Me leve para a praia 15

Um conto erótico de R. Valentim
Categoria: Gay
Contém 4530 palavras
Data: 14/09/2024 23:51:47
Assuntos: Amigo, Beijo, Gay, nerd, Oral, Sexo gay

Meu coração está acelerado, Ciço pediu a suíte especial para a gente, estou muito animado e um pouco envergonhado, é minha primeira vez em um motel e a atendente nos olhou com julgamento ao perceber a ausência de uma garota dentro do carro. Já o Ciço pareceu nem se importar muito com o julgamento da atendente, ele está numa felicidade que nada pode estragar e não julgo ele, pois também me sinto como se fogos de artifício estivessem explodindo dentro de mim. Ele dirige até o estacionamento do nosso quarto, mas segura minha mão antes de descermos.

— Sabe que não precisamos fazer nada que você não queria, né? — Ele diz, olhando no fundo dos meus olhos.

— Eu sei, mas acredite, eu quero isso mais do que tudo, estou pronto para ser seu — minha resposta o deixou ainda mais animado, consigo ver seu volume nitidamente marcado na bermuda.

O quarto é bonito, tem uma luz vermelha e é bem amplo, tem uma cama grande e um espelho grande na parede, ainda bem que não é no teto, eu surtaria de medo dele cair em cima da gente, tem também um sofá de formato estranho, porém, pensando bem, ele deve facilitar certas posições, também tem uma TV e duas portas, uma que dá para o banheiro e outra para uma área externa com uma hidromassagem, nunca usei uma hidromassagem antes, não sei nem ligar um negócio desses.

Ciço liga o ar-condicionado e tira a camisa, seu peitoral lindo ganha toda minha atenção, depois ele tira a bermuda e a cueca juntos, ficando completamente pelado na minha frente, ele é lindo demais, poderia ficar olhando para ele a noite toda, mas por sorte posso fazer bem mais que apenas olhar, ele faz um gesto de cabeça e entendo o que ele quer, começo a tirar minha roupa também e ficamos os dois pelados um de frente para o outro, ele me olha com admiração e desejo, não muito diferente da forma como faço.

— Você é lindo — ele diz.

— Você quem é — respondo.

Ciço vem até mim e me beija, seus braços me envolvem e me apertando contra seu corpo quente e definido, seguro seu rosto com delicadeza e retribui seu beijo, sua língua invade minha boca e se envolve com a minha, seu membro rígido pressionado contra meu corpo e o meu no dele, nosso beijo me tira o fôlego e preciso de um pouco de ar, ele não perde tempo e avança para meus mamilos, por seu meio cheio sempre tive um pouco de vergonha do meu corpo, mas com ele me desejando dessa forma todos os meus medos bobos desaparecem, Ciço me deseja da mesma forma que o desejo, isso é surreal e muito sexy, ser desejado é incrivelmente viciante.

Aos poucos, ele me guia para a cama, deitando seu corpo sobre o meu e voltando a beijar minha boca. Ciço está entre minhas pernas, sinto seu pau roçando o meu, causando pequenos choques pelo meu corpo inteiro. Ele beija meu pescoço, depois meu peito, minha barriga até chegar ao meu pau, ele o segura pela base e me encara nos olhos. O safado me engole inteiro — porra — minha alma quase sai do meu corpo, ele está ficando cada vez melhor com a boca, sua língua passa por todo meu pau e então volto a estar dentro de sua boca quente e molhada. A cada sugada, sinto que meu prazer aumenta.

— Porra, você é incrível nisso.

— Você que é uma delícia — ele diz, se deliciando com meu pré-gozo.

