A Influencer do Sexo - Parte 11

Um conto erótico de Mark da Nanda
Categoria: Heterossexual
Contém 3135 palavras
Data: 09/10/2024 12:06:49

E realmente o deixamos lá. Não que fosse uma maldade, afinal, o Sujeira era o Sujeira e já havia dormido em lugares literalmente muito, muitíssimo piores do que aquele. Na manhã seguinte, fomos montar uma farta mesa de café no rancho e o Sujeira ainda estava dormindo ali. A galera foi chegando e acordamos o indivíduo que reclamou, xingou um pouco, riu bastante e foi tomar um banho. Coisa de meia hora depois ele retornou, mas agora não vinha só. Ao seu lado, de braços dados, uma belíssima morena despontava com um olhar penetrante e um sorriso inconformado. Assim que ela se aproximou da mesa, cumprimentou a todos de uma forma geral, mas me dispensou uma desnecessária atenção:

- Oi, Marcel. Meus parabéns. Espero não ter chegado numa hora imprópria.

Levantei-me e puxei a Chiquinha comigo, apresentando-a para a Manu. O embate Manoela-Emanuelle estava prestes a ter início e pela forma como a minha caboclinha a encarou, eu já sabia em quem apostar todas as minhas fichas.

[CONTINUA]

Tratei de apresentá-las com a maior formalidade possível, embora notasse que a Emanuelle parecesse estar prestes a explodir. O único que parecia alheio a tudo era o Sujeira que ainda veio se gabando de ter arrumado uma baita gata para o final de semana. Só depois que o Moringa o chamou num canto, certamente para atualizá-lo, é que ele parecer ter se tocado. O clima era pesado, mas a Chiquinha, já calejada pela vida, parecia saber o que fazer quando lhe esticou a mão:

- Então, você é a Manu… É um prazer sou a Manoela.

A Emanuelle a encarou, mas não de uma forma soberba. Ela parecia, na verdade, curiosa em conhecer quem havia mexido tanto comigo a ponto de me convencer a casar:

- É um prazer! Mas eu ouvi ele te chamar de Chiquinha…

- É meu segundo nome, mas apenas meu amorzin me chama assim.

- Ah tá…

Tratei de entrar na conversa, pois algo me surgiu:

- Cadê o Alfredo, Emanuelle? Ele não veio?

A Chiquinha me encarou, curiosa e meio surpresa, mas aguardou a resposta da Emanuelle:

- Infelizmente não, Marcel. O médico contraindicou uma viagem assim mais longa. Ele te mandou um abraço e fez questão que eu reforçasse o convite para um jantar em São Paulo, assim que vocês voltarem.

- Claro. Agradecemos o convite.

- Seu marido está doente?

- Infelizmente sim. Mas eu tenho fé de que logo, logo ele estará bem.

A Chiquinha a encarou em silêncio por um instante e tocou de leve na sua mão, dizendo:

- Se é o que você quer, Deus vai querer também.

A Emanuelle a encarou surpresa e depois me olhou meio perdida, voltando a olhar para a Chiquinha, agora com um sorriso no rosto. A Lena, também bastante cicatrizada pela vida, notou um clima estranho e veio até a gente. Apresentei a Emanuelle e ela rapidamente a levou consigo, assentando-a à mesa ao seu lado. A Chiquinha ficou me olhando de soslaio e eu perguntei bem baixinho:

- O quê?

- Por que Emanuelle? Não é Manu?

- É o apelido dela.

- E por que não usa mais?

- Não tenho mais intimidade com ela.

- Hãã…

- Por que hãã?

- Nada não.

Malditas palavrinhas! Esse “nada não” nos lábios de uma mulher significava que algo estava prestes a dar errado e eu ainda não sabia o que ou por que. Acabei ficando meio perdido, alheio a tudo o que conversavam, mas a Chiquinha logo segurou na minha mão e cochichou:

- Desculpa. Acho que fiquei com ciúme besta da compridona aí.

Eu a encarei e acariciei o seu rosto, dando-lhe um beijo nos lábios. Depois disse:

- Não fique. Ninguém aqui está aos seus pés.

