O Preço da Infidelidade – Parte 4 (Final): por Spartacus SP.

Um conto erótico de Spartacus SP.
Categoria: Heterossexual
Contém 5262 palavras
Data: 21/09/2024 23:30:04

Depois da forma como terminei o capítulo anterior, não havia como eu criar outros capítulos além deste quarto. Aqui está a conclusão da história. Nesta parte, creio que não haverá momentos de excitação; essa parte mostra as consequências do ato de infidelidade. O texto ficou longo e não vi sentido em dividi-lo. Boa leitura! Acho que, para uma primeira história, está razoável.

Enquanto o elevador subia lentamente, Reinaldo sentia o peso das emoções esmagando seu peito. A cada andar que o separava de sua casa, sua mente fervilhava, uma batalha interna desenrolando-se em silêncio. De um lado, o anjo, sua consciência mais racional e pacífica, sussurrava palavras de calma e prudência. Do outro, o diabo, furioso, alimentava sua raiva com promessas de vingança. Era uma guerra interna que o deixava dividido, como se estivesse à beira de um precipício, sem saber se deveria pular ou se afastar antes de ser consumido.

O anjo, com uma voz serena e reconfortante, tentava trazer Reinaldo de volta à razão. "Respire fundo, Reinaldo", dizia. "Você está machucado, é verdade, mas agir com violência não vai mudar o que aconteceu. Pense nas consequências. Se você perder o controle agora, pode acabar fazendo algo de que vai se arrepender para o resto da vida. Carla errou, mas isso não significa que você precisa se destruir também."

Reinaldo tentava ouvir, mas as palavras soavam distantes. Cada vez que o anjo falava, sua raiva parecia sufocar a razão. A dor da traição ainda estava fresca, como uma ferida aberta que ardia a cada segundo que ele relembrava as palavras do detetive. Como ele poderia ficar calmo diante de tudo aquilo? Anos vivendo com uma mulher que, pelas suas costas, o enganava e o fazia de tolo. O peso da mentira era sufocante.

Mas o anjo insistia: "Pense nas coisas boas que você construiu. Não destrua sua vida por causa de uma decisão impensada. Você não é um homem violento, Reinaldo. Não é disso que você é feito. Você é melhor do que isso." A voz era calma, como o som do mar em um dia tranquilo, tentando apagar o incêndio que tomava conta de sua alma. "Converse com ela. Enfrente a situação com maturidade, busque a verdade. Não é fácil, mas é o caminho certo."

No entanto, o diabo, do outro lado, ria com desprezo e raiva. "Converse com ela? A verdade? Você já tem a verdade, Reinaldo! Ela te traiu! E não foi uma traição qualquer, foi uma humilhação! Ela te enganou, te fez de idiota todos esses anos. Mate-a! Acabe com ela de uma vez por todas. Não a deixe escapar do julgamento que ela merece."

A voz do diabo era ardente e instigante, como uma brasa acesa em um palheiro seco. "Ela riu de você enquanto te traía. Enquanto você estava trabalhando, ela estava se divertindo com outro homem. Você vai deixar isso barato? Você vai permitir que ela saia ilesa depois de tudo que fez? Não, Reinaldo. Você é homem, e homens não aceitam ser humilhados dessa maneira. Faça justiça com suas próprias mãos. Não há perdão para alguém que destrói a confiança assim. Mostre a ela o preço da traição!"

Reinaldo começou a tremer, enquanto o elevador se aproximava do andar. Ele sabia que, em poucos minutos, estaria cara a cara com Carla. Sua mente era um campo de batalha. De um lado, o desejo desesperado de manter o controle e agir com discernimento; do outro, uma fúria incontrolável que queria explodir em violência. O diabo ria e instigava: "Você vai deixar que ela continue respirando o mesmo ar que você? Ela merece pagar! Faça justiça com as próprias mãos. Mostre que você é um homem de verdade."

O anjo, mesmo abafado, continuava tentando trazer calma. "Violência não vai curar a dor. Pense na sua vida depois disso. O que vai sobrar se você destruir tudo agora? A raiva vai passar, Reinaldo, mas as consequências de um ato impensado vão ficar para sempre. O arrependimento pode ser ainda mais doloroso que a traição."

A essa altura, Reinaldo estava dividido. O diabo era sedutor em seu ódio, prometendo um alívio imediato. A ideia de fazer Carla pagar por cada mentira, por cada engano, parecia irresistível. Mas as palavras do anjo, ainda que distantes, ecoavam em sua mente. Ele sabia, no fundo, que ceder à violência não o levaria à paz. Era uma escolha entre o prazer momentâneo da vingança e o difícil caminho da redenção.