Ele me chupa com tanta vontade que sofro para segurar meu gozo, quero que nossa noite dure e não vou gozar ainda. Ciço aumenta a velocidade da sua mamada, me fazendo foder sua boca — puta que pariu, que delícia — estou gemendo loucamente, estou em suas mãos, pode fazer o que quiser comigo que não vou reclamar, quero ser dele por inteiro essa noite. Percebendo que estou no ponto em que ele queria, ele pega um lubrificante de dentro de sua nécessaire e umedece bem dois dedos, respiro fundo e relaxo, sua boca volta a engolir meu pau enquanto sinto seus dedos forçando lentamente uma entrada em mim.

Meu corpo treme e um gemido de prazer me escapa, seus dedos me penetram com facilidade, fecho os olhos e passo a imaginar como deve ser a sensação que vou sentir quando for seu pau. Ciço me penetra com dois dedos de forma delicada, sem pressa, cada vez mais fundo e, quanto mais os sinto dentro de mim, mais meu corpo implora por isso. Sua boca me engole por inteiro ao mesmo tempo em que seus dedos vão ainda mais fundo tocando minha próstata, meus músculos se contraem e, por um momento, penso que vou gozar, entretanto consigo segurar, meus olhos lacrimejam de prazer enquanto ele me fode com seus dedos e meu pau com sua boca, tudo em um movimento coordenado. Ciço é muito safado.

Seus dedos me penetram com velocidade, meus gemidos estão descontrolados, enquanto usa a outra mão para me masturbar, não consigo mais segurar e minha porra escapa, melando seu rosto inteiro. A cada jato que sai de mim, meu corpo inteiro treme. Ciço sempre me surpreende na cama, quando acho que não posso sentir mais prazer, ele me dá um orgasmo só com sua boca e seus dedos. Minha ansiedade por ser fodido por ele aumenta ainda mais agora, com a língua, o safado limpa seu lábio e prova do meu prazer.

— Não queria gozar agora, desculpa — falei.

— Não se preocupe, não, que eu comecei agora — seu sorriso de malícia me instiga.

Sou beijado novamente, agora compartilhando meu gosto com ele, depois ele levanta e vai até o banheiro limpar seu rosto, quando volta me chama para a hidro, estou tão animado, é a primeira vez que vou entrar numa dessas, dizem que é muito bom, ele a liga sem nenhuma dificuldade, o que me faz pensar que ele já deve ter usado antes, mas não quero pensar nisso agora, não vou deixar minha insegurança interferir nesse momento.

Ciço parece me ler com facilidade, percebendo minha ansiedade, querendo entrar em nosso momento. Ele me beija e me abraça, depois me olha nos olhos e diz — eu te amo — essa frase aquece meu coração como se uma fogueira fosse acesa dentro de mim. Quando percebe minha melhora, me ajuda a entrar na hidro, a água está quente e as bolhas me fazem relaxar, ele está sentado no meu colo de frente para mim. Ciço me beija de forma apaixonada, suas mãos acariciam meu rosto, estou muito apaixonado por esse cara.

— Ciço, eu te amo.

— Também te amo, Dan.

Seu corpo sobe e desce, fazendo meu pau roçar em sua bunda, estou duro feito pedra de novo, o abraço com força para que não haja espaço entre nós, ele morde meu lábio inferior, me provocando. Ciço sabe como me tirar do sério, esse cara é provocador e sensual na medida certa, ainda tenho dificuldade de acreditar que isso não é um sonho e, se for, espero nunca despertar dele. Agora é minha vez de dar prazer a ele, peço para que sente na borda da hidro, depois fico de quatro para que tenha uma boa visão da minha bunda, da forma mais puta que consigo, seguro em seu pau e coloco em minha boca.

Sua mão segura meu cabelo e me faz engolir seu pau o máximo que consigo. Com a outra mão, ele me atiça passando seu dedo na minha entrada, até que seu dedo escorrega para dentro de mim. Ciço agora fode minha boca e minha bunda ao mesmo tempo, sinto seu gosto inundando minha boca, seu pau vai deixando um gosto salgado em minha boca do seu pré-gozo, isso serve como combustível para que o chupe com ainda mais dedicação. Ele não é o único que está pegando prática.

