-Bom dia, meu amor - o dia amanheceu com um selinho intenso.
-Já tomou café? - completou, se oferecendo para fazer algo.
-Ainda não. Vamos preparar algo juntos? - respondi.
Ela me olhou em aprovação.
-Você se lembra do nosso compromisso de hoje, né?
-Claro, mãe. Eu não perderia esse filme nem se o acidente tivesse levado minha perna.
Ela sorriu. O cinema é na zona norte. É o único lugar onde o filme ainda está em cartaz.
-Sem problemas.
Juntamos as coisas e levamos para mesa centro da sala.
Ligamos a TV e estava passando um filme de romance. Uma cena intensa entre o casal.
-Parece que alguém já não está tão tímido assim - disse ela, aprovando meu comportamento confortável.
-Agora que estou compreendo como nosso acordo funciona, já era.
Ela sorriu de volta.
Alternando entre roupas íntimas e nudez, ela exercia suas vontades pela casa. Ia de lá pra cá, sem se importar com posições provocantes ou palavras ambíguas.
Nessas, decidi pegar um sol nas pernas durante a leitura matutina; estavam realmente brancas. Despi-me de tudo, ajeitei minha cadeira ao sol, peguei o livro e comecei a folheá-lo até que a ereção explodisse minha glande. Mas naquela manhã, pouco vi da sua liberdade de expressão; afinal, academia é sagrada.
Num erro de hiperfoco, não a vi chegar…
-Pois é o que preciso também - disse ela, brotando pela porta da varanda.
Arremessou longe suas roupas, deitou-se na espreguiçadeira ao meu lado e abriu as pernas para aquecer as coisas. Seu corpo, levianamente suado, brilhava com a passagem da luz em sua pele. Cruzou os braços, colocou atrás da cabeça e completou:
-Qualquer coisa, me acorde.
Como não olhar tudo aquilo sem lascívia?
Obviamente, olhei, e o que era somente um ato de liberdade se tornou uma tortura.
-Está gostando do que vê? - instituiu meu pavor.
-Desculpa!
-Pelo visto, não estou tão acostumado com isso - completei rapidamente.
Houve um breve silêncio.
-Nosso acordo não dizia que você não pode olhar.
Novamente, ela confundia a lógica ética consensual em única frase.
-No momento que admira, significa que tem valor pra você - disse ela, abrindo um dos olhos.
O dia seguiu comumente até começar a anoitecer, e, de consequência do relógio, chegar o horário da nossa seção.
-Estou com muito calor! (Corremos muito para não perder a abertura).
Resmunguei várias vezes pra mim mesmo. Sabia que podíamos ter chegado antes, mas o trânsito estava demais.
-Porque está tão quente esta sala?
-Não sei, mãe, mas estou com muito calor.
Os trailers começaram, todos se ajeitaram em seus lugares até que a luz se apagou. Um breu profundo pra máxima qualidade da tela. Em poucas dezenas de minutos, o calor penetrava nos ossos. Estava insuportável. O ar condicionado estava estragado, tinha certeza. Inclinar na cadeira do cinema causava a passagem da corrente de ar mais quente do mundo.
Olhei para o lado, minha mãe estava se mexendo demais. Dobrava a barra da bermuda como se estivesse descascando uma banana. Estava pouco ou nada preocupada; para qualquer lugar que virasse estava, havia acentos vazios. Era uma seção de refugo; quem queria assistir já havia assistido, ali só ficaram os hiper atrasados.
-Quem disse que não resolvo esse problema? - disse ela com olhar de orgulhosa.
Olhei para suas pernas e seu shorts; nada se diferiam de uma calcinha. Podia afirmar ali que ela estava amando a liberdade que assumiu. Não queria ser eu a água daquele incêndio.
-Quem era o tímido mesmo?
Enquanto dizia, fui tirando minha roupa inferior. Joguei-as em seu colo como provocação. Ela olhou determinada…
-Que inicie os jogos! - disse ela.