Quando o elevador finalmente chegou ao andar de seu apartamento, Reinaldo respirou fundo. Suas mãos ainda tremiam e seu coração batia acelerado. Ele sentia o peso de cada decisão que estava prestes a tomar. O anjo e o diabo continuavam lá, flanando em sua mente, cada um lutando para definir o que seria de seu destino.

Ele sabia que, ao abrir aquela porta, estaria diante do ponto de não retorno. Seja qual fosse sua escolha, sua vida nunca mais seria a mesma.

Reinaldo entrou em casa com passos pesados, como se o ar ao seu redor estivesse denso. Ao atravessar a porta, ele parou por um momento no corredor, colocando as mãos nos bolsos e ficando imóvel. Essa pausa, que durou apenas alguns segundos, parecia uma eternidade para ele. Seu corpo estava tenso, cada músculo rígido, como se estivesse tentando conter uma força maior que sua própria vontade. Fechou os olhos lentamente, levantou a cabeça e soltou o ar pela boca, como um balão prestes a explodir que finalmente deixava escapar a pressão acumulada. No entanto, aquele gesto, que para muitos poderia ser um simples suspiro, para Reinaldo era um grito silencioso de angústia.

Ele seguiu para a cozinha. O som abafado dos passos ecoava pelo chão da casa, e, ao cruzar a porta, viu Carla. Ela estava lá, como em qualquer outro dia, preparando o jantar. Vendo-a de costas, atenta aos movimentos enquanto cortava os legumes, Carla parecia a esposa perfeita, a mulher dedicada, que cuidava da casa e da família. Mas, para Reinaldo, aquilo era apenas uma fachada. Tudo que ele tinha descoberto nas últimas horas transformava aquela cena doméstica em algo irreal, uma peça teatral onde a protagonista escondia segredos sombrios por trás do sorriso doce e dos gestos rotineiros.

Ele se encostou na parede da cozinha, cruzando os braços. Observou Carla por alguns segundos, e o silêncio era quase insuportável. O som do facão batendo na tábua de madeira, à medida que ela cortava as verduras, era o único ruído na cozinha. Reinaldo nada dizia, mas seu olhar pesado, profundo e carregado de dor, já o denunciava.

Carla continuava alheia à sua presença, concentrada no jantar, sem imaginar que ele estava ali, parado, a apenas alguns metros, observando-a. Aquele espaço entre eles parecia pequeno, mas era um abismo invisível, cheio de mágoas, dúvidas e traição. Até que, em um momento qualquer, Carla, sentindo que algo estava fora do lugar, se virou abruptamente e levou um susto tão grande que deixou cair a faca sobre a bancada.

"Puta que pariu, Reinaldo! Que susto!", exclamou ela, com a mão no peito, tentando recuperar o fôlego. "Há quanto tempo você está aí?"

Reinaldo não respondeu de imediato. Em vez disso, seus olhos se fixaram profundamente nos de Carla, como se quisesse penetrar em sua alma, buscar alguma resposta oculta, alguma verdade que as palavras jamais poderiam revelar. Ele permaneceu ali, parado, como se aquele momento fosse um duelo silencioso entre eles. Carla, agora, já havia notado que algo estava errado. Havia uma tensão no ar que ela não conseguia explicar, mas que era palpável. O olhar de Reinaldo a deixava desconfortável, como se ele pudesse enxergar além da superfície, além da tranquilidade aparente daquela cozinha.

“Reinaldo... o que foi? Aconteceu alguma coisa?” Ela perguntou, tentando soar natural, mas sua voz trêmula traía o nervosismo que começava a surgir. Sabia que ele não estava ali por acaso, e aquele silêncio pesado era a maior prova de que algo muito sério estava prestes a ser revelado.

Ele continuava a olhá-la, sem desviar o olhar, sem piscar. A cada segundo que passava, a expressão de Carla mudava. O sorriso casual que ela carregava ao preparar o jantar começou a se desfazer, dando lugar a uma mistura de confusão e ansiedade. Reinaldo sentia seu coração batendo forte, mas ainda não tinha decidido o que fazer. O anjo e o diabo continuavam a lutar em sua mente, e ele se mantinha suspenso naquela encruzilhada, prestes a tomar a decisão que mudaria tudo.

"Reinaldo, você está me assustando", ela disse, agora com a voz mais baixa, olhando-o diretamente, buscando algum sinal de sua intenção.

Ele permaneceu em silêncio por mais alguns instantes, absorvendo a imagem de Carla, a mulher que ele pensava conhecer tão bem, mas que agora se tornara um mistério. O som do facão ainda ecoava em sua mente, assim como as palavras do detetive. Tudo o que ele viu e ouviu voltou com força, e aquele suspiro que ele havia soltado minutos antes não havia sido suficiente para aliviar o turbilhão que o consumia.