— Nossa, você tem o melhor boquete que já recebi, Dan — ele revela entre um gemido e outro.

— Só eu sei do que você gosta? — Pergunto com a língua contornando a cabeça do seu membro delicioso.

— Só você me deixa assim, alucinado de tesão.

Ciço me puxa para um beijo apaixonado, agora sou eu quem fica no seu colo com seu pau pressionando minha entrada, porém sem entrar, mesmo sem entrar já sou capaz de sentir um enorme prazer, minha entrada está piscando e pedindo por ele, ficamos assim por um tempo apenas nas provocações, meu pau chega a doer de tão duro, nem parece que gozei agora há pouco, tudo ali mexe comigo, a hidro, seus beijos, suas mãos no meu corpo, seu pau roçando em mim, não existe outro lugar em que eu queria estar agora.

O fogo entre nós fica intenso. Ciço me leva de volta para a cama, mas agora pede para ficar de quatro. Suas mãos abrem caminho para que sua língua alcance minha entrada. Vou ao céu, meus olhos reviram recebendo sua língua, mas quero mais, não aguento mais esperar, quero senti-lo agora. Ele entende meu desejo e busca em suas coisas a camisinha, o lubrificante e uma outra pomada que não sei o que é, só que confio nele, então permaneço de quatro com meu rosto no travesseiro, viro, viro. Pela primeira vez estou sentindo o meu , dessa forma consigo ficar ainda mais exposto para ele.

— O César me indicou essa pomada, é um relaxante muscular para não doer muito. Já que é nossa primeira vez, quero que seja perfeito para você.

Sinto seus dedos penetrando enquanto ele passa a pomada, depois veste a camisinha e lubrifica bastante seu membro. Ciço tem um pau muito grosso, mas estou tão relaxado que não é preciso forçar muito para que ele entre. A pomada ajuda num primeiro momento, mesmo assim dói um pouco, então ele tira. Resolvemos tentar de novo, só que dessa vez de lado. Assim, quando ele entra em mim de novo, a dor é bem menor, ele vai devagar e com muita paciência. A medida que ele coloca seu pau dentro de mim deixa por um tempo para que meu corpo se acostume. Não tenho palavras para descrever o nível de tesão que estou sentindo.

Estou muito feliz de que minha primeira vez esteja sendo com ele. Ciço entra em mim até alcançar minha próstata e volta quase tirando seu pau de dentro, e então volta a meter, viro meu rosto buscando por sua boca e então nos beijamos, tornando a experiência de estar sendo comido por ele ainda melhor. O beijo dá o sinal verde para que ele meta com mais vontade, ele soca com força, fazendo o som dos nossos corpos se encontrando ecoar pelo quarto. Estou gemendo no seu beijo, a dor vai cessando aos poucos, acredito que o relaxante muscular está fazendo uma grande diferença.

Pela primeira vez estou sentindo a real proporção de sua espessura, Ciço está me preenchendo com seu pau de tal forma que quando ele sai chego a sentir um vazio dentro de mim, ele quer mudar de posição a atendo ao desejo do meu ativo gostoso, Ciço me cola de frango assado e assim consigo sentir seu pau ainda melhor, nessa posição ele consegue alcançar minha boca, ele me beija com urgência e muita lascívia, ao mesmo tempo em que me fode com força e muita vontade, seus movimentos são preciosos, suas estocadas me fazem revirar os olhos, estou chorando na pica dele, como dizem, meus olhos lacrimejando, meus músculos se contraindo.

Estou em completo estado de êxtase, ele para em alguns momentos, imagino que seja por não querer gozar ainda, seu corpo está coberto de suor mesmo com o quarto muito frio por causa do ar, vejo em seus olhos que ele, assim como eu, está tomado por luxúria e desejo, quero que essa experiência seja a melhor da vida dele, como está sendo da minha, então dessa vez sou eu quem pede para mudarmos de posição. Quando fico de quatro, ouço sua risada gostosa, ele não está esperando por isso, já deu para perceber que essa é sua posição favorita.

