Gabriel ficou ali, imóvel no sofá, com a mente fervilhando e os dedos tremendo levemente enquanto deslizavam pelo mousepad do laptop. O blog sobre feminilização continuava aberto diante dele, com uma aba destacada que mencionava algo chamado "Sissyhipno". Ele havia passado por esse termo anteriormente, mas agora, tomado pela excitação e curiosidade, decidiu clicar. As palavras o envolveram imediatamente, descrevendo como as sessões de áudio de "Sissyhipno" eram usadas para aprofundar ainda mais a experiência de submissão e feminilização, levando os ouvintes a um estado de entrega completo. As instruções eram claras: o ideal era ouvir os áudios de fones de ouvido, em um ambiente tranquilo, de preferência usando uma peça íntima feminina e um tapa-olhos para garantir a imersão total. Gabriel hesitou, os olhos fixos na tela. Ele sabia que, ao clicar no primeiro vídeo, estaria abrindo uma nova porta — uma da qual talvez não pudesse voltar atrás facilmente. Mas a excitação latejava em seu corpo, a curiosidade misturada com o desejo o puxando para dentro dessa experiência. Com o coração acelerado, ele tomou uma decisão. Levantou-se do sofá e, quase como um autômato, caminhou de volta ao quarto. Abriu a gaveta onde havia guardado a calcinha que comprara, quase como uma brincadeira consigo mesmo, sem imaginar que realmente a usaria. Pegou a peça delicada, de tecido fino e macio, e, com um movimento rápido, vestiu-a. O tecido contra sua pele gerou uma onda imediata de prazer, e ele sentiu o corpo esquentar novamente.Procurou também um tapa-olhos na gaveta de cabeceira, algo que costumava usar para bloquear a luz durante noites insones, e o colocou com cuidado. Fechou a porta do quarto, certificando-se de que estava completamente sozinho. Os fones de ouvido estavam conectados ao laptop, e ele ajustou o volume antes de deitar-se na cama, já sentindo o frio das cobertas contra a pele exposta.Respirando fundo, ele deu play no primeiro vídeo.A voz no áudio era suave e sedutora, começando lentamente, quase como um sussurro que acariciava seus ouvidos. "Relaxe... Deixe-se levar... Você está seguro aqui. Não há julgamentos... Apenas sensações..." O tom da voz feminina parecia invadir seus pensamentos, dissolvendo qualquer resistência que ainda pudesse ter. Ela o guiava para um estado profundo de relaxamento, suas palavras se tornando cada vez mais envolventes, como se penetrassem diretamente em sua mente. O tempo começou a distorcer-se. A cada frase, Gabriel sentia que perdia mais o controle, seu corpo entregue às sugestões da voz. Ela falava sobre feminilidade, submissão, sobre se permitir explorar o prazer sem culpa, sem resistência. E quanto mais ele ouvia, mais sua mente parecia se distanciar da realidade, afundando em um estado de euforia e tranquilidade, completamente submisso ao comando da voz. Ela pedia que ele imaginasse a si mesmo de uma forma diferente, mais suave, mais delicada. "Sinta o tecido contra sua pele... Imagine-se linda... Submissa... Completa..." Gabriel não conseguia evitar; as imagens vinham à sua mente sem esforço, misturando-se às sensações que percorriam seu corpo. O som das palavras ecoava profundamente, e ele se sentia cada vez mais envolvido, quase hipnotizado.O tapa-olhos o mantinha completamente isolado do mundo ao seu redor. A única coisa que existia era a voz e as sensações que ela desencadeava em seu corpo. O tempo parecia flutuar, e ele não tinha mais controle sobre os próprios pensamentos ou reações. A excitação era avassaladora, e Gabriel se perdeu completamente na experiência. Quando a voz finalmente começou a enfraquecer e o áudio terminou, Gabriel estava suado, ofegante, seu corpo relaxado de uma maneira que ele nunca havia experimentado antes. Era como se todo o peso do mundo tivesse sido temporariamente removido, substituído por um estado de entrega absoluta. Ele tentou se mover, mas os membros estavam pesados, o corpo exausto e, ao mesmo tempo, estranho para si mesmo.Tirou o tapa-olhos com dificuldade, piscando lentamente