Segredinhos - Patrícia

Da série Segredinhos
Um conto erótico de Bayoux
Categoria: Heterossexual
Contém 1752 palavras
Data: 27/10/2024 18:54:21

Naquele dia era a última aula do curso de escrita criativa.

Depois de quase três meses dando aulas, por fim o pesadelo terminaria. Não é que eu não goste de lecionar, lidar com gente jovem é sempre entusiasmante e me atrai trocar ideias com quem seja. O caso é que as aulas eram domingo pela manhã e eu morria de preguiça de ter que ir até o centro por conta disso.

Como a turma era rotativa, nem dava para estabelecer amizades, mas, por outro lado, a cada fim de semana eu conhecia um monte de gente e, naquele dia em especial, havia um lanchinho de confraternização depois da aula. E foi aí que eu conheci a Patrícia.

A garota era bem novinha mesmo, devia ter somente uns dezoito anos - novinha até demais para o meu gosto, um cara já rodado e que prefere mulheres mais experientes. Magricela, seus peitinhos quase inexistiam e nem dava para notar sua cintura em meio às roupas folgadas e negras que gostava de usar.

E também tinha isso do seu visual não me agradar tanto: piercing de aro no nariz, maquiagem carregada no delineador negro, cabelos curtos pintados de azul fosforescente e unhas curtas com esmalte descascando. Definitivamente, Patrícia não fazia meu tipo.

Durante a aula, Patrícia entrou muda e saiu calada, fez um monte de anotações mas não participou em quase nada, o que dava a entender que era tímida - depois eu descobri que ela, na verdade, era só antissocial mesmo. Por tudo isso, foi só na hora do lanchinho que começamos a conversar.

Numa rodinha com umas dez pessoas desconhecidas, enquanto eu questionava os alunos sobre a razão de estarem fazendo o curso, Patrícia teve a coragem de assumir que ela não tinha nenhuma outra pretensão literária que aperfeiçoar seus contos eróticos - ou melhor, “contos de sacanagem”, como ela os chamava.

Acho que foi isso que chamou minha atenção, sei lá, me atraem mulheres que escrevem sobre sacanagem e a dissintonia entre sua aparente timidez e suas reais intenções era algo bem interessante. Patrícia daria um belo personagem para um conto meu!

Juro que foi somente com essa intenção que eu comecei a questioná-la sobre sua vida e seus gostos. Via de regra, se eu fico perguntando isso para uma mulher, é porque eu quero demonstrar interesse, fazendo-a sentir-se importante e buscando ganhar sua intimidade, até levar o assunto para o campo sexual e terminar comendo a fulana.

Mas, como disse, com Patrícia era somente um interesse literário e ponto final - ou ao menos isso eu achava.

Descobri que ela não fazia mais nada da vida, após terminar o ensino médio resistia a meter-se em uma faculdade e tampouco queria arranjar um empreguinho qualquer, então vivia na casa dos pais e passava o tempo escrevendo bobagens - e daí os mesmos pais praticamente a obrigaram a fazer o cursinho de escrita criativa, como se estudar comigo fosse resolver alguma coisa em sua vida.

Quando a turma já se despedia e os demais alunos iam tomando seu rumo, eu ainda estava de papinho com a garota. A esta altura, sem que eu mesmo nem percebesse, como um processo mecânico da minha mente, já havia levado a conversa para o nível das intimidades. Ela tinha namorado? Já tinha feito sexo? Só com ele ou com mais alguém? E outras mulheres? Ela curtia outras garotas? E suruba, ou um menagezinho que fosse?

Neste ponto, faço uma ressalva: A vida é muito melhor que a arte e eu não canso de surpreender-me! Patrícia não tinha namorado, nem nunca havia tido. Não havia estado com outras mulheres, nem sequer tinha curiosidade nisso. E, quando perguntei da suruba, ela fez uma careta de nojo e me respondeu que nem pensar, pois ainda era virgem.

Peraí. Para tudo.