Senti que estávamos novamente reconectados plenamente e voltamos a interagir, brincar, conversar com todos. Até a Emanuelle se esforçava, mas não parecia ser muito autêntica. Algum tempo depois, alguns peões com uns embornais nos ombros, surgiram do nada e vieram rapidamente até o rancho. Eram seis. Todos eram o típico homem da roça, com pele morena, semblante cansado, alguns até mal encarados, mas que foram recebidos todos pelo meu padrinho. Soube depois que eles foram contratados para cuidar do churrasco naqueles dias.

Acabamos o nosso café e decidimos nos arrumar para nos desarrumar depois nas carnes e bebidas. Mais quatro caboclos chegaram e já foram se inteirar do que fazer. Quando já íamos para a minha casa, no meio do caminho, perguntei a Emanuelle onde ela ficaria. A Lena se adiantou:

- Ofereci a minha casa. É melhor do que ficar pegando a estrada à noite.

- Se não tiver problema para vocês, é claro. - Disse a Manu.

- Problema algum! Acho a ideia muito da boa. - Disse a Chiquinha.

Fomos para a nossa casa, onde tomamos uma ducha para rebater o calor daquele dia de sol ardente. Vesti depois uma bermuda e uma camiseta simples de algodão, bem leve, e um par de chinelos. A Chiquinha estava em dúvida entre três vestidos que, sinceramente, achei muito rebuscados para um churrasco. Ela pediu a minha opinião e fui sincero:

- Gosto muito daquele com flores amarelas. Acho que fica lindo em você.

- Mas ele é tão simplinho… - Ela resmungou.

- Não! Ele só deixa o melhor em destaque. - Como ela me encarava em dúvida, falei: - Você! Você fica em destaque. Fica linda. Vai por mim, coloca ele.

Ela o vestiu, mas ainda sem estar convencida. Pedi que colocasse uns tamanquinhos e, por fim, pedi que colocasse um chapeuzinho de palha. Eu simplesmente adorava aquele visual! Achava que ela ficava tão doce, romântica, e se sorrisse então, eu me perderia fácil. Acho que ela entendeu o efeito que causava em mim pela forma orgulhosa que eu a encarava:

- Chapéu embaixo do rancho?

- Você tira lá. Mas chega assim… assim… - Indiquei a sua direção, sem conseguir explicar e disse: - Nossa! Você está linda demais.

- Quem eu preciso impressionar, parece que já impressionei. Então, se você gosta de mim assim, eu vou.

Ela foi se maquiar, sem exageros e logo saímos. Alguns amigos já haviam retornado, mas as suas esposas ainda estavam se arrumando. A Chiquinha disse que iria na casa grande conversar com a mãe e voltaria logo, deixando-me aos cuidados dos cinco manés:

- Tem certeza disso? - Perguntei, sorrindo, enquanto eles já faziam algazarra.

- Ó só! Juízo vocês aí, hein!? Se tirarem o meu noivo da linha, eu corto vocês todos na chibata.

Meus amigos não valiam um centavo furado, mas eu não os venderia por preço algum. Tive certeza disso quando os vi, os cinco, virarem a bunda na direção dela e as arrebitarem, dando tapas de leve. A Chiquinha começou a gargalhar e saiu logo depois de dizer um “Só Jesus na causa!” Ficamos bebendo e começamos a cartear um jogo de Buraco. O cheirinho da fumaça já começava a dar o ar da graça.

As mulheres, sendo mulheres, demoraram a chegar, mas enfim começaram a surgir, aos poucos, até completarem os grupos. Entretanto, faltava alguém e logo a vi surgir, vindo da casa grande. Ela estava ainda mais bonita, com uma maquiagem retocada, mas discretamente poderosa. Se ela queria impressionar, conseguiu, pois veio pisando forte, magnânima, insinuante e com aquele chapéu, ficava chique demais, tudo sem tirar os olhos de mim um instante sequer. Logo, começaram a assobiar para ela, mas eu sabia que o grande ganhador daquele prêmio era eu e pouco me importei.

Ela entrou no rancho sendo admirada por todos os meus amigos e recebendo os mais variados elogios. Notei que dois dos caboclos pareceram cochichar alguma coisa entre si, mas certamente seria sobre a beleza dela, o que me acendeu o ciúme, mas não a ponto de estragar aquela comemoração. Ela chegou, rodopiou na minha frente e se sentou no meu colo, beijando-me a boca. Os amigos foram à loucura: “O Mingau vai derreter!”, “Vai é endurecer!”, “Só não pode azedar, Mingau!”, foram algumas das piadas. Olhei nos seus olhos e sorri, perguntando:

- Demorou, hein? Arrependeu de ficar minha noiva?

