Prazer Lésbico e Algo Mais – Parte 2, por Spartacus SP.

Um conto erótico de Spartacus SP.
Categoria: Lésbicas
Contém 3481 palavras
Data: 03/10/2024 08:16:48

Clara acordava cedo, antes mesmo da luz do sol invadir o quarto. Seu corpo nu deslizava suavemente pelos lençóis, e Yasmin, sempre mais lenta para despertar, se virava preguiçosamente na cama. O contraste entre elas era evidente: Clara, com suas curvas generosas, pele morena e cabelos longos, exalava uma sensualidade quase inocente. Yasmin, por outro lado, tinha um corpo esguio, quase atlético, com cabelos curtos e pele branca como a neve. O contraste entre os corpos sempre fascinava as duas, mas para Yasmin, isso também era motivo de uma insegurança latente. Às vezes, ela olhava para Clara e pensava no quanto sua namorada era atraente para todos, homens e mulheres, e como essa beleza era hipnotizante.

Enquanto Clara ia até o banheiro, Yasmin a seguia com o olhar, admirando a silhueta que se desenhava com cada movimento. Quando Clara entrava no banho, Yasmin se levantava logo em seguida, incapaz de resistir ao desejo que sentia. Ela entrava no chuveiro, e sem qualquer palavra, pressionava seu corpo contra o de Clara, sentindo o calor da água escorrendo por suas peles. As mãos de Yasmin deslizavam possessivamente pela cintura de Clara, que se virava, já esperando os beijos quentes e famintos de sua namorada.

— Está gostando, sua puta? — murmurava Yasmin ao pé do ouvido de Clara, apertando-a contra o vidro do boxe. — Está gostando dos meus dedos percorrendo sua bucetinha?

Clara sorria, provocativa, sempre gostava de brincar com os limites de Yasmin. E essa intensidade no sexo entre elas se alimentava do ciúme, de uma espécie de possessão. Yasmin sabia que Clara adorava ser desejada por todos, e essa ideia era insuportável e, ao mesmo tempo, irresistivelmente excitante.

Em uma tarde, durante uma reunião de família, Clara e seu primo Lucas, o “Lu”, flertavam abertamente. Era algo inocente, disfarçado em piadas e risadas, mas Yasmin notava cada detalhe. Lucas era alto, forte, de um charme despretensioso que atraía tanto quanto afastava. Clara o chamava carinhosamente de “Lu”, e Yasmin odiava como os olhos dela brilhavam quando falavam. Lu encostava a mão no ombro de Clara, e Yasmin sentia seu sangue ferver, a mente criando imagens que a perturbavam.

— Você está se divertindo, né, Clara? — Yasmin murmurava mais tarde, quando estavam sozinhas. — Fazendo questão de flertar com seu “primo” na minha frente.

Clara apenas ria, um riso leve e despreocupado, o que só inflamava ainda mais a raiva de Yasmin. O ciúme, porém, nunca afastava Clara. Pelo contrário, parecia acender algo mais profundo em Yasmin, um desejo primitivo, a vontade de tomar Clara ali mesmo, de marcar seu território.

— Você sabe que eu só tenho olhos para você — Clara sussurrava, com um sorriso malicioso.

Yasmin, dominada pelo ciúme, avançava sobre Clara como um animal faminto, agarrando-a pelos cabelos, beijando-a com uma ferocidade que era metade raiva, metade paixão. A boca de Yasmin descia pelo corpo de Clara, mordendo, lambendo, chupando cada curva até chegar entre as pernas. Ela queria ouvir Clara gemer, queria sentir que a possuía por completo, como se cada toque fosse uma reafirmação de que Clara era sua.

— Gosta, né, sua vadia? — Yasmin dizia, sem parar. — Gosta de me deixar louca de ciúmes, mas no final você sempre volta pra mim.

