Dá para separar amor de sexo? Parte 11

Um conto erótico de Gigante Gentil
Categoria: Heterossexual
Contém 1291 palavras
Data: 22/09/2024 20:58:39

Eu queria poder dizer para vocês quanto tempo eu esperei ali sentado, foram minutos, mas para mim foi uma vida inteira, eu não conseguia chorar de tanta dor no peito, algumas vezes eu perdia o ar só de lembrar o que eu tinha visto, uma eternidade em que eu mesclava entre a dor e o ódio.

Aquele tempo serviu para analisar a situação, sou um lutador e aprendi desde sempre a manter o auto controle, a minha vontade era de matar os dois, com isso eu acabaria com a minha vida, a vida do meu filho e a vida da mãe do meu filho, eu precisava pensar bem os próximos passos.

Expulsar ela de casa? Não era o momento, meu filho dormia no quarto ali ao nosso lado, qualquer briga poderia ser terrível para mim, mas também para o meu filho. Decidi confrontar Taís e sair daquela casa, refazer a minha vida e me vingar de todos os traidores.

Ouvi então passos descendo a escada, era Taís de banho tomado, vestia uma camisa minha e de calcinha. A princípio ela não me viu a fui até a cozinha beber alguma coisa, eu queria gritar com ela, mas parece que minhas forças tinham ido embora. Eu só consegui dizer

- Porque ? – Quase inaudível

Ela tomou um susto na hora quase deixando cair o copo de água que provavelmente era para o seu amante, alguém que eu conhecia bem por sinal.

- Amor você chegou cedo e não avisou – Disse ela claramente nervosa

- Porque Taís? – Repeti agora em um tom mais alto

- Como assim porque? – Respondeu ela se fazendo de desentendida

- Vou perguntar a última vez, e vou embora, não só dessa casa, mas da sua vida... porque ?

Houve um silêncio ensurdecedor, ela veio se aproximando de mim sem dizer nada e tentou mais uma vez desconversar.

- Eu não estou te entendendo, não sei o que está acontecendo, você poderia me dizer ? – ela disse agora com tom mais confiante.

Acho que ela imaginou que eu não tinha visto nada e estava jogando verde, ela agora estava confiante e quase me atacando.

- Já percebi que você não vai ser verdadeira comigo, então eu estou indo embora para não fazer uma besteira maior.

Eu tremia de raiva e temi por mim mesmo, será que eu seria capaz de agredir a Taís? Nunca levantei se quer a voz para uma mulher na minha vida, mas também nunca tinha sido traído tão covardemente.

Fui caminhando até a porta e ela percebeu que eu sabia de tudo, correu na minha frente e pegou a chave que estava na fechadura.

- Não! Você não sai daqui até conversar comigo – Disse ela gritando encostando na porta

- Me deixa sair Taís, eu não sei do que eu sou capaz, só me deixa sair daqui. – Eu ainda não havia levantado a voz.

Ela abraçou a minha cintura e começou a implorar para ficar e conversar com ela, só que ela esqueceu do amante no nosso quarto, ele pensando que poderia acontecer o pior desceu as escadas e ficou olhando o que acontecia.

Eu iria mata-lo, estava certo disso e a Taís percebeu que algo muito ruim iria acontecer e tentou me segurar enquanto gritava para ele sair dali, ele estava assustado porque nunca tinha me visto daquele jeito, nem eu tinha me visto assim.

Fui em direção a ele com o punho fechado arrastando a Taís que segurava minha cintura inutilmente, mas não seria tão fácil acerta-lo, ele também era lutador e eu o conhecia muito bem.

- Cara vamos conversar, não podemos resolver as coisas na pancada, a Taís pode se machucar e seu filho esta em casa – disse ele com as mãos mantendo distância para que eu não o acertasse.

Aquelas palavras me atingiram em cheio e o ódio, a tristeza se tornaram decepção.

- Meu filho esta casa, nosso filho Taís, você fez isso com ele aqui, vocês fizeram isso COM ELE AQUI – Gritei pela primeira vez.

- PORRAAAAAAAAAA – Gritei como se quisesse arrancar algo de mim.

- VOCÊ É MEU PADRINHO CARALHO, EU CONFIAVA MINHA VIDA A VOCÊ, MINHA VIDA YAGO, minha vida – falei abaixando o tom de voz e chorando.