enquanto seus olhos se ajustavam à luz suave que agora entrava pela janela. Seu coração pulou no peito quando percebeu que o quarto estava iluminado pela luz do sol. O que antes era noite escura, agora era manhã clara, e ele sequer lembrava de ter adormecido. Havia se perdido completamente nos áudios, nas sensações. A confusão e o choque o invadiram quando olhou para o relógio: já passava das 7 horas da manhã.Ele ficou ali, deitado na cama, a calcinha ainda presa ao corpo, o som dos últimos ecos do áudio reverberando em sua mente. Gabriel tentou recompor os pensamentos, mas tudo parecia um borrão de sensações e emoções conflitantes. O que ele havia feito? Como havia perdido tanto tempo? O quarto parecia diferente, como se o espaço físico houvesse mudado enquanto ele estava absorto naquele transe.O estômago revirou com uma mistura de culpa, excitação e uma estranha paz que o invadia lentamente. Mais uma vez, ele fechou os olhos, respirando fundo. Sabia que havia cruzado uma linha, e não tinha certeza se conseguia — ou se sequer queria — voltar atrás Gabriel ficou ali por mais alguns minutos, tentando reorganizar seus pensamentos. O relógio ao lado da cama agora marcava 7h30, e a sensação de atraso finalmente o arrancou do torpor. Levantou-se de forma lenta, o corpo ainda pesado, e começou a se despir da calcinha com certa hesitação. Dobrou a peça com cuidado, como se aquele gesto pudesse anular tudo o que tinha acabado de viver. Guardou-a na gaveta, junto com os fragmentos de suas emoções confusas, antes de ir para o banheiro.No chuveiro, a água fria ajudou a clarear sua mente. Ele precisava estar pronto para o trabalho em questão de minutos, mas os pensamentos continuavam a martelar em sua cabeça. A experiência da noite anterior, a entrega total ao que ouvira, e a forma como seu corpo havia reagido eram coisas que ele não sabia como processar. Mesmo assim, uma estranha calma o envolvia, como se tivesse desvendado uma parte de si que sempre esteve ali, mas que ele nunca ousara explorar.Vestiu-se apressado. Camisa social azul-clara, calça preta e sapatos de couro. O reflexo no espelho ainda parecia um pouco deslocado, mas ele sacudiu a cabeça, espantando a sensação. Pegou suas coisas e saiu de casa, o barulho do trânsito matinal e o vento frio de outono o lembrando de que precisava voltar à realidade.O caminho para o trabalho foi uma mescla de pensamentos dispersos e tentativas de se concentrar no dia à frente. Gabriel sabia que veria Jenifer assim que chegasse ao escritório. Ela, com sua presença marcante e jeito firme, sempre o fazia se sentir um tanto deslocado. Havia algo naquela mulher que o intrigava, talvez pela maneira como se vestia — com saias longas e blusas floridas que contrastavam com a modernidade ao redor — ou talvez pelo jeito como ela dominava qualquer espaço em que entrava, especialmente com uma xícara de café na mão.Ao chegar ao prédio, o cheiro familiar de café recém-coado já se espalhava pelo ambiente. Gabriel entrou no escritório e, como esperado, lá estava Jenifer, sentada em sua mesa com a caneca habitual. Ela ergueu o olhar quando ele passou pela porta.
— Bom dia, Gabriel — disse, com um sorriso suave nos lábios. — Café? Ele hesitou por um instante, ainda com a mente embotada pela manhã caótica, mas logo acenou com a cabeça.— Sim, por favor.Ela se levantou e caminhou até a pequena cozinha ao lado, o som de suas sapatilhas ecoando no piso de madeira. Gabriel não pôde deixar de observar sua figura. Mesmo com 30 anos a mais do que ele, Jenifer tinha uma presença forte, quase magnética, que ele nunca havia realmente entendido. Algo na maneira como ela se movia — de forma tranquila e confiante — contrastava com sua própria inquietação.
— Parece cansado hoje — comentou ela, enquanto preparava o café. — Noite difícil?
Gabriel balançou a cabeça, tentando parecer casual.
— Nada demais. Só... insônia.
— Insônia é perigosa — disse ela, enquanto lhe entregava a xícara. — Nos faz pensar demais, e às vezes nos perdemos nos próprios pensamentos.
