Segredos do Coração - Superando o Passado. Parte 7.

Um conto erótico de Ménage Literário
Categoria: Heterossexual
Contém 6288 palavras
Data: 13/09/2024 15:28:59

— Bom, pelo menos o seu marido teve discernimento para não fazer a mesma coisa. Vocês nunca tinham conversado sobre este tipo de atitude antes, certo? – Perguntou Anna.

— Não, nós nunca conversamos sobre isto. — Mari começava a se preocupar ainda mais com sua atitude anterior com o marido.

Anna a acalmou:

— O que aconteceu, já era, não tem como mudar. Pelo pouco que eu conheço do seu marido, principalmente após nossa conversa, acho que foi só mais uma forma de aprendizado, experiência de vida.

— Conversa? Quando vocês conversaram? Sobre o quê? — Mari estava surpresa, desconhecia a tal conversa.

— Achei que ele já havia contado para você? Ele disse que contaria no mesmo dia. Foi no começo da semana. — Anna, ainda mais surpresa, respondeu.

Mari, projetando novamente suas inseguranças, parecia querer explodir.

Continuando …

Parte 7: Um trauma nascido de onde menos se espera.

— E sobre o que vocês conversaram? Já que ele iria me contar mesmo, não é segredo. — Mari estava impaciente.

Anna foi direta e objetiva:

— Seu marido queria saber mais sobre casamento aberto, relações liberais … essas coisas. Nós, Paul e eu, apenas compartilhamos um pouco da nossa experiência e demos alguns conselhos.

Mas também aproveitou para alfinetar, tentando entender um pouco mais os pensamentos da Mari:

— Tudo é meio nebuloso para mim. Você tem desejos, isso é perceptível, mas me disse que ainda tem muitas restrições quanto a ser mais ousada com seu próprio marido. Eu não entendo.

— Eu não sou de ferro, claro que tenho desejos como toda e qualquer mulher. — Mari não esperava a pergunta da amiga.

— Mas Mari, Celo parece inclinado a experimentar. E muito por sua causa. Uma relação aberta só funciona quando a “casa está ajeitada”. Abrir a relação é apenas um complemento. — Anna insistiu, tentando colocar seu ponto de vista.

Mari se sentiu pressionada, mas foi honesta:

— E se ele achar que eu sou uma promíscua, uma vagabunda? E se ele me largar? Eu amo meu marido, não quero que ele pense essas coisas de mim. Não quero colocar meu casamento em risco.

— Sua idiota! Seu marido é um grande safado. Ele sim tem a alma liberal. Outro homem pegou nos seus seios e ele demonstrou muito preparo para a situação. Foi você que mandou mal, inventando uma briguinha ridícula por se sentir culpada. Estou errada? — Anna colocou os pingos nos “is”.

— Mas eu tenho medo, amiga. Isso já aconteceu antes … eu fui usada e jogada fora … — Mari se calou, não queria ser dramática e parecer vitimista.

— Aconteceu quando? Celo fez isso com …

— Não! Claro que não. — Mari a interrompeu rapidamente, antes que ela tirasse conclusões precipitadas. — Celo é um marido maravilhoso, perfeito. Aconteceu antes de eu conhecê-lo, antes de ficarmos … quer saber, deixa pra lá. Esquece o que eu disse.

Alheios à conversa entre as duas mulheres no quarto, Celo e Paul preparavam o café da manhã. Celo se ocupava dos ovos mexidos e do bacon, enquanto Paul passava o café e espremia laranjas.

Celo contou ao Paul, em detalhes, o que tinha acontecido na praia no dia anterior, e o motivo da Mari ter puxado Anna para uma conversa a sós.

Primeiro, Paul começou brincando:

— É sério que você rejeitou pegar nos peitinhos da garota? Eu amo seios. Não importa o tamanho. Acho que eles são um presente divino.

E logo em seguida falou sério:

— Eu acho que você já tem uma decisão tomada. Estou certo? Acho que pensou sobre o que conversamos, mas ainda tem alguma coisa que o prende, que o puxa para trás.

— Eu estou aberto a novas aventuras. Sempre ansiei por isso. Mas a Mari é outra história. Tudo com ela é difícil. Até um simples boquete … um anal, então … eu nem me lembro quando foi a última vez, mesmo assim, só após muita barganha e insistência. — Celo confessou ao amigo, sem hesitar.

— Você sabe se tem alguma coisa que a deixou assim? É apenas um pressentimento, mas eu acho que a sua esposa é um vulcão prestes a entrar em erupção. — Paul respondeu, sem pensar muito nas palavras.

Celo o encarou surpreso. A amizade entre eles ainda era nova e frágil para tal afirmação:

— Então você acha que a culpa é minha? Que eu não consigo despertar esse vulcão adormecido na minha própria esposa?

Paul percebeu que se expressou mal e rapidamente tentou consertar:

— Me desculpe, não foi isso que eu quis dizer …

Celo também percebeu que sua intenção, suas palavras, foram agressivas, diferente do que ele queria realmente dizer:

— Eu é que peço desculpas. Na verdade, foi uma pergunta honesta, pois sei que, apesar de tudo, eu não sou um homem experiente. Sou casado há mais de vinte anos, mas nunca tive uma vida sexual empolgante. Amo minha esposa, acabei me acomodando e deixando o medo de perder a Mari ditar minhas ações durante todo o nosso casamento.

Paul ouvia com atenção, sem interromper. Celo continuou:

— Não é que tenha faltado sexo, longe disso. Entretanto, ele sempre foi morno e repetitivo, quase como uma obrigação matrimonial. E só acontecia quando a Mari estava disposta.

Após pensar por alguns segundos, Paul propôs:

— Vamos fazer um teste. Eu vou passar o dia com a Mari e você com a Anna ...

Celo o encarou desconfiado e ele logo explicou:

— Mas sem nenhum tipo de envolvimento físico, fique tranquilo. É apenas para a gente saber, com mais certeza, se é isso mesmo que vocês querem ou se é apenas uma curiosidade motivada pela situação nova, desde que Anna e eu entramos na vida de vocês.

