Leandro ou Glauber?

Um conto erótico de Thales Pegador
Categoria: Homossexual
Contém 1773 palavras
Data: 18/08/2024 13:53:55

Glauber estava na minha frente sorridente, segurando uma caixinha com duas alianças de ouro, propondo um noivado ou algo assim. Eu, com lágrimas nos olhos, sorrindo sem graça, tentava responder, mas não conseguia articular nenhuma palavra.

- Oh amor! Ficou emocionado? Nem imagina como meu coração está acelerado aqui.

Glauber colocou a caixinha na cama e me abraçou. Ficamos assim por alguns minutos até que ele perguntou novamente.

- E então, meu amor? Aceita se casar comigo? Ou simplesmente vivermos juntos?

- É sério isso, Glauber?

- Claro! A gente está tendo uma nova oportunidade, e nesse momento da vida, estamos ambos estáveis na carreira. Não tem nada que impeça.

- Eu preciso te responder agora? - Eu falei sem pensar.

O lindo sorriso dele se desfez na hora. Ele saiu do quarto e foi para a sacada da sala. Eu fui atrás.

- Calma meu bem. Eu só fui pego de surpresa.

- Essa era a ideia, Thales! Queria te surpreender, e tinha a certeza da sua resposta, mas pelo jeito acho que não.

- Calma, eu…

Glauber me olhou com decepção, esperando eu dar uma explicação, mas eu só tinha a única explicação que ele não queria ouvir.

- Me desculpe, mas eu não posso fazer isso com você.

- Fazer o que? Tem outra pessoa?

- Tem. - Falei quase inaudivelmente.

Então, eu falei com todas as letras que eu era apaixonado por outro, por alguém que nunca esqueci desde minha adolescência. Falei que eu tinha me apaixonado algumas vezes ao longo da vida até aquele momento, e até amei, inclusive ele mesmo. Porém, meu coração acelerava por Leandro. Por mais absurdo que isso podia parecer devido ao histórico dele e o que passei quando nos relacionamos anos atrás. Ao dizer que eu amava outro, era como se minha certeza se materializasse. Pedi perdão a Glauber e nos beijamos uma última vez chorando. Ficamos ambos arrasados - ele ainda mais, obviamente. Após a conversa, ele pegou as coisas e foi para um hotel, não antes sem dizer que eu poderia pensar melhor e que ele ainda me queria.

Depois disso, eu precisava encontrar Leandro para conversarmos. A verdade é que o que fiz foi uma loucura mesmo. Leandro poderia estar com outro, ou poderia ter voltado a traficar… ou poderia simplesmente não querer nada mais comigo, uma vez que eu terminei com ele. Eu não tinha seu número mais no celular, mas ainda podia desbloqueá-lo no Insta. Fiz isso e comecei procurar alguma pista de onde encontrá-lo. O perfil dele não era bloqueado, ou seja, qualquer um poderia ver suas fotos e vídeos. E foi graças a isso que descobri que ele estava fazendo o tal curso de segurança que ele havia me dito. Descobri o nome da empresa e horários das aulas. Um dia resolvi esperá-lo ao término da aula, pois não consegui ir no início.

Estava muito frio naquela noite e eu tive um dia muito cansativo. Mesmo assim, aguentei até o final, por volta das 22:00h. Fiquei no carro esperando, olhando atentamente para o portão. Finalmente, ele saiu pelo portão segurando um capacete. Eu saí do carro, indo em direção a ele, passando pelas pessoas. Mas quando estava próximo, um homem negro, muito bonito do outro lado da rua o chamou; Leandro atravessou a rua e eles se abraçaram calorosamente. Enquanto o cara saía com a moto, Leandro olhou em minha direção, mas não sei se me viu. Voltei para casa chateado, pois entendi que ele tinha seguido em frente, com toda razão e direito, e eu tinha terminado meu namoro com Glauber, com quem tinha um relacionamento muito bom. O que me restava era me conformar com minhas decisões erradas. Mesmo tentando forçar um pensamento de que foi melhor assim, no fundo eu lamentava por não ter dado uma chance ao amor com Leandro.

