Aproveitando o fim de semana antes de começar as aulas, Marcela se arruma pra ir num barzinho, ela está no quarto com as roupas todas espalhadas pelo chão, procurando um look pra colocar, depois de alguns séculos, ela se olha no espelho, ela se sente bem básica com seu vestidinho preto, justo, na altura dos joelhos, bota preto, jaqueta jeans nos braços, cabelo escuro, ondulado, solto, maquiagem sombra preto, batom rosinha, ela pega seus pertences (celular, carteira, chaves, isqueiro e maço de cigarro) coloca na bolsinha pendurada no corpo e sai pra noitada. Ela chega no seu destino, observa que está cheio, mas ela não liga, ela só quer aproveitar uma noite de sexta sozinha com sua bebida, ela entra no bar, senta numa cadeira próxima da bancada, ela coloca a jaqueta no seu colo, o barman se aproxima perto dela "O que você deseja, mocinha?" ela sorri e fala "Vou começar com caipirinha" ele acena com a cabeça pra ela e vira de costa, um homem sentado na cadeira próximo á ela fala "Não acho que seja uma boa ideia" ela vira o rosto pra esse homem, ela não tinha percebido ele ali até ele abrir sua boca, ela nota que ele tem braços fortes.
Ele vestindo uma camisa branca, justo, calça jeans, cabelo preto, liso, arrepiado, alto, ele tem um estilo do ator Jake Gyllenhaal, ela se sente pequena perto dele, ele olha nos olhos dela e os dois ficam alguns segundos se olhando, ele com seus olhos verdes, ela nunca gostou de verde, mas ela passou a gostar daquele verde, ela olha pra baixo, pisca algumas vezes, recuperando o que foi esse momento, ela olha de novo pra ele e nota que ele continua olhando pra ela, ele numa expressão séria, um olhar profundo, frio, mas sem demostrar muita coisa, ela fala "uma caipirinha é uma boa ideia pra mim" ela não olha pra ele, o barman coloca seu pedido na frente dela, um copo transparente com líquido verde, gelo, um canudinho, ela agradece o barman, pega o copo, aproxima o canudinho da boca e saboreia sua bebida, seus olhos fechados e dá um sorriso, mordendo os lábios. O homem misterioso do seu lado fala "caraca" ela olha pra ele com um sorrisão, ela se sente mais relaxada, ela fala "o que foi?" ela vira seu corpo na direção do homem, com o copo na mão e o canudinho na boca, olhando pra ele, ele fala "para" ela arregala os olhos e para de beber, ela coloca o copo no balcão e fala "não posso nem beber mais?" ele fala "você não tem idade pra ficar aqui" ela se irrita com aquele homem e fala "então você vai ter que me expulsar daqui" os dois se encaram, uma mistura de irritação, tesão, sedução, ela não faz ideia do porquê aquele homem mexeu tanto com ela, ele fala "não é uma boa ideia uma garota igual você, estar sozinha nesse ambiente" ele fala numa voz rouca, meio protetor, grosseiro, ela pega sua bebida, ele bota a mão no seu copo, impedindo dela beber, o contato das mãos quentes dele faz ela se arrepiar, ela tira sua mão, ela fala "você é muito babaca, sabia?" ele dá um sorriso debochado e fala "estou ciente disso, mas estou te salvando dessa droga de bebida"
Ela encara ele e diz "não quero ser salva, só quero beber essa "droga" de bebida" ela fala meio irritada com ele, ele apenas ri no seu jeito debochado, mandão, arrogante, ele fala "eu tentei fazer uma boa ação hoje, mas já que você não quer isso, então beba" ele coloca o copo na frente dela, ela parecendo uma criança quando ganha um brinquedo, fica sorridente, seus olhos brilhando pegando no copo e tomando sua bebida, ela se empolga e passa a mão no braço dele, abraçando ele, ele sem reação deixa ela tocar ele, ela se afasta, arrependida e fala "desculpa, eu me empolgo quando bebo" ele fala "eu percebi" O celular dele começa a vibrar em cima do balcão, ele olha pro celular, ela olha pro rosto dele, ele não atendi, ela nota a bebida que ele está tomando, um copo redondo, bebida marrom com gelo, ele vira a bebida de uma vez, limpa a boca na mão, ele olha pra ela, ela não consegue disfarçar, ele fala "qual seu nome?" ela olha pro copo vazio dele, ele com a mão no copo, batendo os dedos, ela fala "Marcela e o seu?" ele sussurra "Marcela..." ela sente algo diferente quando escuta seu nome na voz dele, ela bebe mais sua bebida e ele fala "Felipe" ela sussurra "Felipe..."