Clara gemia, jogando a cabeça para trás, aproveitando cada momento. O prazer entre as duas era quase brutal, um reflexo do quanto eram diferentes, mas ao mesmo tempo, complementares. Yasmin, com sua personalidade intensa e ciumenta, e Clara, com sua leveza e sensualidade natural, formavam um equilíbrio explosivo. Cada briga por ciúmes era seguida de uma reconciliação ainda mais intensa, onde o sexo se tornava uma forma de extravasar todos os sentimentos reprimidos.

Mas havia algo que sempre pairava entre elas, uma sombra que Yasmin tentava ignorar, mas que nunca desaparecia. Clara era bissexual, e por mais que amasse Yasmin, havia um lado dela que se interessava por homens, um desejo que Yasmin temia que um dia pudesse se tornar mais forte do que o amor que compartilhavam. Clara nunca deu sinais de querer trair Yasmin, mas o simples fato de saber que ela poderia sentir prazer tanto com homens quanto com mulheres deixava Yasmin em um estado constante de alerta.

— Um dia você vai cansar de mim e vai querer um homem, não é? — Yasmin perguntava, já irritada.

— Eu já te disse que isso não tem nada a ver. — Clara rebatia, pacientemente, mas com aquele tom de quem não queria continuar a discussão.

Yasmin, no entanto, não conseguia aceitar tão facilmente. Às vezes, ela sonhava com Clara nos braços de outro, e acordava suada, com uma mistura de raiva e desejo que a consumia. Era como se o medo de perder Clara a deixasse ainda mais obcecada por ela, e isso sempre resultava em noites de sexo ainda mais intensas.

Nas brigas, Yasmin muitas vezes empurrava Clara contra a parede, dominando-a com beijos desesperados, como se quisesse lembrá-la de quem ela pertencia. E Clara, embora provocadora, amava ser dominada por Yasmin, amava sentir o quanto sua namorada a desejava e a temia ao mesmo tempo.

As diferenças entre as duas não as afastavam, mas sim as atraíam. Clara, com seu jeito livre e desapegado, e Yasmin, com seu ciúme e possessividade, formavam um casal onde o erotismo era quase sempre um reflexo de suas emoções mais profundas. Cada discussão, cada olhar de ciúmes, se transformava em uma desculpa para que as duas se entregassem uma à outra de maneira mais intensa do que antes.

Mesmo com as sombras que pairavam sobre o futuro delas, Clara e Yasmin não conseguiam resistir à força que as unia. O que seria daquele relacionamento no futuro, ninguém sabia. Mas o presente era uma chama intensa, uma mistura de amor, desejo, ciúmes e sexo que as consumia dia após dia, noite após noite.

E, enquanto o futuro era incerto, o presente estava ali, pulsando entre seus corpos, ardendo em cada toque, em cada beijo, em cada gemido.

Lucas sempre foi mais do que apenas um primo para Clara. Entre os dois, havia um segredo profundo, um vínculo que ia além dos laços familiares. Quando Clara era mais jovem, foi Lucas quem a apresentou aos prazeres do corpo, tirando sua virgindade em um episódio de desejo proibido que os dois carregariam para sempre. Para os pais de Clara, ela havia perdido a virgindade com um namorado da época, mas a verdade era outra. Lucas foi o primeiro homem dela, e desde então, os dois tinham uma relação íntima que misturava carinho, luxúria e segredos.

O relacionamento sexual entre Clara e Lucas aconteceu em momentos e lugares inesperados. Ela se lembrava de como se entregava a ele no sofá da sala de sua casa, enquanto os pais estavam fora, ou na escadaria de um prédio abandonado, onde o cheiro de mofo misturava-se ao suor dos corpos em frenesi. O desejo entre eles era explosivo e incontrolável, e o perigo de serem descobertos só aumentava a excitação. Eles transavam onde quer que pudessem – no quarto de Clara, com a porta trancada e os pais dormindo no quarto ao lado, ou até em um banheiro público de um shopping movimentado. Era ali, no silêncio sufocante do cubículo, que Lucas se ajoelhava diante dela, seus dedos explorando as curvas de Clara enquanto sussurrava:

— Está gostando, sua puta? Está gostando da minha língua na sua bucetinha?