Meu olhar agora era de decepção, meu filho salvou a minha vida, com o ódio que eu tava, se eu o matasse, iria preso e não sei quando voltaria a ver o Alceu.

- Taís me solta, me solta – Falei sério olhando pra ela.

Ela se contraiu de medo, foi a primeira vez que vi ela ter medo de mim, aquilo mexeu comigo.

- Não vou! Não! Não! – repetia ela desesperada

Tirei ela da minha cintura e joguei no sofá, fui até a porta e ela novamente entrou na minha frente, eu desferir um soco na porta que meu braço atravessou, meu punho sangrava e eu comecei a puxar a madeira da porta violentamente, Taís saiu de baixo de mim e foi buscar o telefone, soube depois que ela ligará para José pedindo ajuda.

Com ela saindo debaixo de mim consegui chutar a porta até quebrar a fechadura e pegar meu carro, antes de sair avisei que pediria meu irmão para legar minhas coisas.

Acelerei sem destino por horas com o celular desligado, eu precisava ir para algum lugar que ninguém me achasse, lembrei das montanhas e segui para lá, tinha uma reserva para a semana que vem, mas por sorte consegui adiantar a reserva, olhei para o celular e tinha chamadas da Taís, Lidiane, José e Rodrigo.

Vi algumas mensagens por cima, mas não dei bola para nada, meu sangue foi esfriando, tomei banho, meu punho agora estava inchado, certamente alguma fratura, deitei de bruços, coloquei o travesseiro no rosto e gritei o mais alto e forte que eu conseguia gritar.

Era uma dor alucinante que me transpassava, eu chorei tudo que não havia chorado antes, e não tinha ninguém que pudesse ajudar, era só eu e Deus, queria minha mãe, mas ela não estava mais aqui.

Ensaiei uma oração, fazia tempo que eu não tentava rezar.

“Ei cara! Me desculpa, sei que faz tempo que não falo contigo, a vida tem me sido agradável até agora, vai parecer que eu só estou te procurando porque estou na merda, e como não adianta mentir para vocês, é um pouco disso sim, mas se for possível, tira de mim essa dor, ou ao menos ameniza, eu não sei se vou suporta-la por muito tempo,” rezei um Pão Nosso e uma Ave Maria

Comecei a cantarolar “mãezinha do céu” que era música que minha mãe cantava para mim e meu irmão, então adormeci e não sei explicar ao certo, mas eu senti como se tivesse deitado no colo da minha mãe e ela acariciava minha cabeça, durante esse tempo a dor sumiu, era um lugar quente, carinhoso e cheio de amor que eu conhecia bem, o colo da minha velha mãe.

Acordei no outro dia com dores físicas, e não consegui levantar da cama, os três dias se passaram sem eu dar notícias, sem tomar banho e mal comia.

Até que lembrei do meu filho e tinha que resolver essa situação, no caminho para a minha cidade sofri um acidente, eu estava bem devagar, meu sentimento era de não voltar para aquela realidade, então não sei se dormi ou por impulso de perder a esperança na vida, choquei com uma árvore, nada grave, mas que renderia ao menos duas semanas no hospital, pedi para que não contassem a ninguém onde eu estava.

Mas aquele hospital me reservaria algumas surpresas, e um tempo para pensar nos meus próximos passos.

Continua ...

Os nomes e locais presentes neste conto são fictícios, mas os detalhes descritos são reais.

É proibida a cópia, reprodução e/ou exibição fora da "Casa dos Contos" sem a devida autorização dos autores, conforme previsto na lei.

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 101 estrelas.
Incentive Espectador a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.
Foto de perfil genéricaEspectador Contos: 38Seguidores: 75Seguindo: 4Mensagem Tendo a fixar na realidade.

Comentários

Foto de perfil genérica

O casal jamais tem que ter liberdade excessiva um com o outro, muitas vezes as merdas acontecem por libertinagem confundida por liberdade!

Ótima trama!

⭐⭐⭐💯

0 0
Este comentário não está disponível
Foto de perfil genérica

Ótimo conto pena que está curto. Não liga pros faça sua arte sem interferência doa comentários quem curti curtiu e quem n curti paciência tem outros autores e outros aites basta ir atrás de algo do agrado deles.

0 1
Foto de perfil genérica

Ótima história, pena que o capítulo foi curto demais, mal deu pra sentir o gostinho

0 0
Foto de perfil genérica

Bom amigo mantive as estrelas pq...sei lá pq...kkk

Se ele vai p um hospital para refletir, conversar e etc...já sabemos o que vai acontecer...vão convencer com lenga - lenga que é só sexo, talvez culpar ele próprio e sua visão machista e monogâmico e blá bla blá que mais tem no site...

