O inacreditável acontece - 3

Categoria: Heterossexual
Contém 9912 palavras
Data: 18/09/2024 17:58:04
Última revisão: 19/09/2024 15:11:18

Parte - 3

#Mabel: Tomei meu banho e aproveitei para me depilar totalmente, raspando os pelos da xoxota, deixando-a lisinha. Eu estava me preparando para viver uma experiência inédita na minha vida. Ia me deixar ser seduzida e possuída por outro homem, com a permissão e consentimento do meu marido, que estava assumindo o desejo de ser meu corno. Aquilo era tremendamente excitante, inusitado, e eu não parava de sentir meus peitos latejando. Minha bocetinha estava pulsando e se mantinha melada a todo momento. Eu ficava imaginando a surpresa do Lucky quando ele fosse tentar se desculpar com o meu marido e ele de repente mudasse totalmente a narrativa.

Quando terminei de tomar banho, fui para o quarto passar creme no meu corpo e liberei o banheiro para o Gil tomar seu banho. Ele passou por mim, me viu totalmente depilada, e exclamou:

⸺ Caramba, amor! Está mesmo decidida! Raspou tudinho? Que delícia! Assim ninguém resiste.

Na hora, pensei em provocar e até em falar: “Você não dá mais conta, tenho que procurar quem dê a rola que eu preciso”. Mas, eu não precisava daquilo, e não falei, pois não queria ofender e nem magoar meu marido. Ela já estava cheio de dificuldade. Seria uma maldade inútil. Sorri para ele e alertei:

⸺ Você deixou, me fez sentir mais tesão. Alimentou minha fantasia. Agora, não tem volta, eu estou louca de desejo, não aguento mais de vontade de dar uma foda bem dada, com um macho potente e viril, e o Lucky é bem gostoso. Estou arriscando tudo, até meu casamento. Então, agora, me deixa ir fundo nessa!

Eu falei daquele jeito para ver se ele estava mesmo decidido. Meu marido sorriu, e em vez de se sentir incomodado, respondeu:

⸺ Sem problema, amor, pode ir tranquila, estou adorando ver você assim, solta, tesudinha, decidida e bem safada. Se aprontando para dar para outro macho, bem putinha.

Ao ouvir meu marido assumindo o papel do corno, confirmando, me chamando de putinha, o que ele jamais fez, vi que ele estava cúmplice, e eu fiquei muito mais solta. Lembrei da Selva Maria, que parecia saber das coisas. Eu ia escolher uma roupa, então, notando o entusiasmo dele perguntei:

⸺ Está adorando, amor? Quer me ver bem putinha? Sabe que vai ser meu corno hoje, né amor? Isso deixa você excitado?

Ele deu um gemido e confirmou:

⸺ Uhhh, que delícia! Você, tarada desse jeito, eu sinto que já sou corno, só falta você dar para o Lucky.

Eu sorri, não aguentei, disse:

— Safado! Pior é que está adorando!

Antes eu estava morrendo de medo de falar, sem saber que o meu marido era louco para ser meu corno. Eu nunca poderia imaginar. Cheia de coragem, pedi:

⸺ Então, meu querido, já que vai ser o meu corninho e cúmplice, me ajuda a escolher o que vou vestir? Quero estar bem sexy esta noite.

Meu marido me deu um beijinho no pé do ouvido, e disse:

⸺ Putinha deliciosa! Eu adoro assim. Agora sim, está saindo do armário, né? Muito tarada e toda fechada. Agora, assumiu. Safadinha mesmo. Vou ajudar.

Ele foi mexer no guarda-roupas e escolheu duas opções. Estendeu sobre a cama. E me mostrou. O safado era bom de estilo e tinha bom-gosto. Minha xoxota latejava.

A primeira opção era um vestido camiseta da Hitomi Costumes, leve, de seda cor de pêssego, com frente folgada no decote com detalhe de alcinhas de corrente. Muito sensual, deixava as costas de fora e com drapeado atrás do bumbum, ideal para aquela época de primavera-verão, que ficava bem certinho no corpo até nas cadeiras, preso apenas pelas alcinhas de correntes, e a saia era bem curta, um pouco mais folgada. Não dava para usar sutiã. Geralmente eu usava em noite de balada, mas com um bodysuit segunda pele por baixo. A outra opção de roupa era um macacão estilo palazzo, também de seda, estampado com meandros em tons de café e chocolate, em fundo branco. Ele disse:

⸺ Escolhe, entre estes dois. Você fica maravilhosa com ambos.

Eu peguei uma calcinha fio dental para vestir, e ele cortou:

⸺ Não precisa. Vai sem nada por baixo. Bem putinha. Gostei desse seu jeito safado, hoje. Fico com tesão só de ver.

Coloquei o vestido cor de pêssego, era curto, e bem decotado. Sem costas, quase apareciam as covinhas antes da bunda. A sorte é que fazia calor ali naquela região. Me olhei no espelho. Meus seios sem sutiã, ficavam delicadamente marcando o tecido e conforme eu me movimentava eles balançavam um pouco. Estavam vibrando de tesão.

Escolhi um tamanquinho Maya em napa preta, da “Somos 3” com um salto de em pirâmide com 7 cm, bico quadrado e tira única no meio dos dedos e parte superior do pé. Modelo muito leve, minimalista e sexy. Realçava meus pés de unhas pintadas de esmalte clarinho e francesinhas brancas. Gostei do que vi e perguntei:

⸺ Você aprova amor?

⸺ Está deliciosa! Já estou até com ciúme. – O Gil falou.

Fui para diante do espelho e escovei o cabelo castanho, que vai até abaixo dos meus ombros, depois fiz uma maquiagem suave, realçando os olhos, e passei um batom cor de cereja. Em poucos minutos, estava pronta, passei um perfume que eu gosto muito, o “Hypnotic Poison” da Casa Dior. Um perfume denso, doce na medida certa, forte, marcante, com base no aroma de baunilha com amêndoas e toques de jasmim numa combinação poderosa, como uma poção moderna e mágica que associa feminilidade e audácia. Eu sabia que inspirava desejo. Coloquei brincos de pingente dourado. Me virei e disse:

⸺ Estou pronta.

Meu marido deu uma fungada no meu cangote, e falou no meu ouvido:

⸺ Não acredito que estou fazendo isso. Vou deixar outro macho pegar minha linda esposa! E você está deliciosa. Esse cara tem que me agradecer o resto da vida.

Eu olhei para ele, sorrindo com malícia e perguntei:

⸺ Sua última chance. Quer cortar essa onda, ou vamos em frente?

⸺ Se você está com vontade, vamos em frente, querida. Se você quer dar para ele, vai fundo. Não vou estragar a sua fantasia. – Ele respondeu.

Eu quis me certificar:

⸺ Tem certeza? Está comigo nessa? É sua fantasia também? Confirma, você quer ser mesmo meu corno hoje, amor? Depois não tem como voltar atrás.

Ele confirmou:

⸺ Estou contigo. Vou até o fim. Estou muito excitado de fazer isso junto com você. Parece uma loucura. Mas estou mesmo louco para ver você muito feliz e saciada. Pelo menos você vai aproveitar bem. E não estou sendo capaz de dar conta.

O Gil colocara uma camiseta cor de chumbo em suedine, da Beau Goss, com o logo Dunhill estampado em branco no peito, com uma calça bege da Kenzo, de algodão, corte reto, dois bolsos laterais internos, e calçava sapatênis marrom da Mr. Cat. Estava mesmo um gato. Poucos coroas acima dos sessenta anos são tão charmosos e atraentes. Com seus 1,80 m, corpo bem feito, ombros largos e cabelo grisalho cortado baixinho, e barba branca também baixa bem aparada, olhos castanhos cor de mel, ele estava muito elegante. Eu não trocaria aquele marido por nada, em condições nenhumas. Mas, naquela noite, era um caso diferente.

Tomada de uma volúpia enorme, influenciada e com o apoio da amiga terapeuta, ainda mais safada do que eu, e por meu marido que me surpreendeu, e queria ser corno dando força, eu estava começando a gostar muito mais daquelas férias, cheia de ideias safadinhas. Seria uma aventura que me deixava alucinada. Minha xoxota fervia de desejo.