Ao ver as duas mulheres descendo as escadas, Paul parou de falar. Celo entendeu e logo mudou de assunto:

— Venham comer antes que esfrie. Nós caprichamos.

Um pouco envergonhada, Mari caminhou até o marido. Ela pegou em suas mãos e olhou em seus olhos:

— Me desculpe por ontem. Tudo aconteceu muito rápido e eu acabei me deixando levar pela situação. Você não …

Celo calou Mari com um beijo intenso e apaixonado. Ela chegou a perder o fôlego, surpresa e feliz com a atitude do marido.

— Nossa! O que foi isso? — Ela o encarava, entregue em seus braços, feliz.

— Vamos esquecer o que aconteceu. Nossos amigos chegaram e temos ainda três dias para curtir. — Ele pediu.

Celo puxou a cadeira para Mari se sentar e lhe serviu a comida que preparou. Naquele mesmo instante, Paul aproveitou e, mais afastado, conversou rapidamente com Anna, explicando a proposta que fez ao Celo. Ela recebeu sua ideia com entusiasmo:

— Sem direito a tirar uma casquinha? Será que eu aguento? — Anna brincou com o marido. — Deixa que eu falo com a Mari.

Paul seguiu o exemplo do Celo, também puxando a cadeira para Anna e a servindo. Os quatro tomaram o café da manhã conversando e brincando uns com os outros.

Celo precisava ser honesto com a esposa antes que Paul e Anna colocassem a ideia dele em prática. Celo pegou nas mãos da Mari e pediu:

— Vem comigo, amor. Precisamos conversar.

Anna e Paul ficaram surpresos e preocupados. Celo falou se dirigindo ao casal:

— Preciso contar à Mari sobre a nossa conversa. Eu acabei adiando, pensando demais e acabei não dizendo nada.

O casal amigo relaxou e Mari, receosa, seguiu o marido até o quintal. Estavam nervosos e nenhum dos dois quis se sentar. Celo começou:

— Na última semana, eu me encontrei com Paul e Anna no café que costumamos frequentar …

Em pouco mais de vinte minutos, Celo contou, de forma resumida, as partes mais importantes da conversa que teve com Anna e Paul. Mari ouviu com atenção, sem interromper e sempre pensativa, avaliando e absorvendo tudo o que o marido contava. Por fim, Celo concluiu:

— Sendo honesto, eu sempre pensei em tudo isso. No começo, de forma egoísta, assumo, mas ultimamente, não sei se por coincidência, com você tendo contato com esse mundo, e sendo mais espontânea, com nossa vida sexual melhorando … acho que deveríamos, pelo menos, tentar entender melhor esse mundo e ver se nos encaixamos.

Aquela vozinha interna, que sempre a acompanhou durante todo o casamento, tentou se fazer ouvir novamente: “vai cair nessa armadilha? Uma vez não foi o suficiente?”. Mas também, uma nova voz resolveu se contrapor: “Celo é seu porto seguro. Seu marido e companheiro. Durante esses mais de vinte anos, mesmo que você não o mereça, ele sempre esteve ao seu lado. Se joga, mulher. Até quando você vai viver no passado, com medo? Celo não é o filho da puta do Alberto. Ele está aqui até hoje, ao seu lado”.

Mari, sem saber muito bem o que dizer, processando lentamente o que acabara de ouvir, e muito timidamente, perguntou:

— É isso que você quer? Experimentar, explorar, ver o que pode acontecer?

Celo foi brutalmente honesto:

— Não é só uma questão de querer. É preciso. Algo tem que mudar, Mari. Você, desde que descobriu o estilo de vida do Paul e da Anna, é outra pessoa …

— O que você quer dizer? — Mari o interrompeu, confusa.

— Eu gosto dessa pessoa que você está se tornando. Essa versão, mais safada e desinibida, mais aberta e corajosa, me fascina. Eu quero mais dessa “Mari”.

A confissão do Celo foi forte e causou um impacto profundo na Mari.

— Eu amo você. — Mari o agarrou forte, beijando sua boca com uma volúpia que a queimava por dentro.

Anna, um pouco mais familiarizada com os desejos e anseios da Mari, entendendo ser o momento perfeito, assim que os dois se desgrudaram, não enrolou:

— Amiga, hoje nós vamos mudar as coisas um pouquinho. Seu marido já concordou e nós vamos trocar de parceiros …

{…}

Vinte e poucos anos atrás:

Após um orgasmo intenso, se recuperando dos espasmos e sensações incríveis que Alberto, seu noivo, conseguira arrancar de seu corpo, Mari começava a sentir sono.

— Nossa! Você acabou comigo, Alberto. Sinto falta de mais momentos como este, apenas nós dois.

Cínico, ele a encarou:

— Deixa de frescura. Sei que você está adorando esse novo mundo ao qual foi apresentada. Você é uma putinha bem safada, merece ser fodida de todos os jeitos e maneiras possíveis.

Mari realmente estava empolgada. Não só com aquele “novo mundo”, como também com o comportamento do noivo, consequência de ela aceitar fazer as vontades dele.

— Eu gosto, não nego. Mas agora que estamos noivos, eu também sinto falta de mais tempo a sós com você. Poxa, eu serei sua esposa, a mãe dos seus filhos …

— Relaxa, mulher. Nós temos todo o tempo do mundo. Você mal começou a faculdade, agora é hora da diversão. Esses anos passarão rápido e logo as responsabilidades se tornarão presentes. Vamos aproveitar “o hoje” e pensar nesse negócio de casamento mais pra frente. Eu também preciso focar na empresa, garantir o futuro. — Ele a interrompeu.

Preocupada, sem entender, ela o questionou:

— O que você quer dizer? Sei que tudo isso, nosso noivado, foi meio que uma jogada dos nossos pais, mas eu amo você de verdade. Achei que você também me amasse. Eu me entreguei a você e pensei que era o certo …

— É claro que eu amo você, vida. Tanto que estou aqui, não estou? Por que mais estaria se não a amasse? Eu já passei por isso e sei o quanto é importante aproveitar esse tempo. A faculdade costuma ser os melhores anos da nossa vida. Confesso que sinto falta. — Ele a acalmou.