Ele chama o barman pra fazer outro pedido, ela para pra observar o ambiente em volta, ela nota que está esvaziando, mas ainda tem algumas pessoas na pista de dança, nas mesinhas mais afastadas no escurinho, ele observa apenas ela, ele olha pras pernas dela pelo canto de olho, subindo o olhar pelo corpo dela, ele mexe no relógio do pulso direito, ela fala olhando pra ele "vou ir no banheiro, vou ir mais rápido do que o the flash" ele passa a mão pela nuca, rindo, o celular dele vibra, ele atende "oi, amor. Eu já to indo embora, passei no posto de gasolina, o tanque já tava acabando, eu tinha esquecido de abastecer, tchau, também te amo" ele desliga o celular, guarda no bolso, vira outra bebida, ele fecha os olhos, tentando silenciar a mente mas ele ouvi a voz mais doce da noite "Viu, eu sou o the Flash, o ruim de beber muito é que toda hora tem que ir no banheiro né" ele olha pra ela admirado, bobo, ele nunca sentiu isso por alguém, nem com sua esposa, ele lembra que é casado e não deveria estar conversando com uma jovem num bar, mas algo chamou sua atenção naquela jovem, ele ri do comentário dela e fala "pois é, minha bebida já ta fazendo efeito, eu nem deveria estar aqui, foi bom te conhecer, mas preciso ir embora" ele se levanta, ela bota a mão no braço dele, ele para olhando pra ela, ela fala "Fica mais um pouco, não quero ficar sozinha" ele puxa o braço dela, indo pros fundo do bar, ele passa por uma porta, puxando ela, eles estão no banheiro masculino, mas por incrível que pareça está vazio, ela está na parede, ele de frente pra ela, ela fala, ofegante "O que a gente tá fazendo aqui?" ele se aproxima dela, pegando no queixo dela, ela fica paralisada, olhando pra ele, ele fala "Eu não sei, eu queria..." antes dele concluir sua fala, ela se aproxima mais dele e rouba um beijo, beijo sem língua, mas com muito gosto misturado com caipirinha, alguma bebida forte que ele estava bebendo, halls, ela sente o perfume que ele está usando, ela não tinha percebido antes.
Ele não tem reação só fica olhando pra ela, ela parece bêbada, ele também bebeu e talvez seja efeito da bebida, ele sem pensar duas vezes prende ela na parede, fica numa esfregação, mão ali, outra mão aqui, beijos, amassos, ela com uma perna levantada, ele com uma mão na bunda dela, ela na parede com seus braços no ombro dele, gemidos, a mão dela na nuca dele, beijo molhado, intenso, ela sentindo o pau duro dele esfregando na perna dela, ela esfregando nele, ele puxa ela pra cabine do banheiro, tranca, ele senta na tampa do vaso, ela senta por cima dele, ela joga a bolsa e jaqueta no chão, seus braços em volta do ombro dele, ele beijando ela, tocando seu cabelo, pegando na nuca, chupando o pescoço dela, ela gemendo "aahh" ele sussurrando "assim você me deixa louca" ela dá uma risadinha, mordendo os lábios dele, ele aperta a bunda dela com as duas mãos, fazendo o vestido subir, ele dá um tapão, ela geme "aaiii" eles ficam um bom tempo nisso, até o celular dele vibrar, ele para do nada e fala "desculpa, isso foi inesperado, eu preciso ir, adorei te conhecer" ele sai apressado, alisando sua roupa, disfarçando que nada aconteceu e ela fica ali paralisada, pensando sobre o que foi tudo aquilo.
Marcela acorda com uma ressaca, ela se lembra claramente do Felipe, ela anotou seu nome no diário e tudo de característico nele, mas ela sabe que foi algo passageiro, ela sente tristeza por não ter pedido o número do celular quando teve oportunidade pra isso, mas ela não vai se lamentar por isso, ela acorda feliz, mesmo que foi algo momentâneo foi algo que fez ela reviver, parece que sua energia triplicou, ela acorda em paz, fazia muito tempo que ela não se sentia assim, mas tudo que é bom dura realmente pouco, ela lembra que as aulas estão voltando, ela não tem muito amigas, ela ainda de pijama vai pra cozinha, pega sua caneca roxa, coloca leite, achocolatado, mexe com a colher e bebe, como se fosse a melhor coisa do mundo e pra ela é.
Chega o dia dela ir pra escola, ela está no ensino médio, pelo menos ela não vai acordar cedo, ela odeia acordar cedo, ela optou por estudar de tarde, ela coloca o uniforme azul e o escrito do nome da escola preto, calça legging, prendo o cabelo no rabo de cavalo, umas mechas soltas no rosto, coloca o tênis, pega sua mochila preto, confere se pegou tudo, caderno, estojo, garrafinha d'água, absorvente, remédio pra cólica, dor de cabeça, fone de ouvido, celular, chaves, tudo conferido, dá uma última olhada no espelho e vai pro seu primeiro dia de aula, ela chega um pouco atrasada, está um pouco perdida por ter mudado algumas salas, ela acha sua sala e percebe que está cheia, ela entra e tenta achar um lugar no fundo, mas antes dela sentar, ela percebe que o professor já está na sala, ele está sentado, ela leva um choque quando percebe quem é o professor, os dois se olhando, ela ofegante de pé, ela observa que ele está totalmente diferente do que ele estava vestindo ontem, não é o mesmo, deve ser irmão gêmeos, ela senta na cadeira com as mãos no rosto, respirando, sentindo tudo e não sentindo nada ao mesmo tempo, ela só consegue pensar "não, não, não"
Notas:
Esse será o primeiro conto que irei dividir em partes, mas pra postar a outra parte vai depender de vocês, se vocês quiserem continuação é só comentar, deixem suas análises, espero que gostem, sejam sinceros, aceito elogios, críticas, conselhos e ideias, desculpa qualquer erro ortográfico.