Já estou largo de suas estocadas, por isso dessa vez ele desliza para dentro de mim sem muita dificuldade, ele fica em pé em cima da cama, para conseguir um ângulo em que seu pau entra por inteiro dentro de mim, nossa estou aproveitando para gemer alto do jeito que quero, seus urros de prazer se juntando aos meus gemidos, Ciço me fode com virilidade, segurando meu quadril com tanta força que deve ficar marcado em minha pele, ele mete nessa posição até cansarmos, deito de bruços com ele ainda dentro, ele beija minha nuca enquanto continua metendo em mim, parecíamos dois animais no cio, ele não consegue parar de meter e nem eu quero que ele pare, estou viciado no pau dele agora não tem mais volta.

Depois de um tempo deitado em cima de mim, ele levanta, ficando de joelhos, tira a camisinha e aproxima seu pau do meu rosto, começa a se masturbar com força e não demora até esporrar minha cara inteira, me levando ao ápice, mal toco no meu pau para gozar também, expirei pela segunda vez com seu pau dentro da minha boca, bebendo o resto do seu néctar.

— Isso foi incrível — ele diz com a respiração pesada, deitando-se do meu lado.

— Foi muito melhor do que imaginei que seria — falei enquanto limpo meu rosto no lençol.

Ele deita a cabeça no meu peito e passa sua perna por cima de mim, o calor do seu corpo me ajuda a suportar o frio do quarto, meu coração está a mil por hora, e o vazio que estou sentindo dentro de mim causa arrepios, a memória muscular ainda recorda a experiência que acabei de ter, ele me pergunta se estou bem com sua voz rouca e cansada, nem tenho palavras, apenas beijo sua boca de forma doce e o abraço com força, ficamos assim quentinhos na cama até recuperar as energias.

— Estou morrendo de fome — falei.

— Quer ir à cidade atrás de algo para comer? — Ele me pergunta.

— Pode ser, depois a gente volta para casa? — Pergunto.

— Pode ser, mas hoje quero dormir com você de novo — diz Ciço, todo manhoso.

Após um merecido banho, Ciço paga pelo quarto e saímos em busca de algum lugar para comermos. Vamos até o centro da cidade, onde Bia diz que pode estar aberto ainda, são quase dez da noite em uma quinta de carnaval, então demos sorte, encontramos um espetinho muito simpático. Ciço está duas vezes mais romântico desde que tivemos nossa primeira vez, segurou minha mão o caminho todo no carro e agora, assim que fico ao seu lado, ele me pede minha mão de novo. Estou morrendo de vergonha, mas andar de mãos dadas com o tesudo desse não tem coisa melhor para o ego e aqui não tenho conhecidos, então estou me sentindo seguro para demonstrar afeto em público.

Ele faz nosso pedido enquanto espero na mesa. Nossa primeira vez foi muito maravilhosa, mas minhas pernas estão sem forças ainda, não sei se consigo ficar em pé por muito tempo, estou um pouco dolorido ainda, mas a felicidade de finalmente ter transado com Ciço superará qualquer desconforto, ainda mais com ele todo preocupado comigo do jeito que está, ele está com um sorriso bobo que ilumina minha noite, sua beleza parece realçada depois do que fizemos, ele também chegou ao seu ápice junto comigo, é nítido no seu olhar que está satisfeito.

— Pedi dois de porco, dois de carne e dois de frango, com um baião para acompanhar.

— Certo, obrigado, amor — a palavra amor fez seu sorriso ficar ainda mais radiante.

— Danny boy, você vai me fazer te arrastar até aquele carro e foder com você de novo falando assim — ele diz cheio de desejo.

— É amor, você gosta quando te chamo de amor? — O provoquei.

— Amor, sério, eu vou ficar de pau duro aqui — começo a rir da forma séria como ele fala isso.

— Parei, não quero meu amor de pau duro em público.