Satisfeita com a resposta, pois Alberto era alguns anos mais velho e experiente, Mari buscou abrigo em seu peito. Com um sorriso debochado, ele disse:

— Preparei uma surpresa para você amanhã. Quero você linda. Meu cartão está na gaveta da escrivaninha. Vá ao salão, compre um vestido novo, sapato … virei buscá-la às dezenove horas.

Mari sabia que não tiraria nenhuma informação do noivo. Só sabia que, com a mais absoluta certeza, ele estava aprontando. Ansiosa, teve um pouco de dificuldade para dormir, mas finalmente conseguiu.

Mari acordou naquela manhã de sábado e Alberto já tinha saído, deixando apenas um bilhete no criado mudo com informações repetidas: “venho buscá-la às dezenove horas, esteja pronta. Capriche no visual”.

Conseguiu marcar unhas e cabeleireira no mesmo salão de sempre. Tinha um vestido novo, perfeito para a ocasião, precisando apenas de saltos que combinassem. Aproveitou a ida ao shopping para almoçar e escolher o calçado com calma, enquanto fazia hora para o seu horário marcado no salão.

Algumas horas depois, com tudo pronto, unhas, cabelo e calçado resolvidos, chegou em casa com tempo para se arrumar sem pressa e surpreender o noivo. Sua mente estava acelerada, pensando na surpresa que Alberto tinha preparado. Pensava em voz alta:

— Depois que aceitei essa relação menos tradicional, nossos finais de semana têm sido bem diferentes. Primeiro, fizemos um ménage com uma mulher. Na semana seguinte, uma troca de casais com amigos que ele já conhecia.

Mari começava a perceber um certo direcionamento nos encontros liberais.

— Em seguida, e acho que foi justo, fizemos um ménage com outro homem. Foi incrível demais. Jamais pensei que ter dois homens dentro de mim pudesse ser tão prazeroso — Mari viajou nas lembranças naquele momento. — O que será que Alberto está aprontando dessa vez?

Com a ansiedade e a dúvida martelando seus pensamentos, Mari tomou um banho mais do que caprichado, se arrumando em seguida. Próximo ao horário combinado, recebeu uma mensagem de Alberto:

“Me espere na frente do prédio, já estou chegando”.

Sorrindo, satisfeita com sua produção, ela desceu para esperar. Em poucos minutos, uma limusine estacionou na frente do prédio. Alberto, ao vê-la, sorriu maravilhado. Ela estava deslumbrante.

A postura era confiante, vestida com um elegante vestido longo que moldava perfeitamente sua silhueta. O tecido, suave e brilhante, deslizava pelo corpo com fluidez, destacando suas curvas de maneira sutil, mas atraente. O vestido, um tom profundo de vermelho, adicionava uma aura de mistério e sofisticação. O decote era moderadamente ousado, revelando um pouco de pele, enquanto uma fenda lateral na saia permitia um vislumbre elegante de suas pernas quando ela caminhava. As alças delicadas destacavam seus ombros e pescoço, complementados por joias discretas, brincos de brilhante e um colar fino de ouro. O cabelo estava arrumado de forma impecável, preso em um coque elegante. Ela exalava uma sensualidade refinada, sem perder o ar de classe e sofisticação. A maquiagem leve, feita para iluminar o rosto, complementava o visual sexy e elegante.

Por um segundo, embasbacado com toda a beleza e produção da noiva, Alberto quase fraquejou em sua determinação.

— Você está absolutamente espetacular. Fantástica! — Ele deu um selinho carinhoso em seus lábios.

Alberto fez sinal para que Mari entrasse na limusine e assim que ela colocou o pé para entrar, percebeu que não estavam sozinhos. Mesmo receosa, ela entrou. Assim que Alberto se sentou ao seu lado, ela perguntou:

— Amor? Quem são eles?

Sorrindo para ela, com olhares que praticamente a despiam, outros quatro homens a encaravam.

— Eles são a surpresa que eu prometi. Hoje é um dia especial para o meu amigo Mario, e todos vamos comemorar juntos. — Alberto respondeu.

Mário, o homem mais próximo dela, moreno claro, de olhar profundo, ombros largos e braços fortes, lhe estendeu a mão.

— É um prazer, Mari. Alberto sempre nos conta coisas maravilhosas a seu respeito. Ele é um homem de sorte. — Seu sorriso cínico denunciava o duplo sentido do cumprimento.

Mari ficou desconfortável, profundamente chateada com o Alberto. Ele tinha sua própria agenda, dominando rapidamente a situação.

— Amor, aquele ao lado do Mário é o Carlos. No outro banco, temos o Lauro e o Anselmo. Pode ficar tranquila, pois são todos amigos de confiança. Nós nos conhecemos desde sempre.

Mari sentiu um nó na garganta, prevendo o que Alberto queria. Tentando entender onde tinha se metido, ela, suplicando com o olhar, perguntou ao noivo:

— E para onde estamos indo? Quem mais vai participar dessa comemoração?

Ela ouviu o som de uma garrafa de champanhe sendo aberta, aquele estampido inconfundível e a voz do Mário respondendo:

— Alugamos essa incrível limusine. A festa é aqui mesmo. Você é nossa convidada de honra, cortesia do Alberto.

Sem acreditar nas palavras daquele homem, Mari olhou uma última vez para o noivo. Alberto disse:

— Você não me confessou que adora aqueles vídeos de gangbang? Então, preparei um especialmente para você. Divirta-se.

Incrédula, incapaz de lutar contra o que se anunciava, Mari não acreditava que Alberto interpretou de forma tão literal uma fantasia. Num misto de decepção e raiva, ela perguntou ao noivo:

— É isso mesmo que você quer? Tem certeza?

— Não é nosso primeiro rodeio, né? Sei que você tem curtido muito nossas aventuras. — Alberto sorria satisfeito.

