Mais um conto da série do gaúcho! Espero que curtam :)
____________________________________________________________
Puxei o calção o mais rápido que pude. Mas já era tarde demais.
A “Dudinha da galera” tinha passado a ser de domínio público!
-QUE ISSO! Agora saquei porque o gaúcho não sai da sua cola, Du!- o Cauã, um dos moleques do time, disse na zoeira.
Todos os moleques racharam o bico, passando a competir para ver quem bolava a piada mais maldosa. Mas o que mais me chamou atenção foi o olhar que o Cauã me lançou: aquele cara, que até poucos segundos atrás era meu parça do fut, parecia me comer com os olhos. Aos poucos, fui encontrando aquela olhadela safada do Cauã no Paulinho, no Beto, no Estêvão…um bando de machos suados, me olhando como se eu fosse o almoço do pós-jogo!
“Porra Eduardo, acabou.”, pensei. Toda minha reputação, apagada sem dó. Me senti uma molequinho de dez anos sofrendo bullying no recreio. Na época da escola, eu era um dos que comandavam a gangue dos populares atormentando os gordinhos, os nerds e os meninos com trejeitos afeminados. Quem diria que anos depois eu estaria ali, sentindo um gostinho do mal que eu tinha causado. Segurando o choro para não desabar:
- Ah Cauã, tu não viu nada!- brincou o Will - espera até ver os vídeos que eu tenho! A buceta dessa daí engole qual…
“POW”. Antes de terminar a frase, o Will foi mais uma vez pro chão, com a mão no rosto. O Dani, que até então tava do meu lado, meteu um soco em cheio na cara daquele babaca. O murro foi tão forte que um fio de sangue da boca escapou da boca do amante da Letícia, respingando algumas gotas de vermelho nos uniformes brancos e no verde do gramado:
-Fala isso de novo, filho da puta!- o Dani tava irado, estufando o peito na direção do Will. O Cauã e o Tom foram correndo agarrar o gaúcho, cada um segurando por um braço.
-Puta que pariu, hoje tá foda!- o Tom desabafou, puxando o Dani pela camisa- deixa disso gaúcho, não vale a pena!
-Vale sim!- o Dani gritou, parecendo um touro- esse imbecil vai aprender a ter limite no soco!
Com muito esforço, o Tom e o Cauã, ajudados por outros caras, conseguiram tirar o Dani de lá. Acompanhei os três, um pouco aliviado por ter deixado de ser o foco da atenção. Enquanto isso, Will, que não esperava por aquele golpe, ficou caído no gramado, ainda desorientado.. À distância, vi o amante da Letícia se levantar devagar, de cabeça baixa e com a mão no rosto, cuspindo sangue. Pareceu que ele iria correr atrás do Dani, mas foi logo segurado por outros caras:
-Você me paga, gaúcho! Mas agora vai lá, meter vara nessa tua cadela!
O Dani quase voltou atrás, não querendo deixar o Will ficar com a última palavra. Mas os moleques foram mais rápidos e logo colocaram ele pra dentro do carro, entregando pra gente os nossos celulares, que tinham ficado em um banquinho ali perto. Nunca tinha visto o Dani puto daquele jeito- em silêncio e de cara fechada, ele deu partida no carro, apertando o volante com força. Os músculos do braço chegaram a marcar por baixo da camisa.
Não era assim que eu imaginava que seria o nosso reencontro:
-Caralho, que ÓDIO daquele filho da puta do Will Juro, se encontrar com ele de novo, eu arregaço aquele arrombado!- o Dani disse varado de raiva, batendo a porta do carro.
Fomos então caminhando perto da ciclovia, enquanto o Dani continuava a esbravejar contra o Will. Eu, quieto, não conseguia esquecer das risadas, dos dedos apontando na minha direção, dos olhares safados me encarando de uma forma nova.. “CARALHO, o Du tá de calcinha!”, a voz aguda do Paulinho dizendo isso se repetia na minha cabeça. Cacete, em que mundo um merdinha daquele, que batia no meu peito, tinha a ousadia de falar comigo daquele jeito?