- Nem nunca! - Beijou-me a boca novamente e depois sorriu, mostrando os lábios: - Viu? Não sai! Manu que passou…

- Oi!? - Perguntei surpreso e, de certa forma, contrariado.

- É. Fui conversar com a mamãe e estavam as três lá. Daí ela me sugeriu usar este que não sai por vinte e quatro horas. Como a gente já estava lá, ela perguntou se podia dar uma caprichada na maquiagem e eu deixei. Fiz mal?

Eu a olhei, analisando, e ela estava linda, mas não mais linda, somente tão linda quanto. Talvez a Chiquinha não tivesse notado, mas eu senti uma certa insinuação no gesto da Manu, talvez tentando mostrar que ela poderia ser melhor que a minha preferida. Decidi não polemizar e apenas disse:

- Você está linda! Já estava antes e continua linda demais!

- Ah… Então não melhorou nem um pouquinho? - Perguntou, fazendo um charme.

Aproximei-me dela e cochichei no seu ouvido:

- Sinceramente? Prefiro a Chiquinha ao natural, sem maquiagem, sem roupas, sem vergonha. - E terminei cutucando a sua cintura.

Ela deu um pulinho pela surpresa, junto de um gritinho:

- EITA!

Todos a encararam. Ela começou a rir e apontou para mim:

- Foi ele! A culpa é dele!

- Abusada!

Aí sim fiz cócegas para valer. Logo, chegaram Lena, Zezé e a Manu, cumprimentando a todos e se sentando na ponta da mesa. Voltamos a conversar e o tempo passava, as cervejas se remontavam, as talagadas de pinga também. Os convidados começaram a surgir com mais presentes e só então me dei conta de uma coisa: estávamos ficando noivos, não casando! Eu não entendia o porquê dos presentes, mas também não iria negar que a Chiquinha estava eufórica com cada novo agrado que ganhava.

O churrasco ganhava calor e as primeiras carnes já começavam a rodar pelas mesas. O rancho da fazenda já não parecia comportar mais gente, mas mais gente chegava a cada minuto.

Já passava das quinze horas quando precisei ir ao banheiro. Quando voltei, a Chiquinha estava sentada na ponta da mesa, conversando com a Manu, sua mãe e a Lena. Fiquei de papo com o Moringa e o Vaio quando, nesse momento, uma figura surgiu e imediatamente meus olhos se nublaram com uma raiva que há muito tempo eu não sentia. Vindo de uma lateral da casa grande, o meu pai se aproximava a passos lentos mas decididos. O meu padrinho surgiu sei lá de onde e ficou ao meu lado. Eu o encarei e ele apenas me disse:

- Vai me desculpar, mas é o seu pai. Pode não ser perfeito, mas é o único que você tem. Não achei justo não convidá-lo.

Meu pai eu enxotaria facilmente dali, mas o meu padrinho, eu não teria coragem de ofender. Respirei fundo e apenas balancei a cabeça negativamente. O meu pai entendeu a mensagem e diminuiu a velocidade da sua marcha, quase parando. Coube ao meu padrinho ir ao seu encontro e trazê-lo até mim. Quando ele se aproximou, esticou a mão e eu demorei a reagir, praticamente só o fazendo após o meu padrinho insistir:

- Sei que a gente não se vê há um tempão, filho, mas fiquei muito feliz quando o seu padrinho me disse que você estava bem e que tinha encontrado uma moça para formar uma família.

Eu não sabia o que falar e, na verdade, eu não queria falar nada. Não queria dar margem a que nenhuma conversa com ele se estabelecesse naquele momento. Nosso passado é bastante longínquo e nebuloso, e deveria ter ficado bem lá mesmo, no passado e bem longe. Infelizmente, o meu padrinho, mesmo com a melhor das intenções, havia tomado uma péssima decisão. De repente, senti um braço enlaçar o meu e a Chiquinha surgiu de trás de mim, com um semblante curioso, meio preocupado até. Quando ela encarou o meu pai, o que era ruim piorou ainda mais:

- Juvenal? - Disse ela.

- Manoca? - Disse ele.

- O que você está fazendo aqui!? - Disseram ambos, praticamente ao mesmo tempo.