Clara lembrava de gemer, segurando o choro de prazer, tentando não chamar a atenção de quem passava lá fora. Aqueles momentos eram imortais em sua memória – Lucas a tomando de formas intensas, em lugares inusitados. E o mais enlouquecedor? Ela adorava.

Mesmo agora, vivendo seu relacionamento com Yasmin, Clara ainda mantinha esse carinho profundo por Lucas. Não havia mais sexo entre eles, mas o vínculo emocional e as lembranças da juventude nunca se dissiparam. Yasmin, claro, sabia que Clara e Lucas eram próximos. Clara nunca escondeu isso, e falava dele com uma afeição que deixava Yasmin desconfiada. O ciúme corria nas veias de Yasmin toda vez que via Clara e Lucas juntos, rindo, conversando, como se apenas eles compartilhassem um segredo que ela jamais entenderia.

Uma noite, depois de uma reunião familiar, Yasmin não conseguiu mais conter o ciúme. Elas tinham acabado de voltar para casa, e a tensão entre as duas era quase palpável. Clara havia passado a noite toda conversando com Lucas, e Yasmin percebia os olhares prolongados, os sorrisos cúmplices. Quando ficaram a sós, Yasmin explodiu.

— Você e Lucas… já ficaram, não é? — A voz de Yasmin tremia de raiva, mas também de insegurança.

Clara, que estava acostumada a essa reação, tentou manter a calma. Ela não queria mentir, mas também não estava disposta a contar tudo.

— Ficamos, sim — disse Clara, sem muitos detalhes, tentando desviar do olhar penetrante de Yasmin.

— Quando? — Yasmin insistiu, com o sangue fervendo.

— Há muito tempo, Yasmin. Isso foi no passado.

Mas o passado de Clara e Lucas ainda era uma ferida aberta para Yasmin. Cada vez que via os dois juntos, o ciúme a corroía por dentro, mas ao mesmo tempo, esse ciúme despertava nela um desejo avassalador. Era como se o medo de perder Clara para Lucas fizesse com que ela quisesse marcar sua presença no corpo da namorada com ainda mais intensidade. Yasmin não conseguia pensar em outra coisa a não ser tomar Clara para si, como se assim pudesse apagar a sombra de Lucas.

— Você é minha agora — Yasmin sussurrou, empurrando Clara contra a parede do quarto, suas mãos ávidas já explorando o corpo da namorada.

Clara sorriu, adorando o efeito que Lucas ainda tinha sobre Yasmin, mesmo sem ele estar presente. Yasmin, com ciúmes, sempre se tornava mais agressiva na cama, e Clara adorava a maneira possessiva com que a namorada a tratava. Yasmin a beijava com força, suas mãos deslizando pelo corpo quente e nu de Clara, apertando seus seios com uma necessidade quase desesperada. Os lábios de Yasmin desceram pelo pescoço de Clara, mordendo e lambendo a pele macia, até alcançar os seios, onde sua língua circulava em torno dos mamilos enrijecidos.

— Você provoca demais, Clara. Mas no final, sou eu que te faço gozar — Yasmin disse, sua voz rouca de desejo.

Ela empurrou Clara para a cama, seu corpo já nu e pronto. Yasmin desceu lentamente, sua boca encontrando a buceta molhada de Clara, chupando-a com uma habilidade que sempre deixava Clara à beira da loucura. Os dedos de Yasmin penetravam Clara lentamente, aumentando a intensidade conforme os gemidos de Clara preenchiam o quarto.

— Está gostando, sua vadia? — Yasmin sussurrou entre uma lambida e outra. — Está gostando da minha língua na sua bucetinha?

Clara gemia, o corpo se contorcendo de prazer enquanto Yasmin a devorava. A intensidade dos movimentos de Yasmin aumentava, sua língua percorrendo cada parte da intimidade de Clara, enquanto os dedos brincavam com o clitóris inchado.

