Passaram-se várias e várias semanas desde a aventura com a turma do escritório na praia, até que, movidos pelas lembranças de um final de semana de risadas (e algumas aventuras, claro), a turma conseguisse marcar uma nova viagem, desta feita para o campo.
Alguém conhecia um sítio de aluguel, deste todo preparado para receber grandes turmas, e assim, após muito tempo gasto na organização, a turma partiu para um final de semana de três dias no campo, graças a um feriado na 6ª feira. Mais tempo juntos, o isolamento de uma chácara só para nós, e algumas pessoas novas na turma, e estava criada uma enorme expectativa para essa nova aventura com as pessoas que víamos no dia a dia de trabalho.
Das pessoas que haviam estado conosco no final de semana na praia, praticamente todos estariam presentes novamente, excluído um casal de noivos que, segundo comentários, achou que havia rolado muita pegação na praia, e não estavam a fim de se envolver na bagunça dos solteiros. Na verdade, o fato havia sido que boa parte dos solteiros (ou mais especificamente, das “solteiras”) eram comprometidos(as), e o casal não gostara de ver o comportamento libertino dessa galera.
E o pessoal se soltara mesmo, no mais autêntico clima de “o quê acontece na praia, fica na praia”. Nessa linha, era até melhor que o casal puritano não fosse, mesmo. Em substituição a eles, e considerando que a chácara era muito maior do que o apartamento mais a casa alugada, entraram várias outras pessoas, inclusive uma garota do escritório que viajaria com sua namorada, atiçando irremediavelmente as imaginações mais férteis dos garanhões de plantão, que tolamente se viam como a última tábua de salvação para as pobres namoradas à caça (na imaginação deles) do amante perfeito.
Enfim... fosse por uma razão ou por outra, as expectativas eram altíssimas para o feriado prolongado à beira da piscina, da churrasqueira, e do riacho com cachoeira que havia na propriedade.
Particularmente, embora tentando manter minhas expectativas baixas, as lembranças do final de semana na praia me atiçavam muito. As aventuras com a dupla de amigas, Priscila e Luciana, fora sem dúvida nenhuma o ponto alto do final de semana, mesmo que infelizmente jamais houvesse se repetido (a Luciana era uma das “comprometidas”, que após retornar para São Paulo, voltara a apresentar um comportamento sério e fiel, para minha absoluta tristeza).
Houvera também uma aventura deliciosa com a Marília, uma funcionária ruiva do escritório, que embora meio discreta no trato diário, sempre povoara minha imaginação graças ao seu corpo curvilíneo e gostoso, mas que sendo noiva, sempre refutou meus ataques. Seguindo o já mencionado clima de “Folia na Praia” (convenientemente esticado até seu apartamento, em São Paulo, no retorno da praia), houvera rolado de tudo com a garota, mas mais uma vez, o retorno ao status de “Fiel ao seu compromisso” a mantivera longe das minhas garras (e do meu pau, saudoso).
Agora havia a possibilidade de que algo mais acontecesse, novamente, além de várias outras possibilidades com as diversas meninas solteiras da firma. Até mesmo a presença da Bárbara, uma baianinha arretada, baixinha e gostosa, com um jeito absurdamente safado, me atiçava. A morena de cabelos pintados de loiro dera mole para, literalmente, todo mundo na empresa.
Eu mesmo sabia de vários colegas que haviam desfrutado da malícia da baianinha, e em nome da imagem de cara sério que eu me esforçava para manter, me mantivera afastado de uma transa que seria, de outro jeito, fácil. A verdade é que a empresa era cheia de mulheres interessantes, por um lado, e era um antro de fofocas, por outro. Gastar minhas fichas com a “loirinha” meio sem graça, queimaria minhas chances com as outras mulheres.
Quinta-feira à noite, vários carros lotados de compras e de gente alegre caíram na estrada rumo à tal chácara, localizada a cerca de duas horas da capital. Eu, que tinha enorme certeza de que levaria no meu carro a dupla morena-loira, Priscila-Luciana, vacilei e perdi espaço para a dupla de amigos inseparáveis Roberto e Luís, eternos xavecadores de plantão das duas. Sobrou para mim, levar a dupla de namoradas, Vanessa e Lilian.
