Revoltas e Voltas
Capítulo 11 - Saindo na mídia, melhor assim.
Assunto: Crossdresser, Gay, Transformação.
Bom, tinha duas coisas que tínhamos que acabar e puxei o Beto para nosso quarto e falei.
– Temos duas coisas que não terminamos!
– Ai meu Deus, já não tivemos emoção demais por hoje, o que tá faltando?
– Primeiro mamãe interrompeu nossa foda, eu estava quase gozando galopando esse pinto delicioso, depois fui tentar te fazer relaxar, 5 min chuypando e esse pinto me decepcionou, ou você Me fode agora e me faz gozar junto, ou vou ter que eu te comer e fazer gozar pelu cú.
Bom eu dei o recado, mas parece que Beto não entendeu e então, como a muito tempo eu não fazia, na verdade foi só na noite reveladora, eu coloquei ele deitado, mas subi suas pernas e comecei a penetrar ele, lenta e progressivamente, só que eu estava de sutiã, calcinha apenas com todas as bijuterias, batom e tudo e fui socando, aquela visão me deixou alucinada, Beto com os olhos arregalados, nunca tinha sentido uma penetração tão profunda, pois entre Marcos, Ari e eu , Eu que tinha o maior Penis, por sorte ou azar, eu realmente arrombei meu namorado, que gozou muito quando eu enchi ele de porra, depois beijando sua barriga e seu penis limpei ele todinho e pedindo desculpas pedi para ele me foder igual.
Ai Beto acordou do transe e me comeu de 4 maravilhosamente, com seu cuzinho ainda fazendo uns barulhos e meu semem escorrendo em suas pernas o que eu via era lindo, mesmo que olhando de ponta cabeça.
Dormimos, semana encerrada, no sábado à noite saiu mais um reportagem,fiquei muito chateada de como os repórteres trataram o assunto, mandei uma mensagem no instagram da repórter, pedi uma retratação, falando que eu era a vítima e não era aquela a versão correta muito menos os personagens estavam certos.
Beto assustado perguntou o que eu faria, e então eu disse, vamos dormir, amanhã no café discutimos, é sua semana de cozinhar.
Na verdade quem não dormiu fui eu, tive pesadelos, chorei, mas foi por causa das pessoas que poderiam estar sendo prejudicadas por erros em tudo, quem vazou informação, vazou fake news e eu tinha que resolver isso.
No café falei.
– Beto, a partir de segunda eu irei de mulher para aula, ficarei 24 horas feminina, 7 dias por semana, até a minha morte, vou chamar a imprensa e dar a versão correta dos fatos, vou evitar que a família das meninas, que estão dizendo ser o caso gay seja poupada, vou dar nomes aos bois, estou te falando isso por justiça, espero que esteja comigo, caso não, segunda quando eu sair, ou você vem comigo ou até de noite você pode pegar suas coisas e ir embora.
– De forma alguma, estarei do teu lado sempre, como iremos fazer.
– Bom inicialmente, vou agora a tarde buscar um salão de beleza, vou fazer uma depilação, sobrancelhas, unhas, cabelo com um aplique e irei aparecer a mulher mais sexy e séria deste planeta, vou me assumir na sala, vou chamar a coletiva e vou dar a real versão dos fatos.
– Mas você sabe que isso irá passar nacionalmente, tudo bem com seus pais e com os meus?
– Bom, isso vai depender de como eles imaginam ter criado seus filhos, é o mínimo que eles esperariam de dignidade de quem eles amam.
– Tá bom, te acompanho.
– Não, você vai agora ali no quarto, vai retirar tudo o que tem meu de homem, colocar num saco e levar para doação, na mesma rapidez que fez isso em sua casa, vou voltar do salão sabe lá que horas e não quero 1 risco sequer do que eu fui de homem, vou deixar no WC os chinelos unisex, os 2 tênis que mamãe comprou pensando em sua filha, o que tiver nas outras duas portas, suma.
– Não quer olhar nada lá, guardar algo.
– Beto o que for de vestir de homem, tudo fora, tudoooooo.
E me vesti e fui pro shopping, sabia que as 09 horas já teria salão aberto, entrei e me identifiquei como uma menina Trans, disse o que queria, a menina duvidou, mostrei identidiade com meu nome e sexo e brincando ela falou que não era preciso, foi um duvidar de me elogiar, que jamais imaginaria eu um homem, mesmo sem seios tudo em mim era feminino.
Pro domingo era impossível, mas ela marcou para segunda de manhã, eu confirmei, iria só a noite pra faculdade aquele dia, retornei em casa sem mudar nada, mas como havia passado em um loja de esmaltes, além de comprar algumas cores, pois esmalte era uma das coisas que até então não usava, dei esse primeiro luxo. Depois em uma loja de prata, comprei mais brincos e fiz mais 3 furos dois e uma e um na outra.
Quando Beto chegou eu estava com a única roupa que pedi para ele guardar, era um calção de futebol e uma camisa do meu time preferido, estava vestindo eles.
Estava sem maquiagem, apenas com curativos pequenos nos furos da orelha, havia já separado o esmalte que iria levar no salão, os brincos, ajeitando uma bolsa que também tinha comprado.