As palavras dela o atingiram com uma precisão desconcertante. "Nos perdemos nos próprios pensamentos", ecoou em sua mente, lembrando-o da noite anterior e da maneira como ele havia se entregue completamente àquelas vozes hipnóticas. Ele sorriu de forma forçada e pegou a xícara, sentindo o calor do café atravessar sua pele.— Sim, acho que é isso. Jenifer sentou-se novamente à sua mesa, cruzando as pernas cobertas pela meia-calça e olhando-o com uma expressão levemente curiosa. — Tenho notado que você anda diferente ultimamente, Gabriel — disse ela, sem desviar os olhos. — Como se estivesse carregando um peso invisível.
Ele quase deixou a xícara cair. As palavras dela o acertaram de novo, agora com mais força. Será que ela sabia? Claro que não. Como poderia? Ele apenas se mexeu desconfortavelmente na cadeira, dando um gole no café para ganhar tempo antes de responder. — Acho que é só o estresse do trabalho. Nada muito sério.Jenifer inclinou a cabeça de leve, ainda o observando com aqueles olhos penetrantes, como se tentasse decifrá-lo. Mas, em vez de pressioná-lo mais, ela apenas sorriu de forma compreensiva.
— Cuidado para não se perder no caminho — disse ela suavemente, antes de se voltar para o computador. — Todos nós temos nossas batalhas internas, mas algumas são mais fáceis de enfrentar do que outras. Gabriel sentiu um calafrio percorrer sua espinha, uma mistura de alívio e desconforto. Jenifer parecia saber muito mais do que dizia, e suas palavras ecoavam em sua mente como se estivessem direcionadas para ele de forma muito pessoal. A manhã foi longa e exaustiva. Gabriel mal conseguia focar no trabalho, seus pensamentos oscilando entre o que acontecera na noite anterior e as enigmáticas palavras de Jenifer. A presença dela no escritório era constante, como uma sombra que ele não conseguia ignorar. O modo como ela o observava, como se soubesse mais do que ele estava disposto a revelar, o deixava ainda mais inquieto. Ele precisava se afastar por um tempo, clarear a mente. Quando o relógio finalmente marcou o fim do expediente, Gabriel guardou suas coisas e saiu rapidamente do escritório. Não queria prolongar qualquer interação, especialmente com Jenifer. Entretanto, ao chegar na entrada do prédio, ele a viu parada na calçada, abraçada a si mesma, olhando para o nada. Algo na postura dela o fez parar. Ela parecia diferente, vulnerável, como se estivesse carregando um fardo invisível. Ele hesitou por um momento, mas a curiosidade e o senso de preocupação o empurraram para a frente. Aproximou-se lentamente.— Jenifer? Está tudo bem? — perguntou ele, com uma voz mais suave do que o habitual.Ela ergueu o olhar, e Gabriel percebeu que seus olhos estavam vermelhos, como se ela tivesse chorado. A mulher sempre firme e controlada parecia desmoronar na sua frente. Ela forçou um sorriso, mas ele logo se desfez.
— Ah, Gabriel... Eu não queria que ninguém me visse assim — disse ela, suspirando. — Estou... passando por alguns problemas.
Gabriel franziu o cenho, sem saber o que dizer. Não estava acostumado a ver Jenifer assim. A mulher sempre lhe parecera inabalável, quase distante de qualquer fragilidade humana.
— O que aconteceu? — Ele se aproximou mais um pouco, sentindo a gravidade do momento. — Pode me contar, se quiser. Jenifer hesitou, claramente lutando para manter a compostura. Olhou para o chão por um instante, e depois para ele, seus olhos carregados de uma tristeza inesperada.
— Fui despejada. Meu contrato de aluguel não foi renovado, e eu... não tenho para onde ir agora. As coisas complicaram financeiramente, e com essa crise... — Ela parou, como se tentasse segurar as lágrimas. — Não tenho ninguém em quem possa confiar para me ajudar com isso no momento.
Gabriel sentiu uma pontada de empatia. A ideia de Jenifer, alguém tão independente e orgulhosa, estar sem um lugar para ficar parecia inconcebível. Mas ali estava ela, desolada e sem direção, em uma situação que ele jamais teria imaginado.— Jenifer... — Ele começou, tentando escolher bem as palavras. — Eu não sabia. Isso... isso é terrível. Ela apenas assentiu, parecendo cansada de lutar contra o que sentia. — Não quero incomodar ninguém com isso — disse ela, com um tom de voz mais baixo. — Vou tentar encontrar algum lugar, um hotel ou algo temporário, mas está difícil...Gabriel ficou em silêncio por um momento, ponderando. Ele não a conhecia profundamente, mas não conseguia ignorar o fato de que ela claramente precisava de ajuda. E, por acaso, ele tinha um lugar onde ela poderia ficar, pelo menos por um tempo.