Saímos do bangalô de mãos dadas, em direção ao bloco central do restaurante. Eu estava um pouco tensa e nervosa. Levava uma bolsinha mínima a tiracolo, com meu aparelho celular. E logo que entramos no restaurante nos distraímos escolhendo qual seria a nossa refeição aquela noite. Vi que muitos olhares me admiravam, mas eu fingi que não notava nada. Tentei me abstrair de pensamentos inibidores. Queria arriscar tudo.

Nos servimos no bufê central e fomos nos acomodar em uma mesa vazia, perto do janelão que dava para a varanda. Já tinha alguns hóspedes jantando e o restaurante estava movimentado. O bom do sistema bufê é que cada um escolhe o que prefere. Juro que não me recordo do que comemos. Sei só que comi pouco. Assim que começamos a comer, vimos que o Lucky entrava no local. Usava uma calça de brim cru, folgada, de amarrar na cintura com cadarços, uma camiseta folgada de gola canoa, azul marinho, e sandálias pretas tipo Papeete. Parecia bem informal, mas bem vestido. Queimado de sol e com aquele sorriso malicioso, estava muito tentador. Eu disse baixinho para o Gil:

— Chegou o meu macho comedor, corninho.

Meu marido me olhou admirado e sorrindo, ao perceber minha provocação.

A seguir, fiz sinal para que o Lucky viesse até nossa mesa. Ele chegou e nos cumprimentou educadamente, e eu convidei:

⸺ Venha jantar com a gente, gostamos da sua companhia.

Ele nos olhava um pouco admirado, mas aceitou o convite, agradeceu e foi se servir.

#Gilcley: Naquela tarde, a Mabel havia me surpreendido completamente. Eu estava admirado como as coisas haviam se alterado. Em apenas uma tarde tudo que ficara retido e travado por meses, escondido e sem diálogo, num limbo dos sentimentos, tinha vindo à tona.

Realmente, poderia dizer que o inacreditável acontece. A conversa na praia com a Mabel, esclareceu bastante o que havia se passado com ela, e eu sabia que a influência da amiga terapeuta tinha sido fundamental. E eu e a Mabel, depois de nosso papo muito sincero, estávamos próximos de dar um passo muito importante, que marcaria uma transformação gigante na nossa vida conjugal. Mas eu estava tenso. Era natural.

Desde que eu vi a Mabel se arrumando, no bangalô, me bateu uma sensação esquisita. Ela estava linda, deliciosa, apaixonante. Eu sabia que era apaixonado por ela. Mesmo excitado pela situação que estava se desenhando, dela dar para o Lucky e me fazer de corno, o que na fantasia me excitava bastante, naquele momento eu balancei.

Senti um ciúme doido, minha pressão até subiu, e achei que eu estava sendo um louco de fazer aquilo. Por duas vezes, meu coração se apertou, quando ela se maquiava, e por segundos, tive a ideia de parar com tudo. Só de sentir o perfume dela, arrebatador, imaginei o tesão que o Lucky ia ficar, e me bateu a emoção da possessividade. Deixar minha querida esposa, que eu adoro, ser possuída e se entregar a um homem que conhecemos exatamente naquele dia. Mas, também notei que a minha esposa, antes tão cheia de restrições, de censuras, de purismo comportamental, estava mudada, aceitando a aventura, louca para experimentar, e dar para outro macho pela primeira vez. Ela estava muito tarada com aquilo. Ela estava alucinada de desejo. Eu sabia que seria uma coisa sem retorno.

Tinha comigo que, uma coisa daquelas não tem possibilidade de reversão, e se ela gostasse de dar para o Lucky, poderia acontecer dela querer repetir mais vezes, e ele também. Aí, corria o risco dela se tornar mesmo uma putinha devassa e incontrolável, viciada na pica do comedor, ou até de outros comedores, pois eu sabia que aquela mulher gostava de sexo, e gozava muito. Eu sabia o vulcão que ela se tornava no sexo. E eu naquela fase, estava muito incapaz. Temia não mais conseguir ser macho viril para ela.

Mesmo assim, eu achei que teria que passar por aquela prova, e a situação melhor era aquela. Mantive a nossa combinação e fomos para o restaurante. Eu estava admirado como a Mabel tinha incorporado bem aquela atitude liberada, e já estava sem vergonha, mexendo comigo, me provocando, se acostumando até a me chamar de corno. Ela tinha se transformado bastante.

Sabia agora que a tal da amiga terapeuta, a Selva Maria, tinha trabalhado bastante a cabeça dela, e certamente, foi quem convenceu a minha esposa de que muito provavelmente eu tinha o maior fetiche de corno. Por isso, a Mabel insistia tanto em me chamar de corno. Para testar minha reação. E eu não tinha como negar, e nem queria.

No restaurante, estávamos começando a comer, quando o Lucky apareceu, e a Mabel deu sinal e o chamou.

Percebi que ele estava ressabiado, o olhar muito atento, meio nervoso, com medo do que eu poderia fazer ou falar. Mas eu mantive a simpatia ao falar com ele e ele aceitou se sentar e jantar com a gente. Enquanto ele foi fazer o prato, no bufê, a Mabel me falou:

⸺ Repara amor, ele me lembra de você com vinte e poucos anos, quando o conheci. É um pouco mais musculoso do que você era, mas tem o mesmo olhar safado.

⸺ Pô, desse jeito você vai se apaixonar por ele, e estraga tudo. Para com esse papo. Já estou ficando com um ciúme danado desse comedor de casadas. – Eu falei rindo. Mas tinha um fundo de verdade.

Mabel me olhava divertida, sabia que estava só me provocando. Ela disse:

⸺ Vou querer os dois para mim. Meu corninho madurão gostoso que eu adoro, e o meu novo namorado gostosinho e tesudo. Será que ele é bom nisso como você, corninho?

⸺ Para com isso, Mabel. Cuidado. Uma hora você se distrai, fala alto isso, me chama assim e entrega tudo aqui. Se segura. – Eu disse.

Ela sorriu e me mandou um beijo com a mão. Sussurrou:

— Adorei esse apelido, de corninho. Meu cúmplice total. A Selva Maria que me falou. Nunca pensei, mas agora acho que é carinhoso!

Logo o Lucky veio com o prato pronto, para se sentar à nossa frente, e assim que ele se acomodou e começou a comer, eu pedi uma garrafa de vinho. Conversávamos sobre as coisas comuns do dia-a-dia da pousada. Sobre as outras atrações do lugar. Da cachoeira, e das trilhas na mata. Comemos com calma, o papo estava tranquilo, e o Lucky foi ficando mais sereno. Eu e a Mabel terminamos o jantar primeiro do que ele, e nós três bebemos uma garrafa de vinho durante a refeição. Eu logo pedi outra. Lucky ainda estava terminando seu jantar. Ficamos bebendo enquanto ele acabava.

Esperamos o Lucky terminar o jantar, para concluir a segunda garrafa de vinho. Eu sabia que a Mabel fica mais alegre só com duas taças, e ela já tinha tomado umas cinco. Até o Lucky parecia mais brincalhão. Pegamos nossa sobremesa, bolo de abacaxi com sorvete de creme, os três juntos, e depois de comer, ficamos esperando para tomar um café. Nessa hora, a Mabel virou-se para o Lucky e disse:

⸺ Eu falei com o Gil, sobre nossa conversa hoje de tarde.

Reparei que o rapaz ficou tenso e me olhou fixo, esperando a minha reação. Tratei de tranquilizá-lo:

⸺ Relaxa, não se preocupe, vamos conversar sem pressão.

Lucky tratou de responder:

⸺ Eu peço muitas desculpas. Fiz tudo errado.

⸺ A Mabel já me explicou, fique calmo. Não estou bravo com você – Eu disse.

Ele se calou e ficou me olhando, esperando que eu dissesse alguma coisa.

Eu olhei para a varanda, do lado de fora, e vi várias mesas desocupadas. Aproveitei para convidar:

⸺ Proponho que a gente vá sentar ali fora, mais isolados, para termos uma conversa com mais privacidade. Tudo bem?