Uma garota de dezoito anos, com aquela pinta toda de dark-cyberpunk-gótica, totalmente à toa na vida e que gostava de ficar escrevendo contos de sacanagem… Virgem? Dá pra acreditar? É claro que não!

Obviamente, concluí no ato que Patrícia estava me zoando só para se divertir. Mas tudo bem, se ela queria ficar fazendo joguinhos mentais, acabara de encontrar o mestre nesse assunto - e foi só aí que eu deitei os olhos nela.

Parti para o ataque, argumentando que se ela ainda era virgem, não tinha como se tornar uma escritora erótica e que estava perdendo seu tempo naquele cursinho. A primeira regra da escrita para amadores é falar sobre o que você já conhece - justamente porque, se você não conhece o assunto, ou faz muita pesquisa ou vai ficar uma merda.

Patrícia então pareceu ter ficado constrangida, notei por suas bochechas assumirem uma certa cor avermelhada. Sem olhar-me diretamente, falou como uma vozinha baixinha e sem coragem que isso também não era assim, que ela era virgem, mas que já ficara de pegação com uns carinhas, até quase tinha rolado sexo de verdade um par de vezes.

Confesso que tive sentimentos um tanto contraditórios nesse momento. Por um lado, eu havia chegado exatamente no ponto em que desejava, Patrícia estava vulnerável e havia demonstrado que confiava em mim ao me contar isso. Por outro lado, sei lá, do jeito que ela falou parecia muito sincera, era uma mistura de timidez com constrangimento autêntico… Caraco, Patrícia era virgem de verdade!

O que eu faria? Iria seguir adiante e terminaria comendo a Patrícia, mesmo ela não fazendo o meu tipo e eu nem estando tão a fim dela? Ou esquecia o assunto e a deixava feliz continuando a desfrutar de sua virgindade para que um dia a perdesse com alguém que realmente significasse algo para ela?

Minha indecisão durou exatos dois segundos. Total que eu não conhecia a Patrícia, nem nunca seria seu amigo e muito menos me importava com sua virgindade - a qual ela provavelmente terminaria perdendo com um mané qualquer num futuro bem próximo.

Com um ar superior, propus à Patrícia que, se eu trancasse a porta da sala de aula, ela poderia mostrar para mim o que havia feito com os outros carinhas - e daí eu determinaria se isso era conhecimento o suficiente para escrever contos eróticos ou não.

Vendo que Patrícia não concordava, mas que também não negava, ao tempo em que notava suas mãos entrelaçadas ficando brancas por falta de sangue do tanto que ela as apertava à frente de seu sexo intocado, resolvi encorajá-la dizendo que aquilo seria estritamente profissional, uma coisa entre colegas escritores - e que seria nosso segredinho pois eu nunca contaria a ninguém mais.

Funcionou. Depois que eu tranquei a porta, Patricia me fez tirar a roupa de costas, enquanto ela mesma retirava as suas, também de costas para mim. Confesso que esse detalhe de tirar a roupa sem olharmos um para o outro me surpreendeu e me deixou com um tesão danado - já ali eu saquei que Patrícia tinha mesmo jeito para escrever contos eróticos, mas uma vez que já estávamos ali, pelados… Fazer o que, não é?

Quando me virei, pude constatar que Patrícia era realmente muito magrinha, dava para ver seus ossos dos quadris saltados em sua cintura e todas as suas costelas apareciam sob a pele branca de seu tórax. Os peitinhos eram quase imberbes, apenas dois mamilos avermelhados e pequenos, quase sem volume nenhum, mas com os biquinhos saltados apontando em minha direção.

Já a bucetinha, bem, acho que vou dedicar um parágrafo inteiro a ela. Não era depilada e, ao mesmo tempo, era. Quer dizer, vinha com um montinho de pêlos escuros emaranhados logo acima de onde a fendinha terminava e parecia depilada somente na parte dos lábios. E por falar nos lábios, aquilo sim é que era uma buceta de verdade: Eram talvez os maiores lábios que já tinha visto, grudados um no outro e descendo desde seu sexo, pareciam até uma espécie de mini-rola.