Conferi meu celular. Meu Whats tava pipocando de notificações. Incluindo umas duas da Letícia.
PUTA. QUE. PARIU. Será que o Will, pra me foder de vez, contaria sobre o meu flagra no fut pra ela? Será que alguém tinha tirado uma foto daquele momento? Uma foto que uma vez que tivesse na internet, duraria pra sempre, compartilhada por telas de celulares de gente que eu não tinha a menor ideia de quem seria?
Minha mente começou a descer por um espiral da ansiedade. Will contando pra Letícia, ela contando pros meus sogros,espalhando a história pras amigas. Todo o nosso círculo social, finalmente sabendo que o Eduardo, o machão corinthiano, o advogado bem-sucedido, usava roupinha de mulher em segredo.
Comecei a suar frio pelas mãos. Senti o fiozinho vermelho roçar na minha bunda mais uma vez. Quase um lembrete da minha humilhação, não me deixando esquecer de tudo o que tinha aprontado nos últimos meses:
-Dani, para de falar por um segundo, por favor- disse sentando em um banco- não consigo nem ouvir meu pensamento assim!
-Ah claro, Du! Foi mal, eu nem perguntei como tu tá com essa situação toda!- ele se sentou do meu lado.
-Como eu tô? Você ainda pergunta? Eu nunca fui humilhado assim em toda minha vida, porra!- nervoso, não conseguia parar quieto, me levantando do banco e voltando a caminhar.
-Porra Du, óbvio que eu te entendo!- ele disse chegando mais perto, tentando me acompanhar. A camisa dele colava no corpo suado- mas não fica assim não, é só um bando de guri imbecil!
-Mano, você claramente não tá sacando, Dani- fui ficando cada vez mais irritado- essa é toda a minha vida jogada no lixo! Ninguém mais vai me levar a sério depois dessa!
-Guri, olha aqui.- o gaúcho me pegou pelo braço- se eles te julgam por isso, eles que são uns bando de pau no cu! O que importante é que gente tá junto nessa, Du!
Apesar de emocionado com as palavras dele, a sensação de vergonha ainda era mais forte. Eu ainda estava naquele gramado, com todos os caras zoando da minha cara:
-Pra você é fácil falar! Vai ainda sair dessa situação como o comedor, que me fez usar calcinha!
-Epa, epa, seu Eduardo- ele me respondeu, ficando mais sério- ninguém te obrigou a nada! Sei que tu tá chateado, mas também não dê uma de moleque e assuma tuas responsabilidades!
-CARALHO Dani, mas não era pra ninguém ficar sabendo, PORRA!- subi a voz- aquele verme do Will fodeu com tudo!
No calor do momento, com a mente confusa, os assuntos começaram a se embolar na minha cabeça. O nome “Will” me lembrou de outro assunto pendente:
-Aliás, falando desse escroto, você tava sabendo do caso dele com a Letícia esse tempo todo, não tava?
O Dani, com o cenho franzido e mordendo o lábio, ficou sem reação pela primeira vez naquela conversa:
-Porra Du…- ele parecia estar escolhendo as palavras com atenção- tá bom, guri, eu admito que tava sabendo sim! Mas Du, eu juro que ia contar pra você hoje! Voltei de Porto Alegre decidido a abrir o jogo contigo!
-Ah sim, depois de eu ter sido feito de palhaço esse tempo todo? O “corno do vestiário”, como o Fred falou?
O gaúcho ficou quieto por uns segundos. Chegando mais perto, ele me segurou pelo braço e disse, em uma voz sentida, que vinha do peito:
-Guri, desculpa. Não tenho mais nada pra te dizer, além disso.
-Desculpa? Só agora? Ah mano Dani, não fode!
Me soltei do braço do gaúcho, andando até a beirinha do lago. Meu orgulho ferido parecia então ter se convertido totalmente em raiva. Com o Dani atrás de mim, disse só uma frase. Uma frase que iria ficar meses ainda martelando na minha cabeça:
-Dani, eu não sei se eu consigo continuar assim.
O gaúcho arregalou os olhos:
-O quê? Não Du- ele chacoalhava a cabeça, fazendo que “não”- tu não pode tá falando sério!.