Debochado, um dos homens disse:

— Falando em rodeio, se o boi concorda … — Todos os homens riram, inclusive Alberto.

Mari respirou fundo. Jamais imaginou estar naquela situação. Sentiu uma mão entrando pela fenda do vestido e apenas fechou os olhos, rezando para que aquele pesadelo acabasse rapidamente. Os dedos do Mário já roçavam em sua xoxota, acariciando delicadamente seu grelinho.

— Prometo que seremos carinhosos. Pode confiar.

Os quatros homens colocaram os paus para fora, punhetando levemente, enquanto Mário já erguia o vestido de Mari, começando a beijar suas coxas. Alberto assistia sem interromper, não demonstrando nenhum tipo de sentimento ou estímulo.

Mário puxou Mari para perto deles, fazendo com que ela se ajoelhasse entre os bancos, com dois homens de cada lado. Eram quatro picas eretas, apontadas para seu rosto.

Mário tinha um pau médio, de uns quinze centímetros. Nem fino e nem grosso. Ele bateu com o pau no rosto de Mari, de leve, apenas tentando fazer com que ela abrisse a boca. Ela ainda olhou uma última vez para o noivo, achando que conseguiria tirar alguma reação dele, antes de segurar firmemente e abocanhar o pau do Mário.

— Que boquinha macia … Alberto tem razão, essa putinha é quente. — Mário gemeu.

Carlos deu o pau para ela punhetar. Também era um pau médio, mas com a cabeça grande, parecendo um cogumelo. Lauro fez o mesmo, mas assustou Mari. Era um pau grande, de uns dezenove, vinte centímetros, mas fino. Anselmo esfregou o pau em seus ombros e costas e apesar de ser o menor pau presente, uns quatorze, quinze centímetros no máximo, era, de longe, o pau mais grosso ali. O dobro de circunferência em relação aos demais.

— Essa putinha sabe mesmo o que faz, rapazes. — Mário continuava gemendo.

Tentando ficar de frente para Alberto, querendo que ele olhasse em seus olhos, Mari abocanhou o pau grosso do Anselmo, olhando diretamente nos olhos do noivo.

— Caralho, mulher! Vai enfiar tudo na boca mesmo? Duvido.

Sem parar de encarar Alberto, Mari abria a boca o máximo que conseguia, empurrando e alargando, até que finalmente conseguiu enfiar até a metade da rola na boca.

— Puta que pariu … não é que ela conseguiu. Aí sim, Alberto. Sua puta é uma delícia.

A mão da Mari nem fechava na base daquele pau grosso. Sua mandíbula sofria para se manter tão aberta. Ela tirou o pau da boca e puxou o ar com força, tentando se recuperar do esforço. Ela sabia que precisava ser a dona da situação, controlar o que acontecia para tentar sair inteira ao final de tudo aquilo.

Os quatro homens, excitados e felizes com a aceitação da Mari, tentavam chamar sua atenção, disputando o espaço, um tentando furar a vez do outro.

— Putinha corajosa … ela não corre do pau. — Disse Anselmo.

— Essa gosta mesmo da coisa. Que danada. — Lauro completou.

Mas foi Mário quem falou o que Mari já sabia.

— Nem acreditei quando o Alberto sugeriu essa sacanagem. Quem diria que a noivinha com cara de santa, era na verdade uma putinha quase profissional.

Aquelas palavras machucaram Mari profundamente. Ela poderia parar com tudo naquele momento, mas quanto maior o amor, maior a decepção. Infelizmente, ela amava Alberto profundamente. Se era aquilo que ele queria, se aquilo o faria feliz, ela daria a ele a maior felicidade do mundo. Felicidade completa e sem restrições.

— Tô louco pra foder essa puta. Deixar essa safada cheia de porra. — Mário já se posicionava atrás da Mari, tentando tirar seu vestido.

— Eu também. Ela deve ter um cuzinho bem apertado … — Carlos já puxava as alças do vestido, expondo os seios.

Mari protestou:

— Ei! Não é assim que a banda toca … me mostrem do que são capazes e eu vejo se vocês serão merecedores ou não. — Ela novamente encarou Alberto, com raiva.

Em segundos, o vestido foi praticamente arrancado do seu corpo, restando apenas a minúscula calcinha de renda.

— Porra! Sua mulher é gostosa demais, Alberto. Sorte a nossa. Nem tô acreditando nisso. — Disse Anselmo, apertando um dos seios.

Mário acalmou os amigos:

— Safada desse jeito, ela não resiste. É claro que vai liberar tudo. Vamos deixar essa piranha toda gozada. Vamos ver se o Alberto falou mesmo a verdade.

Mari se sentia derrotada. Após meses de novas e interessantes descobertas, avaliava as consequências de aceitar os desejos do Alberto. Só entrou naquele meio por pressão do noivo. Gostou, é verdade, mas começou a se arrepender seriamente de suas escolhas.

— Empina esse rabo, putinha. Quero foder essa buceta. — Mário já a puxava com força, empurrando sua cabeça contra o banco.

— Assim não, né? Me deixa foder essa boquinha. — Anselmo protestou.

Mário nem se preocupou se Mari estava ou não excitada, ou se a lubrificação era propícia para a penetração. Ele deu algumas batidinhas com a cabeça da pica na bunda e já apontou na entrada da xoxota, empurrando sem muita preocupação.

— Devagar! Tá me machucando — Mari reclamou, fugindo da penetração.

Carlos empurrou Mário, pedindo passagem e fazendo Mari se deitar de costas no banco, se enfiando entre suas pernas:

— Vocês estão muitos afoitos. Só querem saber de meter. Me deixa chupar essa bucetinha antes de vocês gozarem. Uma xaninha tão linda merece um carinho.

Assim que a língua do homem tocou seu grelo, a reação foi inevitável. A xoxota começou a umedecer rapidamente. Carlos sabia o que fazia e Mari curtia o prazer em meio a situação tão decepcionante.

— Isso, putinha … solta esse mel. Tá gostando, né? — Carlos a provocou.