— Você gosta de me provocar, né? — Seu sorriso de malícia começa a me atiçar, então é melhor pararmos por hora.

— Ciço, pronto, parei — digo, me rendendo.

— Você é o cara mais foda que já conheci, sabia? Tipo, eu quis ser teu amigo no momento em que olhei para ti — ele diz, me deixando vermelho.

— Pois eu te achei um metido a besta e queria distância de ti — agora é a vez dele gargalhar com algo que eu disse.

— Totalmente romântico, mas eu já sabia disso — ele muda sua postura na mesa e começa a me imitar — meu nome é Daniel e não Dan.

— Desculpa por isso — falei.

— Não se desculpe não, foi por causa disso que eu fiquei maluco para ser seu amigo — agora ele tem minha atenção — fiquei pensando em você até nossa primeira aula particular, queria entender por que você não queria ser meu amigo.

— Deve ter sido um golpe, já que todos querem ser amigos do Ciço — falo rindo e ele concorda com a cabeça.

— Desde o colégio, me acostumei a ter muitos amigos, mas você me destratou de graça e, no lugar de ficar puto com você, eu quis ser seu amigo, mas agora sei que não era por isso que fiquei com você na cabeça.

— E por que foi então? — O clima fica intenso de repente, não consigo desviar o olhar dos seus olhos.

— Fiquei afim de você, você é tão inteligente e bonito.

— Não sou bonito — digo, dando voz à minha insegurança.

— Está brincando comigo? Você é lindo, Dan — suas palavras me atingem, têm veracidade na forma como ele me olha. Queria me ver pela lente com que ele me enxerga, talvez assim aprendesse a gostar mais de mim.

— Eu te achei o cara mais bonito do mundo no segundo em que você entrou na sala, por isso não quis ser seu amigo, fiquei com medo de me apaixonar por você e quebrar meu coração — estou sorrindo ao dizer isso, mas meus olhos ficaram tristes por lembrar da dor que senti quando Rick sumiu da minha vida e pensar que isso provavelmente doeria dez vezes mais se fosse com o Ciço. O medo de perdê-lo me toma de novo.

— Jamais vou quebrar seu coração, Daniel — ele segura minha mão, nunca o tinha visto tão sério como agora — eu sempre fui um cara sozinho, mesmo cercado de gente, eu nunca tive ninguém, isso até conhecer você — Ciço se permite mostrar sua vulnerabilidade pela primeira vez diante de mim.

— Ciço — ele beija minha mãe e continua a falar.

— Dan, você chegou e preencheu meu vazio, você foi o primeiro amigo que eu tive que não queria nada de mim, além da minha companhia, você me conquistou e continua conquistando com esse seu jeito espontâneo.

— Não sei o que dizer — estou emocionado com sua declaração.

— Você já me disse tudo que eu sempre quis ouvir, quando me falou eu te amo pela primeira vez — Ciço beija minha mão de novo e, agora vencendo minha timidez, beijo a sua também.

Nosso pedido fica pronto e começamos a comer para não cairmos os dois em lágrimas. Ele está rindo porque lembrou que eu o beijei na frente de todos por causa de ciúmes, esse besta, mas eu sei que ele o ama por ter assumido ele na frente do pessoal. Ciço está andando nas nuvens desde então, sempre quando estamos juntos só nós dois me sinto completo, livre.

Com Ciço posso ser quem eu sou, não tenho que me esforçar e nem provar que mereço sua companhia, não é justo falar que meus pais me cobram isso, mas essa condição que impus em minha vida de que preciso me provar o tempo todo, ser a pessoa que valeu a pena ser resgatada, tudo isso cansa tanto e com ele não preciso. Ciço simplesmente me vê, para ele eu sou quem preciso ser e ele ter verbalizado isso me tirou um peso gigante das costas. Saber que basto para ele é libertador de certa forma.

— No que você está pensando agora? — Ele sempre sabe quando estou perdido em pensamentos.

