Lúcia ficou parada atrás do vidro, um misto de tristeza e preocupação em seu olhar vendo seu filho mais velho amuado a beira da piscina com ar de quem estava com uma tremenda dor de cotovelo ou que estivesse com problemas na escola. Pensou em drogas, sentiu um frio na barriga, despachou logo a ideia. Não queria pensar naquilo.
O problema é que o garoto estava assim há semanas, justo no ano em que estudava para o Vestibular. Lúcia tomou coragem e resolveu conversar com o filho.
'Vai com calma Lúcia, vê se não força a barra, deixa ele falar quando estiver pronto. É a idade, menina.'
As de palavras de Mauro reverberaram em sua cabeça, mas seu pragmatismo falou mais alto. Ela não se aguentou e se aproximou do filho.
"Tiago. Por que você está assim meu filho? Com essa cara de quem foi a um enterro?"
Tiago que tinha o olhar vago, perdido olhando o horizonte, demorou para sair do transe. A mãe era a última pessoa que ele precisava agora para lhe chamar a atenção. O que ele queria mesmo era sumir, fugir, morrer.
Respirou fundo, se controlou para não partir logo para a briga como tinha sido a última há a dois dias.
"Nada mãe, nada."
"Filho..."
Lucia sentou numa cadeira ao lado. Tentou segurar lhe a mão, mas ele se recusou.
"Você não pode continuar assim. Está me cortando o coração te ver desse jeito."
"Que jeito?"
"Esse, parecendo apaixonado por alguém. Aconteceu alguma coisa, fala?"
Ela com a voz chorosa, um ar de preocupação estampado em seu rosto. Ele nervoso, não querendo encarar o olhar da mãe para não voltar a discutir. Como é que ela sabia? Foi o que ele pensou.
"Não mãe, nada. É coisa minha."
"É a Eduarda, vocês brigaram é isso?"
"Que Eduarda, mãe? Não tem nada a ver com ela, que saco!"
Lúcia raspou a garganta, cruzou as pernas juntas debaixo da cadeira pensando no que falar. Ouviu a voz do ex-cunhado de novo em sua cabeça.
'São adolescentes Lúcia, coisa normal, não se preocupe. Qualquer coisa fala com o Tiago vir conversar comigo.'
Lúcia sentiu que o incômodo do filho era outro. Coisas de mãe. Um sexto sentido advinhando o que se passava. A paixão era por outra pessoa, mas ainda haviam as drogas. Afujentou de novo a ideia. Isso não, Tiago não é disso, um menino tímido que tem medo do que está sentido, é só!
'Normal Lúcia, muitos garotos passam por isso. Ainda mais nessa idade, poucos sabem o que está acontecendo.'
A voz debochada do ex-cunhado voltou a surgir. Não era bem o que ela queria, mas no momento parecia ser a única opção. Com nenhum outro homem tinha coragem de deixar Tiago se abrir, nenhum deles entenderia, ela custava a crer que pudesse ser o que desconfiava.
"Seu tio Mauro disse que se você quiser pode ir falar com ele. Eu sei, eu fico no seu pé por causa dos estudos, mas é para o seu bem meu filho. Eu gosto de você."
"Eu sei mãe, mas não é nada que você possa fazer. É coisa minha, desencana."
"Tiago, se não quer se abrir comigo, vai lá falar com Mauro. Você gosta dele que eu sei. E o Mauro é uma boa pessoa, todo mundo gosta de conversar com ele."
Tiago sentiu como se uma luvada de ar fresco tivesse lhe atingido. Gostava do tio, o jeito desbocado, bonachão. Simpático e muito agradável. Admirava. Não tinha lhe ocorrido de conversar com o cara. Estava se sentindo perdido mesmo, só não sabia se conseguiria falar a verdade.
"Se seu pai estivesse aqui você podia falar com ele, mas Mauro é uma boa pessoa, gosta de você."
"Papai, mãe!? Seria a última pessoa."
"Ele gostava de você, eu sei que no fundo gostava."
"Huh, sei!"
"E seu tio?"
"Ai mãe! Não sei, vou pensar."