Meio tenso, mas sem demonstrar ansiedade, ele concordou. Me levantei, chamei o garçom e fiz sinal de que iríamos para a varanda, e mostrei a garrafa de vinho. Ele entendeu que queria mais uma, e fez sinal positivo. Puxei a cadeira da Mabel e dei o braço, ela se levantou e fomos para a varanda.

Assim que nos sentamos novamente, já isolados de outras pessoas, eu disse:

⸺ Mabel me contou o que você revelou a ela.

Novamente ele começou a se desculpar:

⸺ Eu já disse, foi um tremendo mal-entendido....

Cortei:

⸺ Não é sobre isso que estou querendo falar. Você disse a ela que alguns casais que vem para a pousada, os maridos costumam liberar as esposas. Não é isso?

Ele ficou me olhando novamente, admirado. Eu tive que esclarecer:

⸺ Eu fiquei curioso sobre essa parte. Não foi o que pensou da gente? Peço que nos conte mais.

Ele olhou para a Mabel que continuava tranquila, tomando seu vinho e nos observando. Ele fez que sim, e falou meio envergonhado:

⸺ Sim, acontece sim. Eu me enganei...

⸺ E você costuma ficar com elas? As esposas? É isso? Me conta mais. – Cutuquei.

Lucky voltou a olhar para a Mabel, e ela disse:

⸺ Explica para ele entender melhor. Você ia me dando uma cantada, então, justificou assim, que fica com as esposas dos casais liberais, não foi?

Lucky ainda estava tenso, não sabia onde eu queria chegar, mas não vendo agressividade na nossa atitude, tentou repetir o que havia explicado:

⸺ Eu entendi os movimentos e atitudes que vocês fizeram, de forma equivocada. Por isso foi o mal-entendido.

Eu sorri, mais simpático ainda, e esclareci:

⸺ Lucky, não estou mais preocupado com esse mal-entendido. Já resolvemos, entendemos perfeitamente. Eu queria apenas saber mais detalhes sobre como funciona esse lance, como você faz para ficar com as esposas. É curiosidade minha, ou nossa. Pode falar sem medo. Somos adultos e não temos segredos entre nós.

Ele suspirou mais calmo, olhou novamente para a Mabel, depois disse:

⸺ Então, eu contei para a sua esposa. Acontece muito frequentemente, de virem casais liberais para a pousada. Alguns até já vem com indicação de outros que já vieram. Os maridos liberam as esposas... Para elas experimentarem outro parceiro no sexo.

⸺ E você fica com elas? – Eu encurtei a conversa.

⸺ Sim, eu fico. Eu gosto muito de variar parceiras. E adoro sexo. – Ele confirmou.

⸺ A administração da pousada sabe disso? – Questionei.

Ele foi rápido na resposta:

⸺ Eles preferem que pareça não saberem, mas sabem. Se os clientes querem, eles não tem nada contra. Desde que não traga problemas para os clientes.

Eu sabia que ele ainda estava com receio de que eu fizesse alguma queixa. Então mudei a pergunta:

⸺ Você costuma receber alguma coisa por isso? Ou faz por prazer e diversão? Pode ser sincero, não farei nada com isso. Só curiosidade mesmo.

Ele passou a mão no queixo, olhou novamente para a Mabel, deu um gole no vinho, e falou:

⸺ Eu faço por prazer mesmo, mas às vezes, eles dão algum agrado, quando ficam satisfeitos. Nunca tive problemas com isso. Estou habituado.

Sorri, e comentei:

⸺ Aí o bom fica até melhor.

Ele sorriu sem-graça. Eu perguntei:

⸺ E você achou que éramos liberais pelo nosso comportamento, e começou a preparar uma cantada na Mabel. O que o fez tomar essa inciativa? Posso saber? Achou a minha esposa bonita, gostosa, pensou que ela estava fácil e oferecida?

Lucky reagiu negando rápido com a cabeça, e de olhos arregalados, tentou explicar:

⸺ Não foi bem isso. Como falei, interpretei errado o que eu pensei que eram sinais liberais. Vocês são liberais, mas não tem a relação aberta.

⸺ Mas, você se sentiu atraído por ela? Elogiou sua beleza... pode falar sem receio. Gosto da sinceridade. – Questionei.

Lucky olhou para a Mabel rapidamente e voltou a me encarar:

⸺ Por favor, com todo o respeito, tenho que ser sincero, a sua esposa é muito bonita e atraente. Poucas vezes veio aqui uma mulher madura e tão bela como ela...

Virou-se para a Mabel:

⸺ Desculpe, não quis ser abusado, eu falei a verdade quando elogiei. Eu fiquei mesmo encantado quando a vi, mas sem faltar ao respeito.

Eu tratei de mudar o curso da conversa:

⸺ Tudo bem, foi bom ouvir isso de você. Mostra que é sincero e assume o que faz. Não temos problemas com isso mais. Relaxe. A Mabel é mesmo uma coroa muito linda, recebe muitas cantadas onde ela for. Ela está habituada e eu também. Agora, eu fiquei curioso sobre esses casais liberais, e como é que acontece esses encontros com as esposas. Conte mais sobre isso, pois tenho curiosidade.

Lucky olhou para a Mabel, e eu reparei que ele se preocupava muito com o que ela iria achar ou como iria reagir. Eu disse:

⸺ A Mabel está curiosa também, mas não tem ainda o desprendimento de falar. Fica envergonhada. Pode ser sincero, nós somos bastante abertos e tranquilos.

Lucky tomou mais um gole de vinho. Estávamos já na terceira garrafa, e certamente, a bebida já estava atuando, tornando as coisas mais fáceis. Ele falou:

⸺ Bem, a maioria dos casais liberais que vem aqui, devido a ter um poder econômico maior, são gente educada, vivida, tem a mente mais aberta, assim como vocês, e estão numa faixa de idade bem acima dos vinte e cinco ou trinta anos. A maioria mesmo, fica na faixa de quarenta a cinquenta. Para vir aqui tem que poder pagar o preço. Isso seleciona. Esses casais já viveram boa parte da vida, estão agora buscando descobrir novas emoções, e apimentar a relação. As mulheres, que em sua maioria ficaram muito tempo reprimidas, só se dedicando ao parceiro, não viveram todas as emoções e aventuras que os homens viveram. Nessa faixa de idade a maioria dos homens não tem mais o apelo e a capacidade sexual que tinham aos quarenta anos. As mulheres, pelo contrário, estão no auge de seus hormônios, e demandam muito mais empenho. Elas, então se falam, conversam entre elas, trocam informações, e ficam cheias de curiosidade. Então, é mais natural os relacionamentos se tornarem mais flexíveis.

Ele deu uma olhada rápida para a Mabel, e disse:

− Os homens nessa idade estão menos possessivos e territorialistas, ou menos ciumentos e inseguros com suas parceiras. É quando elas buscam parceiros eventuais, variados, quando podem. Querem ter sexo com mais pegada. Outras, até encontram amantes fixos.

Eu estava admirado com o conhecimento dele. Não esperava uma análise daquelas de um jovem. Perguntei:

⸺ Onde você aprendeu isso? Você fala como um especialista.

Lucky, mais descontraído, e mais à vontade com a gente, sorriu, deu outro gole no vinho, e explicou:

⸺ Eu aprendo bastante com os casais, especialmente com algumas das mulheres, pois além de sexo, elas adoram falar, serem ouvidas, podem se abrir, falar o que sentem, e muitas se afeiçoam, e estabelecemos boa amizade comigo. Muitas estão fazendo pela primeira vez, e aqui é mais seguro. Isso cria um ambiente favorável. Alguns maridos, também gostam de conversar, como você está fazendo, e me explicam muita coisa. Tenho amadurecido muito neste ano que estou aqui.

Mabel, pela primeira vez naquela conversa falou:

⸺ Nossa! Fiquei admirada com você agora. Não esperava isso. Demonstra ter inteligência, conhecimento e sensibilidade. Isso deve ser importante para seduzir as mulheres.

