Parte 8
#Gilcley: Eu realmente fiquei muito excitado em ver aquela entrega da Mabel, gozando muito com o Lucky. Era impossível não ficar, e quando ela gozou a ponto de desmaiar de tão intenso, eu também não consegui me controlar mais e gozei, gozei muito, com o pau bem duro e pulsando. Eu não senti ciúme nem raiva, nem inveja, nem nada. Estava muito satisfeito de ver como a minha esposa, que por muito tempo se segurou, se castrou, ocultando desejos e fantasias, naquela noite se deixou dominar e caiu de cabeça naquela foda incrível com o comedor.
Mas, depois de eu gozar, com a minha idade, há mesmo uma baixa geral da libido, e todo o corpo entra em homeostase, ou seja, em relax natural. Na hora, com a Mabel deitada, apagada de tanto prazer, eu senti que era o momento de dar uma saída, para que não viesse uma rebordosa de emoções incômodas, que seriam inevitáveis.
Eu já não conseguia mais nem a metade da potência e da vitalidade do Lucky. Eu precisava reconhecer que por mais que nós dois já tivéssemos feito fodas fantásticas, eu nunca cheguei perto do que o Lucky conseguiu com a minha esposa. Ele a fez jorrar de uma forma incrível. Em vez de ficar me martirizando, me sentindo menos, e incapaz perto do Lucky, eu resolvi ser generoso, e deixar que os dois pudessem se desfrutar, bem à vontade, sem a minha presença. Seria bom para eles e até melhor para mim. Achei que não assistir mais, seria melhor do que ver o show de pirocada e de gozos que o safado ia dar em minha querida esposa. “Melhor para ela”, pensei.
Disse ao Lucky que eles ficassem à vontade, que eu tinha gozado e ia recuperar as energias dando uma volta. Eles podiam fazer o que desejassem. E vestindo a bermuda e uma camiseta, peguei o meu telefone e saí do bangalô.
Nem reparei para onde estava andando na praia. A brisa do mar tornava a noite agradável, e pelo adiantado da hora, não se via ninguém em parte alguma do Resort.
Minha cabeça lembrava das cenas que eu presenciara. Eu estava pensando que seria um grande problema, depois que a Mabel se acostumasse com aquela pegada forte do Lucky, eu ter que dar conta daquela libertina liberada e assumida na sua safadeza.
Na hora, me lembrei de um comentário que vi até recentemente, de um dos leitores de contos:
“É tipo quando você compra um carro mais novo, com câmbio automático, mais bonito, mais potente, mais silencioso, mais veloz... você vai sentir a diferença com o carro antigo, e vai desapegar dele rapidinho, não vai querer nunca mais o câmbio manual, a baixa potência, os barulhos da suspensão gasta... e etc...”.
Andando sozinho na praia mal iluminada pelo luar, cheguei a dar risada, em voz alta, e disse para o ar:
— Quem mandou cutucar a onça com a vara mole? Agora aguenta! - E dei outra gargalhada.
Estava rindo para não chorar. O caso era sério, e eu brincava apenas para me poupar da angústia. Certamente a Mabel iria comparar as fodas. Foi quando ouvi a voz da Mea:
— Uai… corninho. O que houve? Não estava lá no bangalô junto com a sua esposa?
Foi quando reparei que eu novamente ia passando em frente ao bangalô dela, e a Mea continuava ali na varanda, com a luz apagada, por isso não percebi que estava bem em frente. Claro que levei um certo susto, e fiquei olhando para ela, sem responder de imediato. Mea perguntou:
— O que houve? Algo não saiu bem?
Tratei de acalmá-la:
— Não, tudo bem, tudo ótimo. Eu que resolvi dar uma volta e deixar os dois sozinhos. A noite é deles.
Mea não teve dúvida:
— Então, se sente aqui comigo, e me faz companhia. Se quiser conversar, conversamos. Se quiser beber, bebemos. Não gostou de algo que você viu?