Lúcia mostrou um sorriso tímido, colocou a mão no antebraço do garoto, ele não reagiu. Ela sentiu um alívio que pelo menos não tivessem brigado, e ela havia passado o recado do Mauro.
Ainda tinha receio seria mesmo a melhor opção, mas estava na hora de Tiago crescer, se tornar mais maduro, se o problema fosse mesmo paixão. Ainda que não fosse algo tão normal, se as suspeitas se confirmassem. Com certeza Mauro era a pessoa adequada para dar conselhos ao filho.
***
Tiago estacionou a moto na frente do portão gradeado. Se arrependeu por não ter avisado que viria. Será que ele estaria em casa?
Tocou o interfone e quando ia desistindo ouviu um som agudo, uma microfonia. A voz metálica do tio.
"Pois não?"
"Tiago, tio."
"Ah! Entra garoto."
Tiago encontrou o tio sentado no sofá largo bebendo num copo quadrado uma bebida amarronzada. A casa era ampla, seu tio morava sozinho desde que se separara da tia Vânia, irmã de Lúcia.
"Licença!"
"Opa! Entra rapaz. Aceita?"
Tiago sentou no mesmo sofá, o couro começava a trincar. Havia uma lareira ao lado, o piso de tábuas de madeira. Era gostoso o lugar. Tiago se lembrou do último Natal ali, uma festa e tanto. A tia ainda era casada com Mauro.
"Não brigado, não gosto."
"Que não gosta? Pra cima de mim! Toma, bebe um gole."
Entregou outro copo e depois serviu o Chivas.
"Coisa boa não se recusa seu bobo!"
"Tá bom tio, é muito!"
Mauro era um boa pinta nos seus quarenta e poucos. A barba grisalha, os cabelos pretos revoltos. Tinha a camisa social aberta mostrando o peito bronzeado e peludo, vestia um calção azul claro, bem curto deixando ver as coxas morenas. Não era alto, nem baixo, bonitão com fama de namorador.
Tiago nunca soube os motivos da separação dos tios, mas supunha que tivesse a ver com uma pulada de cerca do tio. Ninguém nunca dissera o que acontecera.
"Veio falar comigo?"
Tiago balançou a cabeça sentindo o gosto forte do whisky descendo pela garganta.
"Sua mãe anda preocupada com você rapaz. Tá acontecendo alguma coisa? Quer me contar?"
Ele pensou, pensou, prestando atenção nas pernas esticadas e cruzadas nos tornozelos. Um dos pés balançando num tic nervoso.
"Mamãe quer que eu namore a Eduarda, mas eu não quero, ela não me atrai."
Depois de um soluço e um gole curto, Mauro sugeriu displicente.
"Então não namore, qual o problema? Está gostando de outra pessoa?"
Jogou a isca para ver a reação. Tiago cruzou os braços no peito, o olhar desconfortável, o tic nervoso mais acelerado no pé.
Mauro desconfiou que as suas suspeitas podiam estar certas, mesmo sendo Tiago um garoto tímido. Já vira aquele olhar em outros rapazes antes, muito mais do que medo, vergonha mesmo.
"Quem Tiago?"
"Ah! Ninguém, ninguém."
Mauro se inclinou sobre a mesa e pescou a garrafa de Chivas, encheu seu copo e fez o mesmo com o do sobrinho.
"Pega."
"Tio eu não quero, não gosto."
"Bebe logo menino! Vai ser bom pra você."
Beberam juntos, Mauro cruzou as pernas juntas e ficou mais próximo do garoto.
"Isso é normal garoto, acontece. Só tenha cuidado nem toda gente entende. É um colega seu?"
Tiago deu uma golada mais forte, começou a tossir. A pensar no que tinha acabado de ouvir.
"Não, não! Que isso tio, o senhor entendeu errado! É uma... menina lá da sala que me deu o fora. Putz! Não, não."
"Bonita?"
"Eu acho... linda."
Mauro encarou, Tiago refugou desfiando o olhar. Mauro voltou a carga, tava na cara o que era, bem que ele desconfiara.
"Como ele chama?"
"Tio! Não é um homem, é uma garota."