Finalmente, ele quebrou o silêncio, mas suas palavras ainda estavam presas. Ele se aproximou um pouco mais, diminuindo a distância entre eles, seus olhos fixos nos dela, agora carregados de uma intensidade que Carla jamais havia visto. Ela deu um passo para trás, encostando-se na bancada da cozinha, sem saber o que esperar.

Reinaldo estava à beira de um colapso emocional, e Carla sentia isso. Ela sabia que aquele era o momento da verdade, e que nada mais seria como antes.

Reinaldo explodiu de uma vez, gritando com toda a raiva acumulada: “Até quando você vai continuar com esse teatrinho, sua puta?” Carla se assustou com o tom agressivo do marido, arregalando os olhos em confusão. “Do quê? Do que você está falando?”, ela perguntou, tentando entender a súbita mudança de comportamento. Mas Reinaldo estava fora de si. Ele não queria mais rodeios, não tinha mais paciência para as mentiras. “Não se faça de desentendida! Eu sei de tudo, Carla. Acabou. Fim da linha. Game over pra você!”

Carla, agora com a respiração ofegante, deu um passo para trás, tentando se defender: “Reinaldo, você está louco! O que está acontecendo?”

Mas ele não a deixava escapar. Quando ela tentou passar por ele em direção à sala, Reinaldo a segurou pelo braço com força, os olhos cheios de fúria, e, sem pensar, a pegou no colo. Carla começou a se debater, assustada: “Solte-me, Reinaldo! Solte-me! Que porra você está fazendo? Ficou maluco?” Ele não disse nada, apenas a carregou até o sofá, onde a colocou com um movimento brusco. Ao colocar Carla sentada, ele apontou o dedo diretamente para ela, o rosto contorcido de raiva.

“Olha só, sua desgraçada, eu sei que você está me traindo, entendeu?” As palavras saíram de sua boca com veneno. O impacto da acusação fez o semblante de Carla mudar completamente. Ela quis responder, abrir a boca para negar, mas Reinaldo não permitiu. “Cale-se! Fique quieta! Somente eu falo agora!” Ele começou a andar de um lado para o outro na sala, a tensão no ar ficando mais densa a cada segundo.

"Eu sei que você tem um caso com o vizinho aqui de baixo", ele disse, parando e encarando-a com os olhos brilhando de indignação. Carla ficou sem reação por um segundo, mas a surpresa em seu rosto denunciou que ela sabia do que ele estava falando. Reinaldo viu a expressão dela mudar e soube que havia acertado em cheio. “Teve um dia, no meio da madrugada, em que você recebeu uma mensagem dele, sua desgraçada!” Ele falava cuspindo as palavras, a fúria crescendo. “Eu estava fingindo que estava dormindo, percebi quando você saiu de fininho do quarto. Eu esperei um pouquinho... e depois saí atrás de você.”

Carla estava paralisada, agora sem saber o que dizer. Tentava processar tudo o que Reinaldo havia revelado. Ela pensava: Ele estava acordado? Ele me viu indo e não me impediu? A lembrança daquela noite invadiu sua mente como um flash, e ela sentiu o estômago revirar de ansiedade.

“Ficou surpresa, né, sua filha da puta?” Reinaldo continuava, com um sorriso amargo nos lábios. Ele sabia que a tinha encurralado. “Eu vi tudo, Carla. Eu vi pelo visor perto do elevador que você parou no andar debaixo. Você foi direto para o apartamento dele. Isso mesmo! Quer dizer, não basta me trair... tem que me humilhar, é isso?”

Carla tentou falar, a voz falhando: “Amor, eu...” Mas Reinaldo interrompeu de novo, gritando: “Já falei para você calar a boca! Só quem fala aqui sou eu, porra!” Nesse momento, ele levantou a mão como se fosse dar um tapa nela, mas parou no último segundo. O gesto de violência que não se concretizou deixou um silêncio desconfortável no ar. Carla, assustada, se encolheu, esperando o pior, mas ele se afastou, ainda respirando pesadamente.

“Você me colocou um par de chifres, Carla! E como se isso já não fosse suficiente, você tem um caso com o vizinho? Foi de madrugada, no meio da noite, sair de casa pra dar pra ele? Pra dar pra ele, Carla!?” A indignação em sua voz era evidente. Reinaldo não conseguia entender como aquilo havia acontecido, como tudo o que ele acreditava ter construído com ela podia se desmoronar tão rapidamente. Ele se sentia humilhado, traído e impotente. Carla, a mulher com quem ele tinha compartilhado sua vida, havia destruído tudo. E agora, ali, diante dele, ela não tinha mais para onde correr.