Eu a encarei com os olhos arregalados e boquiaberto. Senti um calafrio intenso, quase um mal estar, chegando a ter uma fraqueza nas pernas. O meu padrinho, ainda tentando fazer uma intermediação, os apresentou:

- Juvenal, essa é a Manoela, a noiva do Marcel. Manoela, esse é o Juvenal, o pai do Marcel.

Ela me olhou então com um verdadeiro pânico no olhar. Ficou branca e os olhos marejaram de imediato. Ela havia entendido de imediato a maldita armadilha que o destino havia nos armado. Naturalmente, ela esqueceu ou não fez caso de esticar a mão para cumprimentá-lo, mas nem sei se ele havia tido a audácia. Respirei fundo duas vezes para reunir forças e saí dali, pois de duas uma: eu iria explodir e avançar contra o meu pai ou discutir com a Chiquinha. A passos largos, fui até a minha casa, deixando todos para trás. Nem bem entrei e a Chiquinha entrou também, lamentando:

- Deus, por favor, por que comigo?

Não sei se o clamor dela havia sido ouvido por Deus, mas eu ouvi e, de imediato, senti toda a culpa que ela sentiu e o medo que ainda sentia naquele momento. Eu a encarei, irado com a situação, mas vendo suas lágrimas, entendi que não deveria despejar nela todo o meu amargor. Ao contrário, fui até ela e a abracei apertado, pois ela também era uma vítima daquele destino miserável. Ela desandou a chorar e acabei me emocionando também. Sem conseguir me conter, também chorei, pouco, mas chorei. Foram minutos úmidos até eu me controlar:

- Fica calma. Você não tem culpa de nada.

- Tenho sim! Claro que tenho! Se eu não tivesse voltado a ser puta, não teria ficado com ele!

- Mesmo assim! Você não tinha como imaginar.

- Eu sei, mas… mas… Poxa, Marcel, é o seu pai! O Juvenal é o seu pai!

Eu já estava bem mais controlado, mas controlá-la era outra história. A luta foi árdua e não a venci sozinho, pois tive a ajuda providencial da Lena e da Zezé que, notando que algo dera errado, vieram ao nosso encalço. A Chiquinha se abriu e contou para as duas que havia ficado várias vezes com o meu pai lá para o lado de Natividade, surpreendendo-as com a infeliz coincidência. Ainda bem que a Lena se recobrou rapidamente:

- Você não tinha como saber, Manoela. Eu sei que o Marcel vai entender. Ele é um bom moço. Ele… Ele vai entender.

- Ele já entendeu, mas eu não! - Respondeu a Chiquinha, entre lágrimas: - Parece que eu só atraio desgraça para quem está do meu lado.

- Para, fia! Não fala uma besteira dessa! Aconteceu! É uma pena, mas aconteceu. Ocê precisa aceitar e seguir em frente.

- Aconteceu… Aconteceu… Aconteceu com o pai do meu noivo, mãe! Poxa… Merda de vida…

O choro dela me doía, mas não mais que as dores da minha própria tragédia. Peguei a Chiquinha pela mão e a puxei até a cozinha da nossa casa, chamando sua mãe e a Lena. Pedi que se sentassem e falei:

- Sua vida não foi fácil… É claro! Eu sei! Mas a minha também não e boa parte da merda de vida que eu tive foi por culpa daquele homem lá fora. - Indiquei a direção do rancho com minha mão.

Elas me encararam e a Chiquinha, pela primeira vez, fez força para se controlar, curiosa com o que eu estava prestes a contar:

- Nunca te contei nada do que vou falar agora porque, para mim, aquele lá já estava morto há muito tempo. Aquele ser lá fora pode até ser o meu genitor, mas nunca foi o meu pai. Graças a ele, inclusive, que a minha mãe hoje não está aqui.

O silêncio daquela sala só era quebrado pela minha voz. A Chiquinha mesmo agora me encarava surpresa e meio assustada com tudo, mas me esticou a sua mão e eu a segurei:

- Fica tranquila, não te culpo de nada. Não estou nem um pouco bravo com você.