Sorri meio sem graça enquanto entrava na varanda do bangalô e me sentava na cadeira que eu já havia ocupado. Falei:
— Gostei demais do que vi. Gostei tanto que acabei gozando só de assistir. E depois, fiquei meio morno, receoso de que poderia me incomodar se continuasse ali. Eles dois são acima da média. O Lucky é fora de padrão.
— Entendo perfeitamente. – Falou a Mea.
Ela deu um sorriso simpático e cúmplice e completou:
— Fico admirada com a sua tranquilidade e autoconhecimento. Admitir que não é páreo para o Lucky não é demérito, é prova de que você sabe perfeitamente até onde consegue ir. Parabéns. Você deve ser normal, ele que é o diferente.
Dei de ombros, pois não havia o que fazer. Respondi:
— Pois é, não adianta alimentar ilusão. Depois dos sessenta, a gente fica menos iludido, e olha a vida com mais coragem. Não sei se ela vai querer trocar para o modelo de câmbio automático e nunca mais vai querer o câmbio manual, a baixa potência, os barulhos da suspensão gasta....
Mea perguntou:
— Você teme alguma coisa?
Eu não precisava esconder nada dela, pois sentia a Mea uma pessoa de muita confiança e experiência. Resolvi comentar:
— Não precisa ser muito esperto para saber que ela vai ter saudade desse Lucky, e eu não sei se vou conseguir dar conta dela depois que descobriu o que pode conseguir na cama. E eu já estou meio na descida, sem freio e na “banguela”.
Mea me olhava com um brilho especial. Ela falou:
— Você se engana redondamente. O sexo intenso com o amante, ocupa um lugar diferente no coração dela, em relação ao seu. Ela faz amor com você, e você vai continuar fazendo amor, pois é o que ela gosta de ter consigo. Basta chupá-la bem chupada e ela ficará feliz. A satisfação dessa relação é muito superior àquela que sua esposa tem com o amante. Ali, é para soltar a devassa, a mulher safada. Bancar a putinha. Isso eu acho, e não devo estar enganada. Senão, vocês não estariam juntos ainda.
Fiquei olhando para ela, sem saber o que responder. Mea se levantou da cadeira, e veio se sentar de pernas abertas, sobre as minhas coxas, de frente comigo. Ela colocou as mãos nos meus ombros, e olhando bem de pertinho, falou baixinho:
— Você não percebe que mulher é um bicho diferente, que gosta de umas coisas que vocês não conseguem entender, e damos valor a um monte de coisas que vocês nem imaginam. O Lucky pode me comer a noite inteira, em várias posições, me fazer gozar um monte, mas não tem metade do sabor que deve ser, ter uma transa deliciosa com você. Pense nisso.
Sem jeito, meio envergonhado, eu perguntei:
— Isso é uma cantada? Está me seduzindo?
Mea deu risada. Um sorrido bonito, iluminado:
— Ah, corninho, não vou perder a oportunidade de tentar. Claro que é uma cantada! Mas, em primeiro lugar, eu só quero que você entenda que é um macho maduro muito gostoso, charmoso, seguro de si, experiente.
Deu uma breve pausa, e continuou:
— Deve ser bom de sexo, e mais do que tudo, é macho que não tem medo de outro macho. Isso é só para os fortes. Eu confesso que adoraria se me deixasse dar uma voltinha nesse seu tal câmbio manual.
Eu, ainda envergonhado, sem jeito, falei na brincadeira:
— Prefere o carro velho, de motor antigo, câmbio manual, e com a suspensão arriada, em vez do moderno e automático, híbrido e possante?
Mea deu uma sonora gargalhada. Fiquei admirado. Depois ela falou:
— Homens inteligentes, valem por muitos. Eu gosto de dar uma volta num carro novo, possante e moderno, mas é de vez em quando. Todo dia, me cansa. Para todo dia, juro que o bom e velho câmbio manual, é muito mais fácil de eu dominar e controlar. Me sinto mais segura. Entendeu agora?