– Beto, posso te pedir algo, vai ser a última vez.
– Pode sim.
– Escolha em minhas roupas a lingerie que você acha mais sexy, coloca em cima da cama e me chama meu amor.
Beto escolheu, demorou um pouco, e me chamou, acho que ele pensava que era para mim, eu fui, pedi para ele não falar mais nada e fui, tirando sua roupa, sem ele me tocar, quando ele estava nú, desci com a calcinha e coloquei em sua perna, fiz na outra e fui subindo, com cuidado ajeitei, seu pau explodia.
Vesti a lingerie, e peguei um batom e passei em sua boca, Beto sempre estava bem barbeado, então passei um pó e um brilho nos olhos.
Eu ajeitei ele de joelhos na cama e falei.
– Amor, a partir de amanhã, morre meu eu Masculino, ao acordar, apenas Bianca existirá, então queria te foder como nunca, ou melhor como eu te recentemente, mas quero fazer isso como ativo, homem, pra você guardar na mente e saber que será a última vez que iria ser ativo homem com ele.
E assim, subi na cama, afastei meu calção, eu já estava sem calcinha, untei seu anus e o penetrei ali de quatro, como uma putinha minha, falei palavrões, fiz ele gemer e gozar duas vezes com meu pau em seu cuzinho, e quando fui gozar fiz em sua garganta, fundo e grosso, fazendo ele engasgar e engolir.
Depois disto o beijei, levei ele para o banho, e dei para ele, pedindo que ele fizesse exatamente o que fiz com ele, até não precisava gozar, mas com a mesma força e tesao.
Beto, fez igual, apenas a quantidade de esperma era menor, e meu pau que era maior que o dele o estrago não foi tanto, mesmo porque já fora arrombado inúmeras vezes por ele e estava laceada, tadinho eu fui muito cruel, mas dormimos e pedi para ele dormir me penetrando, o que deu muito certo.
Levantei e as 09 horas estava no salão, vestida lindamente, com uma bolsa com outra roupa mais linda ainda e minhas coisas, foi um trabalho duro, que terminou tudo às 16 horas quando toda a transformação pedida foi realizada, passei boa parte deste tempo mandando fotos para minha mãe e sogra, elas que juntas acabam pagando o salão via pix, quando terminei, não existia mais uma vírgula (quer dizer a vírgula estava ali, mas só ela) no mais tudo era feminino.
Fui a um endereço, resolver uma última pendência e retornei ao shopping quatro quadras dali, mandei localização para Beto, não mandei nada mais, mas pedi para vir de Uber me pegar, aqui marcamos de uber e pegaríamos o segundo endereço que era da faculdade, eram 19 horas quando me comprometi a receber a imprensa, havia falado com meu chefe de colegiado e ele concordou com a atitude, acabara de me avisar por mensagem que o Reitor estaria presente.
Cheguei no local marcado para pegar o uber, com unhas dos pés e mãos, make, olhos, tudo impecável, Beto inicialmente não me reconheceu, mas pela localização compartilhada sabia que aquele uber era dele, bati no vidro ele assustado abriu e eu pedi para entrar, 20 segundos depois ele viu que era eu.
Fomos pra Universidade, até então meu amigo só conhecia um ou outro de alguma festa ou saída de bike ou barzinho, para maioria ninguém me reconheceu, mas o buxixo já estava espalhado, pois a repórter acabou deixando vazar a coletiva e tinha mais pessoas ali e todos do curso.
O Reitor compareceu, fez 3 minutos de explicações do que ia acontecer, pediu silêncio e que ninguém se manifestasse, que qualquer atitude homofóbica seria punida com expulsão imediata ao agressor, e me chamou pelo nome social.
– Por favor, Senhorita Bianca, a palavra é sua.
– Boa noite, Reitor, autoridades, repórteres e demais pessoas aqui deste recinto e dos que me ouvem em suas casas, peço licença para colocar a verdade em seu lugar, a justiça no caminho correto e minha consciência junto aos valores que minha família dignamente me ensinou.
Houve uma interrupção pois a plateia gritava alguns nomes de alunos gays, tentando identificar quem eu era.
– Mãe e Pai, tenho muito orgulho de tudo que me ensinaram, até ontem eu vivia uma vida entre ser Bianca Albuquerque de Almeida, e minha identidade masculina que apenas aos que me cercam interessa e quem se importa comigo sabe quem eu fui.
Os poucos buxixos da plateia se cessaram, ninguém tinha certeza quem seria eu, pra muitos era espantoso. Um repórter quis falar algo sobre o nome de meus pais, se o nome Albuquerque de Almeida era meu nome masculino.
– Peço por favor que não me interrompam, aqui é minha vida, somente minha vida e de mais ninguém que interessa, quem eu era, morreu, estou aqui pois por algum motivo que não sei, tentaram expor uma amiga minha que nada tinha relação com este caso, ela tem sofrido perseguição e deboche de muitos, parem, já chega o que sofri.
Agora a plateia estava atenta ao que eu falava, consegui tomar a atenção.