Ela sorriu e eu continuei:

- Até os meus dois, três anos, ele foi um bom pai. Pelo menos, é o que eu sei da história, porque, sinceramente, não me lembro direito dele. Fora alguns flashes, não me lembro dele… Quando eu estava para completar os três ou quatro anos, tudo mudou… ele mudou! Ele perdeu o emprego e começou a beber. Depois, não sei o porquê, culpou a minha mãe por não conseguir emprego em lugar algum. Passou a bater nela, vendeu várias coisas nossas, saía com umas piranhas… - Calei-me ao lembrar que eu estava falando com três ex-prostitutas: - Desculpa, gente! Não tenho nada contra vocês, mas o meu pai se envolveu com umas bem ralés mesmo, que só queriam saber de sugá-lo. O padrinho ainda era solteiro e tentou porque tentou ajudar o meu pai, só que o padrinho fez errado, porque dava dinheiro para o meu pai manter a casa. Claro que ele não fazia isso, gastando tudo com bebida e putaria. Quando o padrinho viu a nossa situação e o prensou, ele simplesmente sumiu.

- Você nunca mais viu o seu pai? - Perguntou a dona Zezé.

- Só uma vez… Eu já era homem formado, foi mais ou menos na época em que me alistei no exército e foi ao acaso. Eu estava indo jogar uma pelada com alguns amigos e o encontrei perambulando por lá. Ele até aparentava estar melhor, mas ainda assim eu não quis papo e fui embora. Só voltei a encontrá-lo aqui, hoje.

- Mas… Mas o seu padrinho nunca me contou nada. - Disse a Lena.

- Vergonha talvez de ter um irmão que é um bosta! - Respondi.

- E a sua mãe, Marcel? - Perguntou a dona Zezé.

- Ela tentou. Até acho que lutou bastante, mas caiu numa depressão violenta. Eu era novinho, nem entendia direito o que estava acontecendo. Só fui compreender que algo estava errado quando ela foi internada. Eu tinha acabado de entrar na escola, acho que tinha seis, sete anos, quando ela teve uma crise brava, acho que de overdose, então foi internada e acho que morreu, pois não voltou mais. Daí por diante fui criado por tias, primos e, por fim, pelo padrinho. Ele sim foi meu pai!

- Amor!? Poxa… - Resmungou a Chiquinha, apertando a minha mão.

- Está tudo bem. A minha mãe foi só mais uma vítima das circunstâncias, assim como você. - Então sorri e acariciei o seu rosto: - Mas você teve força e o apoio da sua mãe para mudar o seu destino. A minha mãe, mesmo contando com a ajuda de alguns familiares, não teve.

- Isso não está inteiramente correto. - Ouvimos a voz do padrinho que havia entrado e ouvia a nossa conversa próximo ao batente que separa a cozinha da sala: - Sua mãe não está morta.

[CONTINUA]

OS NOMES UTILIZADOS NESTE CONTO SÃO FICTÍCIOS, MAS OS FATOS MENCIONADOS E EVENTUAIS SEMELHANÇAS COM A VIDA REAL PODEM NÃO SER MERA COINCIDÊNCIA.

FICA PROIBIDA A CÓPIA, REPRODUÇÃO E/OU EXIBIÇÃO FORA DO “CASA DOS CONTOS” SEM A EXPRESSA PERMISSÃO DOS AUTORES, SOB AS PENAS DA LEI.

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Foto de perfil de Mark da NandaMark da NandaContos: 258Seguidores: 623Seguindo: 19Mensagem Apenas alguém fascinado pela arte literária e apaixonado pela vida, suas possibilidades e surpresas. Liberal ou não, seja bem vindo. Comentários? Tragam! Mas o respeito deverá pautar sempre a conduta de todos, leitores, autores, comentaristas e visitantes. Forte abraço.

Comentários

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Nossa tem muita água pra rolar ainda parabéns nota mil Mark.

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Interessante agora a mãe viva ?

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Olha tomara que não, mas do jeito que o universo sempre joga o prota para as mulheres do meio.

só falta revelar que a mãe dele também é ou foi prostituta.

acho que não haveria pancada pior...

mas essa conversa com o tio dele deve esclarecer o porquê da mãe ter abandonado-o.

Pelo o fato dele nunca ter cruzado com ela na rua, como foi com o pai, ela deve ter ido para outra cidade ou estado.

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Todo castigo pra corno é pouco!

Mark levando ao pé da letra, coitado do Marcel! Kkkkkkkkkkk

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A sacanagem vem quando a gente só vai saber da mãe do Marcel amanhã! Parabéns Mark, excelente capítulo!