Dois dias depois, um sábado, eu fiquei em casa meio deprê, ouvindo músicas dos anos 80 e 90 enquanto arrumava minhas coisas. Liguei para meu primo Vitinho e contei sobre os últimos acontecimentos. A conversa me deixou melhor e à noite resolvi ir para uma boate. Lá chegando, fui direto para o bar e pedi uma Heineken. De repente, alguns amigos chegaram e a noite ficou melhor: dançamos, rimos, conversamos e bebemos. Então, uma hora, percebi um cara me olhando, e com o olhar, ele apontou para o banheiro. Entendi o recado e fui atrás dele. Porém, ao entrar no banheiro, dei de cara com Leandro em um canto aos beijos com o mesmo cara do outro dia.

Ao me ver, ele franziu a testa e ficou sério, mas voltou a beijar o cara. Voltei para perto do pessoal, e eles logo perceberam que meu humor tinha mudado. Falei que a bebida não estava me fazendo bem e tentei manter o papo com eles, mas minha cabeça estava longe. Então, saí de perto deles e fui para o lado de fora tomar ar fresco. Meu amigo Luís quis ir comigo, mas eu disse que não precisava. Me sentei em uma cadeira e fiquei pensando se deveria falar com Leandro ou se iria embora. Resolvi ir embora. Quando me virei, Leandro se aproximou.

- Thales!

- Leandro? Oi!

- O que você está fazendo aqui?

- Como assim?

- O que está fazendo aqui fora?

- Nada. E você? Cadê seu…

- O Alex? Está lá dentro. Deve estar chupando alguém no banheiro.

- Hã? Achei que ele era seu…

- Namorado? Não. É apenas um ficante.

- Entendi.

- E você está sozinho aqui?

- Estou com uns amigos.

- Mas e seu namo…

Nessa hora, o tal Alex chegou e chamou Leandro para voltarem para dentro.

- Tudo bem. Pode ir. Eu já estou indo embora.

- Tem certeza? - Leo perguntou, como se me desse uma chance de dizer algo.

- Sim. Pode ir. - Eu respondi sem muita convicção.

- Tudo bem. Foi bom te ver.

- Igualmente.

Leandro saiu com Alex e voltei para dentro para me despedir do pessoal, mas ao vê-lo novamente, eu tomei coragem e me aproximei.

- Thales?

- Leo, volta pra mim?

- O quê?

- Volta pra mim. Eu sei que fui eu que terminei, mas fiz uma burrice.

- Mas Thales, e seu namorado professor?

De alguma forma, ele soube que eu estava namorando Glauber.

- Terminamos.

- Por que?

- Não vem ao caso.

Alex ficou olhando para nós indignado, sem entender nada.

- Cara, mas eu não sou um cara estudado como você, e muito menos como seu namorado… ex-namorado. Melhor voltar pra ele.

- Leo, não é isso…

Leandro falou isso e se virou para Alex pegando-o pela mão e saíram no meio do povo, me deixando ali sozinho. Então, fui embora dali. Chamei um Uber e quando estava dentro do carro, recebi uma mensagem de Glauber: “Sinto sua falta. Por favor, não jogue fora o que temos”. Então, pedi ao motorista que mudasse a rota.

Dois meses depois.

Após um jantar delicioso em um restaurante bacana, chegamos em casa aos beijos. Ambos estávamos explodindo de tesão por conta do remedinho que tomamos. Não que precisássemos, mas fizemos isso para experimentar mesmo e para deixar o que já era ótimo ainda melhor. Logo que entramos na sala, já fomos tirando a roupa e fazendo um 69 no tapete. Acho que por conta do remédio, eu sentia tesão em todas as partes do corpo, até mesmo quando meu pé foi lambido e os dedos chupados. Meu pau pulsava o tempo todo. Mesmo assim, ficamos bastante tempo nas preliminares com muito sexo oral, beijos e lambidas pelo corpo. Enfim, chegou a hora da meteção. Resolvi ser o primeiro a ser penetrado, e foi delicioso sentir cada centímetro do pau do meu amor me invadindo. Eu estava de bruços no tapete e ele de quatro sobre mim, apoiando-se nos pés (não com os joelhos) e nas mãos. Empinei a bunda para facilitar a penetração e apenas curtia as ondas de prazer.