Mari tentou novamente encarar Alberto, que já punhetava o pau admirando a cena. Lauro disse:

— Um por vez. Todo mundo fodendo a putinha do Alberto em sequência. Olha a carinha dela, tá doida pra levar rola nessa buceta.

Carlos não perdeu tempo, abandonando a posição, colocando rapidamente a camisinha e penetrando Mari sem muita delicadeza.

— Já que estou aqui, serei o primeiro.

Mari ainda sentia o ardor da penetração, pois estava com os olhos fechados, sentindo o prazer inesperado daquela língua experiente em sua buceta.

— Sacanagem. A comemoração é para mim, porra! Já que está aí, não enrola. Goza logo.

Carlos estocou com ritmo, e sem ter o que fazer, Mari achou melhor se masturbar. Já que estava naquela situação, o melhor era aproveitar. A dependência emocional por Alberto a impedia de se livrar daquilo. Era incapaz de se fazer ouvir ou resistir.

— Puta que pariu! Que xana apertada. Vou gozar, putinha. Ahhhh …

Mari ficou meio decepcionada, pois estava quase entrando no clima. Mário estava ansioso e praticamente puxou o Carlos.

— Minha vez. Sai fora logo.

Os outros três homens já tinham se prevenido e colocado o preservativo. Mário, sempre afoito, penetrou com um pouco de brutalidade:

— Essa putinha é abusada … ela nem geme. Acho que o Carlos pegou leve demais. Se o carinho não resolve, vamos na força.

O pau não era lá grande coisa e Mari preferiu não reclamar, já que Alberto agora resolveu acompanhar o que acontecia mais atentamente.

— É assim que vai ser, piranha? Vou pegar pesado então.

O que veio a seguir, deixou Mari assustada. Mário a virou com tudo, a colocando de quatro no banco e passou a meter com força. O pau não tinha tamanho para machucar, mas os tapas estavam além do aceitável, estalando com força em suas nádegas.

— Para com isso, está me machucando. — Mari protestou.

Mário a virou novamente, segurando em seu pescoço, a pressionando contra o banco. Sendo enforcada, sem conseguir falar, ele continuou estocando, gozando segundos depois.

— A putinha é apertada mesmo. Não disse que tem que ser na força? Eu falei. Essas safadas liberais adoram uma pegada forte.

Mari tossia e tentava se recuperar. Apavorada, ela novamente suplicou com os olhos, encarando o noivo. Numa falsa intenção de apoio, Alberto veio até ela e beijou sua boca, se sentando ao seu lado e repousando a cabeça de Mari em seu colo.

— Quem é o próximo? — Alberto disse, destruindo de vez a confiança e o respeito que Mari tinha por ele.

O que era amor incondicional, uma promessa de vida a dois, se transformou em ódio dentro dela. Pelo menos naquele momento. “É isso mesmo que você quer? Então assista”. Ela pensou.

Mari se ajeitou no banco, ficando de quatro, e empinou bem a bunda:

— Vocês não ouviram? Quem é o próximo?

Lauro, o pirocudo, foi mais rápido. Já pincelando o pau na entrada da xoxota, ele começou a empurrar:

— Vai aguentar, putinha? Você percebeu que o tamanho é outro, né?

— Vai meter ou vai ficar se achando? Muita propaganda …

Irritado com o riso dos outros homens, Lauro meteu com força. Socando até o fundo, fazendo Mari sentir aquele pau batendo no fundo da sua xoxota. Como não era tão grosso, ela até sentiu prazer novamente.

— Tá sentindo, cachorra? Falei que era diferente … — Lauro adorava gabar.

Mari realmente sentia, mas era apenas desconforto, ardência, sintomas de um sexo ruim e indesejado. Por sorte, assim como os outros dois antes, Lauro gozou rapidamente.

O que mais a amedrontava estava prestes a se tornar realidade. Anselmo se posicionou entre suas pernas, mas ele foi o único a tratá-la com respeito, esfregando aquele pau grosso em seu grelo por alguns minutos, a deixando realmente excitada.

— Fique tranquila. Eu não sou como esses palhaços. Quero que você se lembre de mim da melhor forma.

Anselmo a puxou e tentou beijá-la, mas Mari virou o rosto. Não conseguia mais ter qualquer tipo de reação após ser tratada como um pedaço de carne de segunda.

— Estou sendo honesto, pode confiar. — Anselmo tentou ser gentil novamente.

Ele começou a forçar o pau com delicadeza, ganhando profundidade aos poucos. Mari já estava alheia a qualquer sensação, apenas rezando para que ele gozasse logo também, e seu infortúnio acabasse o mais rápido possível.

— Tá gostando, Mari? — Pelo menos ele demonstrou respeito, a chamando pelo nome.

Com medo dele se tornar bruto, ela mentiu:

— Sim, está gostoso.

Anselmo foi o que demorou mais e a grossura do pau, acabou sendo o fator determinante para o tormento dela. Após ele terminar, a buceta estava sensível e inchada, muito dolorida.

Ela implorou ao Alberto:

— Por favor, me leva para casa. Eu já fiz o que vocês queriam, não fiz? Estão satisfeitos?

Porém, Alberto ainda não estava satisfeito:

— Meu amor, esta parte foi só para esquentar. A festa vai começar agora.

Mari foi vendada por Alberto. Ela tentou resistir, mas seus braços foram imobilizados e amarrados. O noivo disse ao seu ouvido:

— Vou realizar sua fantasia completamente. Acredito que você estava curiosa com aquele lance de sodomia, não é? Eu a aconselho a relaxar e curtir. Vai ser mais prazeroso. Não lute contra, afinal, era isso que você queria.

Mari não conseguia entender de onde seu noivo tirou que esta era uma fantasia dela. Nunca foi.

Ela sentia as diversas mãos, bocas e línguas por seu corpo. Carícias, mordidas, apertões, lambidas … a mistura de sensações que deveriam ser de prazer, se transformava em tortura. Era refém daqueles homens, estava à mercê de suas vontades. Era virada de costas, apalpada, levava tapas na bunda, no rosto, beliscões nas coxas … voltavam a virá-la de bruços, repetindo o processo e aumentando a intensidade dos apertos e tapas.