– Sofri sim Homofobia, pelos dois alunos que todos sabem o nome e não cabe a mim fazer propaganda ou dar nomes destas pessoas que não merecem menção alguma, motivo este que seguiu e seguirá em sigilo, o nome disso é Justiça.
Parei por que começaram gritar o nome dos ex alunos.
– Fere a mim, fere a justiça e fere a honra e conduta desta Universidade, mencionarem estes nomes, de pessoas que jamais mereceram ser dignas e aqui estudarem, sim sofri preconceito por eles, e se assim tivesse provas irrefutáveis, de alguns que agora me olham aqui ou pela tela de seu celular, ou televisão.
– A partir de hoje, enquanto me arrumava para esta entrevista, me assumi verdadeiramente uma mulher, como mostra este documento lavrado em cartório, onde passa a existir Bianca, mulher como podem olhar.
Parei por um instante, quando vi Roberto vindo, tentei fazer um gesto para ela não se expor, mas ele foi bravo.
– Este homem ao meu lado, meu namorado, futuro noivo, esteve sempre ao meu lado, nos melhores e nos piores dias de minha vida, de minha juventude e de minha infância, quero que cada homem ou mulher desta sala, tenha essa coragem de assumir-se fiel a quem ama, até mesmo em um dia como hoje, onde nem meus pais, ou melhor, nem o pai de meu esposo, e nem o meu pai tem real certeza de quem eu sou.
Novamente um burburinho, mas era eu parar de falar e o silêncio imperava logo em seguida.
– Então, Mãe e Pai, repito tenho muito orgulho de tudo que me ensinaram se forem para prejudicar, fazer fofoca, gerar fake news, vocês tem a mim, e junto o peso da Justiça, nem a Universidade, nem o Curso, nem os alunos que ali estão, nem corpo docente e discente, funcionários, ninguém deverá a partir de agora ser mencionado, e eu peço como ser humano, com o respeito que meu sigilo, minha honra e meus direitos de cidadão pedem.
Dei a mão ao meu namorado e finalizei.
– Amanhã volto a aula, espero do fundo de meu coração não ouvir ou ver repórteres ou intrigas, deixem as famílias de todos em paz, fiquem em paz, tem coisas mais importantes para se preocuparem, tem um planeta inteiro em colapso, tem desigualdade e guerras desnecessárias, sejam guerras santas, geopolíticas ou de ideologias que apenas ferem, destroem e matam.
Alguns começaram a bater palmas e eu levantando por último a mão falei.
– Não quero palmas, quero atitude e respeito, boa noite.
Assim saí dali, lógico que meu colegas sabiam quem eu era e apenas acenaram, entenderam que não era para dar mais palco a má e mesquinha imprensa sensacionalista, alguns repórteres fizeram a cobertura certa, as notícias certas, mas eu vim a público por que a má e medíocre imprensa como em todos os ramos, existem pessoas más, estavam gerando dor e sofrimento.
Nem bem estávamos saindo do anfiteatro, meu celular tocou, era mamãe.
– Filha, eu e seu pai assistimos, seu pai está orgulhoso de você, ele quer falar algo.
– Filha, Bianca, sua força e dignidade é o que importa, te esperamos de braços abertos.
Logo em seguida é o celular de Beto, Sua mãe, um tanto assustada com a atitude de seu marido, ligou agradecendo ele estar ao meu lado, falou que seu pai se assustou, não passou bem, mas agora já estava com sua irmã conversando na sala, que ela iria manter contato, mas que ficou orgulhosa de não deixar Bianca Sozinha.
No dia seguinte recebi um presente da dona da loja que havia comprado os brincos, ela reconheceu-me, os brincos eram exclusivos da loja e mandou-me um vale alianças, para escolher uma de noivado, que era uma cortesia.
As fotos que mandei no salão para mamãe, que foram tiradas pela staff do salão e foram publicadas naquele mesmo instante no insta, agora estavam bombando e ganhei 6 sessões de depilação e kits de unhas e pés gratuitos e 1 dia de noiva, para quando casasse ou usasse da melhor forma possível.
As semanas foram movimentadas, ganhei mais amigos e amigas do que perdi, que foram poucos e pessoas insignificantes.
Chegou o dia de voltarmos pra casa, o jantar ia ser no dia seguinte, meu agora sogro se recuperou do susto, eu entendo, não era tão fácil, mas as pessoas que deram parabéns pela atitude do filho o fez ver que eram mais positivos que negativos, e minha sogra trabalhou bastante neste sentido.
Ari, nos ligou, estava vindo passar um fds na cidade da faculdade e queria nos apresentar sua noiva e oficializar o convite para padrinhos, mas agora como um casal e não dois amigos, pois até brincou que nenhuma menina queria dois caras tão feios.
Fui muito bem aceita pela esposa dele inclusive temos uma página em comum agora sobre comunidade LGBTQIA + e o curso de Direito, pois ela é escrivã e mesmo na justiça teve problemas em ser aceita mas minha aparição trouxe a tona o assunto e juntas estamos mudando esse panorama.
A todos meu muito obrigado, por acompanhar mais um conto no formato série.