XXII
Após o anúncio de Betão, fazia fila de pinto duro na porta do meu cuzinho!
O cheiro de esperma seco, agridoce característico, era o primeiro cheiro que sentíamos quando abríamos os quartos.
Eu, Pedro e Betão, limpávamos a casa nas duas primeiras semanas do mês, Duval, Fabrício e Juarez nas outras duas, na prática ficava para mim, Pedro e Fabrício porque o resto desaparecia quando o assunto era limpeza.
- Porra!
Pedro bradava a cada cueca amassada grudada de porra seca que encontrava com a vassoura, os pares de meias, os bolos de papel higiênico debaixo das camas. Nos ralos dos banheiros além de pelinhos dos que usavam a maquina no peito e na cabeça como Juarez.
Haviam marcas de esperma nos cantos das paredes a falta de mulher estava mexendo com eles.
Eu liguei o registro do chuveiro do banheiro da frente mas quando tentei fechar alguma coisa estourou no cano e começou a sair água para todo canto:
- Socorro aqui Pedro! O negócio quebrou! - eu gritava.
Ele correu para me ajudar passou os braços por cima dos meus e começou a pressionar contra o registro para ver se conseguíamos estancar a água. Recebemos um banho e quando finalmente conseguimos encaixar o registro.
Ele roçou em mim cobrindo meus dedos com os seus afundou a cara no meu pescoço encaixando o volume no short encharcado em minha bunda. Um arrepio renovado cobriu todo meu corpo.
Pedro segurou meu peito e me empurrou para a parede que eu havia acabado de lavar.
Ele começou a nós conduzir assim mesmo molhados pelo corredor, e arrancou o short molhado no caminho. O meu quarto era o único que ainda não havia sido limpo. Entramos nele.
Éramos apenas a gente em casa num dos raros momentos em que Fabrício saíra.
- Por que não deixa seu cabelo crescer aqui na frente? - Pedro brincava com o pau pincelando contra meus lábios e segurava minha cabeça prendendo no alto da minha cabeça.
- Mais?
- Você tem uns lábios grossos - ele passou a cabeça da pica cheirando a pré-gozo nos meus lábios e forçou - e macios pra caralho...
Eu engoli uma vez e o retirei rápido, perguntei meloso:
- O que mais?
Meio que me excitava ouvi-lo falar daquela forma:
- Deixa o cabelo crescer aqui na frente - e sorriu safado - esse topete tipo franja, chama-se puxador dos macho.
Eu sorri com a rola na boca.
Pedro segurava minha cabeça por meus cabelos que eu pensava em cortar.
Enquanto ele fodia minha boca, eu aparava os golpes de sua pélvis, empurrando para trás.
- Não me afasta caralho - Pedro disse tirando a piroca tremula e pingando da minha boca. - Pode segurar minhas coxas se quiser só não força. Quando tentam me impedir de foder fico num ódio, sinto vontade de estapear.
- Uiui, - brinquei.
Ele bateu com a piroca contra meu rosto e eu fui para agarrá-la mas acabei segurando suas bolas e o puxei para minha boca. Pedro voltou a meter em mim, pela boca. Eu adorava foder com ele porque era o mais cheiroso.
Ele fazia um cunete maravilhoso também, "mas Fabrício come um cu com a língua como ninguém" eu pensava, porque apesar de ter horror ao meu pênis, Fabrício fazia um cunete maravilhoso.
- Me come... - pedi - me fode...
- Pedindo assim.
Pedro pincelou seu caralho contra meu cu, de cima para baixo, e pressionou de uma vez só, meus olhos encheram de lágrimas, e soltei um xingamento misturado ao prazer de estar sendo preenchido.
Ele comia meu cu de uma forma diferente "é impossível não comparar", Pedro unia seus joelhos enquanto mantinha as mãos na minha cintura. As meteções eram compassadas ele tirava todo e metia todo.
- Geme! Geme caralho! Toma vara! Toma!
Juarez parecia que estava comendo uma boceta de tanto que se arreganhava para me foder de baixo para cima. Fabrício era como um cavalo sempre por cima querendo montar em mim!
Mas naquele momento era o Pedro quem fodia meu cu provocando meus miadinhos de cadela com a boca um pouco aberta e deixando o ar sair arfando:
- Ah! Ah! Ah!
Eu olhava para as marcas da cabeceira da minha cama comendo a parede a cada golpe nosso e as duas marcas aumentavam os brocões na tinta.
A cabeceira da cama do Betão também, arrombou com a tinta da parede e com parte do reboco.
Eu amava me sentir submetido ao macho que estava me comendo e os meninos pareciam amar imaginar uma vagina no lugar do meu rabo.
Ainda fodendo meu cu, Pedro enfiou o indicador na minha boca e me mandou chupar, não entendi mas obedeci. Pedro parou de foder, e deixou seu pau todo dentro de mim.
- Arreganha mais cadela - disse batendo na minha bunda.
Eu inclinei mais encostando o rosto no chão, Pedro, começou a inserir o dedo indicador junto com o pau, a dor me fez chorar.
- Tira, tira, tira por favor tá doendo.
Ele fingiu não ouvir metendo em mim com o dedo dentro também.
- Tá enlarguecendo esse cu em viado? - ele disse ainda fodendo com o dedo dentro.
Eu estava no chão de quatro com o Pedro atrás de mim fodendo meu rabo enquanto estapeava minha bunda.
- Ah caralho - ele anunciou - ah caralho!
Jogou o peso do corpo sobre mim senti seu suor respingar por minhas costas e ele foder de forma mais compassada, acabei gozando nessa hora, e contraindo o cu, mordendo a rola dentro de mim. Eu forcei para frente.