Sentiu uma mordida mais forte nos seios, outras mais delicadas, tapas humilhantes no rosto, outros na bunda … sentia a ardência aumentar e a pele cada vez mais sensível pelas constantes “agressões”.

Foi praticamente empurrada para o assoalho e obrigada a se ajoelhar. Um dos homens segurando suas mãos amarradas, fazendo dela uma marionete.

— Posicionem a puta. Ela vai ter que chupar o pau de todo mundo. Precisa aprender que fantasias tem seu preço. Ela vai chupar até todos gozarem em sua boca.

Mari foi agarrada pelo pescoço, enquanto um pau já era empurrado para dentro, chegando a bater no fundo de sua garganta.

— É pra engolir tudo, piranha. Até a última gota.

Enquanto Mari chupava o pau, que praticamente fodia sua boca, sentia dedos lhe invadindo a sua xoxota e o seu cu. Não eram delicados, longe disso, a tratavam como uma mercadoria, destruindo sua autoestima e dignidade.

Foi arrastada para o banco novamente, sendo obrigada a montar sobre um dos homens. Pelo tamanho do pau que a penetrou, achou que era o Mário. Sentiu seu cuzinho sendo chupado por uma língua experiente e até começou a sentir algum prazer. Assim que percebeu que algum tipo de óleo era usado junto com o dedo que abria caminho por suas pregas, tentou protestar.

— Espera! O que vocês estão… — Foi calada com um tapa forte no rosto.

— Cala a boca, piranha. Sodomia é isso. Simulação de sexo forçado, brutal. Estamos apenas realizando seus desejos.

Nem teve tempo para gemer ao sentir a pica em seu ânus, pois outro pau já lhe invadia a boca, calando possíveis novos protestos

— Agora você vai chupar meu pau, safada. Engole tudo, bem obediente.

Pela dificuldade de penetração, ela teve a certeza de que era Anselmo, o pau mais grosso entre todos eles. Assustada, Mari começava a entender o tamanho da armadilha em que se encontrava.

Com o pau grande e fino fodendo sua boca, tendo os cabelos sendo usado como alavanca para aquela maldade, sentia o cu alargando e queimando, sendo aos poucos, preenchido pela rola grossa. Vendada, suas lágrimas eram recebidas pelo tecido, incapazes de serem notadas por seus “algozes”.

A humilhação não tinha fim:

— Que putinha sem graça. Parece uma boneca inflável. Não rebola, não geme, não grita … vou meter mais forte, quem sabe …

As estocadas no cu e na xoxota ganharam intensidade, assim como na boca. Mari entrou em estado de proteção, praticamente bloqueando o que acontecia, criando uma barreira protetiva da situação em que se encontrava.

Foi duplamente penetrada mais duas vezes por duplas diferentes. Teve a boca constantemente usada como buceta. Os seios e as nádegas já exibiam hematomas arroxeados e os músculos anais e vaginais estavam no limite de suas forças, inchados e intumescidos. O menor toque era recebido com sensibilidade extrema. Mari estava apática e letárgica, incapaz de demonstrar qualquer emoção.

Falso e manipulador, após ter colocado Mari naquela situação, Alberto ainda transferiu a responsabilidade. Após um beijo carinhoso na noiva, ele a abraçou:

— Espero que tenha gostado da surpresa. Eu disse que realizaria todos os seus sonhos e fantasias.

Mari não tinha forças nem para protestar. A limusine estacionou na frente do prédio do casal. Alberto nem se deu ao trabalho de sair do carro para acompanhar a noiva. Ele apenas disse:

— Hoje é um dia especial para o Mário, como você já sabe. Agora que realizamos sua fantasia, é a vez de ele comemorar. Não devo voltar tarde. Boa noite, amor. Descanse, você merece. — Ele se despediu e a limusine logo arrancou.

Mari subiu para o apartamento sozinha, derrotada, gozada e caminhando com dificuldade. Por sorte, não encontrou ninguém no caminho. Nem em seus piores pesadelos imaginava vivenciar tal situação. O banho demorado não conseguia lavar toda a humilhação que ela sentiu. Por horas, chorou sozinha, sentindo uma angústia opressora sendo cravada em sua alma. Uma voz de revolta surgia dentro dela: “Boas moças jamais se entregam de forma tão devassa e promíscua. Por que não lutou? Não se protegeu? Você merece tudo o que está sentindo”.

Com muita dificuldade, se afogando em uma tristeza sem fim, após horas de choro e autopiedade, Mari finalmente conseguiu pegar no sono. Estava tão esgotada que nem percebeu a chegada do Alberto, lá pelas seis da manhã.

A semana seguinte foi estranha. Alberto agia normalmente, como se nada tivesse acontecido. Carinhoso, dedicado, ele alimentava a dependência emocional da Mari, a manipulando com palavras doces e afeto constante:

— Foi só curtição, amor. Você me disse que queria experimentar coisas novas, ver como seria. Eu só fiz acontecer. Eu faço tudo por você. Somos liberais, livres para viver nossas fantasias e fetiches. Esquece isso, já passou. — Ele conseguia facilmente fazer com que ela se desarmasse e seguisse suas vontades.

Na sexta-feira, véspera de um evento importante, Alberto chegou em casa animado. Mari estava cansada da semana de estudos, mas Alberto conseguira manipular até mesmo seu sofrimento e suas lembranças do sábado anterior. O que a mantinha reticente sobre o que aconteceu, e ela sempre acabava concordando com tudo o que ele pedia.

— Amanhã iremos a um casamento. São pessoas importantes para o meu trabalho e eu quero você linda como sempre. Vá ao salão, compre um vestido se precisar … enfim, quero você na melhor forma. Precisamos impressionar toda a família. São investidores importantes, clientes especiais.