Eu olhava para ela, nua, ali no meu colo, o rosto bonito, queimado de sol realçava o brilho dos olhos, e seu sorriso. Os seios perfeitos, médios, firmes, com os mamilos castanhos bem escuros, já bem intumescidos. O cheiro dela me envolveu e me senti eletrificado, numa onda de excitação que foi crescendo. Meu pau foi ficando duro dentro da bermuda. Ela sentiu e deu uma rebolada no meu colo. Falou:
— Uhmmm, acho que encontrei o ponto de ignição. Ou seria o câmbio?
Eu estava respirando ofegante, um pouco nervoso, mais pelo inusitado da situação, pois eu não esperava aquela atitude. Perguntei:
— Acha que está certo isso? Não vê problema no que estamos fazendo?
Mea era esperta e perguntou:
— O que é que estamos fazendo?
Eu sorri, pois percebi que me adiantei sem esperar que fizéssemos de fato, alguma coisa mais. Respondi:
— Estamos quase entrando em conexão, eu pelo menos, já estou me segurando, mas, acho que é melhor consultar antes de fazer bobagem.
— Você quer? – Ela perguntou.
— Você que se sentou, achou o ponto de ignição, deu a partida… O carro velho está rugindo o motor, quase engatando o câmbio na primeira, para partir acelerado... Quer dar uma voltinha? – Eu disse.
Mea deu outra risada:
— Safado!
E do nada, colou a boca na minha, me dando um beijo muito gostoso. Depois ela disse:
— Sua esposa está lá no bangalô, dando para o Lucky de todas as maneiras. Vão foder a noite toda. Vai ficar com a boceta toda inchada e vermelha. Qual o problema se a gente aproveitar e desfrutar um pouco, enquanto nossas máquinas ainda aguentam uma boa refrega?
Ali, eu entendi que ela estava mesmo a fim, e não tinha nada que, de fato, nos impedisse. Mea nua rebolando de leve no meu colo encostou o nariz no meu e ficou ali respirando forte. Olhava nos meus olhos. Aquilo era excitante. Ela demonstrava que estava excitada, e me excitava com aquilo. Senti o cheiro da xoxotinha dela e me deixou mais tarado, meu pau duro pressionava a bunda dela. Mea se levantou do colo, e puxando minha bermuda me despiu na parte de baixo. Meu pau estava duro como sempre foi.
Ela despiu a minha camiseta, e quando me viu inteiramente pelado, voltou a montar a cavalo nas minhas coxas. Ele sussurrou no meu ouvido:
— Desculpa de peidorreiro é tosse! Já ouviu essa?
Eu, intrigado, dei risada sem entender. E ela falou:
— Safado do galo tarado, se fez de morto para comer o cu do urubu. Você está desse mesmo jeito. Fala que é broxa, mas tá aí de mastro empinado. Imagine se não fosse. Que pau mais gostoso é esse!
Na hora, meio ressabiado, eu pensei se ela estaria fazendo aquilo para encher a minha bola. O único jeito era perguntar:
— Você está me botando no alto, para compensar minhas angústias?
Mea me deu um beijo na boca, daqueles que demoram, as línguas se enroscando. Depois ela disse sussurrado:
— Acha mesmo que precisa? Você assume ser corno, gosta ver, de deixar a parceira viver todas as emoções, se excita ao vê-la dar como uma cadela no cio e gozar com o comedor, e goza junto de tão excitado. Só um macho muito seguro aceita isso. Suas angústias são infundadas. Sua mulher adora você, e não mistura as coisas, ela sabe que é você que importa. Você deveria confiar mais no seu poder, é um maduro muito bonito, gostoso, seguro de sua masculinidade, e tudo indica que sabe dar prazer a uma mulher. Eu quero aproveitar um pouco disso, afinal, fiquei com vontade desde quando o vi chegar na praia.
Era verdade, nossos olhares se cruzaram na primeira vez. Eu falei:
— Nos cruzamos várias vezes, eu me lembro. Mas eu estava com a Mabel, então, não podia ficar olhando.
