A aposta mal calculada

Um conto erótico de Marina Rezende
Categoria: Heterossexual
Contém 681 palavras
Data: 03/08/2024 22:31:47

Sinto a pressão do ambiente do cassino underground aonde fui convidada após vitorias em jogos comuns de poker, onde um dos meus adversarios vencidos me sugeriu para ganhar um dinheiro mais sério, a fumaça e o tilintar das fichas se misturando em uma sinfonia de expectativa. Sou Marina, 25 anos, (Universitária, Promoter e Jogadora amadora de Poker) e o poker se tornou meu refúgio e meu vício. As cartas são mais que um jogo para mim; representam a adrenalina de uma vida em constante desafio. No entanto, naquela noite, tudo parecia prestes a desmoronar.

As poucas mesas estavam lotadas e a energia era palpável, e eu estava confiante. Depois de algumas mãos vitoriosas, eu estava certa de que a sorte ainda estava ao meu lado. Por isso, quando Tavares entrou em cena, eu não pensei duas vezes. Ele era conhecido por sua habilidade e seu olhar penetrante, um verdadeiro lobo em pele de cordeiro. Não sou do tipo que teme um desafio, mas Tavares era diferente — ele era um jogador astuto e impiedoso.

As primeiras rodadas foram tranquilas, mas logo me vi diante de um dilema. As cartas eram favoráveis a ele, e a minha sorte parecia ter mudado. A tensão na mesa crescia, e eu subi as apostas. Quando finalmente coloquei todas as minhas fichas em jogo, o momento da verdade chegou. Ao vermos nossas cartas, meu coração parou. Tavares tinha uma mão imbatível. Uma mistura de descrença e desespero tomou conta de mim: eu havia perdido tudo.

Com um olhar desesperado, olhei para ele. “Não posso pagar! Eu não tenho como…” A palavra “não” sussurrava um destino sombrio em minha mente. O dealer observou com uma expressão neutra, ninguém parecia disposto a me ajudar. “Você sabe o que isso significa, Marina”, Tavares disse, sua voz suave como um veneno.

Foi então que a fatídica ideia brotou dos lábios de Tavares. Em um momento de presunção, ele disse: “E se você pagasse de outra forma? Quantia que você perdeu hoje pode parecer significativa para você, mas pra mim, com essa sua boquinha, um boquete no pai aqui ja ta de bom tamanho.” O silêncio caiu abruptamente sobre a mesa, e todos os olhares se voltaram para mim. Tavares sorria maliciosamente sob sua própria proposta, os olhos brilhando com uma mistura de interesse, arrogancia e controle.

“Você tem certeza do que está sugerindo?” eu disse a ele. A expressão dele era impiedosa, evocando uma mistura de medo e e nojo em mim. Olhando para sua expressão, percebi que ele não estava apenas curioso, mas que a ideia o fascinava.

Aquele momento era uma combinação de medo e impotencia de minha parte e, apesar do que estava em jogo, eu não conseguia voltar atrás. Aceitei a proposta, e enquanto ele me guiava a um local mais reservado no cassino, eu me perguntava o que havia me levado a este ponto. Era a adrenalina, a necessidade de escapar da derrota. Ao mesmo tempo, havia uma parte de mim que se perguntava se eu realmente sabia o que estava escolhendo.

Chegamos a uma sala escura, longe dos curiosos. Tavares fechou a porta com um estalo, e o ambiente se tornou íntimo e opressivo. A tensão no ar era quase palpável. Meu coração pulsava, e a adrenalina não era apenas do jogo, mas também da situação em que me encontrava. Lutar contra isso agora parecia fútil.

O que deveria ser uma mera aposta transformou-se em uma lição cruenta sobre o que significa perder e o que se está disposto a sacrificar para recuperar o controle.

Naquela noite, embora eu tenha ido longe demais, percebi que a verdadeira batalha não estava nas cartas ou nas apostas. Havia algo mais profundo em jogo: a luta pela minha identidade e a compreensão de que algumas perdas trazem lições e forças inesperadas. Saí daquela experiência derrotada, mas eu ainda voltaria ao topo. Tavares ainda seria derrotado por mim. Eu treinaria e venceria ele no Poker, e com isso, reaver minha dignidade.

Lindos, primeiro conto/desabafo - Caso queriam conversar diretamente comigo, podem me encontrar no skype abaixo:

marinarezende97@outlook.com

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Foto de perfil genéricaMarina Rezende - Universitária, Promoter e Jogadora amadora de PokerContos: 1Seguidores: 1Seguindo: 1Mensagem

Comentários

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Escreve muito bem e esse conto tem um toque de quem já domina a arte de escrever faz tempo. Seu primeiro conto aqui, neste perfil, mas tem uma longa trajetória por trás dessas linhas. Suas construções de frases, a narrativa do cenário, do clima, a capacidade enxuta de contar sem ser muito explícita. Perdeu no jogo e nem disse que jogo tinha... Seja bem vinda ao grupo dos autores. JOGA MUITO - Não chegou nem a contar quais eram as cartas na mesa. E para um jogador de pôquer, veterano como eu, isso foi FODA! Imagina a curiosidade que eu fiquei. 3 estrelas.

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Eu tinha um Flush, Tavares um Full House.

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É mortal! Já me aconteceu numa noite muito inspirada. Tirei um Royal Street Flash é briguei até que o Carro do parceiro teve que entrar no jogo. E perdeu. Obrigado pela resposta.

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Fantasias fetiche
Muito excitante