Trocamos de posição e o fodi da mesma forma, exceto que ele gosta que eu faça com força. Assim o fiz e, após alguns minutos, eu precisei parar e respirar fundo para não gozar logo. Então, voltei a ser passivo, mas dessa vez, sentado nele. Porém, sua rola tocava na minha próstata e eu quase gozei novamente. Estava difícil segurar. Fui para o sofá, e fizemos de frango assado. Com quatro estocadas dele, eu simplesmente gozei em todo meu peito e um jato de porra acertou minha barba. Ele acelerou os movimentos e gozou dentro de mim. Ele se deitou no chão e ficamos ali por uns cinco minutos. Como o tesão não passava e nossos paus não baixavam, repetimos a foda: de pé, de quatro, sentados no sofá, na sacada. A segunda vez demorou um pouco mais e foi ainda mais prazerosa. Tomamos um banho e fomos para a cama.

Eu ainda fiquei acordado por um tempo, pensando na vida. Leandro, ao contrário, dormiu em questão de minutos. Enquanto isso, fiquei mexendo no celular e me deparei com um post de Glauber nos stories do Insta. Antes de deixar de segui-lo, dei uma última olhada nas suas fotos de perfil. Notei que ele tinha voltado para a Alemanha. Leandro se mexeu na cama, virando-se para o lado, e então eu deixei de seguir Glauber e apaguei seu contato do meu celular.

Lembrei daquela noite na saída da balada. Quando pedi ao motorista que mudasse a rota, eu comecei a escrever para Glauber dizendo que também sentia sua falta, mas que por enquanto não poderia ficar com ele ainda gostando de outro. Porém, assim que enviei a mensagem, alguém bateu no vidro do carro quando o motorista parou em um semáforo. Era Leandro.

- Thales, desce do carro!

- O quê?

- Desce do carro!

Eu tirei uma nota de 50 reais do bolso e entreguei ao motorista, e desci do carro ali mesmo. Leandro encostou a moto e me abraçou.

- Eu te amo também.

- ME PERDOA POR FAVOR! - Eu disse gritando.

- CLARO. ME PERDOA TAMBÉM POR TER TE MAGOADO! - Ele gritou de volta.

Nos beijamos no meio da rua enquanto os carros avançavam. Fomos para minha casa sem falar muito. Fizemos um amor intenso na sala e outra vez no banheiro, e desde então estamos juntos.

No primeiro mês depois que voltamos a namorar não era fácil lidar com o passado dele, com as ligações que ele recebia e com o jeitão de malandro que às vezes me deixavam com dúvida se ele realmente saiu da bandidagem. Mas eram apenas inseguranças que agora não me afetam mais porque ele tem se esforçado mesmo em viver uma nova vida. Ele está terminando o curso e já tem emprego garantido como chefe da segurança em uma grande empresa.

Meus olhos ficaram cheios de lágrimas de felicidade. Enfim o sono chegou e eu dormi abraçado com meu namorado.

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Comentários

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Quanta coisa nesse conto!! Por um momento fiquei com raiva do Léo, aquela velha história que quem quer tudo acaba com nada. Mas que bom que pra ele no fim deu certo.

Mas me diz uma coisa, essa foi a despedida do Thales? Vou sentir falta de acompanhar esse puto gostoso aí! Hehehe. Mas, desde que o autor não suma e continue postando, eu entendo que a vida é feita de ciclos. Hahaha que filosófico! Rs

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Sim, essa foi a despedida do Thales. Tenho outras ideias em mente para outros contos.

Obrigado pelo carinho de sempre Jotão tesudo!

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Tesudo é você!! Mesmo não me dando muita trela fora daqui hahaha 😜

Continua postando! Que eu vou continuar acompanhando 😉

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Hahaha safado!

Nem posso te dar trela, meu boy surta! Kkk

Conto com vc em acompanhar meus contos.

😉😘

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