— Você poderia ficar no quarto da minha avó — disse ele, as palavras saindo antes que ele pudesse pensar duas vezes. — Ela não mora mais lá, e o quarto está vazio. É uma casa antiga, mas confortável. Pode ficar o tempo que precisar. Jenifer o olhou surpresa, e ele percebeu que aquela era a última coisa que ela esperava ouvir. Gabriel, o rapaz reservado e inquieto do trabalho, oferecendo ajuda dessa forma? Ela piscou algumas vezes, absorvendo a oferta.— Não sei, Gabriel... Eu não quero ser um fardo. E você mal me conhece. — Não seria um fardo — respondeu ele, com sinceridade. — Sei que é uma situação difícil, e você não merece passar por isso sozinha. É o mínimo que posso fazer. Ela mordeu o lábio, ainda hesitante, mas havia algo na expressão de Gabriel que a fez reconsiderar. Talvez fosse o fato de que, por trás de toda a sua aparente timidez e distância, havia uma gentileza genuína. Finalmente, ela assentiu lentamente.
— Eu aceito — disse ela, a voz quase quebrada. — Mas só por um tempo, até eu conseguir me organizar.
Gabriel sorriu, sentindo um alívio inesperado ao vê-la aceitar sua oferta. Ele sabia que essa decisão iria complicar sua vida de alguma forma — afinal, agora teria que lidar com a presença constante de Jenifer em sua casa. Mas, ao mesmo tempo, sentia que aquilo era o certo a fazer.— Vamos, então — disse ele, fazendo um gesto para que ela o acompanhasse. — Não é longe daqui. Vou te mostrar o lugar. O caminho até a casa de Gabriel foi feito em silêncio, mas não era um silêncio desconfortável. Jenifer parecia mais tranquila, embora ainda um pouco distante. Gabriel, por sua vez, tentava não pensar demais em como aquela nova convivência poderia afetar sua rotina, especialmente com tudo o que vinha acontecendo na sua vida pessoal. A confusão interna que sentia, misturada com a responsabilidade de ajudar alguém em necessidade, criava uma tensão silenciosa dentro dele. Quando chegaram, Gabriel abriu a porta da casa de sua avó. O ambiente estava levemente empoeirado, mas o lugar ainda guardava o aconchego de um lar vivido. Ele levou Jenifer até o quarto no final do corredor, um espaço pequeno, mas acolhedor, com uma cama de casal e uma janela que dava para o jardim. — Aqui está — disse ele, tentando esconder o nervosismo. — Pode ficar o tempo que precisar. Eu normalmente fico no meu quarto, que é lá em cima, então terá bastante privacidade.
Jenifer olhou em volta, visivelmente emocionada. O alívio era palpável em seu rosto.— Obrigada, Gabriel. Você realmente não precisava fazer isso, mas eu sou muito grata. — Ela olhou para ele com um misto de gratidão e algo mais, um sentimento que ele não conseguia identificar completamente.
Gabriel sorriu de forma tímida. — Não se preocupe. Vamos lidar com isso juntos.