Vanessa era funcionária da empresa, do Depto jurídico, e talvez por isso sempre se mostrara conservadoramente distante das brincadeiras e avanços dos rapazes. Percebendo isso, eu nunca havia tentado nada com ela, e talvez por isso ela gostasse de mim, e fizera questão de escolher meu carro para ir à viagem. Sua namorada, que eu havia visto apenas umas duas vezes, não fazia jus à beleza dela, embora fosse muito simpática.
Vanessa era uma morena de pele clara, longos cabelos negros lisos, muito bonita, com corpo esbelto, uma bunda muito tentadora e um par de seios simplesmente maravilhosos, sempre tentando escapar pelos botões das camisas sociais que ela usava diariamente. Parecia ser realmente um tesão. Já sua namorada, Lilian, embora simpática, carecia da beleza da parceira. Seus óculos não colaboravam muito, apesar da sua altura e de um corpo muito proporcional, mas em um olhar rápido, parecia meio injusto que a morena tivesse sido fisgada pela loira um tanto quanto sem sal. Ao menos, era o quê parecia.
A viagem foi rápida, e divertida. As duas, afastadas dos olhares cobiçosos dos rapazes dominados pela eterna fantasia de duas mulheres se pegando, eram muito, muito simpáticas. Fomos brincando, falando amenidades, rindo das estórias contadas no escritório, comigo tratando do assunto paqueras e putarias com a naturalidade de quem fala de futebol, ou sobre um filme divertido. Elas riam do meu jeito despojado.
- “Nós ficamos sabendo das pegações, lá na praia...”, falou a Lilian, recebendo uma reprimenda da namorada.
- “Lilica!”, soltou a morena, tentando conter a namorada, animada.
- “Ah, para, Van...”, replicou a loira. – “Você que me contou...”, falou, inocente.
- “Contei, mas não é para você ficar falando...”, explicou, didática, a morena.
- “Deixa ela, Lilian... Pode falar! O quê mais você ouviu?”, perguntei, curioso para saber até onde haviam ido as indiscrições.
- “Muita coisa, Marcos... Inclusive sobre você, e a...”, ela tentou falar, mas a Vanessa soltou um grito agudo, seguido de uma gargalhada, calando a parceira.
- “Bem... ouça a sua namorada, Lilian”, mudei o tom, arrancando gargalhadas das duas. – “Esqueça essas fofocas!”
Nesse clima, meio leve, fomos vencendo a distância, comigo realmente gostando da companhia, e sempre que possível arrastando um olhar para o delicioso vão entre os seios da morena, sentada ao meu lado. Imaginei a boca da loira passeando por ali, em um vislumbre, e por um momento me identifiquei com o pensamento dos rapazes do escritório.
Enfim, chegamos à tal chácara. Parecia realmente grande, e muito bem cuidada. Um casal de caseiros nos recebeu, ajudou a guardarmos as compras, mostrou o básico da chácara, os muitos quartos, e fomos nos dividindo. Para minha enorme frustração (mais uma), o Roberto puxou a Priscila pela mão, e os dois ocuparam um quarto, no final de um longo corredor com mais 3 portas.
As meninas ficaram com o quarto na frente do recém-formado (ao menos para mim), casal. A Luciana e a Marília, que haviam ficado juntas com a Priscila no quarto, no apartamento da praia, dividiram o terceiro quarto, e sobrou para mim e para o Luís, o primeiro quarto do corredor. O final de semana começara realmente muito mal.
O resto do pessoal, autodenominados “os excluídos da praia”, pelo fato de terem ficado na casa alugada, ocuparam outros quartos, na enorme casa que servia de construção principal na chácara. Logo todos se juntaram na enorme sala da casa, cheia de sofás e pufes, em uma algazarra de risadas e brincadeiras. O casal de caseiros se retirou, dizendo que iriam para a casa deles, no limite da propriedade, e que estariam de volta para o café da manhã. Para a turma, faltava bebida, claro.