Yasmin sabia que Clara ainda guardava sentimentos por Lucas, e o ciúme só a fazia querer tomar posse de cada centímetro daquele corpo delicioso. Mesmo assim, ela não podia evitar a dúvida que pairava no fundo de sua mente. Clara era bissexual. Ela gostava de homens e mulheres. E Yasmin, sendo totalmente lésbica, sentia uma insegurança crescente. E se, um dia, Clara quisesse sentir o prazer de um homem novamente? E se ela quisesse sentir uma rola dentro dela?

Esse medo a consumia, e o contraste entre as duas, tanto no físico quanto no emocional, só alimentava essa ansiedade. Clara era mais voluptuosa, com curvas que atraíam olhares por onde passava. Yasmin, por outro lado, era mais atlética, esguia, com um corpo definido, e isso às vezes a fazia se sentir inferior diante das curvas irresistíveis de Clara.

O ciúme de Yasmin atingiu o auge quando ela presenciou um breve flerte entre Clara e Lucas durante uma festa de família. Clara e Lucas sempre foram íntimos, mas naquela noite, Yasmin percebeu algo diferente. Clara sorria de uma maneira que Yasmin nunca tinha visto, e Lucas a olhava com uma mistura de desejo e nostalgia que fez o sangue de Yasmin ferver.

Depois da festa, Yasmin confrontou Clara, o ciúme explodindo como uma bomba dentro dela. As duas discutiram, gritaram, mas, como sempre, o ciúme logo se transformou em desejo, e Yasmin puxou Clara para a cama. O sexo que se seguiu foi selvagem, quase agressivo, com Yasmin tomando Clara como se quisesse apagar qualquer vestígio de Lucas de sua mente.

E assim, entre ciúmes, segredos e desejos, a relação entre Clara e Yasmin se tornava cada vez mais intensa. O passado de Clara com Lucas continuava a assombrar Yasmin, mas, ao mesmo tempo, alimentava um desejo incontrolável que fazia com que o sexo entre elas fosse cada vez mais explosivo.

As reuniões familiares na casa de Clara eram frequentes. Um ritual quase sagrado, onde a família se reunia para compartilhar histórias, refeições e risadas. Para Clara, esses encontros eram momentos de conforto, onde a aceitação era natural. Sua bissexualidade nunca havia sido um problema para a maioria de seus familiares. Seus pais, seu irmão, seus avós, todos a apoiavam completamente, recebendo Yasmin de braços abertos desde o primeiro dia. Para Clara, o amor não tinha fronteiras, e sua família parecia entender isso melhor do que muitos. Ainda que houvesse um ou outro parente que torcesse o nariz para sua orientação sexual, ela nunca se importou com essas opiniões. Clara tinha uma confiança natural em si mesma e sabia que, ao lado de Yasmin, estava exatamente onde queria estar.

Yasmin, por outro lado, carregava cicatrizes profundas de sua experiência com sua própria família. Quando revelou que era lésbica, a reação foi devastadora. Seus pais e sua irmã a recriminaram de forma dura, como se o amor que ela sentia fosse algo errado, uma aberração. A rejeição foi um golpe pesado para Yasmin, que sempre havia sido independente e segura de si. Mesmo jovem, ela já sabia o que queria da vida e, com essa convicção, saiu de casa muito cedo. Foi para a faculdade, dedicou-se aos estudos, e o empreendedorismo, que sempre havia sido seu forte, logo se tornou seu caminho para o sucesso. Yasmin não só se formou com honras, mas também se tornou uma empresária de sucesso. Ela construiu seu império com base na disciplina e na determinação, sem nunca deixar que a rejeição familiar a quebrasse completamente.

No entanto, por mais forte que Yasmin fosse, a rejeição de sua família deixou marcas profundas. Sempre resiliente, ela acreditava que "é na dor que se cresce", uma frase que costumava repetir para si mesma nos momentos mais difíceis. Ela sempre conseguiu transformar a dor em força, mas isso não significava que as feridas haviam cicatrizado completamente. A rejeição de seus pais e da irmã a fez questionar muitas vezes o valor do amor e da aceitação. Yasmin nunca permitiu que isso a definisse, mas, em alguns momentos, era inevitável que o peso dessas memórias surgisse e interferisse em seus relacionamentos.