Lucky sorriu, satisfeito de ouvir aquilo vindo dela, e eu podia jurar que vi um brilho de satisfação no olhar dele. Lucky fez que sim, e agradeceu:

⸺ Obrigado. Eu venho de um processo complicado de vida. Nasci numa família rica de São Paulo, mas meus pais se separaram logo, claro, minha mãe o traiu e ele não perdoou e separou. Eu, pré-adolescente, nossa família desandou, minha mãe, depois teve outro parceiro cafajeste, com quem eu não me dava nada bem, brigamos, e saí de casa. Muito jovem, fui morar numa república, e sem orientação, eu me perdi nas drogas.

Ele fez uma pausa, pois sabia que iríamos ficar admirados. Ele seguiu:

⸺ Fui salvo por uma cafetina, que me protegeu, estava jurado de morte por um traficante. Eu peguei a namorada dele. Ela me escondeu, me levou com ela para o Sul, pagou tratamento, me deu estudo, e eu trabalhei como michê, ops... desculpe, como garoto de programa, por algum tempo. As gaúchas e catarinenses são mulheres muito mais arrojadas do que em São Paulo.

Ele deu um gole de vinho e prosseguiu:

− Foi quando aprendi a fazer sexo de todas as formas e jeitos. Ela também me ensinou muito. Tinha sido prostituta e sabia muito. Foi com ela que eu aprendi a gostar mais de mulheres maduras.

Perguntei:

— O que é feito dela?

Ele contou:

— A cafetina morreu quando eu estava terminando a faculdade. Faz pouco tempo. Teve um enfarte. Reflexo de sua vida desregrada desde cedo.

Parou de falar, deu um gole no vinho. Ficamos calados, respeitando o silêncio, aguardando que retomasse e ele falou:

⸺ Quando terminei a faculdade de educação física, trabalhava numa academia, fiz um curso de socorrista, depois aprendi massagens numa clínica, e estava transformado. Entendi que tinha que endireitar a minha vida. Uma das minhas clientes, dona de um SPA me indicou para esta pousada. Resolvi viver uma vida mais saudável e tranquila. Sou sozinho mesmo. Não tenho ligação com minha família. Foi quando consegui este trabalho, e estou muito feliz.

⸺ Nossa! Que história! - Exclamou a Mabel.

Eu queria ouvir mais:

⸺ Você deve ter aprendido muito mesmo. E como é que você atende suas casadas, aqui na pousada?

Lucky bebia o vinho, já se mostrava muito mais relaxado, e sorriu com malícia:

⸺ No alojamento dos funcionários não dá. São vários beliches num dormitório grande. Mas, geralmente, os casais liberam o seu bangalô. Tem marido que gosta de assistir, mas tem marido que fica na sala de cinema que tem atrás do restaurante, ou na sala de jogos, na sinuca. Ficam abertas a noite toda. Eles ficam esperando.

Eu me mostrei curioso:

⸺ Tem muito marido que vai assistir?

Lucky confirmou com a cabeça, deu uma olhada para a Mabel, e resolveu falar:

⸺ Os maridos que gostam de compartilhar as parceiras, com o desejo voluntário de serem cornos, tem gostos distintos, cada cuckold tem suas próprias fantasias e limites. Alguns sentem muito prazer em participar do ato sexual, outros ficam apenas assistindo, estimulando ou filmando. Mas outros não ficam presentes, preferem apenas ouvir depois os relatos das aventuras sexuais da mulher. Tem de tudo um pouco. Eu me adapto.

Antes que eu dissesse algo a Mabel perguntou novamente:

⸺ Você ganha com isso? Elas pagam?

Lucky negou com a cabeça, sorriu, em seguida, explicou:

⸺ Não, já contei isso, não cobro. Isso não é trabalho. Fico aqui muitos dias sem sexo. Para mim é uma oportunidade de fazer sexo, sem ser por obrigação, como num programa, é mesmo por prazer. E eu gosto de dar prazer à mulher que estiver comigo.

Ele sorriu vendo que nós também sorríamos, e confessou:

⸺ É muito mais gratificante ver a satisfação das parceiras. Algumas, depois, querem me retribuir. Mas eu não faço por outro interesse que não seja o prazer. Sou um adorador do sexo. Preciso muito de sexo também.

Nessa hora, a Mabel exclamou:

⸺ Hummmm, que rapaz romântico! E confiante. Agora você subiu no meu conceito.

Percebi que o vinho estava soltando também a minha esposa, ela começava a se insinuar, e aproveitei a deixa:

⸺ Mas, me explica, e não acontece de os maridos sentirem ciúme ou incômodo?

Lucky estava já mais animado, falava naquele assunto sem receio. Ele respondeu:

⸺ Pelo que eu pude perceber, e aprender, a despeito do prazer que os cornos sentem vendo a mulher com outro, me parece que não estão imunes ao ciúme. Mas, conforme eles mesmo me explicaram, apesar de sentir um pouco de ciúme, que ajuda no aumento do desejo dele para com a parceira, eles não costumam ver essa prática como um risco para o relacionamento, ou como um sinal de que não existe amor entre o casal. O amante é eventual, o casal geralmente, permanece.

Naquele ponto a Mabel interrompeu, e comentou:

⸺ Mas, não tem como não acontecer uma comparação, sexual, entre o marido e o amante, isso não pode afetar o relacionamento?

Vi os olhos do Lucky brilharem de satisfação com aquela pergunta. Ele me olhou como se estivesse pedindo autorização para falar. E perguntou:

⸺ Posso ser sincero? Sem problemas?

⸺ Claro, fique à vontade. Se perguntamos é porque queremos saber. Estamos curiosos, pois nada sabemos sobre isso, e o melhor é falar com quem conhece – Eu disse.

Ele fez que sim, e olhando para a Mabel respondeu:

⸺ Bem, os maridos que gostam de ser cornos, querem que a esposa encontre parceiros experientes, que façam sexo de forma mais intensa, com mais pegada.

Ele fez uma pausa para das ênfase:

− Tem que ser um sexo que valha a pena e seja inesquecível. E, geralmente, eles gostam de que os parceiros eventuais sejam bem-dotados, pois é uma fantasia comum do casal. Ambos querem que o amante tenha um pênis grande. Nesse ponto, eu fui abençoado pela natureza, modéstia à parte, e isso me ajudou durante toda a minha vida. Se eu não fosse assim a cafetina não teria me protegido e me adotado.

Eu dei risada do jeito dele falar, já se valorizando, e foi quando a Mabel me surpreendeu ao dizer:

⸺ Ah, isso você não precisava nem falar. Fica na praia com aquela sunga justa de salva-vidas colada, que não esconde nada. Faz a maior propaganda. Deu para notar logo! – E deu uma risada maliciosa.

O rapaz até se assustou com aquilo, e me olhou novamente, para ver a minha reação.

Dei risada também, e falei:

⸺ Viu? Funcionou. Exibiu e foi notado. Não se preocupe, nós não somos puritanos nem moralistas, e falamos sobre tudo sem nenhuma censura. Eu e ela já tínhamos comentado sobre isso. Você não esconde o negócio. Até gosta de mostrar. E parece ser bem grande.

Lucky fez que sim, com a cabeça, satisfeito, e voltou a falar:

⸺ Pelo que aprendi, boa parte dos que vivenciam essas práticas liberais, não passam a impressão de estarem fazendo algo que comprometa a relação. A maioria é bem resolvida. E são cúmplices de tudo.

⸺ Como assim? – Perguntei:

⸺ Vários deles já me confessaram que sua realização no Cuckold está principalmente no fato de quererem apimentar ainda mais a relação, e que isso também é uma forma do corno demonstrar o amor que sente pela sua parceira. Deixar que a parceira se delicie algumas vezes com um bom amante muito potente e viril. – Ele explicou.

Mabel parecia cada vez mais descontraída. Ela questionou:

⸺ E como é que eles podem saber que não acontece depois um envolvimento dela com você? Geralmente, a mulher para se excitar, ou sentir vontade de ficar com alguém, tem que sentir alguma atração. Eu pelo menos penso assim.

Lucky sorria muito animado, parecia que a conversa avançava de uma forma que ele se sentia valorizado. Ele já falava com vontade de contar:

⸺ Olha, é num ponto interessante. Os principiantes, ficam mais inseguros, e preciso ser mais cuidadoso, para não ferir sentimentos, nem despertar ciúme ou insegurança.

