O coração ainda pulsava com vigor, como um tambor vibrante ecoando em um salão vazio, enquanto a respiração, ofegante e irregular, trazia consigo uma satisfação quase transcendente. Os músculos, aquecidos e ligeiramente fatigados, pareciam ter sido moldados pelo esforço, renovados em sua essência. Era uma dança íntima entre dor e prazer, onde cada gota de suor carregava a promessa de um crescimento silencioso, como se o corpo estivesse sussurrando segredos de superação a cada batida e a cada respiração.
Me chamo Nicolly, tenho 22 anos. Sou recém formada em direito e atualmente foco nos estudo para o concurso da polícia militar do meu estado, mas ainda preciso pagar as contas, como moro com meu namorado, estou trabalhando meio período em uma firma de advocacia, durante a tarde costumo ir para a academia e organizar as refeições que eu e Guilherme faremos a noite e no dia seguinte.
Nosso namoro iniciou durante o segundo ano do nosso curso, o que Guilherme não sabe é que sou bissexual e já me relacionei com mulheres. Por muito tempo nosso relacionamento estava bom, sempre nos tratamos bem e conversamos sobre tudo. Mas algo tem mudado desde que viemos morar juntos, Guilherme que antes ajudava em tudo quando estava na minha casa passou a ignorar as tarefas básicas do dia a dia, e eu acabo me sobrecarregando com tudo.
Como todo casal temos nossas coisas favoritas juntos, e além do velho e bom cinema em casa, gostamos de nos reunir com nossos amigos para beber e jogar conversa fora. Claro que Guilherme gosta também de dançar um forró, não sou tão chegada, mas depois de alguns copos acabo indo no embalo. Em um desses fim de semana me deu vontade de conhecer um bar que estava muito bem falado na cidade e que eu ainda não tive oportunidade de ir, claro que já organizamos o rolê com os amigos e fomos. Com uma quadra do lugar percebemos estar lotado, mas não desanimamos.
Quando finalmente achamos uma mesa, sinto um olhar em mim, quando olho para o lado vejo uma mulher que provavelmente tinha pouco mais de 1,70 um cabelo cacheado em tom castanho claro e um olhar que fez uma música passar na minha cabeça imediatamente.
“Me fita que eu gosto de me enxergar
Por dentro do teu olho
É tão bonito de lá
Tem cor de Marte
E teletransporte
Pra galáxia que mora em você”
Eu juro que nunca tive uma sensação tão boa com alguém me olhando e aquele olho cor de marte. Voltei a mim e segui Guilherme até a mesa, mas aquele olhar não saia da minha cabeça. Durante a noite hora ou outra acabava olhando para a mesa daquela mulher, e em um determinado momento vi ela com outra mulher bem próximas, imaginei que era sua namorada, provavelmente eu estava certa já que ambas foram embora juntas. Eu iria também, afinal aquela morena era divina, e aquele vestido fazia jus a pessoa. Fiquei mais uma hora no bar e voltei com Guilherme para casa.
Em casa eu beijei Guilherme até deixá-lo sem fôlego e aumentar seu apetite sexual, hoje eu queria acabar com ele. Infelizmente, ele deu a desculpa que dava sempre que saímos pro bar.
Guilherme: Amor, eu bebi demais, preciso dormir. Depois fazemos isso.
Nicolly: De novo amor? Desse jeito vou ter que me virar sozinha, você nunca está disposto.
Guilherme: Ah amor, eu ando trabalhando muito, preciso descansar.
Depois desse banho de água fria, fui para o chuveiro, e nessas horas agradeço a piada de minhas amigas que me deram um vibrador como presente de casa nova. Peguei ele e fui para o banheiro, após me despir comecei a tocar meus seios e estimular meu corpo, não demorou muito para eu ligar o vibrador e passar em minha menina. Meu tesão estava a mil, já estava escorrendo pelas pernas quando decidi enfiar dois dedos na minha buceta, gemi entre os lábios para não acordar Guilherme, em meio aos gemidos me peguei pensando naquele olhar, aquele maldito olhar, gozei pensando em uma mulher que eu mal conhecia. Me senti mal, pois afinal eu namorava, deveria pensar nele e não em uma desconhecida.
Após o banho me vesti e fui dormir, afinal minha rotina seria pesada no outro dia. Aos fins de semana me dedico a treinos específicos da prova prática do concurso, mas comecei a notar meu rendimento caindo. Naquele domingo após o treino conversei com Guilherme e percebi que talvez precisaria de um preparador físico particular. Como a academia que frequento é boa, resolvi saber qual o melhor horário para ter um melhor treino e qual professor que atende ali é mais especializado.
Comecei então a rotacionar os horários, iniciei na segunda já após o horário de pico da noite. Ao chegar decidi conversar com a recepcionista.
Nicolly: Boa noite, eu costumo treinar aqui no horário do almoço ou logo pela manhã no primeiro horário, mas queria um professor fixo que me ajude a melhorar meu condicionamento para algumas provas que irei fazer, você tem recomendação de algum nesse horário? Eu irei olhar em outros horários aqui também.
Recepcionista: Boa noite. Bom agora a noite tem o André que é excelente e temos também a Maya, só que ela saiu para a janta, acredito que ela retorne daqui a pouco.
Nicolly: Certo, bom, acho que como apenas um deles está aqui vou pedir o auxílio dele, qualquer coisa converso com ela em outro momento.
Recepcionista: Ótimo, qualquer coisa pode me chamar, meu nome é Jéssica.
Nicolly: Obrigada.
Entrei para a academia e conversei com André, parecia ser muito bom no seu trabalho, e estava dedicado a saber sobre o que eu pretendia com o treino, naquele dia apenas conversamos e fui para meu treino da rotina. Mas por recomendação de André iria aumentar o ritmo do cardio. Durante o meu treino tudo estava normal, mas algo me chamou atenção, uma pessoa chegou me olhou e correu para a recepção, eu não podia ir ver quem era, mas tive a brilhante ideia de ir beber água. Ao chegar perto do bebedouro vi a dona dos olhos cor de marte, naquele momento eu já sabia que se eu optasse pelo treino a noite iria ver aquela beldade sempre. Voltei a realidade quando Guilherme me chamou.
Guilherme: Amor, vou para a escada e depois para a esteira. Falta muito para seu treino finalizar?
Nicolly: Não, tenho mais um aparelho e depois vou pro cardio, mas lembra que hoje vou aumentar o ritmo.
Guilherme: Ok. Qualquer coisa faço hora na bicicleta.
Nicolly: Ok.
Ele saiu e eu fiquei mais uns segundos ali e voltei para meu treino. Alguns minutos depois vejo ela vindo em minha direção, senti meu corpo esquentar mais que o normal para um treino.