Carla, sem conseguir se defender, apenas o olhava, os olhos cheios de lágrimas, mas Reinaldo estava cego de raiva. O anjo e o diabo que flutuavam em sua mente antes agora pareciam ter sumido, deixando apenas o caos dentro dele. Ele estava à beira de um colapso, prestes a explodir novamente.

Reinaldo respirou fundo, tentando manter o controle, mas a dor e a raiva ferviam dentro dele. “Sabe... eu nunca fui perfeito. Nenhum ser humano é, na verdade. Mas uma coisa que sempre fui, Carla, é honrado. Fui honesto com você desde o primeiro dia e, acima de tudo, sempre fui FIEL. Eu trabalhei duro para conquistar as minhas coisas, para alcançar meus objetivos, e nunca deixei faltar nada para nós. Nunca fui ciumento, nunca me importei com suas roupas curtas, com suas saídas com as amigas, e com tudo mais. Sempre fui bem tranquilo com relação a isso, confiando em você.”

Ele deu uma pausa, tentando controlar a voz que começava a vacilar. O peso da traição o sufocava, e ele sentia como se a qualquer momento fosse se desmoronar. “Nossa vida sempre foi boa. Quer dizer... pelo menos para mim, era. Mas para você, pelo visto, não, né?” Reinaldo esfregou o rosto, lutando para não ceder completamente ao turbilhão de emoções que o tomava. Ele se sentia traído em todos os sentidos possíveis.

"Já faz um tempo que eu venho enfrentando esse problema de ejaculação precoce", ele continuou, a voz agora carregada de amargura. "Mas isso é algo que acontece com milhares de homens ao redor do mundo! Eu não sou o único, e nunca pensei que isso fosse destruir nosso casamento. Não vai me dizer que você começou a me chifrar por causa disso, né, Carla? Porque, se foi isso... então você realmente não vale porra nenhuma."

Nesse momento, Carla se levantou lentamente do sofá, ainda com lágrimas escorrendo pelo rosto. Seus olhos estavam cheios de culpa e arrependimento, mas também de medo. Ela se aproximou de Reinaldo e, com uma mão trêmula, tocou suavemente em seu ombro. "Amor... por favor, acalme-se. Você está muito tenso. Vamos conversar civilizadamente, por favor." A voz dela era suave, quase implorando por uma trégua. “Olha só, eu... eu gosto de você. Eu gosto muito de você.”

Reinaldo olhou para ela com uma mistura de choque e desprezo. “Gosta de mim? Gosta? Antes você dizia que me amava, Carla! O que aconteceu com isso? O sentimento agora é outro?” A frustração em sua voz era palpável. Para ele, ouvir Carla usar a palavra “gostar” em vez de “amar” era como uma nova facada, algo que apenas confirmava o que ele mais temia: que o amor que ela uma vez jurou por ele havia desaparecido.

Carla, tomada pela culpa, colocou as duas mãos na cabeça, chorando mais intensamente. Ela sentiu o peso das palavras de Reinaldo e sabia que ele tinha razão. Sentiu-se despida emocionalmente, sem mais desculpas ou mentiras para proteger. Sentou-se novamente no sofá, encolhida, enquanto as lágrimas escorriam pelo rosto, incapaz de olhar diretamente para Reinaldo. As palavras que ela poderia dizer já não importavam. O silêncio entre eles parecia mais poderoso do que qualquer explicação que ela pudesse dar.

Reinaldo se afastou dela, sentindo um misto de desprezo e pena. Ver Carla naquele estado, destruída pela culpa, não trazia a satisfação que ele imaginou que teria. Pelo contrário, só aumentava o vazio dentro dele. O amor que ele tinha por ela não desaparecera completamente, mas estava enterrado sob camadas de dor e traição. O que restava entre eles? As perguntas ecoavam na mente de Reinaldo enquanto ele tentava entender como eles chegaram até ali, a esse ponto de ruptura.

A relação de Reinaldo e Carla chegou ao fim. Como não eram casados, não houve necessidade de divórcio. Carla insistiu para que Reinaldo a perdoasse, mas não havia mais espaço para reconciliação. O relacionamento estava irremediavelmente destruído. Mesmo querendo explicar o que aconteceu com Vitor, o amante, Reinaldo foi categórico: ele não queria saber.

Sem rodeios, Reinaldo disse a Carla para pegar todas as suas coisas e sair de sua casa. Ele deixou claro que, caso ela tentasse prejudicá-lo, já havia se preparado: havia contratado um detetive particular para segui-la. O detetive a tinha filmado e fotografado em momentos íntimos com o vizinho, incluindo no estacionamento de um shopping, onde transaram.