Ele sorriu, antes de contar:

− Os mais jovens sentem mais o risco da concorrência. Mas, superam, é justamente o desejo e a curiosidade que motivam o casal, eles ficam inseguros só no início, mas logo entendem que o que liga o casal é muito mais do que apenas o tesão. E quando o desejo fala mais alto, percebem que compartilhar o tesão de sexo com outros, não acaba a relação. É o contrário. É até mais fácil eu me apaixonar por uma casada que se vai embora com o marido, e deixa saudade, do que ela se apaixonar por mim. Mas se eu agradar a ela, sempre fica uma boa amizade e permite que no futuro tenhamos novos encontros. Mas a casada não larga do marido por mim.

Mabel estava já totalmente envolvida na conversa. E perguntou:

⸺ E você já se apaixonou por alguma casada?

Nessa hora o Lucky deu um gole no vinho, e ficou um pouco sério, pensativo. Parecia escolher o que ia dizer:

⸺ Bem, eu sou um solitário. Vivi minha vida quase toda sem ninguém. O estilo de vida que eu tinha e ainda tenho, não ajuda. Não tenho namorada. Meus casos são passageiros. Portanto, sou sempre um pouco carente, e acabo guardando um sentimento muito bom de cada uma das mulheres. Eu tenho coração mole. Fico meio apaixonado por cada uma, mas é bom isso.

Ele parou pensando e depois disse:

⸺ Acho que eu guardo uma paixão própria de cada mulher com quem eu faço amor. Sim, eu faço sexo, mas procuro ser um grande amante, bem amoroso, e acima de tudo, prazeroso. Minha satisfação é ver a mulher satisfeita e saciada. Quero ser um parceiro sexual inesquecível para ela. Quando uma casada se vai embora, eu sinto saudade. Mas guardo com carinho a memória dos bons momentos. E ela deve guardar isso também.

A Mabel, sorriu e disse entusiasmada:

⸺ Nossa! Temos um amante latino, romântico e sedutor aqui! Um perigo!

Eu não aguentei e falei:

⸺ Agora eu sei porque você faz sucesso com as casadas! Já está seduzindo até a Mabel, bem na minha frente!

Lucky me olhou meio tenso, mas viu que eu estava rindo, e a Mabel também. Ele riu também, e se justificou:

⸺ Não me leve a mal. Desculpe. É só o meu jeito de ser.

Eu tratei de tranquiliza-lo:

⸺ Não levei a mal. Você mesmo acabou de dizer que não será um amante eventual que pode abalar uma relação mais forte, de quem se gosta e se respeita. Nesse ponto eu não tenho insegurança. Eu e a Mabel somos muito unidos e bem resolvidos.

Lucky me olhava satisfeito com o que eu disse e a Mabel respondeu:

⸺ Pois você acabou de subir mais ainda no meu conceito. Me ganhou nessa! Se nós tivéssemos essa conversa antes da tarde de hoje, eu não teria reagido como reagi, não ficaria assustada, nem insegura quando me cantou. Agora, vejo você como um homem muito interessante, sensível, inteligente e muito experiente para a sua idade. Você deve mesmo mexer com o coração das casadas. Estou admirada.

Lucky voltou a olhar a minha reação, preocupado, mas eu reforcei:

⸺ Viu? Não disse? Eu sabia, mexeu com ela, e mudou a visão que ela teve. Eu também mudei. Simpatizei muito contigo. E aposto que ela também se encantou.

⸺ Obrigado. – Ele disse. Depois emendou:

⸺ Eu fui sincero quando elogiei a Mabel. Não foi uma cantada interesseira. Ela é mesmo muito atraente. Eu me apaixonaria fácil. Com todo o respeito.

Virando-se para ela falou:

⸺ Você realmente me pareceu muito liberal mesmo. Desculpe falar com sinceridade, mas aquele vestido que você usou e esse também que está usando deixam você maravilhosa! São poucas as mulheres que têm essa ousadia. Sabem explorar seu sex-appeal. Agora, conversando com vocês fiquei ainda mais admirado. São mesmo muito abertos! De fato, se mostram bem resolvidos. Até parece que já tem experiência de vida liberal. Eu podia jurar que são um casal muito livre, e que já tiveram outras experiências. Desculpe se eu fiz ou disse algo que possa ofender...

Tratei de responder:

⸺ Relaxa. Lucky. Eu estou tranquilo. Somos sem nenhuma experiência nesse campo, mas de mente aberta. E gostamos de aprender. Aprendi muito com você hoje. Acho que ainda vamos aprender mais. Se você concordar.

⸺ Obrigado. Claro... - Ele disse novamente. Parecia já estar à vontade.

Estávamos terminando a terceira garrafa de vinho. Eu perguntei se queriam mais e ele e a Mabel disseram que bastava. Mabel respondeu:

⸺ Eu já estou meio zonza. Nem sei se ao levantar não vou cair.

Eu queria deixar os dois um pouco sozinhos, para ver como a Mabel conduzia a coisa. Ela que tinha que começar a brincadeira. Então disse:

⸺ Me deem licença, preciso ir ao banheiro, e já volto. Peçam um café de saideira, para a gente fechar esse jantar.

Eu me levantei da cadeira na varanda, dei dois passos, entrei no restaurante e atravessei. Naquela hora, já estava vazio, apenas os dois garçons arrumando as mesas para o café da manhã do dia seguinte. Eu fui para o banheiro que ficava ao fundo. De lá, no corredor que estava mais escuro, eu podia observar, sem ser observado. Entrei no banheiro, fiz meu xixi, lavei as mãos, sem pressa, enxuguei com papel toalha, dando tempo para eles conversarem à vontade, e saí, ficando parado no corredor. De lá olhei o que acontecia na varanda.

Mabel continuava conversando animadamente com o Lucky, e sorriam. Por duas vezes, ele olhou para o lado do banheiro, mas não podia me ver. Deixei que conversassem mais uns cinco minutos, e depois, resolvi voltar para a varanda. Quando cheguei, o café estava sendo servido e tomamos sem falar nada. Então, quando o garçom se afastou a Mabel falou:

⸺ Acho que bebi demais. Se eu for deitar agora, vou passar mal. Preciso dar uma caminhada. Para abaixar essa bebedeira. Vocês me acompanham?

Já solto pelo vinho, o Lucky respondeu:

⸺ Por mim, tudo bem. Estou ótimo. Vou na boa.

Era a minha oportunidade, e eu disse:

⸺ Eu já andei bastante na areia hoje. Duas vezes. Estou calçado, vou ter que me descalçar e sujar os pés novamente. Se você não se importa, querida, prefiro esperar aqui. Vai com o Lucky.

⸺ Tudo bem. Mas ele tem que me apoiar se eu cambalear. – Disse a Mabel.

Eu virei para o Lucky e falei:

⸺ Não deixa minha mulher cair na areia. Se ela bambear, pode agarrar, que eu deixo. – E dei risada como se estivesse brincando.

⸺ Pode deixar, vou cuidar bem dela. – Ele falou.

Mabel se levantou e deu mesmo uma ligeira balançada, e o Lucky já de pé logo estendeu a mão e ela segurou. Foram saindo da varanda, e ela, na saída, se descalçou dos tamanquinhos e ele da sandália.

Andaram para fora da parte calçada e antes de pisarem na areia a Mabel virou-se e me deu um tchauzinho. Estava deliciosa com aquele vestidinho leve e delicado sobre o corpo. Conforme ela andava a saia balançava atrás e quase aparecia a dobrinha da bunda. A seguir, ela segurou no braço do rapaz e foram se afastando.

Havia alguns postes de luz na praia, bem defronte da pousada, mas logo depois de uns 100 metros a iluminação não alcançava, ficava tudo escuro e eles sumiram da minha visão.

Meu coração estava acelerado, e eu me sentia excitado, mesmo sem ter uma ereção. Só quem já teve ou tem distúrbio de disfunção erétil sabe o que é. Muito estranho e frustrante. O tesão vem na cabeça, e o pau não reage. Fiquei ali sentado na varanda, aos poucos o movimento dos garçons diminuiu e tudo ficou silencioso. Eu senti um certo frio no estômago diante do que estava para acontecer. Minha esposa querida estava louca para dar para o rapaz comedor de casadas. Era impossível evitar aquela tensão nervosa.