Os dois se olharam, mas o rapaz não conseguiu sustentar o olhar. Sentiu uma pressão no peito, uma sensação de que estava sendo vigiado, cada vez mais estudado pelo seu tio. Sentiu que caiu numa armadilha, até a mãe envolvida naquilo.
Era como se estivesse na beira de um precipício, uma vontade louca de se jogar, mas um medo danado das consequências.
"Você não é o primeiro Tiago. Só tem que ser discreto pra não chamar atenção. Já foi pior no passado, hoje, bom hoje o pessoal finge que não vê se você não der na cara."
Tiago permaneceu mudo, congelado, os olhos ficando molhados. Sem entender como o tio podia dizer aquelas coisas como se fosse a coisa mais natural do mundo.
Ficou calado e acuado. Mauro veio em seu socorro desviando o assunto para deixar o sobrinho se acostumar. Baixar a guarda para apanha-lo quando ele menos esperasse. Gostava daquilo, ainda mais que o sobrinho fosse uma sobremesa especial.
Viu Lúcia sorrindo para ele, um sorriso de aprovação. Se ela soubesse o que ele faria com o seu filho. Mas ele bem merecia, e ela sabia que o era bom para o filho, ele.
"O problema mesmo é esse nosso país. Esses militares que deviam ter largado osso há tempos. A inflação que não para de crescer e esse Figueiredo que não manda em mais nada. Depois do Rio Centro foi ladeira abaixo. Não é à toa que teve um ataque de coração."
"Augusto."
Saiu sem que Tiago se desse conta. Os dois permaneceram em silêncio. Tiago olhando as tábuas corridas do chão, o tio bebericando seu copo, com um ar de vitorioso. Ainda que Mauro esperasse um pouco mais de labia da sua parte. Foi mais fácil do que ele esperava.
"Colega de turma?"
Tiago balançou a cabeça em negação. Meio arrependido, meio aliviado de ter confessado.
"Bonito?"
Tiago se arrumou no sofá, sentou cruzando uma das pernas por baixo da outra, ficando a imagem espelhada do tio. Os dois se olharam, o tio mostrou um sorriso cúmplice. Bebeu um gole curto do copo. Tiago se sentiu mais confiante.
Mauro tinha essa capacidade de lhe deixar mais falante do normalmente ele era.
"Eu acho, mas ele não quer. Tentei, mas ele não gosta. Também não sei por que eu fui fazer aquilo, besteira. O cara gosta de garotas. Eu também achava que gostava, mas agora..."
"Normal menino, muita gente da sua idade custa a se aceitar. É uma fase difícil. São os hormônios, a pressão da família e ainda tem os amigos. Eu sei como é que é."
"Mamãe adoece se souber."
"Não precisa contar, mas calma que sua mãe não bem como voce pensa. Já te falei isso acontece sempre, muito mais do que as pessoas admitem. Desde que o mundo é mundo."
Fazendo cara de nojo, gestos de desconforto. Tiago coloca a perna por baixo do corpo. Mauro tem a visão da coxa roliça do jovem.
"Homem com homem, sei lá, eu acho, achava, estranho. Nunca pensei que eu acabaria gostando de um. Não entendo o que isso? Isso passa tio, é uma fase?"
"Parte pra outro, esquece esse Augusto."
Não era exatamente o que Tiago queria ouvir. Como outro? Augusto tinha se transformado numa paixão, não conseguia parar de pensar. Virou sua vida de pernas pro ar. Só então entendeu que o que sentia por garotas não era exatamente atração.
"Paixão de adolescente, Tiago. Parece que o mundo vai acabar, que viver não vale a pena, mas vale garoto. Dê tempo ao tempo."
"Fácil falar. O pior é que não consigo parar de pensar. Eu gosto dele, que saco! Por que eu não sou como todo mundo!?"
"Mas você é, você é. Tem muitos assim, desencana. Se o rapaz não gosta arrenje outro pra você divertir. Ajuda a esquecer. Isso vale pra todo mundo, sejam os heteros sejam os outros."
"Outros como eu?"
"Outros como nós."
Tiago tomou um susto, a boca se abre, ele sente uma pontada na barriga. Uma sensação estranha, não nunca pensou em Mauro como um viado. Afinal seu tio era divorciado da irmã de sua mãe, como podia?