Com desprezo, ele relembrou: "Você deu para ele no estacionamento como uma vagabunda, chupou a pica dele e deixou ele gozar na sua boca." E acrescentou: "Sabe, Carla, eu até instalei câmeras escondidas em vários lugares deste apartamento, só para ver se flagrava vocês aqui. Mas não deu tempo, não é mesmo?"

Carla ouviu tudo em silêncio, sem responder. Sabia que o fim era inevitável. Depois de tudo isso, ela saiu da vida de Reinaldo sem olhar para trás.

Carla foi para a casa da irmã após o término, e Reinaldo, mesmo triste pelo que aconteceu, sabia que havia tomado a decisão certa. Ele seguiu com a sua vida, determinado a deixar o passado para trás. Carla, por sua vez, não entrou na justiça para reivindicar nada. Talvez fosse a culpa que a consumia. Ou talvez ela já estivesse completamente envolvida com Vitor, o vizinho com quem havia traído Reinaldo, pois continuou a se relacionar com ele.

Um mês após a separação, Reinaldo se deparou com uma situação constrangedora. Estava no prédio, esperando o elevador, para ir para o seu apartamento, quando, de repente, Carla e Vitor apareceram de mãos dadas. O choque foi inevitável. Vitor, sabendo de tudo o que havia acontecido, não hesitou em provocar. Com um sorriso debochado, disse: “E aí, vizinho? Tudo bem?”

Carla, ao seu lado, mantinha a cabeça baixa, incapaz de encarar Reinaldo. Ela não disse uma palavra, visivelmente constrangida com a situação. Reinaldo, por outro lado, decidiu não dar importância. Ele não respondeu a Vitor. A situação era extremamente embaraçosa, mas ele sabia que a melhor resposta seria o silêncio. Sem demonstrar emoção, apenas esperou o elevador em silêncio, deixando os dois afundados em seu próprio desconforto. Ou melhor, apenas Carla, pois o idiota parecia apreciar toda a situação.

Após um mês e meio de relacionamento, Vitor decidiu se mudar do prédio onde Reinaldo também morava. O motivo? Ele alegou ter ganho uma quantia significativa de dinheiro, mas a maneira como isso aconteceu era obscura e levantava suspeitas. Para Carla, a mudança parecia uma oportunidade de recomeço, uma nova vida ao lado de Vitor, longe do passado que a ligava a Reinaldo.

Entretanto, algo não parecia certo. Vitor sempre foi um homem envolvido em situações arriscadas e sua aparente ascensão financeira levantava várias questões. Como alguém com um histórico tão questionável conseguiu um ganho repentino? Carla, absorvida pela paixão e pela adrenalina de estar com Vitor, ignorou os sinais de alerta. Em sua mente, a nova vida com Vitor era uma fuga da vida que havia passado com Reinaldo, e ela estava disposta a se entregar completamente àquele novo começo.

A decisão de Carla de se mudar com Vitor simbolizava sua busca por liberdade, mas também a sua cegueira emocional. Ela estava disposta a deixar para trás todas as suas inseguranças e dúvidas, mesmo que isso significasse entrar em um território desconhecido e potencialmente perigoso. Ao invés de questionar a verdadeira natureza da mudança de Vitor e a origem repentina de toda sua grana, Carla se focou na ideia de um futuro emocionante e cheio de novas experiências.

Com a mudança, ela se viu imersa no mundo que Vitor criara: um ambiente que misturava prazer e risco. O que poderia ser um novo começo rapidamente se tornava uma continuação de um ciclo vicioso de exploração emocional e sexual. A vida com Vitor estava longe de ser estável ou saudável, e cada dia que passava, Carla sentia que estava cada vez mais presa a um homem que, na verdade, pouco se importava com ela.

A nova vida trouxe também novos desafios. Vitor, agora morando em um lugar diferente, parecia ainda mais seguro de si, como se sua mudança tivesse reforçado sua autoridade e controle sobre Carla. Embora ela esperasse que a mudança trouxesse um novo significado ao relacionamento, o que encontrou foi uma dinâmica ainda mais perversa. O jogo de manipulação continuava, e Vitor se mostrava mais exigente e agressivo à medida que se sentia mais poderoso.

Vitor sempre gostou de perigo, especialmente quando se tratava de sexo em locais públicos. No começo, enquanto Carla ainda estava com Reinaldo, essas aventuras de Vitor eram limitadas a encontros rápidos e discretos. Contudo, assim que eles começaram uma relação de fato, Vitor se sentiu mais à vontade para revelar sua verdadeira natureza. Ele nunca foi o tipo de homem que demonstrava carinho ou afeto. Para ele, tudo se resumia a prazer, e o prazer, na visão de Vitor, era baseado em sexo sem limites e sem afeto.