Mea me dava beijinhos no pescoço, e falava com voz sedutora perto do meu ouvido:
— É, mas a Mabel percebeu meu olhar. Mulher é rápida nessas coisas. Eu notei. Sua mulher, por tudo que já sei, é apaixonada em você. Mas, nada impede que se apaixone também pelo gostosão do Lucky. Uma coisa não impede a outra. É falsa essa crença de que se eu me apaixonar por você, não posso também gostar de outro.
Naquele momento eu estava bem mais relaxado, e com muito tesão naquela mulher gostosa e sedutora. Falei:
— Então, posso me apaixonar por você também, que não tem problema?
Mea deu mais uma rebolada fazendo meu pau duro se encaixar na entrada de sua racha. Estava melada e quente. Ela disse num tom ainda mais sussurrado:
— Ah, faça isso, que eu quero muito. Mas, se prepare para a Mabel ficar bem invocada. Mulher é mais territorialista e ciumenta. Só que, para azar dela, eu quero ver essa paixão aí.
Senti que a Mea ia rebolando de um jeitinho mais gostoso, sua boceta começando a beijar a cabeça do meu pau. A sensação era ótima e eu não pensei mais em nada que não fosse me dedicar àquele momento. Beijei sua boca com sofreguidão, suguei sua língua, e minhas mãos já acariciavam suas costas, sua lombar e sua bunda. Logo dei uns beijos nos mamilos e suguei os seios, ouvindo a morena suspirar e gemer, dizendo:
— Assim, sem pressa, que eu gosto. Você sabe fazer gostoso.
Ficamos naquele roça e beija, e chupa e assopra, por uns quinze minutos, enquanto eu sentia que a cada minuto, a Mea ia sugando meu pau com a xoxota quente, centímetro a centímetro, a penetração ficando cada vez mais profunda, ela gemendo mais, e eu já tendo um prazer incrível, experimentando o efeito alucinante do pompoar daquela boceta safada me sugando. Em mais dois minutos eu tinha os meus 19 cm de pica enterrados dentro daquela boceta quente e viva, que me espremia a rola, quase como se mastigasse, e eu descobri que nunca havia experimentado algo tão gostoso. Parecia que meu cacete ficava mais duro, mais grosso e maior, e o prazer era indescritível. Mas a Mea é uma mulher muito experiente no sexo, e controlava, dava umas paradas, para evitar que eu gozasse.
Ficamos ali, fodendo, eu a puxei mais para se colar em meu corpo, meu pau inteiro dentro de sua xoxota, o grelinho dela se esfregando na base da minha rola, os peitos dela colados aos meus, e nossas bocas se beijando, prolongadamente. A respiração bem ofegante. Ela dava umas cavalgadas, suaves, e parava, desfrutando daquela foda ao máximo. De repente, eu me toquei que estava sem camisinha, e falei:
— Putz, estou sem proteção!
— Relaxa, e aproveita. Aposto que você está zerado, e eu tenho a certeza de que estou. Sou laqueada, então não se preocupe. Nada se compara a essa sensação de pele com pele.
A Mea ia metendo, gozava de se estremecer, e exclamava:
— Corninho mais tesudo! Eu estou gozando demais!
Eu me esforçava para não gozar, para demorar mais, e estava conseguindo.
Ficamos ali, naquela foda gostosa, pau dentro por mais de meia hora, e eu admirado como é que eu estava conseguindo manter o pau duro aquele tempo todo. Certamente que era fruto da habilidade que ela tinha com a xoxota, e da excitação que experimentava ao saber que ela estava gozando várias vezes seguidas de forma espetacular. Não teve malabarismo, mudança de posição, ginástica sexual. Apenas uma foda deliciosa, demorada, com direito a uns quatro orgasmos intensos e encadeados da Mea. Até que ela acelerou os movimentos, fodia minha rola com mais ímpeto e pediu:
— Vem, corninho vem agora! Bem gostoso, goza comigo que eu vou gozaaarrr muuuitooo!