Olha só a vida me surpreendendo de novo, ao contrário do que tudo indicava em seu porte físico, Patrícia tinha o que se chama comumente de “bocetão”, imaginem só!

Ficamos nos pegando de levinho, só na provocação, durante um bom tempo. Como já comentei, Patrícia não tinha lá curvas e nem muitos atrativos, assim que pegação não era o seu forte. Eu quis ir adiante e comê-la de uma vez, imaginando que romper o cabaço da garota iria ser o ponto alto daquele dia, mas Patrícia me olhou bem nos olhos e disse que ela era mesmo virgem e que continuaria assim - e isso tinha que ficar bem claro entre nós.

Pensei então em fazê-la tocar uma punhetinha pra mim, ou quem sabe abocanhar a rola e dar uma mamada caprichada, afinal, aquilo tudo não deveria terminar antes mesmo de começar, não era justo depois de todo o esforço para chegarmos até ali.

E Patrícia me surpreendeu outra vez, com uma ideia muito doida. A garota me fez deitar na mesa e veio montando por cima de mim. Eu achei que, contrariando sua própria determinação, ela iria me cavalgar. Mas não, em vez disso, Patrícia enfiou os dedos para separar os lábios daquele bocetão e encaixou a rola entre eles, mas sem colocar na posição para penetrar.

Daí ficou indo e vindo, esfregando suas carnes bem ali naquela parte minha, mas sem introduzir nada em si. Louco de tesão, agarrei seus biquinhos dos peitos com meus dedos e comecei a beliscar de leve, enquanto ela ficava encharcada lá embaixo e se esfregava na rola cada vez com mais tesão.

Confesso que gozamos os dois ali, sem penetração nem nada, só da excitação que aquela brincadeira nos causou, como se fôssemos dois adolescentes. Caraco, Patrícia era experta em provocar - e provavelmente seria uma escritora erótica muito melhor que eu.

Pena que depois disso não nos vimos mais. Só soube dela anos depois, quando li uma matéria numa revista falando sobre o sucesso de seu primeiro livro, o qual contava casos de sua vida privada - com destaque para o dia quando ela gozou sarrando seu professor de literatura erótica…

Mas tudo bem. Tudo muito bem.

ARQUIVO MENTAL:

Angélica: falsa tímida, boquinha de ouro, gosta de fazer garganta profunda em banheiro de bar.

Débora: prática e objetiva, peitos fantásticos, gosta de pagar espanhola atrás da padaria depois do café.

Olívia: mãe de dois pentelhos, dentes extraordinários, gosta que masturbem seu grelinho dentro do carro.

Amandinha: advogada estelionatária pseudolésbica, magrelinha e tesuda, gosta de ser chupada no parque.

Penélope: secretária vidrada em celebridades, alta e bonitona, gosta de tomar cervejada no depósito do barzinho.

Patrícia: criativa eróticamente, magrinha do bocetão, gosta de esfregar suas partes íntimas numa bela rola.

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Comentários

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Baioux seu tarado, sarrador de alunas incautas. O bom humor né cativa sempre

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Em minha defesa, acho que a Patrícia era mais tarada do que eu, uma Sarra Dora de professores incautos, rs

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Gostei muito do conto. Muito interessante, criativo, inovador, com uma sacanagem light bem gostosa. E uma personagem bem intrigante. Me lembrou uma das minhas namoradas carioca de Copacabana que gostava mesmo é de gozar desse jeito. Fazíamos a penetração, a foda era ótima, ela gostava de levar pica na boceta, mas ela pedia para eu não gozar, e esperar. Aí encaixava a rola na racha e se remexia até nós dois gozarmos. É muito bom também. Estrelado. Parabéns.

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Olá Leon, obrigado pelo comentário! Estou explorando isso nessa série “Segredos”, contos de sexo light com personagens comuns e intrigantes ao mesmo tempo. É como ver a beleza das pequenas coisas, rs.

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