Deu uma breve levantada na poltrona, olhando fixamente nos meus olhos. Tirou a roupa de baixo e depois seu sutiã, mas manteve a camiseta.
-Beije minha calcinha, seu perdedor - tonalizou a voz.
Me lembro de ter admitido aquela derrota. Peguei sua calcinha, imaginei se devia mesmo…beijei. Minha punição estava cumprida, mas o cheiro da calcinha atraía meus hormônios. Será que beijar novamente seria estranho?
-Que foi? Peguei pesado? - perguntou em um tom meigo, iniciando um arrependimento pela sentença.
-Escute. Sei que não é hora de entrar numa justificativa prolongada, mas pode ficar com tudo.
Não olhei-a nos olhos, estava envergonhado. Mesmo assim, não voltei atrás.
-Com essa, com esse… - jogou a calcinha e o sutiã no meu colo - com esse - jogou o shorts - esse, essa… - mostrou o seio e acariciou a vagina. Qual parte, você não entendeu?
Vi seu tom enraivecer. Não queria aquilo, ainda mais porque vi o quanto estava feliz com tudo aquilo. Ela realmente se sentia livre.
-Ao que se refere quando diz “essa e esse”?
Seus olhos tombaram. Conhecia aquela expressão, estava ficando irritada com tudo aquilo.
-Tudo que quiser! - alterou-se, rangendo a voz, mas em baixo tom para não alarmar.
Colocou minha mão esquerda sobre sua vagina, esfregando meus dedos sobre os lábios e completou:
-Entendeu?
Estava entrando em orgasmo ou infarte. Não sobreviveria de qualquer forma.
Por fim:
-Não quero que esse sorriso suma do seu rosto nunca mais. Mal sabe o quanto sinto por ver você sentindo o mundo com o coração.
Como queria quebrar o silêncio e retomar a normalidade, conclui:
-Então posso continuar fazendo isto até o final do filme. Não é?
Acariciei os lábios, a superfície lisa e volumosa e comecei a explorá-la.
-Deve - respondeu dobrando os olhos.
Logo na saída, já tivemos outra situação.
-Nossa. Que nojento!
-Não fale assim. É muito bem cuidada.
Estávamos ironizando o momento em que comi minhas batatas fritas sem lavar minha mão lubrificada de vagina.
-Não tem como saber, mãe. Acho que meus dentes vão cair.
Rimos desenfreadamente.
-Me dê uma.
-Pode comer - ofereci.
-Quem vai comer é você.
Ela se levantou, utilizou o canto desavisado que estávamos e baixou a bermuda, passou a batata entre seus lábios vaginais e completou:
-Pra você parar de ser besta - gesticulou para que eu comece.
Achei tudo aquilo muito erótico demais. Contudo, o momento era feliz. Jamais iria estragá-lo.
-Só como se comer primeiro.
Meio pensamento seguinte e já havia engolido a batata de uma só fez. Tornou a repetir a cena oculta e ofereceu outra batata. Comi por cumprimento da palavra, assim como comi as outras três seguintes.
-Está enchendo minha vagina de sal.
-Então vamos parar.
Levantou novamente, virou de um lado, tornou de outro, deu olhadas para o público por segurança.
-Toma, isso é seu - disse ela com o dedo indicador cheio de sal.
Havia limpado sua vagina com o dedo indicador, tirando todo sal remanescente. Já estava experiente em seus testes de sobrevivência.
-Pensou mesmo que não aceitaria o desafio? - perguntei enquanto lambia seu dedo afinco.
Não haviam ferramentas para controlar nosso riso.
-Como é divertido sair com você, filho. Por que não fazemos isto com mais frequência?
-Confesso que não sei. Mas pretendo transformar em rotina.
to be continued
🚫 Essa história não contém fatos reais e não contém menores de 18 anos.