- Eu tô sim, Dani- continuei a caminhada, virando as costas.- cara, na real, eu tava até disposto a comprar essa briga, bancar nossa relação e tudo mais. Mas depois da humilhação de hoje…caiu minha ficha que não é essa a vida que eu quero!
-Guri, tu tá realmente te ouvindo? Tu tá realmente deixando que um babaca como o Will e meia dúzia de uns moleques que não valem um centavo façam a tua cabeça! Tu tá nervoso, eu entendo, mas não dá pra tomar uma decisão dessa de cabeça quente!
-Dani, eu que sei da minha vida. E eu tenho certeza que eu não quero ser visto como o “boiola que usa calcinha” por aí!
O Dani se afastou e me olhou de um jeito diferente, encolhendo a vista:
-Du, não acredito que tu consegue ser tão cabeça fraca assim! Foda-se o Will, foda-se aquela nojentinha da Letícia, foda-se a galera do fut! Se a gente se curte, é isso que tá valendo, guri!
E nisso ele me pegou pela cintura, me puxando para mais perto dele. Senti o corpo quente dele molhado de suor. A gente nunca tinha se beijado ou demonstrado afeto assim em público:
-Olha no meu olho e me diz que tu não me quer, Du.
A mão dele então escorregou para minha bunda. Fiquei sem palavras. Enquanto o gaúcho percorria meu corpo, sentia a calcinha vermelha se perdendo no meio do rabo.
Meu Deus! Um homem daquele, todo suado, vestido com o uniforme do fut, com uma pegada de enlouquecer qualquer um. Que cara ou mina, em sã consciência, deixaria passar um macho desse? “Dani, eu te amo, porra”. Me lembrei das palavras que disse sozinho no quarto um dia antes, quando enfim assumi o que eu sentia por aquele gaúcho. Ali no parque era a hora perfeita para repetir minha declaração, e mergulhar sem medo nessa aventura.
Mas se admitir aquilo para mim tinha exigido alguma coragem, confessar para o Dani exigia um salto a mais. E ali no parque, eu simplesmente não tive. Me soltei dos braços do gaúcho e pelo menos tive peito de olhar diretamente nos olhos dele, como ele tinha me pedido, quando falei:
-Dani, desculpa. Eu não quero mais nada com você.
Têm silêncios que marcam uma vida. E esse foi um deles. Fiz um último esforço para continuar encarando o Dani. A forma como ele engoliu o choro, só depois fui entender, mostrava a fibra de alguém que já tinha sentido a dor de uma separação antes:
-Caralho guri- ele se virou de lado, para que eu não pudesse ver a sua expressão- por essa eu não esperava. Desse jeito, ainda. Mas se é assim então…
-Ah Dani- contornei o gaúcho para tentar ficar de frente para ele de novo- não fica assim vai, por favor. A gente pode continua a ser ami..
-Acho que tu sabe voltar pra casa de metrô ou de Uber, né?
-Oi…?- eu não estava esperando por aquele corte tão seco. Naquela luz do fim de tarde, tentando manter a pose de durão, o Dani nunca me pareceu tão sexy- sei sim…
-Ótimo. Então acabamos por aqui.
-Porra Dani, mas pra que esse climão todo? Não preci…
-Eduardo, acabamos por aqui- o Dani arrematou, enfim me encarando. Mais do que a voz grave, decidida, foi a força do olhar marejado dele que me faz calar a boca- agora se não se importa, vou fazer uma caminhada sozinho.
E sem pestanejar ele se mandou, me deixando sozinho à beira do laguinho. Em questão de minutos, um dos relacionamentos mais significativos que já tinha tido na vida estava terminado. Fui vendo o Dani se afastar no caminho do parque, a figura cada vez menor, até desaparecer no horizonte. Se fosse com qualquer outro cara ou mina, eu até poderia me consolar pensando que ele poderia me procurar, me mandasse mil mensagens, implorando para que a gente voltasse. Mas eu sabia que, com o Dani, não seria assim, por mais que ele estivesse sofrendo. Uma vez que o gaúcho tomava uma decisão, não voltava atrás.