- “Porra, a gente devia ter trazido parte da cerveja já gelada...”, reclamou o Luís.
- “Na praia, eu providenciei cerveja gelada para quando vocês chegaram... Quem é o organizador desse fim de semana, hein?”, provoquei, jogando a responsabilidade para a dupla Priscila / Luciana.
- “Aí, gente... Vocês só pensam em beber?”, a Luciana se defendeu.
- “Não... A gente pensa em outras coisas também, mas em geral, para essas acontecerem, é preciso bebida primeiro!”, o Roberto explicou, didático, arrancando gargalhadas de todos.
- “O Marcos podia fazer uma caipirinha, né...”, alguém falou, esquecendo-se que, para atender aquele bando, seria preciso muito mais do que uma caipirinha.
- “Só vou se minha ajudante oficial se apresentar para o trabalho!”, falei, olhando inquisidor para a Ana.
Ana era uma delícia de menina, com quem eu quase dera certo na praia, mas a todo momento éramos interrompidos. Eu já estava meio desesperado com o pessoal se ajeitando uns com os outros, e resolvi atirar na direção da morena muito mais para relembrá-la da praia, se é que era preciso, do que outra coisa. Ela sorriu, e sob aplausos de todos, de modo meio tímido, se levantou do sofá onde estava largada e veio para a cozinha, debaixo de assobios e provocações.
- “Parabéns, Sr. Marcos...”, ela falou, assim que começamos a abrir as portas e gavetas dos armários, procurando os utensílios para começarmos os drinques. – “Muito discreto, realmente.”
- “O quê é isso, morena...”, respondi, me encostando de modo exagerado na pia, olhando ela pelas costas, enquanto se esticava para pegar umas canecas grandes, na parte mais alta de um armário. – “Quem está se entregando é você... Só pedi minha ajudante para descascar as frutas.”, falei, cínico.
Ela olhou para trás, para me pegar, de propósito, segurando o queixo, com cara de safado, olhando diretamente para a sua bunda. Havia sido uma piada entre nós dois, já que no apartamento ela me pegara no flagra, secando sua bundinha linda, mas escondida por um biquini muito pequeno, e virara gozação entre a gente.
- “Você pare com isso, mocinho...”, falou, mas na sequência se virando de novo, e exagerando na empinada, buscando alguma coisa no fundo do armário.
- “Não sei do quê você está falando...”, respondi, leve, começando a preparar as caipirinhas. – “Só estava lembrando daquele biquini maravilhoso... Você trouxe ele, não trouxe?”, perguntei, descarado.
- “Não trouxe, não...”, ela falou, baixinho, se chegando ao meu lado. – “Trouxe só maio, dessa vez. Vocês, rapazes, são muito assanhados.”
Larguei a faca sobre a pia, dramático, dizendo que isso não era justo, e que assim eu não iria preparar mais caipirinha nenhuma. Ela riu, divertida, e passando perto de mim, muito perto, sussurrou um – “Poxa... E eu achando que você iria curtir tanto o meu maiô!”, que me arrepiou até a base da espinha, fosse pelo seu hálito junto do meu ouvido, fosse pelo seu perfume delicioso ou, mais possivelmente, pelo meu pensamento.
Caipirinhas prontas, voltamos para a sala e para a zona generalizada que quase vinte pessoas, animadas, produziam. Um rápido olhar ao redor me brindava com muitas possibilidades, mas eu não sabia como resolver a questão de “onde” dar vazão a essas possibilidades. Diferente do apartamento da praia, não havia lá no sítio a oportunidade de levar a galera para a praia, criando um espaço livre para putarias... Muito mais importante, agora eu tinha um companheiro de quarto, e isso definitivamente não estava nos meus planos. O jeito era deixar acontecer.