#Mabel: Quando o Lucky veio jantar com a gente, eu ainda estava um pouco nervosa, pois não sabia como iria se desenrolar nossa conversa. Mas, aos poucos, fui me acalmando. Estava excitada com a situação. Eu nunca poderia sonhar que iria me sentar para jantar com meu marido, e com o homem que eu estava com tesão, para experimentar pela primeira vez, ter uma relação extraconjugal, dar para ele aquela noite, e fazer meu marido de corno. E o mais excitante é que o marido sabia de tudo e apoiava.

Com as taças de vinho que fui tomando, fui ficando mais solta. O Lucky me olhava muito, e eu percebi que ele notou meus mamilos empinados e muito marcantes sob a seda fina do vestido. Ele disfarçava mas olhava muito e eu deixei ele perceber que eu sabia.

Acho que quando estamos excitadas, devemos emitir algumas ondas magnéticas ou hormonais que os machos captam. Minha xoxotinha estava quente e muito úmida, e eu sentia minha pele se arrepiar facilmente conforme a conversa foi ficando mais picante. Aos poucos, eu fui assumindo mais a minha condição de mulher no cio, e quando menos esperava, estava provocando o Lucky com perguntas e olhares que ele certamente já havia captado. Ao me levantar para ir ao bufê, pegar sobremesa, deixei meu vestido curto mostrar minhas coxas e reparei que os garçons olhavam disfarçadamente. Mas o Lucky ainda estava um pouco atento ao Gil, olhava, mas ficava com receio das suas reações.

Finalmente, quando meu marido pediu licença e foi ao banheiro, percebi que o Lucky estava também muito excitado.

Eu sabia que era uma oportunidade de conversar com o rapaz sem a presença do Gil, e que seria mais fácil para ele se soltar. Então, eu falei:

⸺ Vocês ficam falando essas coisas sobre sexo com casadas, maridos cornos, e não deram folga. Fiquei muito excitada. O jantar todo.

Lucky sorriu, ainda meio sem-jeito, mas animado com a minha fala, e respondeu:

⸺ Me desculpe, mas foi o seu marido que perguntou. E você também quis saber.

⸺ Tudo bem, não estou reclamando. Estou apenas confessando como fiquei, e ainda estou. Excitadíssima. – Eu disse já com uma certa malícia.

Vendo que ele sorria satisfeito eu falei:

⸺ A ideia de fazer sexo com outro, com o consentimento do marido, é muito excitante mesmo, especialmente para uma mulher como eu. E nós só falamos disso o jantar todo.

Ao ouvir aquilo, o Lucky teve um ligeiro tremelique, acho que “caiu a ficha”, que eu desejava, mexeu forte com a libido dele, que exclamou:

⸺ Excitante? Uma mulher como você? Como isso?

Murmurei em voz baixa:

⸺ Eu gosto muito de sexo. Então, estou muito excitada agora. Você já reparou, né? Passei o dia assim, com desejo. E com esse vinho ajudando, meu corpo todo parece ter febre. Preciso muito de um bom sexo intenso e duradouro para apagar meu fogo hoje. É o que eu mais quero agora. Você ficou fazendo propaganda...

Ele não era bobo e percebeu a oportunidade.

⸺ Você não tem receio de demonstrar isso na frente do seu marido?

⸺ Não, ele sabe. Eu já conversei bastante com ele esta tarde. Eu contei que estava com muito tesão. O Gil é muito cabeça aberta mesmo. Ele não se opõe. – Respondi sorrindo.

Lucky, picado pelo tesão, olhou para o lado do banheiro, e não perdeu a deixa:

⸺ Não acredito. É? Você gostaria de experimentar? Comigo? Ele deixaria?

⸺ Gostaria, claro! Fiquei curiosa. Não sei ainda se ele deixa, mas creio que sim, tenho que testar. – Respondi sorrindo, muito maliciosa. Nem precisava falar mais nada.

Ele estava todo arrepiado. Tenso, olhou de novo para o lado do banheiro, procurando pelo Gil, e depois me olhou com um brilho incrível no olhar. Falou:

⸺ Nossa! Meu sonho! Se der... Se você quer, eu vou adorar. Mas, e o Gil, como fica?

Sorri com um pouco mais de cumplicidade na minha expressão. Me senti a verdadeira safada quando falei:

⸺ Eu achei que o Gil estava muito interessado no assunto de corno, e você foi perfeito nas suas explicações, ele gostou de você, e pegou confiança, que eu percebi.

Fiz uma pausa, só para dar ênfase, e continuei:

− E ele também percebeu que eu estou excitada, cheia de desejo, e entendeu que fiquei curiosa de viver uma experiência dessa, de sexo eventual. Ele sabe que você me cantou e me desejou. Eu disse que me encante. Se você aceitar, se topar isso, eu vou testar se o Gil concorda.

Eu falando aquilo já estava adiantando as coisas. Lucky respirou fundo, emocionado e vi que estava muito excitado. Ficou até vermelho. Ele disse:

⸺ Meu deus... – Olhou para baixo, na sua virilha, e exclamou me olhando:

⸺ Nossa! Olha como fiquei! Não caibo na cueca. Como eu vou me levantar assim? Mas, é tudo que eu desejo na vida.

Eu vi que o Gil estava saindo e voltando do banheiro, então falei:

⸺ Lá vem ele. Deixa comigo, vou fazer um teste. Mas você disfarça para não dar muito na cara que estamos combinados.

Lucky sorriu e olhou para o lado, vendo o Gil se aproximar. Foi quando eu tive a ideia de pedir para dar uma volta. Ao pedir, eu tinha a certeza de que o Gil ia entender a minha intenção. E foi exatamente como eu previa. O Gil não quis ir caminhar com a gente.

Me levantei e estava mesmo meio zonza. Fui amparada pelo Lucky que já estava de pé. Quando ele disse ao Gil que ia cuidar bem de mim, vi que havia um grande volume saliente dentro na sua calça. O Gil também viu, mas disfarçou. Meu corpo ficou todo arrepiado, era como se o Lucky mostrasse excitado para o meu marido corno, que ia me foder a noite toda com aquele pau grande, com o tesão que ele tinha, e me deixar gozar muito. Tudo parecia ser alucinante.

Depois, já saindo da varanda para a praia, descalços, apoiada no braço do Lucky, eu me virei e dei tchau para o meu marido, que ficou lá esperando. Eu amei a atitude corajosa e generosa dele.

Avançamos andando pela areia e o meu coração batia forte e acelerado no meu peito. Estava muito emocionada.

Lucky exclamou:

⸺ Nossa, eu não acredito! Acho que estou bêbado e delirando.

Eu falei:

⸺ Quem está bêbada e delirando sou eu. Acho que fiquei maluca. Nunca pensei em fazer uma loucura dessas. Estou até assustada.

Quando já tínhamos andado mais de duzentos metros, na praia toda escura, iluminada apenas ligeiramente pelo lurar, o Lucky parou e eu o encarei. Ele me deu um abraço e eu me deixei envolver. Ele disse:

⸺ Nunca senti um perfume tão excitante como esse. Você exala sedução.

⸺ Eu usei justamente por isso. – Respondi.

Lucky parecia não acreditar:

⸺ Para me seduzir? Estou ficando maluco. Me diz a verdade. Você quer mesmo ficar comigo?

⸺ Sim, eu tive vontade hoje, e agora eu já quero muito. – Respondi.

Ele abraçou mais forte:

⸺ Acha que o seu marido vai deixar? Ou já deixou? Me explique. – Ele perguntou.

⸺ Acho que sim, ele deixa. Senão, não nos permitia vir para cá juntos. Ele sabe que eu estou tarada, louca por sexo e que você também está. Ele confiou em você.

Ele me puxou contra o corpo dele e pude sentir o membro duro e grande, meio de lado na virilha, dentro da cueca. Na mesma hora meus mamilos com os bicos durinhos pressionavam o peitoral forte do rapaz.

Não dá para descrever com palavras o meu estado de excitação. Estava inteiramente arrepiada, e respirava ofegante. Eu disse:

⸺ Nossa, esse gigante está mesmo enorme! Que tesão que isso dá só de encostar.