-Ah mano, será que fiz besteira?- cheguei a falar baixinho comigo mesmo. Será que eu tinha deixado aquela vergonha descomunal que eu passei no futebol entrar na minha cabeça a ponto de meter os pés pelas mãos?
Decidi ir embora dali, ainda me torturando na cabeça pelo o que tinha acabado de fazer. Chamei um Uber, e durante o trajeto chequei meu celular. Tinha recebido ainda mais mensagens. Mas nenhuma era do Dani.
Fui passando pelo WhatsApp, abrindo conversa a conversa. Fiquei completamente chocado com o que eu vi! O Tom foi o único dos caras do fut que me mandou uma mensagem bacana: me perguntou como eu tava, dizendo que podia contar com ele para o que eu precisasse. Agora, o resto? Bem como eu tinha imaginado, eles me arrastaram sem dó, tirando sarro de mim como um bando de moleques da quinta série. Foi um festival de “Linda a calcinha, gatinha!” ou “Quanto é o programa, gostosa?” que foi me deixando ainda mais puto da vida. Até o Paulinho achou que podia tirar onda comigo, elogiando meu rabo como se eu fosse uma prostituta qualquer que ele comesse depois do trampo.
Mas o pior de tudo foi a mensagem que recebi do Will. Nada menos que uma foto do volume inconfundível dele, marcando no calção do volume branco do fut, com a legenda:
“Curtiu o jogo hoje, Dudinha? Se tiver cansada do gaúcho, vem pegar teu prêmio. Você sabe o endereço”.
Por pouco não quebrei o vidro do carro! Que tremendo filho da puta, achando que depois de tudo que ele tinha me aprontado, eu iria voltar pra ele rastejando, que nem uma putinha barata! Ah, maldita a hora que eu tinha dado corda pra essa história de vestir calcinha, de dar moral pra outros caras!
-É aqui né, moço?- perdido nos meus pensamentos, levei um susto quando o motorista do Uber me perguntou isso. Ele devia ter no máximo uns 20 anos, magro e com um bigodinho fino.
-Ah, é sim! Valeu pela corrida, parceiro!- pulei pra fora do carro, querendo chegar logo em casa. Mas assim que pus o pé na rua, me lembrei. “Cadê a mochila do fut?”. No meio daquela confusão toda, tinha até esquecido de pegar as minhas coisas no vestiário!
-Esqueceu alguma coisa?- o motorista, que parecia um cara gente fina, desceu o vidro e me perguntou.
-A minha mala do futebol! Saí na pressa e acabei deixando lá no campo!
-Não tem problema! Me fala onde é que a gente vai lá buscar!
-Porra mano, tu é firmeza! Mas não precisa não, eu acerto contigo em dinheiro o que seria o valor da corrida- falei, contente de que ainda tinha gente da hora assim no mundo!
-Não te preocupa, não…sei bem como tu pode me pagar por essa...
Com um sorriso sacana, o motorista me olhou de cima a baixo, de um jeito muito familiar. Segui o olhar dele até a minha cintura. Foi só aí que percebi a rendinha vermelha da calcinha, aparecendo faceira por cima do calção branco do fut.
-Caralho! Por quanto tempo eu tinha andado sem reparar que a porra da lingerie tava aparecendo?
Uniforme diferente esse do teu time, hein?- ele riu da própria piada- mas também, com uma rabeta dessa, tem que usar algo que valorize mesmo, né?
Aquele foi o estopim. Toda a pressão, a vergonha, a raiva que tinha passado naquele dia transbordaram depois daquela gracinha babaca. Quando me vi, eu tava segurando a gola do motorista com as duas mãos, puxando ele pra fora do carro:
-REPETE o que você falou! Vai, repete se tu é homem!
-Que isso, mano! Eu tava brincando, tá maluco?- com a mão direita ele tentava dar partida no carro. O olhar malicioso de poucos segundos antes tinha desaparecido, dando lugar a uma cara de pavor puro. Eu devia estar mais assustador do que parecia.