A noite foi avançando, as risadas aumentando de tom à medida que as caipirinhas faziam efeito, e depois de um tempo, as cervejas colocadas no freezer começaram a soltar ainda mais as línguas da moçada. Logo os casais começaram a se retirar para os quartos, previsivelmente. E as coisas começaram a acontecer. A Bárbara voltou do corredor onde ficava seu quarto, do lado oposto de onde eu estava, e sem rodeios, soltou:
- “Se alguém não quiser ouvir gemidos e cama rangendo, não vá para o lado dos quartos agora.”, disparou, arrancando mil perguntas sobre quem seria. Ela fez um charme, claro, mas entregou: - “Parece que o Rodolfo está dando trabalho para a sua noiva...”
Rodolfo era um dos gerentes da empresa, e eu podia jurar que ele estava mais para viado do que para comedor, mas... A sua noiva era uma menina muito bonita, mas tão reservada que eu mal conseguira entender o nome dela, quando me foi apresentada. De qualquer jeito, o gerentão dera início aos trabalhos, e isso era digno de nota.
As brincadeiras, claro, se sucederam, e assim que as meninas Vanessa e Lilian deram boa noite para o pessoal, uma saraivada de recomendações partiu de todo mundo, numa algazarra. A Lilian, de longe a mais assanhada das duas, atolou a mão na bunda da namorada, olhando e acenando para nós, para pânico da Vanessa. As pessoas foram diminuindo. O próximo casal a se ausentar, me provocando uma ponta de ciúmes, foi o Roberto com a Priscila.
Precavido, eu havia parado de beber há tempos já, só enrolando com uma latinha de cerveja, quente já, apenas olhando o povo. Perto das duas da manhã estavam na sala, completamente largados agora, apenas o Luís, a Marília, a dupla “do outro lado da casa”, como eu pensava, Ana e Cláudia, a Luciana, e eu. Era muita mulher para pouco homem, e ao contrário do que poderia parecer, isso mais atrapalhava do que ajudava, a experiência mostrava. Nenhuma delas iria assumir nada na frente das amigas, e as que não iriam fazer nada estavam ali apenas para vigiar as que poderiam fazer.
Minhas intenções a essa altura estavam totalmente concentradas na Ana, claro, mas como afastá-la do cão de guarda que era sua parceira de quarto, a malcomida Cláudia, era um problema. Onde levá-la, já que os dois quartos estavam divididos, outro problema, maior ainda. Minha intenção era que todos fossem dormir, e eu pudesse ficar com ela, sozinho, na sala enorme. Mas parecia que todos pensavam igual. A conversa foi se arrastando, a galera começou a piscar, achei que era a deixa. Recolhi a bagunça na sala, e apesar do pessoal dizendo que os caseiros iriam arrumar pela manhã, fui até a cozinha lavar as canecas de caipirinha, dando chance de quem não queria nada com nada, ir dormir.
Trazendo um raio de esperança para mim, em uma noite tão zoada, a Ana apareceu na cozinha, com uns pratinhos onde havíamos colocado uns petiscos, e antes que alguma alma perdida entrasse na cozinha, meio sem pensar muito, enfiei a mão no bolso e pegando a chave do meu carro, coloquei no bolso de trás do shorts apertado da morena, assustando-a com a minha passada de mão nela, meio desajeitada:
- “Saia pela porta da cozinha, e me espera no meu carro...”, falei, baixinho.
- “Hã? Por quê?”, ela perguntou, meio arredia.
- “Porque eu queria muito falar ‘Boa Noite’ para você.”, respondi, voltando na sequência para a sala, apagando a luz da cozinha e todas as outras pelo caminho, meio que decretando um encerrar-de-trabalhos, para os perdidos na sala.
O Luiz ainda permanecia na sala, conversando com a Marília e a Luciana, para meu desespero. Falei boa-noite meio de passagem para eles, fiz que iria para o quarto, mas alguns segundos depois voltei pelas sombras, e tão discretamente quanto possível abri a porta no canto da sala enorme, saindo para a área externa da casa. Confiando que os três, já meio sonados seguiam na sua discussão filosófica fosse qual fosse o tema que os bêbados elegeram, fui para a área à sombra das árvores, a uns 25 metros da casa, onde havíamos parados os carros, em uma longa fileira, um atrás do outro. O meu era o segundo da fila, com mais uns quatro atrás, ou seja, estava até que meio escondido de olhares indiscretos vindos da casa.