Como Alberto pediu, no dia seguinte Mari estava impecável. Um vestido longo azul marinho com detalhes em cetim. Decote discreto e totalmente elegante. O par de scarpins também escuros, e as joias mais marcantes, como o colar de pérolas que herdara da mãe, completavam o visual. A maquiagem mais elaborada destacava perfeitamente sua beleza.

Ao entrar na Igreja, seu coração gelou. No altar, à espera da futura esposa, um sorridente Mário acenou discretamente para o casal. Mari olhou para os lados assustada, escaneando o ambiente, procurando pelos outros três homens. Suspirou aliviada ao não encontrar sinal de nenhum deles. A decepção com que encarou Alberto, falou por ela. Ele ainda desdenhou:

— Algum problema, querida?

A cerimônia foi bonita e calma. Mari queria ir embora, mas precisou engolir o orgulho e aceitar a situação, seguindo o noivo para a recepção do casamento, em um salão de festas tradicional da cidade. Não queria decepcioná-lo. Infelizmente, Alberto a dominava por completo.

Na entrada do salão, os noivos esperavam os convidados. Ao ver Alberto e Mari, Mário foi excessivamente carinhoso, abraçando os dois. Enquanto Alberto cumprimentava a noiva, Mário falou baixinho no ouvido de Mari:

— Obrigado pela despedida de solteiro. Foi inesquecível.

A noiva também a abraçou:

— Nossa! Alberto fala tanto de você que eu estava ansiosa para conhecê-la. Obrigada pela presença, espero que aproveitem a noite.

Mari estava perturbada, sentindo sua pressão caindo. Ela fez um grande esforço para se manter em pé. Um dos garçons acompanhou ela e Alberto até sua mesa. Os lugares eram marcados.

Poucos minutos após se sentarem, nova surpresa: Carlos, Lauro e Anselmo também foram colocados ali.

— Mari, é um prazer revê-la. Senti saudade. — Lauro brincou com ela.

Carlos a olhava como um predador. Anselmo, apesar de mais educado, também a encarava com olhos gulosos. Mari se levantou atônita:

— Preciso ir à toalete. — Ela respirava com dificuldade, sentindo o ar faltar.

Alberto se fazia de desentendido:

— Não demore. Eles já estão servindo as bebidas.

Mari parou no corredor, assim que saiu do salão, sentindo as pernas bambas, tremendo de ansiedade. Achou que estava tendo um ataque de pânico. Via Alberto conversando com os homens, rindo sem se preocupar com mais nada. Tinha a certeza de que eles estavam falando dela. Uma avalanche de sentimentos contraditórios a invadiam. Tudo voltava com força, se revelando em seus pensamentos.

Demorou uma eternidade e só voltou à mesa quando os três homens tinham saído. Começava a perceber a indiferença do noivo em relação aos seus sentimentos. Sempre que os três voltavam, ela se levantava e saia novamente. Não conhecia ninguém na festa e andava sem rumo, apenas se esquivando deles.

Numa de suas “voltas”, acabou vendo Alberto e Mário conversando e se aproximou. Um vaso de plantas a mantinha fora da visão deles. Sem querer, acabou ouvindo a conversa. Alberto disse:

— Vou acabar com essa farsa muito em breve. Já estou de saco cheio. O velho encheu o saco, disse que era necessário. Acabei levando adiante.

Mário perguntou:

— A mulher é uma piranha, cara. Foi só você dar espaço que ela se revelou. Imagina se você não tivesse armado toda a situação? Ia ser corno no futuro e sem saber. Melhor assim.

Mari não conseguiu conter as lágrimas. Por sorte, já estava com sua bolsa, pois tinha ido ao banheiro retocar o batom. Saiu de fininho, sem que ninguém percebesse e pegou um táxi de volta para casa.

Alberto chegou quase de manhã, bêbado e se achando no direito de tirar satisfações:

— Você tem noção do que fez? Todos estavam perguntando por você. Como você me apronta uma dessas?

Mari, que havia chorado durante toda a noite, incapaz de relaxar, sentindo a depressão tomar conta dela, não tinha forças para discutir. Tinha até medo do que Alberto poderia fazer.

— Eu disse que eram clientes importantes, que eu …

Mari só tinha uma pergunta. Mesmo sabendo a resposta, resolveu perguntar, o interrompendo:

— O que foi aquilo na semana passada? Você me usou?

Alberto deu uma risada alta:

— Aquilo foi apenas uma despedida de solteiro para o meu amigo. Nada de mais.

— E eu fui a prostituta? — Mari criou coragem para confrontá-lo.

— Ah, para, vai. Chega de drama. Você se saiu muito bem. Deu conta do recado. — Alberto ainda sorria debochado.

— Devo me preocupar com o que você vai organizar no nosso casamento, então? — Com raiva, ela o questionou.

Alberto perdeu a linha de vez:

— Sua imunda. Você acha mesmo que eu me casaria como uma puta como você? Você não passa de diversão para mim. Esse pedido de noivado foi apenas uma fachada, uma forma de testar você. Eu sabia que você era uma devassa, uma rampeira. Acha que eu me casaria com uma mulher que adora dar pra três, quatro homens na mesma noite? Se enxerga, garota.