E assim, a vida de ambos deu uma nova guinada. Agora, com Jenifer debaixo do mesmo teto, Gabriel sabia que algo em sua rotina mudaria, e ele não tinha ideia de onde isso o levaria. Quando Gabriel chegou em casa, depois de mostrar o quarto para Jenifer, o cansaço físico parecia menor comparado ao turbilhão de emoções que o dominava. A ideia de ter Jenifer, uma mulher tão forte e cativante, debaixo do mesmo teto trazia uma tensão nova, algo que ele não sabia como administrar. Ela estava a poucos metros de distância, e o pensamento de tê-la ali, vulnerável e ao mesmo tempo tão atraente, mexia com ele de uma maneira que não esperava.Subiu as escadas lentamente e entrou em seu quarto, fechando a porta atrás de si. O silêncio do espaço o envolveu, mas sua mente estava longe de encontrar paz. O encontro com Jenifer, os lábios dela — aquela cor marrom suave ainda estampada em sua memória — e o perfume discreto que ela usava, tudo isso formava uma corrente de sensações que ele não conseguia afastar. Tentando se distrair, Gabriel sentou-se à frente do laptop. O mesmo impulso inquietante da noite anterior voltou, e ele começou a procurar novamente sobre feminilização. Era como se, em meio à confusão de sua vida, essa busca lhe oferecesse uma espécie de fuga, uma exploração secreta de desejos que ele mal compreendia.Dessa vez, encontrou um blog diferente, mais detalhado. Havia guias, explicações e, mais uma vez, sessões de hipnose voltadas para aqueles que queriam se aprofundar na feminilização. A tela piscava com promessas de entrega total, de transformação mental e emocional. Gabriel hesitou, a mão pairando sobre o mouse. Uma parte dele ainda resistia, lutando contra o que aquilo representava, contra o que ele poderia se tornar se seguisse por aquele caminho.Mas o desejo falava mais alto. Uma curiosidade avassaladora, misturada com o mesmo tesão que o fizera ceder na noite anterior, o empurrava para a frente. Ele sabia que não seria capaz de resistir por muito tempo.Respirando fundo, clicou no primeiro guia. O texto era claro: "Deixe suas inibições de lado. Não há medo aqui. Apenas uma jornada de autodescoberta." As instruções o guiavam a baixar um áudio específico, a primeira aula da série de feminilização. Gabriel hesitou mais uma vez. Ele sabia que, ao dar o próximo passo, cruzaria uma linha da qual seria difícil voltar. Por fim, sem conseguir mais conter o misto de excitação e medo, ele baixou o arquivo de áudio e colocou os fones de ouvido. Deitou-se na cama, ajustou o volume, e apertou play.A voz no áudio era suave, quase um sussurro, guiando-o de forma lenta e envolvente. "Relaxe... entregue-se... esta é sua primeira lição. Permita-se ser transformado." O tom delicado o fazia afundar no colchão, e suas defesas começaram a desmoronar. Cada palavra penetrava sua mente, instalando-se de forma profunda, e Gabriel sentia como se perdesse o controle sobre seu próprio corpo.
Com cada comando, ele mergulhava mais fundo, o medo dando lugar a uma estranha sensação de paz. Ele sabia que havia algo perigoso naquele caminho, mas, ao mesmo tempo, havia uma promessa tentadora de alívio e liberdade.E assim, Gabriel começou sua primeira aula, a mente oscilando entre o medo do desconhecido e a excitação de uma nova descoberta.Gabriel mal percebeu o tempo passar enquanto a voz hipnótica o envolvia cada vez mais. Ao final da primeira aula, a voz, agora com uma tonalidade ainda mais suave e sugestiva, introduziu uma nova instrução: "Agora, para o próximo passo em sua jornada, vá até o espelho, vista algo que te faça sentir mais conectado com sua nova feminilidade. Uma peça delicada, algo suave... uma calcinha. E então, volte para cá."Ele sentiu seu coração acelerar. A ideia parecia absurda, mas a voz... era irresistível. Como se as palavras sussurradas fossem cordas invisíveis, puxando-o para essa nova realidade, Gabriel, meio atordoado, levantou-se da cama. Ele sabia onde poderia encontrar o que a voz sugeria. Em algum lugar no fundo de sua mente, havia a noção de que aquilo era errado, que estava cruzando um limite. Mas, tomado pelo transe, essa parte racional foi abafada.Saindo de seu quarto em silêncio, Gabriel foi até o quarto de sua avó, onde Jenifer estava instalada. Ele escutou o barulho suave da água do chuveiro. Ela estava no banho. Aproveitando a oportunidade, abriu o armário com cuidado. Lá dentro, entre as roupas que Jenifer já havia guardado, ele encontrou o que procurava: uma calcinha marrom café, de tecido macio. Seus dedos tremiam levemente quando ele a pegou, mas a excitação crescia dentro dele de maneira que não conseguia mais controlar. Com a peça em mãos, Gabriel voltou ao seu quarto, fechando a porta atrás de si. O espelho o aguardava, como um observador silencioso. Ele hesitou por um momento, encarando o reflexo, seu peito subindo e descendo em respirações pesadas. Mas a voz ecoava em sua mente, suave e acolhedora. "Vista. Entregue-se." Obedecendo, ele vestiu a calcinha. O toque suave do tecido contra sua pele fez uma onda de calor percorrer seu corpo. A sensação de estar vestindo algo tão íntimo e feminino trouxe uma excitação que ele nunca havia experimentado antes. Tremendo de expectativa, Gabriel voltou para a cama e colocou os fones de ouvido novamente. Apertou o play no próximo áudio, e a voz voltou a envolvê-lo. "Agora, olhe-se no espelho... veja como você se sente. É natural. Seu corpo responde ao que sempre esteve dentro de você."