Os vidros já estavam meio embaçados, denunciando alguém lá dentro, respirando. Abri a porta e entrei, tomando cuidado de fechar a porta sem muito barulho. A Ana estava no banco do motorista, olhando meio séria para mim. Apostei nas caipirinhas, cervejas, expectativas e, claro, lembranças da praia. Era tarde... Estávamos cansados... Não era muito a oportunidade de conversar muito e, de mais a mais, ela havia ido para o carro. Puxei seu pescoço e, sem falar nada, beijei-a.
Ela correspondeu, de imediato. Parecia também não estar muito a fim de lenga-lenga. Abaixei o meu banco, ela abaixou na sequência o dela, e nos abraçamos como o espaço exíguo do carro, atrapalhado por um console infeliz entre os bancos, permitia. Nossas bocas se exploravam, molhadas, ansiosas por carinhos e emoções. Sentindo a pressão da sua língua sapeca contra a minha, e lembrando-me do banheiro no apartamento, deslizei minha mão pelas suas costas até chegar a sua bundinha tentadora, maldosamente coberta por um muito apertado shorts de jeans.
Ela se arrepiou, e aumentou a pressão na minha boca, enquanto eu alisava com carinho e prazer as suas nádegas empinadas. Ela resolveu empatar o jogo, e começou a alisar meu pau duro, por cima da minha bermuda, dando a entender que, afinal de contas, ela não havia ficado assim tão brava com o meu convite para um ‘boa-noite’ no carro. Eu não queria apressar muito as coisas, mas também não dava para ficar enrolando muito. Virando um pouco o corpo dela, de modo a descola-lo do meu, estiquei minha mão e abri o botão do seu shorts de jeans.
- “Calma aí, garanhão... Nada disso...”, ela refugou, interrompendo o beijo e segurando minha mão. – “É só um beijo de boa noite!”, decretou, jogando um balde de gelo nas minhas (melhores) intenções.
- “Ah, gatinha... porque disso?”, falei, tentando não deixar minha frustação transparecer muito, afinal. – “Nós estamos nos devendo isso, desde a praia, lembra?”
- “Eu lembro, sim, que você ficou secando minha bunda...”, ela começou, voltando para o banco dela, e fechando o botão que eu, com muito custo e destreza nos dedos, havia conseguido abrir. – “Lembro também de uma aventura no lavado do belo apartamento dos seus pais...”, continuou. – “E lembro que o senhor ‘passou o rodo’ no time feminino quase inteiro da empresa, lá.”, concluiu, vencedora.
- “Affff, que exagero...”, falei, pensando em algo para mudar de assunto rápido. – “Não acredite em tudo o quê você ouve, mocinha.”, falei, em uma defesa meio fraca, mas necessária. – “Vem cá, vai... não vamos brigar por besteira!”, apelei, tentando retomar as coisas que, afinal, haviam começado muito bem.
- “Não estou brigando.”, ela respondeu, calma. – “Afinal, você ainda está com todos os seus dentes no lugar.”, disse, arrancando uma gargalhada genuína minha, e aliviando um pouco a tensão que se formara.
- “Hey... Eu sou da paz, total.”, falei, puxando-a, gentilmente, para cima de mim novamente, alisando seus cabelos. – “Se você não quer, está resolvido... Mas a gente ainda pode ficar numa boa, sem fazer nada...”, falei, abraçando seu corpo que, para meu alívio, estava sim se ajeitando sobre o meu, no banco do motorista.
- “Eu não falei que não quero fazer nada...”, ela falou, voltando a apertar meu pau, que a essa altura já havia até recuado um pouco, no estado de ‘pronto para a ação’, que ele ostentava dois minutos atrás. – “Eu só disse que não vou fazer o quê você quer fazer...”, prosseguiu, enigmática.