— No quanto tenho sorte de te conhecer.

— Então somos dois.

Ele paga a conta quando terminamos e assim voltamos para o carro de mãos dadas. Dessa vez, ele pega a chave. Segundo ele, já está bem para dirigir. Ele parou de beber já tem um tempo e, pelo tanto que a gente suou fazendo sexo, até posso acreditar em sua sobriedade. Ele vai dirigindo, porém não está pegando o caminho de casa. Quando pergunto para onde estamos indo, ele só diz que precisa abastecer, mas depois de saímos do posto, ele continua tomando o caminho de volta para a praia e não para casa onde estão nossos amigos. Provavelmente ele quer me fazer uma surpresa, então vou deixá-lo me levar para onde quer sem reclamar. Ciço segura minha mão o tempo todo.

Quando finalmente chegamos no nosso destino ele estaciona perto da praia, numa parte sem barraca, Ciço beija minha mãos deixa e desce do carro, o acompanho, fora do carro ele segura minha mão de novo e vamos caminhando na areia, só paro para tirar o chinelo e sentir a areia nos meus pés — ondas quebram na praia com o som que é tão familiar para mim. A maresia da noite me invade, completando minha paz interior. Ele me leva até o mar tocar nossos pés, então , ele se ajoelha segurando minha mão, meus olhos se enchem d'água.

— Daniel, quer ser meu namorado e acabar de vez com o vazio da minha vida?

— Claro que eu quero.

— Que o mar seja nossa testemunha.

— EU AMO O CÍCERO! — Grito com toda a força.

— EU AMO O DANIEL! — Ele grita também.

Estamos rindo e nos beijando agora, ele me abraça com força e tenta me erguer do chão, mas perdemos o equilíbrio e vamos ao chão, o que só nos arranca mais risadas, Ciço é muito palhaço, estou feliz de verdade, ele disse que iria me surpreender com o pedido de namoro e assim ele fez, até pensei que ele pediria no momento em que estávamos nos confessando na praça.

— Você está chorando como falei que ficaria — ele diz vitorioso.

— Estou, mas de felicidade — ele enxuga minhas lágrimas.

Aproveitando que estamos no chão, ele deita seu corpo sobre o meu e me beija, assim ficamos trocando carícias e beijos até perdermos a hora, Ciço é lindo e tão atencioso, seus beijos são doces como mel, o calor do seu corpo me aquece por inteiro, estar com ele rolando na areia não tem preço, ele tem um jeito só dele de me deixar feliz, não querer que a hora passe.

— Vamos ficar para ver o nascer do sol? — Pergunto.

— Eu quero, mas você vai congelar nesse frio — ele tem razão, não posso ficar doente no início da nossa viagem, então aceito ir embora, pelo menos estou com ele.

Voltamos para o carro, porém antes que ele dar partida no carro, Ciço tira sua corrente de prata do pescoço e coloca em mim, estou sem saber o que dizer, ele apenas sorri, depois liga o carro e nos tira dali e assim voltamos para casa, só que percebo que ele toma outro caminho, acho estranho, porém estou decidido a segui-lo para onde for.

Ciço, para o carro em frente a uma pousada perto da praia, tem uns quartos com varanda que dão para o mar, não estou acreditando que ele vai fazer isso, ela é modesta e muito bonita, tem uma decoração rústica, ele pega sua nécessaire e desce do carro, o sigo ainda sem acreditar que ele vai fazer isso.

— Ciço o que você vai fazer? — Pergunto.

— Meu namorado quer ver o sol nascer na praia, ele vai ver o sol nascer na praia — ele diz, me dando um selinho e segurando minha mão, ele me leva até a recepção da pousada.