Enquanto estava com Reinaldo, Vitor se mostrava até amoroso com Carla em certas situações. Ele sabia exatamente como manipulá-la, e fazia questão de parecer o parceiro ideal quando lhe convinha. Um exemplo claro disso era a forma como ele agia com ela em lugares públicos, como no shopping. Quem os via juntos acreditaria que eram apenas um casal normal, rindo, conversando, agindo como qualquer dupla apaixonada. Naquele contexto, Vitor sabia como mostrar carinho e atenção, fazendo Carla sentir-se desejada e especial.

Quando estavam juntos no shopping, Vitor se comportava de forma exemplar. Ele segurava a mão de Carla, olhava nos olhos dela com ternura, ria de suas piadas e a fazia se sentir como a mulher mais importante do mundo. Às vezes, até a surpreendia com pequenos gestos, como comprar algo que ela havia comentado querer ou sugerir um almoço em um restaurante que ela adorava. Tudo parecia perfeito. Para Carla, era um alívio ter momentos como esses, onde Vitor parecia ser o homem dos seus sonhos, carinhoso, atencioso, além de ser um macho muito viril.

Mas, na verdade, Vitor fazia isso apenas para conseguir o que queria. Sua "gentileza" não passava de uma estratégia bem calculada. Ele sabia que, para manter Carla ao seu lado e, mais importante, para satisfazer seus desejos mais sombrios, precisava convencê-la de que havia um lado bom nele, algo em que ela pudesse se agarrar emocionalmente. Vitor era um manipulador nato. Ele dava a Carla pequenas doses de carinho e atenção apenas para mantê-la dependente dele, acreditando que existia algo mais profundo entre eles.

A verdade é que o Vitor carinhoso do shopping era uma ilusão. Ele desempenhava esse papel apenas em lugares onde sabia que poderia ser visto ou quando era necessário reforçar o controle que tinha sobre Carla. Quando estavam sozinhos ou em situações mais íntimas, esse Vitor desaparecia completamente. Não havia mais as mãos dadas, os olhares ternos ou as risadas cúmplices. Tudo se resumia ao desejo e ao sexo. Vitor nunca a amou de verdade, e conforme o tempo passou, isso ficou mais claro.

Ele era um homem movido pelo prazer e, para conseguir o que queria, sabia que precisava ser estratégico. No fundo, seu comportamento afetuoso era uma espécie de moeda de troca. Ele a mimava e era "amável" porque sabia que, depois, Carla seria mais propensa a aceitar suas exigências, inclusive as mais degradantes. Os momentos de ternura, como aquele passeio no shopping, eram apenas a preparação para o que viria depois: as noites de sexo sem limites, a submissão total de Carla aos desejos de Vitor.

Com o tempo, Carla começou a ceder mais e mais aos desejos de Vitor. Ele a levava a casas de swing, onde ela se via em situações que jamais pensou que aceitaria. O controle estava sempre nas mãos dele, e ela, por mais que sentisse desconforto, era incapaz de resistir à força que ele exercia sobre sua vontade. Em uma dessas casas, Carla transou com diversos homens, sem ter voz sobre quem a tocaria ou penetraria. Vitor fazia todas as escolhas, manipulando-a para satisfazer suas fantasias, como se ela fosse apenas um brinquedo em suas mãos.

O nível de controle e submissão atingiu seu ápice em momentos como os passados no glory hole, onde Carla chupava vários homens, sem ao menos ver seus rostos. Vitor, ao seu lado, incentivava seu comportamento de forma grotesca, gritando palavras degradantes: “Isso, sua puta! Mama essa vara preta! É disso que você gosta, não é, sua vadia? Você é uma putinha muito da safada. Comigo, você vai se tornar a maior biscate dessa cidade!" Carla nem queria transar com outros homens além do Vitor, mas ele a convenceu, o negócio só foi escalando para coisas cada vez mais pesadas. Dupla penetração anal, vaginal, chuva dourada nela em encontros com homens que eles conheciam pela internet, era tudo sempre intenso.

Carla, mesmo mergulhada no desejo do momento, sentia-se vazia. A excitação de ser tratada como uma qualquer era intensa, mas, ao mesmo tempo, revelava um buraco emocional cada vez maior. Ela percebia que o que Vitor oferecia não era uma relação de verdade, mas sim uma jornada contínua de degradação. Cada homem que gozava em sua boca, cada vez que Vitor a xingava enquanto ela o satisfazia, a afastava mais da pessoa que ela havia sido um dia.

Nos glory holes, nas salas privativas, nos clubes de swing, Carla se viu envolvida em orgias, sendo penetrada por vários homens, enquanto Vitor assistia e a incentivava com prazer sádico. Seus buracos, como ele os chamava, eram preenchidos por homens desconhecidos, que a usavam sem qualquer vínculo emocional. No fim de cada noite, ela saía exausta, física e emocionalmente. O cansaço ia além do corpo – era a alma de Carla que estava se desgastando.

