pretendia explorar.

— Como isso chegou a esse ponto? — Elias perguntou, tentando entender a escalada da situação — Isso é muito além de uma simples manifestação. Vocês vão se machucar.

Ana passou as mãos pelos cabelos, agitada.

— Nós não tivemos escolha. A universidade está sucateada, os professores estão à beira do colapso, e o governo não nos ouve! Precisávamos fazer algo que chamasse a atenção!

— Mas isso… Isso vai terminar mal — disse, com um tom grave, aproximando-se um pouco mais — Olha lá fora, Ana. O Batalhão de Choque está pronto para agir. Você realmente quer colocar sua integridade e a dos outros estudantes em risco? Você é a líder deles. Se você se machucar ou pior, o que será deles?

Ana o encarou por um momento, as palavras dele penetrando na sua raiva. Ela sabia que Elias estava certo, mas recuar parecia uma traição à causa. Ela respirou fundo, o dilema estampado no rosto.

— Eu... Não sei mais o que fazer. Estamos encurralados.

Elias viu a oportunidade e se aproximou mais, segurando os ombros de Ana.

— Você é inteligente, Ana. Você sabe que a força bruta não é o caminho. Vamos encontrar uma forma de negociar, de conseguir o que vocês querem sem que ninguém saia ferido. Não deixe que isso termine em tragédia.

Ana parecia vacilar, os olhos fixos nos de Elias enquanto ela considerava suas palavras. Ele podia ver a luta interna nela, o desejo de continuar lutando contra o medo de perder tudo em um confronto que só traria dor e destruição. Ela engoliu em seco, o corpo tremendo ligeiramente enquanto ponderava sobre o próximo passo.

— Talvez você esteja certo — ela murmurou finalmente, a voz cheia de hesitação — Mas… O que eu devo fazer? Como posso parar isso agora?

Elias havia conquistado um pouco mais de confiança dela. Ele afrouxou o aperto nos ombros de Ana e falou com firmeza.

— A gente precisa conversar com a polícia, encontrar uma maneira de desescalar isso. Você ainda tem tempo para salvar essa situação. E eu vou estar ao seu lado.

Ana assentiu lentamente, ainda incerta, mas visivelmente aliviada por não estar sozinha naquela decisão difícil. Ela estava à beira de um precipício, e Elias precisava continuar ao seu lado, guiando-a para longe do perigo e, ao mesmo tempo, se aproximando mais dela para cumprir sua verdadeira missão.

A tensão no ar era palpável enquanto Elias conversava com o comandante da polícia, tentando acalmar a situação. A linha entre paz e caos era tênue, e a pressão estava aumentando rapidamente. Do outro lado, Ana Clara, visivelmente agitada, tentava convencer os estudantes a se dispersarem, seu tom autoritário não mascarando o pânico crescente que começava a dominar seus olhos.

De repente, um estilhaçar no ar rompeu o tenso silêncio que se formava. Uma garrafa de coquetel molotov voou em direção aos policiais, explodindo em chamas ao tocar o chão. O caos se instalou instantaneamente.

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