Mas é o que eu falo, não tá gostando não leia...pelo menos a impressão geral sobre o personagem sempre me blindou da história em si...como escreve bem, embora curto, e o cara pelo menos, até o momento, não teve esse negócio de tesão de corno enfiado goela abaixo da o tentar ter esperança, mas tá difícil...

1 0
Foto de perfil de Hades123

Gastei menos de 30s para terminar a leitura desse "capítulo"rsrs, esse campeão de MMA é a reencarnação do Buda kkkkkkkk

0 0
Foto de perfil genérica

Os nomes e locais presentes neste conto são fictícios, mas os detalhes descritos são reais.

DETALHES DESCRITOS SÃO REAIS,eita porra,ninguém merece.

Eu fazendo piadas no conto anterior,achando que era fictício

1 0
Foto de perfil genérica

cara me desculpe, mas foi curto demais... nem deu tempo de empolgar com a leitura, acabou....

0 0
Foto de perfil genérica

Uma situação nada gratificante pra Você enfrentar, ninguém nunca está preparado para tal situação, então sua revolta foi normal, seu nervosismo,principalmente pela esposa ter traído e pelo então amigo e padrinho (amigo não né).Justificável neste quesito, e gente,o cara tá contando uma historia de amor e traição.Aqui não há relação entre separar amor de sexo.Amor não trai,não finge,não maltrata, não humilha....Sexo é só sexo quando as pessoas acham que pode separar eles.Na prática não tem,por aqui há relatos de cornos que aceitam tal situação,eu duvido de todos, pois sempre são histórias de ficção e não reais.Toca o barco colega que você vai atingir o objetivo da história...parabéns

0 1
Foto de perfil de rbsm

Bom vamos ver qual vai ser a reação

0 0
Foto de perfil genérica

Dropando do conto. Conto curto e uma enrolação do cacete. 11 contos que poderiam ter sido apenas 3-4. Assim fica foda.

1 0
Foto de perfil de Almafer

Amigo que dor anarga viu parabéns nota mil pela saga

1 0
Foto de perfil genérica

Sério? Eu sempre critiquei o personagem do seu conto nunca o autor, pq eu achava que devemos sempre separar a história e seus personagens e quem conta a história, mas ta difícil, eu n sou o dono da razão,o paladino da vdd, mas tá foda kkkkk o cara é traído e única coisa que ele faz ou fez e chorar ou se machucar? Chorando feito uma criança? A não cara kkk kkk tome uma atitude, eu n curto contos de corno manso, não é pra mim, se eu soubesse o teor do conto eu nao teria começado a ler,não gosto de deixar nada inacabado, por isso quero ver onde isso vai dar, essa era intenção do autor desde começar, fazer um conto mascarado de vingança e dor, a de um corno manso, não tenho dúvidas que autor sabe escrever, mas ele peca nos temas,tem quem goste do tema, mas desculpe eu não acho legal o tema

2 0
Foto de perfil genérica

ta louco, padrinho e o pior com o filho em casa, vagaba e pouco para essa mulher, o pior de tudo e em casa, cama do caro e filho ao lado, sem condições

2 0
Foto de perfil genérica

Quê porra é essa de capítulo curtíssimo, agora aqui esse Reinaldo é um cuzao mesmo, eu sabia que o bebê chorão não iria fazer nada agora além de corno ficou mansinho e chorão vai se fuder meu tinha que tomar atitude e não sai chorando igual uma criancinha resumo que merda de capítulo?

1 0
Foto de perfil genérica

Capítulos sem expiração, sem drama, sem ação (expectador) tá hora de encerrar seu conto, o seu personagem teve tudo pra dar uma reviravolta na história, e o que você fez foi encerrar o capítulo nota e estrelas zero ?

1 0
Foto de perfil de Samas

Desde o capítulo anterior que essa essa história fica nessa lenga,lenga com textos resumidos , arrastando uma história que já devia ter terminado se vc não fosse tão econômico nos textos. Já tá ficando sem graça essa história de mais um corno manso 👎👎🥱🥱🥱

1 0
Foto de perfil de JP-agreste

Nossa pequeno viu .... mas tô gostando espero que venha o outro

0 0

Listas em que este conto está presente