Vitor, ao invés de perceber o impacto negativo que aquilo tudo tinha sobre ela, continuava a empurrá-la cada vez mais fundo em suas fantasias perversas. E Carla, apesar de saber que aquilo tudo estava errado, se sentia presa, incapaz de escapar do ciclo de submissão e prazer autodestrutivo. No fundo, ela sabia que havia feito uma escolha errada, que havia abandonado um relacionamento estável com Reinaldo, mesmo com seus problemas, por um abismo de prazeres sem sentido e sem afeto.

A relação com Vitor, longe de ser libertadora, se mostrou uma prisão emocional. O que parecia ser uma atração intensa no começo se transformou em uma armadilha. O que eles compartilhavam não era amor, mas apenas o desejo, e esse desejo estava a corroendo por dentro. As promessas de uma vida mais emocionante ao lado de Vitor se dissiparam, e o que restou foi apenas um vazio insuportável. Carla, ao perceber que estava afundando cada vez mais no mundo sombrio de Vitor, começou a entender que seu futuro com ele não teria fim feliz.

Ela havia trocado uma vida de estabilidade, carinho e respeito por um relacionamento baseado em exploração e degradação. Vitor jamais seria o homem que ela esperava que ele se tornasse, e o que eles tinham era simplesmente o reflexo de suas escolhas erradas. Assim como o sexo os uniu, seria o mesmo sexo desenfreado, sem limites, que acabaria destruindo-os por completo, como eu já tinha dito.

Certo dia, após uma intensa briga, Carla enfrentou a fúria de Vitor. Ele, tomado pela raiva, a espancou e ameaçou de forma brutal. “Olha aqui, sua vadia! Não me provoque nunca mais. Não grite comigo novamente, entendeu? Aqui, você não dá pitaco; apenas obedece. Você não tem mais o corno do seu marido para defendê-la. Seus pais já foram dessa para melhor. No máximo, você tem sua irmã, e é claro que você não quer que nada de ruim aconteça com ela, não é mesmo?” As palavras dele ecoaram como um aviso sombrio, uma lembrança cruel de como Carla havia se afastado de tudo que era seguro e familiar.

Vitor havia se envolvido com pessoas perigosas, roubando dinheiro de indivíduos influentes e implacáveis. O que começou como uma busca por poder e riqueza rapidamente se transformou em um pesadelo. Carla, cega pela paixão e pela necessidade de se sentir viva, não percebera a profundidade do buraco em que estava se metendo. Infelizmente, em uma noite fatídica, enquanto estavam no carro, a situação tomou um rumo trágico. O veículo foi cercado, e uma chuva de balas os atingiu. Ambos morreram instantaneamente, sem chance de fuga, vítimas de uma escolha que não foi apenas de Vitor, mas também de Carla.

Quando Reinaldo estava em casa assistindo ao jornal, a notícia sobre o incidente chocante apareceu na tela. O coração dele disparou ao ver as imagens de Carla e Vitor. O passado rapidamente invadiu sua mente, trazendo lembranças do que viveram juntos, do amor e da traição. Apesar de tudo o que Carla havia feito, ele não desejava sua morte dessa maneira brutal. Lagrimas escorriam de seus olhos, misturando dor, tristeza e um leve sentimento de alívio pela libertação de um ciclo tão tóxico. O amor que ele ainda guardava, embora machucado, não podia ser anulado pela traição.

Reinaldo refletiu sobre a fragilidade da vida e sobre como escolhas equivocadas podem levar a destinos trágicos. Ele percebeu que, muitas vezes, as pessoas se encontram em situações difíceis não apenas por suas ações, mas também por circunstâncias que parecem fora de controle. A história de Carla e Vitor não era apenas uma tragédia pessoal, mas um alerta sobre os perigos de se deixar levar por paixões destrutivas e a sedução do poder.

A vida continuava, e Reinaldo, com o coração pesado, entendeu que cada um tem suas próprias batalhas. A lembrança de Carla seria uma lição, não só para ele, mas para todos que se permitissem se perder em ilusões e relações tóxicas. Às vezes, o amor pode levar ao pior, e é preciso ter cuidado ao permitir que as emoções dominem a razão. No fim, a história de Carla e Vitor era um triste lembrete de que cada escolha tem consequências, e que o verdadeiro amor deve sempre vir acompanhado de respeito e cuidado mútuo.

É esse O PREÇO DA INFIDELIDADE: uma troca traiçoeira que, muitas vezes, se revela letal. Carla procurou, sem saber, sua própria morte, enquanto navegava nas sombras de suas escolhas, perdendo-se em um abismo do qual não havia como retornar.