Por sorte, tem um quarto que ainda estava disponível, só não gostei do valor da diária, dessa vez consegui convencer e me deixar rachar com ele, só que ele passou no crédito, conhecendo o Ciço como conheço, sei que essa batalha vai continuar no dia do vencimento da sua fatura. O valor alto se justifica quando entramos no quarto, na verdade, é um mini apartamento, tem uma sala que dá para uma varanda com uma rede armada, a cozinha americana e um quarto suíte, Ciço vai até o quarto e pega os cobertores, depois vamos os dois para a varanda deitar na rede.

— Quando voltarmos para casa, vou falar com meu pai para pôr um armador de rede no meu quarto — diz ele com um sorriso bobo.

— Eu amo ficar na rede com você, mas amo mais ainda sua cama — falei e ele se faz de ofendido.

— Meu namorado não quer dormir comigo?

— Deixa de drama, seu quarto é o único lugar em que a gente não dorme apertado, mas tudo bem, podemos revezar entre a cama e a rede.

— Assim está bem melhor.

— Ciço? — O chamo.

— Fala.

— Te incomoda eu ser, você sabe, antissocial, tipo, nessa viagem você está tão solto e sinto que estou te impedindo de fazer essas coisas que você gosta com seus amigos.

— Nada a ver, Dan, eu gosto de beber, mas você não me impede de fazer isso, só que quando estou com você normalmente não tenho vontade de fazer mais nada além de ti curtir.

— Eu sei, me sinto igual, mas nosso namoro não pode te sufocar, então vou tentar não ser tão chato sobre a gente sair e você pode sair com seus amigos sem mim também, não vou surtar de ciúmes, eu prometo — digo e ele me recompensa com um dos seus sorrisos que tanto amo.

— Amor, me apaixonei por você porque você é exatamente do jeito que é, nunca vou pedir para mudar seu jeito, se você dizer agora que quer ir embora, vamos buscar nossas coisas e vamos embora.

— Não precisa, estou de boa aqui com você — respondo feliz com sua resposta.

— Não tem nada que eu não seja capaz de fazer por você, sou emocionado, te avisei no início da nossa relação — ele diz com seu sorriso malicioso.

— Eu sei, mas não quero ser um namorado chato, só isso.

— O Danny boy, e é exatamente sua chateação que eu amo.

— Para seu bobo — falei dando mais um beijo nele.

— Se eu puder tomar minha cachaça e meu namorado me levar para casa depois para mim, está tudo perfeito — Ciço fala, me encarando.

— Fechado, você pode tomar sua cachaça e vou te buscar nos bares depois, você me liga quando quiser ir embora e vou lhe buscar, isso quando estiver sem bateria social para estar com você e seus amigos, fechado?

— Fechado.

Ficamos nos beijando e nos acariciando debaixo dos lençóis até o nascer do sol, a beleza do meu namorado pela manhã compete com a beleza da paisagem, meu namorado é lindo, o cara mais lindo que já vi na vida e ele é meu namorado — sei que estou repetitivo, mais é que falar meu namorado é bom de mais — por fim somos vencidos pelo sono, então nos deslocamos para o quarto e caímos no sono, agarradinhos como de costume.

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Comentários

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Esse capítulo foi o mais lindo! Li e tô aqui, chorando horrores!!! 🥲🥲🥲

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Mais um capítulo que chego ao final e consigo respirar aliviado. O sexo entre eles foi de matar de tesão. O envolvimento dos dois está ficando cada dia mais emocionante 😍😍😍😍😍😍😍

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Que saudade eu tava das cenas de sexo que você escreve, Rafa! Mais um capítulo gostoso em vários sentidos heheh

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Que mais um capítulo delicioso, Valentim, você sempre acertando em cheio nessa escrita, nos detalhes, que maravilha.. 💜

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Curtiu a cena do motel, Thiago? Hehehe 💦💦💦

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Curti demais,jota, fiquei excitado, sabe que essas coisas mexem comigo, a carne é fraca hahaha!!

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Queria conhecer mais dessa carne fraca 😈😈😈

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O meu coração fica tao quentinho com a sua escrita, decidiu entrar nos nossos sonhos e colocar em palavras...?!!

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