Lucky murmurou perto dos meus ouvidos:

⸺ É por você, que está assim, e é todinho para você.

Eu falei:

⸺ Eu também estou nesse estado. Minha boceta está melada desde hoje de tarde.

Ele desceu a mão pelas minhas costas, contornou a lateral da minha coxa, e enfiou por baixo do vestido, na frente, entre as coxas, até tocar na bocetinha. Ao ver que eu não usava nada sob o vestido, e sentiu o melado na xoxota, exclamou:

⸺ Nossa! Sem nada! Meladinha! Você está mesmo muito tarada desde cedo!

Eu sorri:

⸺ Faz tempo que estou assim. Desde que eu cheguei na pousada. Mas depois que conheci você, e você me desejou, fiquei mais ainda. O tesão foi aumentando.

Dei uma ligeira pausa, e depois disse:

— Hoje, estou me comportando como nunca fui, e agindo como uma sem-vergonha, tarada, safada, esposa devassa. Mas o tesão que estou sentindo é mesmo de alucinar. Você não faz ideia.

Lucky me beijou com vontade e eu retribuí. Abaixei a mão e segurei no pau duro por cima da calça, e exclamei:

⸺ Nossa, que delícia de rola! Estou louca para conhecer esse pau enorme.

Naquele momento acho que o Lucky se lembrou que o Gil havia ficado na varanda à nossa espera. Ele perguntou:

⸺ E o Seu marido? Como vamos fazer?

Eu dei mais uns dois beijos demorados nele, fazendo com que ele ficasse ainda mais tarado. Eu falei:

⸺ Dou um jeito no meu marido. Relaxa. Eu só sei que ele vai ser corno hoje, e sem opor nenhuma resistência.

Lucky estremeceu quando eu disse aquilo, e exclamou?

— Nossa! Vou morrer de tesão! Que loucura! Ela quer ser corno?

Na hora, eu queria ver o pau dele e pedi:

⸺ Me mostra esse seu pintão gostoso. Deixa eu ver, quero sentir na minha mão. Quero ficar com mais vontade.

Lucky abriu o zíper da calça e abaixou a cueca, libertando aquela rola grossa, cilíndrica perfeita, com uma cabeça arredondada parecendo uma ameixa roxa. Certamente passava de vinte centímetros de comprimento. Eu segurei a caceta e apertei, meus dedos não abraçaram toda a grossura. Era uma rola pesada e firme. Acariciei, dei um beijo na cabeça, lambi e disse:

⸺ Nossa, nunca vi igual, é lindo, mas é muito grande.

Lucky já estava assumindo o fodedor experiente que era, e disse:

⸺ Vai se acostumar logo. Vai ficar tesuda no meu pau. Chupa um pouco. Hoje eu vou meter tudo em você, vai sentir cada pedacinho, invadindo seu corpo, deixando você extasiada, e depois que se acostumar, vai gozar nele muitas vezes.

— Ah, eu quero!

Me lembrei da conversa com a Selva. Disse:

— Quero que você me foda sem dó, como se eu fosse uma putinha safada! Estou morrendo de tesão.

Ele estremeceu inteiro. Eu me abaixei e chupei um pouco, e só a cabeça da rola já enchia a minha boca. O cheiro de pica era inebriante, soltava uma baba, e já ficou nos meus lábios. Eu beijei a rola e falei com voz emocionada:

⸺ Que cheiro mais gostoso! Eu quero muito dar para você, preciso gozar como há muito eu não gozo. Promete que vai me fazer gozar até não aguentar mais.

Ao ouvir aquilo, ele perdeu totalmente os cuidados e me agarrou, enfiava a mão por baixo do meu vestido, e agarrava a minha bunda, apertava. Pressionou meu cuzinho com um dos dedos da mão e exclamava:

⸺ Que delícia! Que tesuda! Vou fazer você de minha putinha a noite inteira!

Parei de chupar o pau e fiquei na frente dele, com as pernas meio abertas, o vestido erguido, deixando que ele me bolinasse bastante, passando a mão entre minhas coxas, alisando minha xoxota. Ele colocou um dedo na xoxota.

Eu falei:

⸺ Então vamos logo. A gente volta, eu falo com o meu marido, e digo que vou dar para você.

Lucky me olhava admirado. Não acreditava nem no que eu dizia, e perguntou:

⸺ Tem certeza? Ele não vai reagir?

Respondi:

— Não vai, eu já vou decidida, vou dizer que ele vai ser meu corno esta noite. Vou com você para o bangalô, e peço para ele esperar na varanda.

— Vai deixar para fora? – Ele questionou.

Era natural ele temer a reação do Gil. Mas ele não sabia que eu já havia conversado antes. Tratei de acalmá-lo dizendo:

⸺ Relaxa. Conheço meu marido. Vai ser um corno bem bonzinho. Se ele sabe que eu quero dar para você, ele aceita e deixa. E eu agora quero muito. Vou dizer a ele.

Ainda trocamos mais beijos ali na praia, ele abaixou o decote do meu vestido, e beijou e chupou meus mamilos, enquanto me tocava com os dedos na xoxota.

Ele exclamou:

— Que surpresa boa! Que delícia de fêmea. Você não sabe como é desejada! Fiquei tarado logo que a vi na praia.

Eu trocava beijos com ele, deixando ainda que me bolinasse. Respondi:

— Você demonstrou isso. Colou na gente, e toda hora estava por perto. Até o Gil percebeu.

O Lucky então fez uma pergunta:

— O seu marido já era corno? E não tinham feito nada?

Aquilo me fez pensar. Tive que me concentrar para responder:

— Acho que ele já tinha a curiosidade, mas nunca fizemos nada. Eu fantasiei um pouco, mas não tinha coragem de conversar com ele sobre isso. Só hoje.

Dei uma pausa, pensando e falei:

⸺ Ele tentou uma vez puxar esse assunto, mas eu não quis. Fiquei cheia de medo, receio de nos abalar. Somente hoje tivemos uma conversa bem franca. Eu perguntei se aceita ser corno, e ele disse que sente tesão de saber que eu estou com curiosidade para dar para você. Mas, agora fiquei curiosa. Por que você perguntou?

Lucky mudou a conversa:

— Você já tinha vontade de ser uma putinha e dar para outros?

— A vontade de dar para outros apareceu somente há pouco tempo. Meu marido começou a me deixar muito carente. Ele perdeu um pouco da capacidade de ereção. Mas eu nunca tive coragem de falar nada. Agora que falamos, que veio esse tesão louco.

Ele me beijava, me sugava, e me masturbava, de um jeito muito gostoso. Eu mal conseguia ficar de pé de tão mole que estava em seus braços. Ele começou me provocar:

— Vai ser minha putinha hoje?

— Vou, vou sim. – Eu sussurrei.

— Está gostando de ser putinha? De fazer o marido de corno com outro macho? – Experiente, ele me provocava.... Sabia que aquilo me excitava mais.

— Eu fico mais tarada ainda. – Vou dar para um macho muito tesudo. - Falei.

— Então fala o que você deseja. – Ele falou.

Perdi a vergonha:

— Eu quero dar gostoso para você. Quero ser fodida. De várias maneiras. Você vai ser meu primeiro amante. Faremos meu marido de corno, e ela vai deixar. – Eu falei e estremeci ao perceber que aquilo mais me deixava excitada.

Eu estava muito tarada e louca para me entregar a ele. Deixei ele enfiar o dedo médio da mão direita inteiro na minha xoxota, e suspirei forte. Eu estava quase gozando já. Então pedi:

⸺ Assim vou gozar. Vamos, vamos lá falar com o meu marido? Estou morrendo de tesão e quase gozando.

Lucky me soltou e lambeu seus dedos. Eu peguei em sua mão e puxei, para voltarmos. Ele estava guardando o pau dentro da cueca, e ainda perguntou:

⸺ Tem certeza?

⸺ Claro, sem falar com o meu corno antes não dá. Vamos... – Pedi, e fui andando de volta.

Ele falou:

— Você já chama ela de corno faz tempo?