- “Hmmm... sei...”, disse, sem saber nada, na verdade. – “E isso quer dizer exatamente o quê, senhorita-quebra-dentes?”
- “Fica quieto aí, que logo você descobre...”, falou, apertando mais o meu pau, e voltando a empurrar sua língua contra a minha.
Os próximos minutos foram consumidos em um delicioso amasso, muito mais intenso do que o anterior, com ela deslizando a mão por baixo da minha camisa e arranhando meu peito com as unhas, enquanto beijava minha boca, chupava meu pescoço e mordia minha orelha, safadamente deslizando a mão para dentro da minha bermuda, apertando meu pau.
Do meu lado, algo parecido com ela era simplesmente impossível, uma vez que seu shorts de jeans era tão apertado, que parecia tatuado sobre ela. O máximo que eu conseguia era alisar sua bundinha redonda, suas coxas, e seus seios, agora imitando-a e deslizando minha mão por baixo da sua camisa. Finalmente, para meu quase alívio, ela disse:
- “Se eu dei um beijo de boa-noite em você, é justo que eu dê nele também...”, falou, soltando o cordão da minha bermuda, e puxando-a para baixo.
O ar dentro do carro em contato com meu pau duro, já não tão fresco assim, visto que todos os vidros estavam completamente embaçados, me arrepiou de imediato. Ela se ajeitou como pode entre os dois bancos, e meio ajoelhada, de lado no banco do motorista, se inclinou sobre meu corpo e, segurando meu pau apontado para cima, começou a beijá-lo, em toda a sua extensão.
Aquela tortura me fazia quase puxar a cabeça dela de uma vez sobre meu cacete, doido de vontade que ela o pusesse de vez dentro da sua boca, mas ela seguia, dando beijinhos de leve ao longo do corpo dele, na própria cabeça, que pulsava de tesão, já. Ela obviamente estava curtindo aquela tortura. Após uns minutos assim, aproximou o rosto de mim.
- “Agora que todo mundo aqui já ganhou um beijinho de boa noite, acho que podemos ir dormir...”, falou, perversa.
Eu suava de tesão, já, e o quê me deu o tom que ela não estava falando sério, foi que durante sua fala, junto ao meu rosto, sua mãozinha safada ficou o tempo todo alisando meu cacete, lentamente, para cima e para baixo.
- “Você é má...”, falei, tinindo de tesão, e dizendo o quê eu tinha certeza que ela queria ouvir, estabelecendo para ela o controle da situação.
- “Ahhhhnnn... porque você diz isso de mim? Sou tão boazinha...”, falou voltando ao meu pau e passando a ponta da língua, molhada, pela cabeça intumescida do meu cacete. – “O quê mais você quer que eu faça?”, ela perguntou, estabelecendo as regras do joguinho.
- “Eu quero muito que você ponha ele na sua boquinha de veludo, e dê uma chupada bem gostosa...”, falei, quase implorando.
- “Hmmm... menino safadinho... Não pode...”, retrucou, antes de abrir os lábios e abraçar com eles a cabeça do meu pau, me arrepiando profundamente.
Finalmente, senhora da situação, ela começou um boquete, absolutamente memorável. Com muita paciência, até exagerada, eu diria, ela foi abocanhando meu pau, cada vez mais, subindo e descendo a boca molhada sobre ele, seus lábios exercendo uma pressão perfeita sobre ele, a mãozinha delicada mal tocando no meu pau.
Eu já não tinha dúvida nenhuma que a safada havia armado aquele teatro todo para que eu gozasse na sua boca, e nem me preocupava mais em me controlar. Minha ideia fixa agora era apenas encher a boca da morena safada com toda a porra que eu pudesse verter para dentro dela, quando nós dois ouvimos, de modo claríssimo. A menos de três metros da traseira do carro, vozes:
- “Affff... Eu não acredito nisso!”, disse uma voz feminina estridente.