Essa dor acumulada também impactava sua relação com Clara. Embora Clara viesse de um ambiente familiar acolhedor, Yasmin ainda carregava dentro de si o medo do abandono. Ela havia construído sua vida com base na autossuficiência, mas a vulnerabilidade emocional, especialmente em questões de afeto, era algo que ela ainda tinha dificuldade em lidar. Isso se manifestava de maneira clara em seu ciúme. O ciúme, que já havia arruinado relacionamentos anteriores, era uma sombra constante em sua vida amorosa.

Yasmin sabia que seu ciúme podia ser destrutivo. Em outros relacionamentos, ele já havia se tornado o motivo de brigas constantes e até de separações. Ela tentava controlar, mas a verdade era que a insegurança era parte de sua natureza, agravada pela rejeição que havia sofrido no passado. Com Clara, o ciúme às vezes surgia de forma inesperada, mesmo que Clara nunca desses motivos reais. Yasmin temia que, por ser bissexual, Clara pudesse eventualmente desejar algo que ela não podia oferecer – um homem. Esse medo, ainda que irracional, era difícil de suprimir. Afinal, Clara tinha o melhor dos dois mundos, enquanto Yasmin se via presa na limitação de ser exclusivamente lésbica.

Outra questão que pesava sobre Yasmin era a diferença de idade. Clara tinha apenas 25 anos, enquanto Yasmin já havia passado dos 40. Mais de quinze anos de diferença, algo que não parecia tão significativo no início, às vezes se tornava mais evidente com o passar do tempo. Yasmin sempre foi uma pessoa madura, com uma vida profissional e pessoal bem estabelecida. Já Clara ainda estava explorando o mundo, descobrindo novas facetas de si mesma, aproveitando a juventude. Essa diferença gerava inseguranças em Yasmin, que temia não conseguir acompanhar o ritmo de Clara ou que, eventualmente, Clara pudesse desejar algo mais jovem, mais excitante.

Essa diferença de idade nunca tinha sido um problema para Yasmin em outros relacionamentos. Ela já havia namorado mulheres mais jovens antes, mas nenhuma com uma diferença tão grande. E Clara, sendo a primeira com essa diferença considerável, fazia Yasmin refletir se esse abismo de anos poderia, em algum momento, impactar o relacionamento das duas. Yasmin era consciente de sua beleza e do fato de ainda atrair muitos olhares, mas o medo de envelhecer, de se tornar "velha demais" para Clara, era uma questão que a incomodava, mesmo que ela não gostasse de admitir.

Yasmin também refletia sobre o fato de Clara estar em uma fase da vida onde tudo ainda parecia novo e excitante. Jovem, Clara ainda estava descobrindo coisas sobre si mesma, sobre seus desejos e ambições. Yasmin, por outro lado, já tinha vivido muitas dessas fases e sentia que estava em um ponto mais estável e sólido de sua vida. Essa estabilidade era boa, mas ao mesmo tempo, ela temia que pudesse parecer entediante aos olhos de Clara, que estava acostumada a viver de forma mais intensa e despreocupada.

Essas diferenças de idade e de experiências, somadas ao ciúme natural que Yasmin sentia, eram um teste constante para o relacionamento. Yasmin se perguntava se a vitalidade de Clara, sua juventude e a fluidez de sua sexualidade, poderiam, em algum momento, se tornar uma ameaça para o que tinham construído juntas. O ciúme de Yasmin não vinha apenas da proximidade de Clara com outras pessoas, mas também de sua própria insegurança quanto ao tempo. Será que Clara, tão cheia de vida, não se cansaria, eventualmente, de uma mulher mais velha? Será que o desejo por novas experiências não a levaria a buscar algo ou alguém diferente?