Não deu mais para resistir e comecei a ejacular, minha segunda gozada daquela noite. Jatos fortes e fartos saíam dentro dela. Fazia muito tempo que eu não conseguia aquilo. Na mesma hora, ela também passou a jorrar um Squirt melado e jateado, que molhava minha virilha, meu saco e minhas coxas. Durou uns quinze segundos jorrando.
Depois daquele orgasmo intenso, nós dois ficamos abraçados, trocando beijos, sem falar nada, por mais de um minuto. Finalmente, a Mea exclamou:
— Gil, que delícia! Nossa, fazia tempo que eu não sentia isso. Gozei demais. Encharquei você. Dei um banho!
Eu sorri satisfeito e respondi:
— Pois eu estava pensando exatamente nisso! Nunca senti um prazer tão bom, e fazia muito tempo que não gozava duas vezes na mesma noite.
Ficamos ali, trocando beijos por mais uns dois minutos. Depois, vendo que meu pau saía de dentro dela, Mea se levantou e me levou para dentro do bangalô, onde fomos tomar um banho juntos. Durante o banho, tirando os afagos, beijos e carícias, não rolou nada de sexo. Estávamos saciados. Mas permanecia um grande sentimento de satisfação, de carinho e de envolvimento.
Logo que nos enxugamos, fomos pelados para a sala, onde ela me fez sentar sobre o sofá, nos serviu mais duas taças de licor, e veio se sentar no meu colo. Ficamos ali bebendo e namorando.
Sim, o termo certo para a situação é namorando, pois conversávamos, trocávamos beijos, e carícias. Havia um entendimento muito bom entre nós dois e eu percebi que era perfeitamente possível gostar apaixonadamente da minha esposa, e gostar muito de uma outra mulher, junto da qual eu me sentia também muito bem. Acabei comentando isso com a Mea, que respondeu:
— Acredite que pode estar acontecendo o mesmo com a sua linda esposa, neste momento, profundamente encantada com o Lucky. O ego dela deve ter sido elevado às alturas com a reação do Lucky, pois eu sei que ele se encantou também pela sua esposa. Por isso que ele foi afoito e cometeu um deslize impensado. Mas agora, liberado pelo corno, está se desdobrando para que a Mabel o tenha na mais alta conta afetiva.
Eu olhava para ela, pensativo, pois aquilo poderia ser uma possível fonte de problemas no futuro. Só que a Mea logo me trouxe outra questão:
— Gil, você sabe que a Mabel, agora que provou o gostinho do pecado, vai sentir falta de uma foda alternativa vez ou outra. Você está sabendo que vai ter que se acostumar com essa posição de corno?
Eu parei, fiquei pensativo no que iria dizer. Sentia que com a Mea eu não precisava esconder nem disfarçar nada. Nuca havia visto aquela mulher antes daqueles dias, mas já confiava nela inteiramente. Resolvi falar:
— Mea, eu já tinha curiosidade, sentia tesão em fantasiar a Mabel dando para outro. Acho que sempre soube que ela é mulher para muito macho não dar conta. Mas, ela se recusava, tinha medo, e cortou esse papo. Eu, com o tempo, fui me conformando, e acho que isso reduziu muito o meu interesse, resultando numa broxada psicológica. Mas, agora que ela saiu do armário, e assumiu sua alma safada, eu não tenho do que reclamar. A minha única tristeza é que eu sei que já estou meio abatido, não sou mais o macho vigoroso e poderoso que eu fui.
— Para com isso, Gil. Você me fez ter um orgasmo incrível, me fodeu por quase meia hora, de pau duro, e segurando. Gozei cinco vezes. Poucas vezes eu consegui um macho que me aguentasse mastigando seu pau com a boceta, por tanto tempo. Sou profissional, e sei quando eu acho um fodedor à altura. – Ela disse meio indignada.
Eu dei risada, e agradeci:
— Puxa, obrigado. Então, você devia ter me conhecido uns anos antes.