A cena toda durou alguns segundos. Se não fosse pelo fato de que ele tivesse conseguido ligar o carro e ir embora, quase me arrastando pela rua, capaz de eu ter puxado ele pra fora do carro, e vai saber Deus o que aconteceria. Com o olhar chocado de algumas pessoas que passeavam pela rua e do porteiro do prédio, que nunca tinha visto o “seu Eduardo”, perder o controle, entrei no meu prédio e subi no meu apartamento espumando de ódio.
“Não, chega!”. Aquilo tinha que ter um fim. Prometi que nunca, mas nunca mais em toda minha vida, algum outro cara ia ter a pachorra de me tratar assim! A primeira coisa foi tirar aquela calcinha que eu estava usando, que eu rasguei de uma vez só. O que era uma lingeriezinha sexy virou um pedaço de pano imprestável.
Fui então até a minha gaveta secreta das calcinhas e sutiãs. Cada uma delas representava uma memória deliciosa com o Dani. Mas não tive a menor dó: peguei tudo com as duas mãos, meti as roupinhas em um saco de lixo preto e desci até a lixeira que ficava no estacionamento do prédio. “Tchau, Dudinha!”, pensei, quando a tampa bateu em um estrondo.
Voltei para meu apê, e deitado na cama, fui nas pastas trancadas do meu celular e apaguei todos as fotos usando aquelas roupas. Enfim, me convenci que aquela fase da minha vida tinha que terminar. Eu voltaria a ser o mesmo Eduardo que sempre fui antes de conhecer o Dani. Não iria ser tão difícil: até porque, não era quem eu tinha sido por quase 25 anos? Iria inclusive retomar meu relacionamento com a Letícia. Ou se ela não quisesse mais também, foda-se. Nunca tive problema em ter qualquer mina que eu quisesse mesmo!
Mas a verdade é que, apesar dessa aparência de resolução toda, eu estava assustado comigo mesmo. Porque no fundo, sabia muito bem que por debaixo daquela fúria toda, outro sentimento não tão secreto estava ali, à espreita. Quando peguei nas minhas mãos a cueca que eu tava usando, ela tinha ficado totalmente encharcada na parte da frente. Meu pau tinha escapado da parte da frente da calcinha vermelha, e a mancha enorme de pré-gozo não mentia. Apesar de tudo, eu passei o dia todo sentindo um tesão absurdo!
Senti tesão quando acordei, na expectativa de rever o Dani. Senti tesão quando mandei aquela foto com a bunda empinada na bancada da cozinha pro Fred. Senti tesão quando o Will foi escroto comigo no vestiário, apertando a mala e dizendo para eu “preparar a buceta pro pai!”. Senti tesão quando o gaúcho me disse aquelas safadezas durante o jogo. Senti tesão quando a minha bunda ficou de fora no gramado, com todos os meus parças descobrindo meu segredinho vermelho enfiado no meio do meu rego. Senti tesão no caminho de volta pra casa, lendo aquelas mensagens escrotas dos moleques comentando da minha raba. Senti tesão com a foto do Will tinha me mandado, com a audácia daquele babaca de pisar em mim depois do que ele tinha feito. E senti tesão quando o motorista do Uber me olhou cheio de desejo. Mais um macho, querendo tirar uma casquinha da Dudinha.
Mas muito mais do que em todos esses momentos, senti tesão com aquele olhar triste do Dani quando terminei com ele. Naquela hora, minha vontade real era de abaixar, no meio do parque, e dar um trato naquele macho gostoso ali mesmo.
“Chega, Eduardo! Ou você corta o mal pela raiz, ou esse instinto doido vai dominar geral”. Pensei, me vestindo orgulhoso com a camisa do Corinthians, pronto pra ir ver a Letícia.
Ou pelo menos, foi isso que eu pensei…
_______________________________________________________________
É isso pessoal, mais um pra conta! Ansioso para saber as opiniões de vocês. Espero que estejam gostando, porque agora sim a série do gaúcho está entrando na reta final. E aproveito para avisar que como eu tô muito no embalo dessa série, o próximo conto vai ser a continuação deste aqui! Mas logo depois já volto com a "A Submissão de Thiago" :)