- “Eu não erro... Eu falei para você que isso acontecer! Olha ai, o carro... Com os vidros todos embaçados”, outra voz feminina respondeu.
O meu coração, senão pelas razões devidas, já estava na minha boca, sem ter saído para o painel do meu carro porque meus dentes estavam travados. A Ana olhava para mim, seus grandes olhos negros travados nos meus, absolutamente desesperada. Nós decididamente não havíamos programado sermos pegos, em pleno boquete, no meio da madrugada, escondidos dentro de um carro.
Imediatamente me bateu que teria sido muito menos vexaminoso termos sido pegos dentro de um quarto, na casa, do que daquela foram, juvenil, quase infantil, dentro do carro. Fiquei puto, primeiro comigo, depois com as pessoas que, afinal de contas, poderiam apenas terem ido dormir, afinal de contas. Ficamos parados, sem termos nem a reação de nos desgrudarmos, de eu tentar me compor, puxando a bermuda para cima. Aguardávamos as portas do carro abrirem, flashes de celulares pipocarem, todos apontando os dedos para nós. As vozes, agora acompanhadas de passos, se aproximaram ainda mais.
- “É esse, tem certeza?”, a voz mais esganiçada falou.
- “É, caralho... você não veio nele? Não sabe?”, a outra voz, mais delicada, retrucou. Entendi que eram as namoradas, Vanessa e Lilian. Fiquei intrigado... As duas eram as últimas de quem eu esperaria uma ‘caçada aos amantes’, até porquê elas haviam ido dormir há séculos.
- “Será que está aberto?”, a primeira, que enfim eu entendi ser a Lilian, perguntou.
- “Vamos ver...”, a Vanessa respondeu.
Estremeci, congelado, esperando uma das portas se abrir. Mas... não. Não mexeram nas maçanetas. Ao invés disso, eu ouvi um barulho, forçando algo, que demorou para eu entender o quê era. Finalmente, caiu a ficha, em meio aos xingamentos delas, de que não abria, que precisaria da chave. Elas estavam tentando abrir o porta-malas.
Esperei elas fuçarem lá de novo, e em frente ao olhar absolutamente apavorado da Ana, estiquei a mão para o console e, enquanto mexiam na tampa do porta-malas, apertei o botão da trava, na porta. O porta-malas abriu, e elas deram gritinhos de felicidade ao acharem seja lá a porcaria que haviam esquecido de pegar ali. Em mais dez segundos fomos sacudidos com uma porrada, desnecessária, fechando a tampa do porta-malas, me deixando puto, sussurrando um “filhas da puta”, indignado com a violência com meu carro, e com isso ganhando um beliscão da Ana.
Esperamos cerca de cinco minutos, sem nos atrevermos a dizer uma palavra em voz alta, torcendo para que as duas namoradas tivessem, de verdade, chegado à casa, entrado, e fechado a porta. Só então me dei conta de que a Ana passara todos os minutos do ‘assalto’ ao nosso carro, com meu pau seguro na sua mão. Comentei isso, junto ao ouvido dela, e ela riu, nervosa.
- “Caralho, meu... Que puta susto!”, falou. – “Acho que eu nunca passei por algo assim antes.”
- “Ah, é?”, perguntei, puxando-a pelo pescoço, e beijando sua boca carnuda. – “E o quê mais você nunca fez em um carro, parado em um sítio, na madrugada, com os vidros embaçados, depois de um susto assim?”, falei, esticando minha mão para suas coxas.
- “Puta que pariu...”, ela falou, correspondendo ao beijo. – “Vou te falar que isso acelerou meu tesão, hein...”
Respondi a isso levando novamente minha mão para a sua cintura, e abrindo o botão do seu shorts.
Dessa vez, além disso, eu puxei o seu zíper para baixo.
Dessa vez, ela não segurou minha mão, nem reclamou. Apenas segurou meu rosto com ambas as mãos, e enfiou sua língua sapeca na minha boca, ao mesmo tempo em que eu puxava seu shorts para baixo.