"O senhor?"
Mauro mostra um sorriso malicioso, faz gesto de um brinde com o copo no ar e bebe o que resta no copo.
"Eu também já fui o que os americanos agora chamam de gay. Mas depois eu evolui, hoje eu me classifico como bi, bissexual."
"Tem isso?"
"Claro que tem! Tem isso e muito mais, a sacanagem entre as pessoas vem de longe, te falei. Milênios, mais antiga que a Bíblia."
"Juro que eu não sabia. Nunca desconfiei, ninguém me contou."
Tiago fez cara de quem estava perdido, sabendo de algo tão repulsivo.
"Por que eu sou um cara discreto. Vi desde de o começo que falar essas coisas só ia dar confusão. No meu tempo era pior, bem pior do que hoje. E eu não tive o azar de me apaixonar por ninguém como você."
"Mas e a tia? Vocês foram casados por anos. Ela nunca desconfiou de nada?"
"No começo ela não sabia. Só antes da separação é que eu contei pra Márcia que eu gostava de homens, também."
"E por isso vocês separaram?"
"A gente já ia separar de qualquer jeito."
"E como é que o senhor conseguiu ficar casado por tantos anos? Como é que consegue..."
"Ficar de pau duro pra sua tia? Bem, eu fiz o que a maioria dos homens sempre fizeram. Foi inclusive um conselho de um professor, o primeiro homem que me comeu quando eu tinha a sua idade."
Tiago sentiu a boca seca, uma surpresa atrás da outra , não parava de piorar.
"Ele disse um dia, não precisa deixar de casar Mauro. Isso é bobagem. Ensina a menina a ser uma vagabunda na cama. Não vai ser a mesma coisa que transar com homem, mas ela pode te punhetar com vontade, te chupar gostoso e quando você estiver afim, come o cuzinho da esposa pensando que é um homem."
Os dois se olharam, Tiago com um sorriso envergonhado, o tio mas relaxado e mais bêbado.
"Sabe o que eu descobri depois?"
"O que?"
"Que os 'normais' fazem o mesmo o tempo todo. Trepam com a esposa sonhando com outra. Comer a mesma pessoa é frustrante, os machos são infiéis por natureza, heteros ou nós. Até porque o tesão está na cabeça e não na cabeça do pau, muito menos no coração."
"Mas o senhor ficou com outros, mesmo casado?"
"De tempos em tempos arranjava um pra me divertir. Não tem coisa melhor do que gozar dentro de um macho. O homem aguenta o tranco muito mais do que as mulheres. E eu sou..."
Mauro respirou fundo tentando não passar do ponto. Afinal era o filho da Lúcia e ele não queria ofender a cunhada. Mas bem que ela merecia, principalmente depois do que aconteceu.
"E o senhor é?"
"Esquece, bobagem minha."
"Pode falar tio, depois do que eu falei aqui. Uma verdade a mais ou a menos."
Mauro parou abrindo um sorriso, cruzando uma das pernas apoiada no joelho da outra. Enfiou o dedo por dentro do tênis coçando.
"Eu sou tarado num cu. Amo de paixão, seja de quem for. Homem, mulher... adoro."
Tiago raspou a garganta, tossiu.
"Eu ainda sou virgem. Nunca..."
"Nunca deu pra ninguém?"
"Nunca."
Mauro se dobrou enchendo seu copo, o sobrinho ofereceu o dele, o tio encheu pela metade. Os dois se brindaram com uma batida que pareceu o som de um sino. Mauro piscou um dos olhos, era tudo o que ele sonhara.
***
Tiago parou de frente para a mesa comprida, o tampo de madeira mostrava reflexos distorcidos da sala.
Pensou em se arrepender e fugir, mas algo nele era mais forte. A curiosidade lhe excitava, ficar de costas para outro homem, indefeso como ficam as meninas. Se deixar possuir como se fosse uma delas, gosta da sensação que lhe vinha, o sangue enchendo o seu pau.