Mea falou:
— Uns anos antes, um milionário no ramo da cana-de-açúcar, dono de refinarias, meu cliente fiel, e depois amigo, me deu de presente este espaço, e o dinheiro para construir este resort. Eu sei quem é bom e quem só sabe bater estaca. Você jovem seria ainda melhor?
— Ah, eu era… Aí, ia ser dose para leão. – Falei.
Quem riu foi ela, e falou:
— Boa comparação. Talvez você não saiba, mas os leões são os amantes que aparentam ter o maior apetite sexual do reino animal.
— Não diga! – Exclamei.
Mea contou:
— O casal de leões copula dezenas de vezes no espaço de poucas horas e a fêmea até atiça o macho quando ele já está cansado. E há leões com quatro fêmeas ou mais. Já houve registro de leões que durante o cio da fêmea, copularam 50 vezes em um dia.
Eu achei graça, e falei:
— A Mabel é uma leoa, mas o Lucky talvez não aguente se ela estiver no cio. Uma vez, eu e ela, numa viagem, transávamos umas seis vezes ao dia, por uma semana.
A Mea exclamou:
— Valha-me deus! Se você fizer a metade comigo já está maravilhoso.
Nós dois caímos na gargalhada.
De repente, ela perguntou:
— Você acha que está preparado para um relacionamento aberto?
— Bom, não sei, tenho pensado. Não quero essas relações que cada um faz o que bem entende. O casamento, para mim, é a parceria. A cumplicidade. Acho que para a Mabel também. Não sei, ainda teremos que conversar bastante.
Mea disse:
— Sabe por que eu sou sozinha? Para manter a minha liberdade. Eu não quero nem um relacionamento aberto. Eu prefiro a Não-monogamia. Ainda há poucos dias, eu vi uma moça, na Internet, uma tal de Giovana, falando uma coisa muito legal. Ela disse:
“Relacionamento aberto, não é “não-monogamia”. Monogamia é um sistema de controle, cerceamento e posse, onde os desejos, as escolhas, e até o tempo do outro, é seu. Monogamia não é sobre exclusividade sexual, até porque a maioria das pessoas traem, e a traição não só é normalizada como é suportada dentro das relações monogâmicas. Monogamia é sobre exclusividade afetiva. Porque até mesmo relações de amizade, são relegadas ou ficam em segundo plano, ou viram motivo de ciúmes pela parceria romântica. A monogamia vem num kit, como um conjunto de regras universais a serem seguidas em todos os relacionamentos. Basta ter um namoro mais estável e as regras já passam a estar estabelecidas, e a rotina das pessoas muda a partir daí. Apesar da monogamia usar a capa do amor romântico, ela não é sobre amor. O casamento foi criado como um contrato com garantias para o homem, de que as suas posses seriam passadas por herança aos filhos de sangue dele. Por isso que a exclusividade sexual sempre foi só cobrada da parte das mulheres. Sempre foi assim, e depois, ainda veio o viés religioso exigindo que essa relação dure para sempre, até que a morte os separe. E a monogamia é um conceito tão entranhado na nossa sociedade que ela afeta diretamente uma série de leis. Então essa ideia de que um relacionamento deve durar para sempre, estava até na lei. O divórcio, sempre foi proibido e até há 47 anos, era crime. Então, a não-monogamia vem questionar uma série de heranças patriarcais, sociais e políticas, e dentro das relações, é entender que você não é meu, ou minha, você está comigo quando quer e fica comigo. E que você tem a sua vida, as suas relações, e a sua liberdade e autonomia para fazer as suas escolhas, desde ir ao futebol, suas férias, uma viagem sozinha, ou sozinho, ou flertar com alguém. Porque o que você faz com o seu corpo, é uma decisão sua, do mesmo jeito que funciona quando você não está numa relação romântica, porque à partir do momento em que a gente se conhece e troca saliva, as decisões sobre o seu corpo deixam de ser suas, e as