Fim.

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Comentários

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Lamentável que a chifradora tenha morrido.

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Não sei se eu fiquei feliz pelo fim ou se fiquei triste.

Feliz por saber que ela se lascou ou triste pq ela não teve tempo suficiente para experimentar a dor que causou

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Merece mesmo um elogio, não parece de fato ser o primeiro ensaio do gênero, mas se for mesmo revela-se um excelente escritor, meus parabéns!

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O melhor conto que eu já li neste site, sem palavras.

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Ricardo.Matos, eu agradeço o elogio, mas tem contos muito melhores que o meu no site.

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Parabéns pela história emocionante! Só achei que deveria trabalhar mais no Vitor poor ele quase não é citado ,pouco se mostrou dá vida dele ,como conheceu a Carla , também não mostrou a origem da Carla .

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Samas, você está certo sobre o que falou. Nas próximas histórias, vou trabalhar mais nisso, obrigado por comentar.

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Cara por ser sua primeira vez aqui no site,você mandou bem nesse conto. Nas próximas publicações você vai adquirindo experiência e aperfeiçoando os contos. Sucesso!

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Como é bom quando um novo autor aparece e escreve algo totalmente diferente das mesmices de corno que gosta de ser humilhado ou de maridos liberais sem amor próprio.

Parabens

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Agradeço o elogio, Marcelomotta. Mas é importante lembrar que existem diversos tipos de fetiches. Cuckold e Hotwife é um deles. Em um relacionamento assim, a cumplicidade e o respeito devem ser ainda maiores. Tem muitas pessoas que acham que isso é apenas ficção, mas existe inúmeros casais que vivem um relacionamento assim. Exemplos: Casal Brazilian Hotwife, Thayksada, esposa gulosinha, Cris almeida e por aí vai... o problema é que em muitos contos, alguns autores exageram demais nas cisas que escrevem.

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Spartacus, meu comentário foi exclusivamente com a história. Apesar de ter meu preconceito com alguns fetiches e achar algumas atitudes de contos ditos "reais" bem patéticos meus comentários são pelas histórias e sempre acreditando que não passa de uma ficção.

Sempre que eu fizer um comentário será sobre os personagens e nunca sobre o autor.

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Legal seu conto. Super bem escrito, e só por ter finalizado já merece todos parabéns. Teve enredo de início ao fim. Se o amigo me permitir, e com todo respeito, confesso que acho monótono esse arco de enredo que finda em morte dos antagonistas, acredito que é uma saída fácil para o autor e empobrece um pouco a obra.

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Só mais um escritor, muito obrigado pelos elogios e pela crítica também. Os comentários dos leitores sempre são muito importantes.

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É possível ler e não sentir as emoções show de bola tá de parabéns

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Creio que você quis dizer que é impossível ler e não sentir as emoções, kkk. Obrigado por comentar.

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Narrativa massa, é guerreiro a vida são feitas de escolhas, não quer dizer que será a certa, mas bora ... Vida que segue

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Eu sempre digo que as pessoas não tem o que elas merecem, elas tem o que elas escolhem...

Carla não merecia morrer por ter traído, deveria ter tido uma lição e teve, o relacionamento abusivo mostrou a ela o resultado do ato sem caráter dela.

No entanto, a morte não era algo que ela merecia, porém ao navegar em águas profundas, o risco é maior que a vontade.

A falta de caráter de quem trai é capaz de qualquer coisa. Quem trai pode matar, roubar ou simplesmente continuar traindo... Vitor reagiu, ele sabia que aconteceria a ele o que ocorreu com Reinaldo e se antecipou, foi uma reação dele... E claro, quem opta em se envolver com alguém comprometido, também demonstra não ter caráter e isso tudo vai virar um vício...

A falta de caráter de ambos foi o resultado dessa tragédia

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Todo o relacionamento tem seus altos e baixos. Se um casal está com problemas, deveriam conversar a respeito, tentar resolver. Se não for possível, a separação é a opção. Honestidade, transparência, teriam evitado o que ocorreu. Só que o ser humano é foda, às vezes, irracional.

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Caramba muito bom, o plantio é opcional, mas a colheita e obrigatória, e só colhemos o q plantamos, parabéns amigo muito bom mesmo

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vixxx. pesado heinn, mas infelizmente muitas pessoas procuram um fim trágico assim, ela tinha tudo, mas achava que não tinha nada, que precisava de mais "tesão", "aventura" e achou que iria receber mais amor, mas tudo deu muito errado.

cara ficou bem legal seu conto, espero que logo vc publique mais histórias para termos uma boa leitura

parabéns

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Pois é, neto_batista, o preço da infidelidade foi muito alto para Carla.

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