Cruzou os braços e tirou a blusa. Ouviu seu tio tossir atrás dele. Desceu o calção e a cueca foi junto, jogou de lado e se inclinou apoiando as mãos espalmadas a mesa. Seu reflexo apareceu, escuro, os cabelos lisos balançando sobre seus ombros. Nu, completamente pelado.
Mauro lhe deu tampinha nas costas.
"Isso garoto, você vai gostar."
"Não vai doer tio?"
"Vou te passar uma coisa pra ajudar."
Mauro sem a camisa, só o calção. Apertou uma bisnaga sobre dois dedos e um creme branco apareceu, lembrando uma pasta de dentífricio.
"Abre Tiago."
"Precisa?"
"Pra não te machucar. Tô sem camisinha, esqueci de comprar."
"Ai tio! Frio."
Os dedos grossos do tio lambusaram o ânus do sobrinho. Tiago sentiu um arrepio na coluna, seu pau cresceu, ele mesmo se fez um carinho.
Mauro fez uma surpresa, vestiu uma luva e lhe explorou o cuzinho, entrou fácil, mais fácil do deveria O tio entendido massageou a próstata. Uma sensação gostosa, umas ondas subindo de dentro, ele ficando mais duro e o tio mais safado. Era como se ele fosse de outro, uma intromissão indecente no cu, os dedos do tio girando.
"Gostando, Tiago? Já enfiou o dedinho, não foi? Tô vendo, gostoso, não é?"
"Aah! Tio!"
"Só mais um pouquinho. Adoro massagear um rabo, ainda mais de homens. A porra que sai no final vem em cascata."
"Sério! Aah! Ooohh!"
"Se toca menino, não fica com vergonha. Quer que eu faça pra você?"
Mauro nem deixou o sobrinho pensar, encostou na bunda e segurou o cacete por trás. Tiago se sentiu dominado, controlado pelos gestos do tio. Mas o susto foi se transformando em tesão. Um homem fazendo um carinho, uma punheta abusada.
"Gostoso, preciso de você menino. O tio quer te provar. Posso?"
Tiago não sabia o que responder, se inclinou mais sobre a mesa e fechou os olhos quando sentiu o tio forçando a entrada. A ponta dura e quente, um calor agradável lhe excitando o cu e a mente. Um pau em sua bunda, era excitante.
Mauro desferiu um tapa na bunda. O garoto ergueu mais a bunda branquinha, durinha pela idade. O tio vibrou com a cena, era o que mais queria, ver o sobrinho se oferecendo como um virgem.
Pronto para o abate.
"Aaannh! Tio... Mauro! É duro, largo!"
Tiago sentiu a pressão da cabeça lhe abrindo o buraco. O calor do cacete lhe esquentando por dentro, cada vez mais e mais, lhe abrindo as pregas, lhe arrombando a bunda. Por mais que tentasse opor resistência aquilo abria e entrava. Quando a cabeça passou, seu tio suspirou lhe agarrando a nuca, lhe controlando a cintura.
"Que cu garoto, que cu! Adoro um rabo, ainda mais de homem."
As trombadas no corpo foram crescendo, as pancadas na bunda. Mauro se apoiou na cintura do jovem, os movimentos ficaram fortes, frenéticos, a mesa começou a ranger.
"Tio! Mauuuro! Aah! Aaah!"
Tiago viu seus cabelos agitados no reflexo da mesa. Sentiu uma gota na glande que escorreu pelo tronco. Mauro lhe xingando de todos os nomes, e ele gostando de sentir como se fosse do tio.
Este cada vez mais louco a lhe fuder o rabo. O pau queimando as entranhas e o tio dizer indecências no ouvido.
"Seu putinho gostoso. Sempre desconfiei de você, Tiaguinho. Vai menino, vai! Endurece esse pau, punheta, punheta que é o que o tio mais gosta."
"Aanh! Aannh!"
Mauro estapeou as ancas branquinhas, o menino lhe apertou o cacete com o cu. Foi o suficiente, Mauro precisava. Gemeu fundo e vomitou o seu creme viscoso na bundinha do filho da Lúcia. O sobrinho era um manjar dos deuses.