— Não, nunca chamei. Só hoje que a gente começou a conversar sobre isso e eu disse que ia fazer ele ser meu corno, e perguntei se ele deixava. Ele disse que sim. Se eu quisesse ele deixa. Então, eu quis saber se ele gostava de ser meu corno, e ele confirmou, falou que ficava excitado só de pensar. Só pediu para eu não falar isso na frente de outras pessoas.

Lucky caminhando ao meu lado disse no meu ouvido:

— Aposto que ele tem muito tesão de ser corno. Do jeito que ele falou comigo hoje, dava para perceber. Eu fico no maior tesão quando a putinha chama o marido de corno. Me dá mais tesão nela ainda, pois vejo que ela é safada e que ele gosta de dar para outro.

Eu falei:

— Então eu vou falar assim, sempre. Para dar mais tesão.

Continuamos voltando. No caminho eu disse:

⸺ Quero que você chegue comigo, abraçado na minha cintura. Eu também abraço você. Ele tem que nos ver abraçados, juntinhos. Vai entender tudo. Logo que a gente chegar eu falo com ele. Você fica ali junto, esperando. Eu falo, volto, você me abraça de novo, nos beijamos, e então vamos para o bangalô.

⸺ Você é doida. Quer provocar? Para que isso? – Ele exclamou.

⸺ Para ele saber que eu quero dar para você, que é a minha vontade e vou ser sua putinha. Ele tem que saber isso, pois, se ele gosta de ser corno, vai se excitar.

Lucky deu de ombros e não discordou:

⸺ Você que sabe.

No trajeto ele aproveitou e apertava as minhas nádegas por baixo do vestido. E bem safado, já falava:

⸺ Não acredito. Putinha tesuda, safada! Você me deixou louco, estou no maior tesão!

Eu gemia como uma gata no cio:

⸺ Você que me deixou com tesão de ser muito safada. Vou ser sua putinha.

Nem eu mesma acreditava que estava falando e fazendo tudo aquilo. Tinha mergulhado naquela loucura libidinosa, movida pelo tesão alucinado que eu tinha acumulado. Eu pensei: “Sim, o inacreditável acontece”.

Quando entramos na zona iluminada da praia, faltava uns cinquenta metros para chegarmos na varanda. O Gil estava ainda sentado à mesa, esperando, e nos avistou. Fomos avançando abraçados, eu e o Lucky estávamos tremendo de excitação.

Quando faltava uns dez metros para chegarmos, eu notei que a expressão do rosto do meu marido estava mudada. Ele parecia surpreso, admirado, mas estava calmo, e sorria. Sabia que era chegada a hora. Em poucos passos ficamos perto da mesa, e só então eu parei e falei:

⸺ Amor, eu tenho uma coisa para pedir.

Larguei do Lucky e cheguei bem diante do Gil, apoiei as mãos em seus ombros e me debrucei para falar em seu ouvido:

⸺ Já decidi, amor. Sua esposa virou uma safada. Eu quero experimentar, vou ficar com o Lucky, esta noite. Vou dar para ele. Serei dele esta noite. Você deixa?

Olhei nos olhos para ele ter a certeza de que eu não estava brincando. Percebi meu marido ficar lívido ao ouvir, deu uma suspirada profunda, mordeu os lábios, e arregalou os olhos. Pensei que ele fosse desmaiar. Percebi que, por mais que ele estivesse esperando, a informação naquele momento foi impactante. Ele ficou me olhando nos olhos, durante alguns segundos, quase meio minuto, depois, deu sinal afirmativo com a cabeça e falou, em voz bem baixa:

⸺ Vai mesmo me fazer de corno!

Não era uma pergunta, era uma afirmação. Olhei na virilha para ver se ele estava excitado, de pau duro, mas não vi volume. Eu falei:

⸺ Na verdade, você já é corno agora, amor. Já assumiu. E o Lucky já me fez gozar na mão dele, lá na praia. Só falta mesmo eu dar bem safada para esse macho gostoso.

Em seguida ele falou:

⸺ Tudo bem, você decidiu. Assumiu. Você merece. Como você quer fazer?

Dei uma olhada rápida para o Lucky. Ele tinha ouvido o Gil. Vi que ele respirava forte, como se sentisse um alívio depois de prender o ar por algum tempo. Mas estava de pau duro sob a calça e deixou bem visível. Entendi que era o macho mostrando para outro que estava assumindo a fêmea. Eu voltei a falar:

⸺ Amor, eu quero ficar com ele no bangalô, mas prefiro que você não esteja presente, pois pode me intimidar, ou ao Lucky. Você pode ficar na varanda? Ou dormir na sala.

Gil não demorou a responder, apenas engoliu em seco, molhou os lábios com a língua, pois pareciam ter ressecado num instante. Disse com voz embargada pela emoção:

⸺ Está bem. Sem problemas. Fico um pouco na varanda. Depois vou para a sala. Podem ir. Aproveita amor. Depois eu vou.

Eu não resisti, e dei um beijo bem gostoso e demorado em sua boca.

Ele disse:

⸺ Já chupou a pica dele não é safada?

Eu sorri, maliciosa, sem dizer nada.

Ele falou?

— Sua boca está com cheiro de pica.

Sorri novamente e falei:

⸺ É para você saber que já sou uma putinha bem safadinha. Obrigada, amor. Eu amo você. Me diga. Você também queria isso, não é?

⸺ Se você quer, eu também quero. Quero a sua felicidade. – Ele confirmou.

⸺ Então, pode ter certeza, você já é meu corno. – Falei sorrindo.

Sem esperar resposta, eu me afastei e voltei a abraçar o Lucky. Disse com voz suficiente para o Gil ouvir:

— Vamos gostosão! Venha foder a sua putinha que está louca para dar a noite inteira! Hoje é a nossa vez.

Eu estava adorando falar daquele jeito bem safado. Era muito excitante. Era como uma libertação de anos de repressão psicológica, moralista. Uma liberação enorme. Não havia mais ninguém por ali, e já eram perto das 23 horas. Fomos saindo em direção ao bangalô e eu dei mais uma olhada para trás. Meu marido estava ali, nos observando, como quem assiste algum filme. Parecia até meio aéreo.

Nos afastamos em direção ao bangalô. Pensei que o meu coração fosse sair pela boca. Senti a mão do Lucky suspendendo meu vestido atrás e voltando a agarrar as minhas nádegas. De onde estava, o Gil podia ver aquilo. Eu alertei:

⸺ O corno ainda está vendo!

Ele falou:

⸺ Pode ver. Agora não tem mais volta, você vai ser minha. Ele já deixou. E eu vou fazer você delirar de tanto gozar.

Entramos no bangalô já nos apalpando. Não tranquei a porta, só fechei no trinco.

Continua na parte 4.

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Comentários

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Estupendo a narração hoje do casal,depois os três juntos,uma conversa explicativa e leve, a decisão dela de trepar com o rapaz, e a decisão final dele de deixar acontecer,e ficar de fora na primeira, pra não constranger aos dois.Parabens....

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Perfis bloqueados nos meus contos:

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Este tipo de leitor não é bem recebido aqui. Sou sempre muito franco e direto. Se pretendem usar meus contos para destilar machismo, violência, preconceito, misoginia, ou apenas fazer propaganda do que eu sou contra, eu limo na hora.

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Compartilhamos dos seus princípios...

Abraços

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Se todos os autores fizessem isso, esses haters, provocadores, ofensivos ou oportunistas, iam sendo reduzidos até serem eliminados.

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Como eu bloqueio um perfil? Não achei aqui.

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Você pode bloquear, se a pessoa fez um comentário no seu conto.Aí aparecem três pontinhos ao lado do perfil, você pode bloquear então.

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A história está bem excitante, com tesão crescente. Excelente narrativa!!

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Foto de perfil de Almafer

Fato como dizem fato consumado kkkkkk nota mil amigo amei

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Foto de perfil de Beto Liberal

Nossa que tesão.

Ver sua mulher se afastando com o macho que vai fazê-la delirar de tanto gozar e bom demais

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Foto de perfil de Corno e Aprendiz de Puta

Tive um orgasmo sem me tocar, parabéns

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Foto de perfil de Leon-Medrado

Que bom saber disso! Acho que nas outras partes vai ter mais. Hehehe Está só começando. Obrigado.

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