- Não foge não pistolada - Pedro disse e me estapeou. - Toma! Tem mais!
Num arranco agressivo Pedro ergueu uma perna e começou a me comer ainda de quatro mas com uma perna ao meu lado e a outra dobrada, parecia disposto a me castigar.
Eu gritei porque doeu e eu tinha acabado de gozar.
Ele tirou rápido de dentro de mim e me puxou pelos cabelos puxou a camisinha acertando os jatos de porra contra minha cara, só tive tempo de fechar os olhos, e sentir a porra quente e cremosa cheirando a sexo bater contra meu rosto.
O miserável ainda passou a cabeça do pau por cima para espalhar o esperma por minha cara.
Ele saiu do quarto pelado mesmo e voltou passando uma toalha na cabeça do pau meio murcho. A visão era deliciosa. Aquele homem pelado. Secando a rola com o tecido da toalha.
Eu suspirava olhando e ainda com as bochechas e os lábios e o queixo cobertos pela porra dele que secava.
- Sua porra gruda, - falei.
Pedro sacodiu os ombros e avançou para pegar o short:
- Não leva a mal não Yuorizinho, - ele disse - mas tô cansadão, precisando tirar um sono.
Ele saiu do quarto em direção ao dele mais a frente. Eu caminhei meio aberto como um provecto de noventa anos com assadura na bunda. O banheiro cheirava a amaciante.
Eu fiquei um tempo debaixo do chuveiro para lavar da pele o esperma de Pedro que se afixara e não queria sair "será que é alguma coisa que ele come que faz ficar assim?", era como visgo de jaca, pegajoso.
"Vai me dar um bolo?", li no celular, mensagem de Maicon, "Foi mal, um contratempo" respondi, e ele mandou umas carinhas de diabinho rindo.
A foda com Pedro roubou alguns minutos do meu dia. Eu tinha marcado com Maicon para encontrá-lo em frente ao shopping e ia chegar atrasado.
Finalmente quando coloquei os pés na rua começou uma chuva que me deixou de ombros encharcados.
Um carro de plotagem preta, quatro portas, farol baixo e pneus enormes, passou lento ao meu lado e eu tive a impressão de conhecer seu motorista.
Mas eu estava a alguns passos do prédio do Shopping e não liguei muita atenção. Maicon vestia um macacão jeans apertado nas pernas e uma camiseta por baixo com a Mine no peito.
Olhando de longe parecia um adolescente. Eu fui chegando por trás dele e consegui assustá-lo, Maicon deu um salto para trás e quase bateu na pilastra.
- Foi mal! - falei e rimos disso.
Eu passei o braço por dentro do braço dele e nós encaminhamos para dentro pelas portas giratórias.
- Você viu quem estava naquele carro preto? - Maicon perguntou.
Eu neguei com a cabeça embora tivesse um palpite.
- Silveback... - ele engoliu. - Você não viu?
- Eu tive a impressão mas não dá para ter certeza - falei. - Você tá com medo?
Ele negou rapido com a cabeça e sorrindo mudou de assunto:
- Agora me conta o que rolou para você ter demorado tanto, seu safado...
Eu sorri de volta e contei que fui surpreendido por Pedro que me levou para o quarto e metemos muito.
- Será que ainda tem resquício? - perguntei mostrando meu rosto.
- Dizem que máscara de esperma faz bem - e sorriu - mas sério amigo aproveita. Muita mulher, e muita bicha não vive uma parada dessas. Vocês estão se preservando, né?
- As vezes - confessei. - E você e o Frederico?
Ele engoliu em seco.
- Mais ou menos, - respondeu e confessou. - Adriano voltou a encher meu saco. Agora deu para ficar me seguindo com o carro dele.
- Sério? - eu fiquei tenso. - Mas pode não ser ele...
"Nem eu acredito nisso", pensei.
Maicon negou e mostrou uma foto dele em frente ao carro "mas é um cafuçú gostoso viu", pensei me maldizendo por ainda ter tesão em um tipo grosseiro como aquele mas fazer o quê!
- Então era mesmo ele ali na frente, - murmurei.
Eu me senti paranoico ao dizer aquilo e Maicon tratou logo de mudar o tom do conversa:
- Ai, credo, esquece, e se for? - Maicon suspirou. - Ele não vai ter a cara de pau de tentar nada. Eu garanto.
Eu não tinha tanta confiança assim "da última vez que você disse isso" pensei. Maicon interrompeu os próprios passos e se voltando para mim perguntou cínico:
- Taí, porque você não me livra desse encosto?
- Quem, Adriano?
- É, afinal vocês protagonizaram uma cena pornográfica homérica no quintal da minha casa.
Maicon colocou a língua por dentro do lábio simulando um boquete enquanto falava sobre o rolo entre eu e Silverback:
- Tá louco! Tenho pavor dele, - falei amassando o copo do qual chupava sorvete de morango - e na fase em que estou, com o rabo em carne viva, sinto muito, não aguento mais ninguém.
Eu não compreendia bem como funcionava a relação do Maicon e do Adriano, ou como ele se referia ao cara "Silverback", sabia com certeza que toda vez que ouvia esse nome, o vídeo me vinha a cabeça.
Eu estava me livrando de um dos meus vícios, pouco a pouco, estava deixando de beber, completamente.
Em compensação.
A "piroca do vizinho" não me abandonava nem em pensamento.
Eu estava de um jeito que até na faculdade ficava manjando a jeba dos colegas e dos professores, e dos porteiros, e nos momentos livres riscava no canto da folha um pênis e um cacho de bolas, "estou a flor da pele" constatei, temeroso.