Mauro mordeu o pescoço e Tiago sentiu os pelos do peito lhe arranhando as costas. Enquanto o outro ainda tremia e gemia como um animal ferido. Uma coisa tão íntima, nem sonhava que era assim.
"Oooh! Oooohh! Tiaguinho, gostoso."
Tiago se agarrou em seu mastro, o pau quente pulsando em seus dedos. Tiago se sentiu outro, estranho, como fosse um escravo do tio.
Sentiu um líquido melado escorrer de seu ânus quando tio saiu dele. A porra pingava do cu, molhando as coxas e até os sacos..
Nem foi preciso muito, Tiago segurou mais alto, estava no limite. Não havia mais culpa, a timidez tinha sumido. Só queria gozar, esporrar na mesa limpa do tio.
"Aaah! Anrrh! Annrrh!"
Os jatos em nacos foram marcando a mesa, manchando o tampo de madeira de lei. Um volume escarrado como se ele fosse um devasso. Mais tarado que o tio.
"Bom Tiago, perfeito menino. Era o que eu esperava de você."
Mauro lhe deu uns tapas nos ombros, o sobrinho foi se virando até ficar de frente. O tio parecia extenuado, o suor escorrendo na testa, os pelos do peito molhados.
"Dói, tio."
"Já passa, você se acostuma. Tem caras que se viciam nisso, não sabem mais viver sem dar o cu."
Tiago mostrou um sorriso forçado, balançou a cabeça confirmando, mas não sabia se gostava da ideia. Seu ânus latejava e era realmente um incômodo.
"Vem tomar um banho."
Sairam em direção ao quarto, não sem antes seu tio ter feito algo estranho. Examinou a mesa e depois passou um dedo no seu sêmen. Levou a boca e provou de olhos fechados.
"O que? Eu gosto, ainda mais dos jovens. Prova!"
Tiago fez cara de nojo, beber porra, nunca pensou que alguém fizesse algo assim, ainda mais a sua. Só o cheiro já era desagradável.
Entraram debaixo do chuveiro. Uma ducha forte surrando seus corpos. Nas costas e nos peitos. Um vapor subindo tomando conta do ambiente.
"Toma garoto, passa nas minhas costas.
O sabonete mudou de mãos e o tio ficou de costas.
"Como foi sua primeira vez tio?"
"Com quem foi, você quer dizer? Comigo foi com meu professor de física. Tomando um banho de cachoeira."
"Ele... o senhor sabe."
"Foi, Marcus, deu aquela cantada classica e me ofereceu o seu pau. As meninas achavam ele uma graça, mas ele não queria nada com elas."
"Tiveram um caso?"
"Uns tempos, me ensinou a chupar um cacete como ninguém. E o dele..."
Os dois se encararam, Mauro de costas, foi virando, o som da ducha batendo no piso, o vapor se misturando com a água. O sabonete escorregou das mãos do sobrinho.
Mauro se divertiu com a cena.
"Pega pra mim."
Tiago se agachou tentando pescar o sabonete. Sentiu a mão do tio no ombro.
"Fica rapaz, deixa eu te mostrar uma coisa. Uma coisa que você vai gostar."
O sorriso do tio dizia tudo. Tiago quis levantar, mas suas pernas fraquejaram, não sabia se realmente queria. Não era essa sacanagem pesada que imaginava em seus sonhos com Augusto.
Queria andar de mãos dadas vendo o por do Sol, beijar na boca tomando uma cerveja na praia. Um namoro normal, a realidade era outra. Agora ele ali, de frente pro pau do tio, querendo ficar duro. Era excitante, mas não tinha nada a ver com os seus sonhos românticos.
"Pega, faz pra mim."
Não teve coragem de recusar, depois de tudo aquilo era o de menos. Punhetou o tio com mais cuidado do que em si mesmo, não queria machucar. Sentiu pontadas no ânus, ainda incomodava pra caramba.
"Mais forte garoto. Forte Tiago. Aaah! Quando sair com alguém você tem que ser firme, maldoso até, é o que a maioria dos caras gosta. Aaah! Assim, isso menino. Faz uns carinhos no saco."
Ele fez ficando excitado, seu pênis voltou a subir latejando.
"Agora engole. Põe na boquinha, põe!"