decisões sobre o meu corpo, deixam de ser minhas. Não-monogamia é sobre entender que você pode cultivar outras relações, viver outras experiências, e que isso não diz nada sobre o meu valor ou sobre a nossa relação, assim como um amigo não deixa de ser meu amigo porque começou uma nova amizade. Então, quando você abre o seu relacionamento, mas ele continua sendo o centro da sua vida, e você continua tendo que dar satisfações do que faz ou não faz, e de seguir uma série de regras, às vezes até meio malucas, tipo, não se deve sair mais do que três vezes com a mesma pessoa, e não existe essa liberdade para você viver o seu afeto e a sua sexualidade à sua maneira, isso não é não-monogamia, isso é monogamia com concessões, é uma monogamia com uma outra cartilha, mas ainda tem uma cartilha. O relacionamento aberto é somente um bom caminho de transição, para sair da dinâmica monogâmica, e só o fato de repensar esse sistema, e entender que ele nos é colocado não como uma escolha, mas como uma imposição, que esse sistema sustenta uma série de lógicas sociais, e até violentas, como por exemplo o trabalho doméstico inviabilizado e não remunerado das mulheres, e o fato de questionar e olhar para tudo isso, já é um ótimo passo, e que a gente entenda que não-monogamia não é sobre se relacionar sexualmente ou romanticamente com várias pessoas. Você pode estar numa relação não-monogâmica, sem ficar com outras pessoas. Não é sobre isso. Não-monogamia é sobre romper com o sistema e o relacionamento aberto, como a gente conhece, não rompe com quase nada”.
Quando a Mea acabou de falar, eu fiquei calado. Estava admirado com aquela explicação, e ficamos alguns minutos conversando sobre aquele assunto. Eu disse:
— Mea, eu a Mabel estamos começando, abrimos a relação agora, pela primeira vez. Eu a liberei para fazer o que tinha na fantasia, e confesso que me surpreendi como foi interessante as emoções que tive. Fiquei excitadíssimo de vê-la com o Lucky.
Dei um gole no licor e continuei:
— Ao mesmo tempo, senti o quanto eu gosto dela, e a admiro, tenho tesão nela, e quero manter a minha relação com ela. Não passava pela minha cabeça, que ia acontecer o que aconteceu agora, e que eu ia gostar tanto de aprender tanto com você. Você é encantadora, maravilhosa, mas é algo que eu só conheci hoje, neste momento. Confesso que estas férias estão sendo surpreendentes.
Mea parecia contente. Me deu um beijo gostoso, e falou:
É, aqui, o inacreditável acontece!
Nisso, meu telefone, no bolso da bermuda, no chão da sala, tocou.
Me levantei do sofá e fui apanhar. Atendi e era a Mabel.
— Gil, onde você foi corninho? Está fora faz um tempão. Tudo bem?
— Tudo bem. Estou bem. E você, aproveitando bem?
— Então, corninho, está tudo muito bom, você disse que eu podia aproveitar, eu aproveitei. Mas, agora, surgiu uma questão. O Lucky quer algo mais, que eu ainda não cedi a ele, e eu fiquei na dúvida se você está de acordo. – Mabel era delicada até naquele momento.
Eu respondi com perguntas:
— Você acha que aguenta? É uma tora! Quer tentar? Se quer, a decisão é sua.
Mabel não disse que sim nem que não:
— Você está onde? Vai vir? Quer ver?
— Estou aqui papeando com a Mea, tomando licor. Mas, agora você me atiçou. – Eu disse.
Ouvi uma exclamação da Mabel:
— Ahhhh! Na Mea...
Não sei por que, mas o tom daquela interjeição me fez sentir que ela não gostou de saber.
Meu olhar cruzou com a Mea, que acompanhava minhas frases e já sabia do que se tratava. Mea tinha um ligeiro sorriso nos lábios.
A ligação se desligou repentinamente.
Mea disse:
— Ela acusou o golpe.
Eu olhava para ela. Nós dois pelados na sala.
Continua na parte 9.
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