Yasmin sabia que não podia controlar os desejos de Clara, e, por mais que tentasse reprimir esses medos, eles surgiam, vez ou outra, como pequenos fantasmas no fundo de sua mente. Entretanto, ela também reconhecia que a maturidade emocional que havia adquirido ao longo dos anos era uma grande vantagem. Ao contrário de seus relacionamentos passados, onde o ciúme acabava sendo destrutivo, com Clara, ela tentava usar esse ciúme de forma a fortalecer a conexão entre as duas. Yasmin sabia que, em vez de sufocar Clara com suas inseguranças, precisava dar espaço e confiar na relação que haviam construído. Afinal, o amor que compartilhavam era forte o suficiente para superar essas diferenças.

Apesar das dúvidas e medos, Yasmin amava Clara profundamente. E Clara, por sua vez, também demonstrava que esse amor era recíproco. Mesmo com a diferença de idade, mesmo com as inseguranças, as duas se encontravam em um ponto de equilíbrio, onde o desejo e a admiração mútua falavam mais alto. Yasmin admirava a liberdade com que Clara vivia sua sexualidade, e Clara, por sua vez, admirava a força e a resiliência de Yasmin. Essa troca, essa complementaridade entre as duas, era o que fazia com que, mesmo com todos os desafios, o relacionamento delas continuasse a crescer.

A relação delas, embora marcada por essas diferenças de idade, sexualidade e experiências de vida, era um encontro de almas. Yasmin via em Clara uma nova oportunidade de amar, de se entregar e de experimentar uma relação que, apesar das dificuldades, era verdadeira e profunda. E Clara, por sua vez, via em Yasmin uma mulher forte, capaz de enfrentá-la em suas vulnerabilidades, enquanto também lhe proporcionava a estabilidade e a segurança emocional que, mesmo jovem, ela desejava.

Com o tempo, Yasmin aprendeu a lidar melhor com suas inseguranças. O ciúme, que antes era um monstro incontrolável, tornou-se uma força que ela sabia canalizar em paixão. A cada briga, a cada discussão motivada pelo ciúme, o sexo entre as duas se tornava mais intenso, quase como uma prova de que, apesar de tudo, o desejo entre elas era algo que não podia ser quebrado. Yasmin sabia que Clara era diferente de qualquer outra mulher que já havia conhecido. Mesmo com a juventude, a bissexualidade e o espírito livre, Clara a amava de uma forma que Yasmin nunca havia experimentado antes.

No fundo, Yasmin sabia que o amor entre as duas era maior que qualquer insegurança ou diferença. E, enquanto houvesse esse amor, o resto, por mais desafiador que fosse, era apenas uma parte do processo de estar juntas.

Continua...

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Foto de perfil de Spartacus SP.Spartacus SP.Contos: 9Seguidores: 26Seguindo: 1Mensagem Não gosto de muito mi-mi-mi. Escrevo sobre o que gosto, da forma como eu bem entender. Você, leitor ou leitora, tem o direito de opinar e de não gostar do que escrevo. O que não admito é desrespeito ou preconceito sobre o que eu escrever. Respeitem os autores. Comentários que eu achar ofensivos serão excluídos e o leitor bloqueado.

Comentários

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Eu estava vendo tudo desandar pelos ciúmes da Yasmin, mas no final aí parece que surgiu uma luz no fim do túnel.

Vamos ver o que vem pela frente.

Muito bem escrito como sempre.

Parabéns!

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Obrigado, Whisper. Acho que entendi quando você disse ser difícil ter engajamento com essa temática, kkk.

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Fica na parte de baixo do site, quase não tem visualização. Meu marido escreveu quase duas sagas aqui sem ter um comentário se quer. Hoje ele tem 5 ou 6 leitores fiéis, e olha que ele tem 8 sagas escritas com mais de 300 capítulos no total, ou seja, ele continua porque realmente gosta. Ele tem sagas muito melhores que as 3 que escrevi, só que as minhas são com tema hétero. O máximo de visualização que ele tem em um conto no total é 1.700 se não me engano, o primeiro meu passou de 5 mil em um dia, o maximo de estrelaa dele em um conto é 40 e poucas se não me angano, eu tenho contos com 200, não tem nem como comparar, a qualidade dele é superior, mas o tema não ajuda em nada. Infelizmente aqui é o canto escondido do site 🤷🏻‍♀️

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