A voz do tio foi ficando estranha. Abriu a boca e engoliu, só não esperava que o tio enfiasse tão fundo, quase tudo entrando até garganta. Tossiu puxando o ar. Sôfrego, querendo respirar, quando achou que ia desmaiar Mauro tirou mostrando a pica babada de saliva.
Mas não ficou só nisso. Começou a tomar uma surra na cara. Uma risada selvagem vindo do alto. Mauro cada vez mais tarado.
"É pra você aprender garoto. Com homens a sacanagem é mais selvagem. Eles gostam assim, bruto. Bem bruto."
Bateu de novo no rosto, esfregou o pau quente na cara. Tiago abriu a boca e sugou o tronco molhado. Foi ficando desconfiado, temeroso do que viria.
"Vai gozar na minha cara?"
"Claro que vou. Cê vai gostar menino, com tempo você se acostuma. Porra é bom, eu adoro. Abre a boca que o tio goza."
Tentou retrucar, mas ficou na dúvida. Foi o suficiente, o tio segurou aquilo na sua frente. Agitando frenético, a cabeça do pau ficando mais escura. Os dedos do tio esmagando o cacete.
"Abre Tiago, abre pra mim!"
Tomou na cara a primeira golfada, veio a segunda na boca, o gosto acre de porra. Uma porra cremosa e quente.
"Engole garoto, engole o que tio fez pra você."
Fez sem pensar, a porra do tio melecando a língua, o caldo grosso entrou na garganta e chegou ao estômago.
"Viu, não tem nenhum problema garoto. Agora você é um homem. Um homem completo, meu homem."
Mauro se abaixou e beijou a testa do sobrinho. Tiago se ergueu e o tio examinou o seu pai. Quando foi falar Tiago sentiu a mão forte do tio lhe envolvendo o cacete.
"Sua vez menino."
***
Tiago se despediu com um beijo na face.
"Brigado tio."
"De nada Tiago. Fazia tempos que não ficava com um. Um macho tem suas vantagens, tem hora. Ainda mais um novinho como você."
Tiago sorriu envergonhado, não sabia se era um elogio ou seu tio estava fazendo uma troça com a sua cara.
"Então tchau."
"Tchau."
Mauro fechou a porta, o telefone tocava. Tirou o fone do gancho, sentou cruzando as pernas.
"Alô!"
"Mauro, Simone."
Mauro esticou a cabeça ouvindo a moto acelerando lá fora.
"Acabou de sair daqui."
"Então, era?"
"Paixão, como você estava desconfiada. É a idade, acontece."
"Deu uns conselhos?"
Mauro se ajeitou no sofá, um sorriso malicioso no rosto.
"Dei, dei como eu te falei. Acho que agora não vai ter problema."
"Sério Mauro! Será? Não quero que tenha problemas com o vestibular, justo agora."
"Eu acho que não. Mostrei pro Tiago que é preciso ser pragmático com essas coisas. Não pode ficar romantizando os namoros."
"Bom, brigada querido. Se não fosse você eu não sei o que seria de mim."
Mauro soltou uma risada safada.
"Não foi nada garota. E você quando é que vem me visitar."
Ficaram em silêncio um instante, Mauro voltou a carga.
"Tô com saudades, Simone."
"Mauro, não fala assim. Aquilo foi um engano, não era pra acontecer."
"Mas foi bom. Muito bom Simone. Você é incrível."
"Háhá! Eu é que sou incrível? Tarado."
"Bem que você gostou."
Simone pensou um instante, mostrou um sorriso fazendo um bico com os lábios. Penteou os cabelos com mão. Criou coragem e perguntou.
"Não foi bruto com ele?"
"Dei o que ele precisava Simone. Não foi o que você pediu?"
Ela suspirou fundo enrolando o fio do telefone no dedo.
"Eu sou o que sou Simone. Desde que a gente se conhece. Desde que eu casei com a sua irmã."
"Passado é passado Mauro."
"Mas eu não consigo te esquecer. Vem cá!"
"Mauro! Ainda mais depois de hoje."
"Por que? O Tiago teve o que precisava, e você mesma sabe que ele precisava."