Toda cri*nça que vê os pais transando fica terrificada, ao mesmo tempo que não sabe se permanece assistindo ou se recua. Foi o que aconteceu comigo quando vi os meus pais transando pela primeira vez: meu pai, por cima da minha mãe, ela, por baixo, e ele só a encarcando!
Era uma noite de jogo e meu pai foi para a cama cedo, o que raramente acontecia. Mas era o seu aniversário e minha mãe, também "indo dormir" mais cedo, o acompanhou. De camisola, seguia-o sorrindo, manhosa, ao ponto de pensar que estava meio adoentada.
Aos 30, 35 minutos do 1° tempo assistia ao jogo com as luzes da sala apagadas, sem ter noção nenhuma do que eles faziam ao meu lado, até que o Flamengo fez um gol e resolvi avisá-los.
Mas, quando afastei a cortina que dava acesso ao quarto deles (na época, nossos quartos eram divididos apenas por cortinas, muito comum nas famílias brasileiras) tive um choque que me terrificou completamente. Lá fora não dava-se para ouvir
nada, mas, dentro do quarto, a cama gemia.
Meu pai estava comendo a buceta da minha mãe. ELE por cima, pernas abertas, encaixando, e ela, em baixo, pernas unidas, toda paradinha, enquanto ele comia o empadão, que se rachava no meio, cremoso.
Mas, antes de enxergar a ver bem essa visão, com o que ela me pareceu a princípio?
Me pareceu algo fantasmagórico.
Assim, no momento em que entrei na penumbra do quarto, minha mãe tinha o aspecto de um caixão. Ou, melhor dizendo, de um def*nto que recebia fortes estocadas. E, sobre esse ALGO, meu pai parecia um fantasma branco, ou um lobo sobre a sua caça.
Todavia, conforme fui enxergando melhor, esse algo em baixo do meu pai era, de fato, a minha mãe recebendo fortes estocadas na buceta, ao que eu fiquei paralisado
Por trás da dupla cortina que dividia o quarto, creio que o meu corpo fazia apenas um baixo relevo, por isso não me contemplavam. Mas eu vi, sim, e tudo, enquanto eles fodiam.
Nesse momento, olhando para o rosto da minha mãe, notava uma micro expressão de felicidade em sua face.
Lembrei de quando ela dizia que, se um homem fizesse tudo em casa, a mulher não precisaria fazer mais nada. Ou seja, se pagasse as contas, cumprisse com algumas necessidades domésticas, como consertar o encanamento, etc, mas também comesse a sua esposa... a mulher não precisaria fazer "mais nada", ou seja, era só relaxar e se entregar à passividade na cama.
Olhando para aquela cara de mulher safada, vi que tudo isso se cumprindo na sua expressão de felicidade.
Com os braços abertos, olhava-o orgulhosa. E meu pai, feliz, se satisfazia, agradecendo pelo presente de aniversário.
Com certeza já fudiam há uns 30 ou 40 minutos.
Mas, nesse instante, ele foi retirando o seu pau da buceta -- não sei se para introduzir com mais força ou comer o seu cuzinho, enquanto ela virava de costas.
Só sei que aquela gosma, quando viu o pau sendo retirado, agarrou-se à sua base, à sua cabeça, até às suas bolas, como se estivesse implorando para que ele não fosse retirado, mas ele acabou saindo.
Um pau grosso e roxo, que fazia um movimento em arco conforme era introduzido. Assim que entrava, fazia um relevo na sua testa peluda dela, de um cabelinho encaracolado e delicioso. No roxo daquela pica, confesso que senti um gosto doce, meio hospitalar, acolhedor... mas creio que minha mãe sentindo algo muito melhor... Pois se revirava na cama.
Enfim, no momento em que ele retirou o pau e ela foi ficando de bruços, saí do quarto (sem conseguir mais lidar com aquela cena).
Lidar com aquilo foi tão apavorante pra mim quanto lidar com o medo da morte. Pois não sabia que iria morrer um dia nem que os meus pais fodiam à noite.
Dizem que isso é um evento canônico na vida de qualquer criança, mas eu não recomendo nem para o meu pior inimigo. rsrs
Tentei vê-los fazendo a mesma coisa, mas só consegui flagrá-los uma vez, quando subi sobre o sofá da sala e, olhando por cima da parede, os vi fodendo novamente. Minha mãe estava de quatro, num ângulo oposto ao meu, e meu pai a comia desimpedidamente, puxando os seus cabelos até com bastante força.
Com essas duas fodas, perdi para sempre o ideal de que minha mãe era pura e de que o meu pai era homem honesto e bom. Minha mãe passou a ser vista só como mais uma putinha e meu pai, como um homem violento (pela forma como ele puxava o cabelo dela), do qual eu fui me afastando cada vez mais.
Evidentemente, eles não são assim -- meu pai... sempre tão bondoso comigo, e minha mãe, trabalhadora e serena -- mas a imagem que tinha deles se estilhaçou para sempre naquela simples noite de futebol.