Continua …

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Comentários

Foto de perfil de Leon-Medrado

Boa tarde Meninas. Até que enfim eu consegui ler essa parte. Realmente, entramos finalmente no drama, até o talo, e a conversa leve e promissora do início, sugerindo um swing light, entre os dois casais, na casa de praia, foi completamente devastada pela violência da revelação do trauma da Mari. Daí, até no final, o gosto desagradável e revoltante do abuso, do estupro, da falta de caráter dos machistas, brutos e poderosos, opressores, e violentos, dominou o conto, a tal ponto que fiquei com gosto de fel na boca, e esqueci a metade inicial. Minhas observações não são para diminuir, pelo contrário, busco apresentar observações que possam ajudar a melhorar sempre. O texto está muito bom, escrita impecável, narrativa excelente, sem excessos, sem devaneios, sem explicações desnecessárias. Enxugaram bem. Cabe comentar: Algumas coisas, ao meu ver, extrapolaram um pouco o nível de credibilidade. Por ex.: Chegar perto do noivo e do amigo, atrás de uma planta, perto suficiente para ouvir uma conversa, no meio de uma festa, com todos os sons ambientes, é coisa de novela mesmo, solução que passa aceitável tratando-se de ficção. Na vida real não dá. Mas funcionou aqui. E outra: essa vozinha de consciência da Mari, que aparece algumas vezes na história, me pareceu super hiper consciente demais. Deve ser uma consciência muito preparada. Vale uma fortuna. Deve ter alguma conexão com inteligência artificial. Fiquei admirado. Hahaha estou brincando. "Aquela vozinha interna, que sempre a acompanhou durante todo o casamento, tentou se fazer ouvir novamente: “vai cair nessa armadilha? Uma vez não foi o suficiente?”. Mas também, uma nova voz resolveu se contrapor: “Celo é seu porto seguro. Seu marido e companheiro. Durante esses mais de vinte anos, mesmo que você não o mereça, ele sempre esteve ao seu lado. Se joga, mulher. Até quando você vai viver no passado, com medo? Celo não é o filho da puta do Alberto. Ele está aqui até hoje, ao seu lado”. - Me soou muito elaborada, e compacta num ínico bloco. Podia ter sido diluída em pedaços. Colocada naquele ponto da narrativa, de uma vez só, soou exagerada, pois não sabíamos ainda do drama que viria a seguir. Entenderam o meu ponto? É o que eu tenho a contribuir. Gostei muito do texto, mesmo achando a novela "esticada" para um conto erótico, a parte de drama vem tomando mais tempo do que o erotismo, Mas, estão de parabéns com essa trama muito bem costurada até agora. Certamente, vocês tem dos melhores textos narrativos entre os autores mais atuantes de casa. Muitas estrelas.

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Parabéns meninas pelo capitulo excepcional, apesar de ter me embrulhado o estômago com esse Alberto, agora dá pra entender um pouco o "travamento" da Mari!

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Parabéns meninas!!! Muito bom...

É o tipo de história que eu gosto em que se narra muito mais do que simplesmente sexo.

Explorar a profundidade dos personagens é para poucos. Vocês realmente são muito talentosas!

Qt a história não sei como contribuir com algo a mais do que já foi dito!! Infelizmente relacionamentos como estes são mais comuns do que se imagina.

E eu sempre gosto de pensar que tudo acontece por um acaso. Nossas escolhas se baseiam nas experiências e relações que mantemos durante a vida...qd vc estar num relacionamento e ama essa pessoa você precisa entender e cuidar de seu companheiro (a) como um todo.

Bjo... parabéns mais uma vez.

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Apesar de todo o comentário abaixo, o texto está irretocável, e esclarece bem a situação do passado e o motivo do trauma.

Agora e esperar e torcer pela superação.

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Nossa.

Pesado demais.

Já era esperado algo assim, mas foi mais forte e intenso que eu imaginei.

Percebe-se que apesar de ela ter conseguido seguir a vida, de fato não superou o trauma, nem sei se é possível superar um trauma desse.

Uma coisa é fazer sabendo e concordando, outra é ser pega de surpresa, achar que é o que o (pseudo) companheiro quer, praticamente forçada, e depois ser humilhada como foi. As coisas que se faz e se fala no calor do tesão, muitas vezes são relevadas e até apreciadas, mas depois que a adrenalina baixa, no dia seguinte, ser humilhada como ela foi... Impensavel

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Outro belo capítulo, pesado, porém necessário para ter um maior intendimento do que Mari passou, e o que causou o trauma que a assombra até hoje.

Ótimo capítulo. Parabéns meninas!

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Essa parte foi forte. Serviu pra explicar bastante coisa. Já dá pra imaginar um pouco melhor o que vocês estão desenvolvendo. Excelente!

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Sinceramente não consigui ler todas as partes do capítulo, é muita crueldade! Agora dá para entender bem todo trauma da Mari. Sinceramente depois disso tudo só de ela ter conseguido seguir sua vida já mostra o quanto ela é uma mulher forte.

Muito bom como sempre.

Parabéns Meninas!

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Querida Whisper, peço desculpas, mas este capitulo tinha que mostrar de forma inequívoca o motivo do trauma da protagonista. E voce esta certa, ela é muito forte.

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Concordo, tinha que ser colocado sim. Só não consegui ler por causa de um trauma pessoal, então evito ler certa partes.

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Eu pensei bastante em você quando estava desenvolvendo essa parte. Saiba que o mais difícil já passou. Ainda teremos dramas intensos, mas nada como isso pela frente.

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Eu sei que as vezes não tem como não introduzir certas partes na história, é algo necessário para deixar bem entendido o que realmente aconteceu, quando são partes assim eu só evito ler tudo, vou pulando algumas partes, mas nunca deixo de seguir a história se ela for boa, é essa sem dúvida é ótima!

Obrigada pelo carinho 🤗😘

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Caramba, foi tenso demais.

Fiquei aqui imaginando todo o sofrimento dessa jovem.

que humilhação.

Ela foi tratada pior do que qualquer prostituda daquelas mais barraqueiras... que dó.

mas ele conseguiu fechar com chave de outro toda a humilhação, escorraçando com ela no final.

que verme, merecia um castigo gigantesco tanto quanto sua canalhice.

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Neto, meu amigo, muito grata pelo comentário.

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Porra que capítulo !!!!!!!! De onde vocês tiram estas ideias ? Suruba na limousine !!!! O FDP ainda fez a noiva participar da despedida do amigo.

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Temos a vantagem de sermos três cabeças pensando !!!

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Muito bom, pena que demora a continuação

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São três autoras, amigo. É difícil alinhar e desenvolver o pensamento de todas. Demora um pouco mais, mas é feito com muito carinho e dedicação.

Obrigada pela leitura e comentário.

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e que carinho heinn, textos simplesmente espetaculares... mais uma vez parabéns

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Foto de perfil de Samas

Excelente capitulo! Muitas revelações do passado e as peças estão se encaixando

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Samas, muito grata por nos acompanhar.

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