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Eu, como fruto de um "genitor" (nem posso utilizar o sentido literal da palavra porque a criatura é menos que isso) entendo essa raiva do Marcel.

Infelizmente a chiquinha transou com ele, era uma possibilidade, não dá pra fingir que agora que ela está numa vida longe da prostituição, nos interiores de mato grosso, que tudo iria sumir.

O importante é isso, é saber que a chiquinha não fez por mal e Marcel assumiu ela sabendo de seu passado.

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Desculpa a comicidade num ponto tão sério... Mas... Essa entrada do padrinho... Não consigo não imaginar um dramalhão mexicano...🤣🤣🤣

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Consequências das escolhas. Se casar com puta tem esse problema. Foi o pai, mas poderia ter sido outra outra pessoa. É igual a.dono de comércio, de vez em quando vc encontra clientes na rua. Mas no caso dela nunca será confortável. No caso do protagonista, tem que ter maturidade suficiente para um dia encontrar com alguém e saber que ele foi cliente da esposa. Em fim... escolhas....

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Acho que o pior foi justamente ser o pai, causador de tanta dor na vida dele.

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Tudo é relativo. Vamos imaginar que uma mulher de 30 anos se apaixone perdidamente. O amor é correspondido e eles se casam. Vivem felizes eu uma pequena cidade onde nasceram e foram criados. Antes de se apaixonarem frequentaram o mesmo clube, se conheciam de vista mas nunca ficaram. Ambos tinham seus rolos, tudo sigiloso para não cair na boca do povo. Ela perdeu a virgindade com 15 anos e continuou a dar para o namoradinho até os 17. Com o fim do namoro conheceu outros homens, uma média de 4 por ano. Namoros rápidos ou sexo casual, sempre no sigilo. Quando se casou já tinha dado para uns 65 homens. Em uma cidade pequena é impossível ela passar um dia sem encontrar algum ex comedor.

Tal situação muda algo em seu amor e respeito por seu marido? Acredito que não. Eles apenas fazem parte do seu passado, ter tido prazer com outros não a torna impura para ter um relacionamento sólido com seu marido.

Alguns homens vão olhar para ela com o marido e pensar: "já comi"? Sim, com certeza. Muda alguma coisa? Acredito que não.

Homem que se sente diminuído pelo passado da companheira não ama verdadeiramente.

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Irmão....uma coisa é vc encontrar ex namorados e a outra é vc encontrar ex clientes da época que vc era puta.

Uma coisa é saber que sua noiva teve 65 namorados que ela se relacionou com 65 pessoas. A outra é saber que sua noiva recebeu para transfer com 65 pessoas. Uma coisa é uma pessoa falar que já namorou sua futura noiva a outra e uma pessoa falar para vc que já pagou para.comer aquela puta. São pesos bem diferentes.

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Eita porra, agora sim fui surpreendido, O Marcel realmente nunca tinha falado da família, achava que não era importante, que todo mundo já tinha morrido...

Mas agora a briga Manu/Mano deixou de ter relevância, pelo menos por agora, já que descobrimos que a mãe está viva e mais, que o padrinho sabia, mas escondeu.

Mas voltando a trama principal, eu sinceramente não vejo como a Emanuelle pode vencer essa disputa, já era, Chiquinha Wins kkkkkk

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Caralhooooooooo.....conto rápido kkkkk...mais tá showwwwww

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Caralho velho, Marcel realmente é e está fudido na vida, não bastava se envolver com duas putas , ainda tem um pai canalha e mal caráter q quase acabou matando sua mãe, e pra piorar um pouquinho mais o pai já passou a rola na sua atual puta de estimação, tem como piorar mais a vida desse coitado

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Pensei que a Manuela ao ir ao casamento seria uma encrenca para o Marcel pois ela tentaria estragar o relacionamento dos casal. E agora essa revelação que a mãe tá viva , é uma bomba 💣 a mais na vida o Marcel

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Bomba em cima de bomba!

Grande Mark, um capítulo mais surpreendente do que o outro!

Parabéns meu irmão!

👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👊🏼👊🏼👊🏼👊🏼👊🏼

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Consegui ser o primeiro a ler e comentar.

Mark como sempre fazendo reviravoltas nas suas estórias.

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