Com os olhos fixos no espelho, Gabriel começou a seguir as novas instruções. Suas mãos, quase automaticamente, subiram até seus mamilos, que estavam incrivelmente sensíveis. Ele começou a massageá-los levemente, a excitação crescendo a cada toque. Era como se aquele fosse o movimento mais natural do mundo, algo que seu corpo ansiava. Um suspiro de prazer escapou de seus lábios, e ele fechou os olhos, completamente perdido no transe. Ele não ouviu a porta se abrindo. Jenifer entrou no quarto sem fazer barulho, secando os cabelos com uma toalha. Quando ergueu o olhar, congelou. Diante dela, estava Gabriel, deitado na cama, usando sua calcinha, os fones de ouvido ainda presos, e as mãos vagarosamente tocando seus próprios mamilos. Ela ficou em choque por alguns instantes, incapaz de processar o que via. — Gabriel? — A voz dela quebrou o transe de forma abrupta.Ele abriu os olhos e, por um segundo, não entendeu o que estava acontecendo. Quando finalmente viu Jenifer de pé na porta, a realidade o atingiu como uma avalanche. O coração de Gabriel disparou, e uma onda de pânico tomou conta de seu corpo. Ele arrancou os fones de ouvido e tentou cobrir-se, mas era tarde demais. O olhar de Jenifer era impossível de decifrar. Surpresa? Raiva? Confusão? Gabriel não sabia o que esperar. O silêncio entre os dois parecia durar uma eternidade, o ar carregado de tensão.— O que você... está fazendo? — Ela perguntou, a voz baixa, mas firme, como se lutasse para manter o controle. Gabriel tentou falar, mas as palavras se perderam. Ele estava completamente exposto, tanto física quanto emocionalmente. Não havia desculpa que pudesse consertar aquele momento. A sensação de vergonha o envolveu como uma onda sufocante. Jenifer deu um passo à frente, os olhos
ainda fixos nele. Ela largoua toalha no
chão e cruzou os braços, esperando uma
resposta, qualquer explicação que fizesse
sentido.
Gabriel, ainda atordoado, tentou
desesperadamente encontrar uma
desculpa, algo que pudesse explicaro que
acabara de acontecer.
- E-eu... Eu só... – Ele gaguejava, a
vergonha corroendo cada parte de seu ser.
Essa calcinha.. é da minha avó! - As
palavras saíram de sua boca antes que ele
pudesse pensar melhor.
Jenifer ergueu uma sobrancelha, seus
olhos frios se estre itando em descrença.
Ela olhou para ele com um misto de
surpresa e ironia, cruzando os braços.
Da sua avó? - Ela repetiu, sarcástica. -
Você tem certeza disso, Gabriel? Porque
essa aqui – ela apontou para a calcinha
que ele usava-é minha.
O choque percorreu o corpo de Gabriel
como um raio. Ele abriu a boca, mas não
conseguiu responder. O silêncio entre os
dois se estendeu por alguns segundos,
enquanto a tensão no ar aumentava.
Jenifer deu um passo à frente, seu olhar
fixo nele, mais afiado agora. A expressão
dela mudou de uma leve curiosidade para
uma raiva crescente.
- Você acha que pode usar as minhas
roupas... - Ela começou, sua voz baixa e
carregada de desprezo. -E que isso vai
passar despercebido? Sem aviso, Jenifer
avançou sobre ele, o empurrando com
força.
Gabriel tropeçou e caiu de costas no chão,
atordoado pela força dela e pela surpresa.
Antes que pudesse se levantar, ele sentiu o
peso da presença dela acima de si. Jenifer
olhava para ele de cima, como uma
predadora, e foi então que ela notou algo
que a fez parar. 0 olhar dela desceu
lentamente pelo corpo dele até perceber o
volume evidente que se formava sob a
calcinha que ele vestia.
- Você está.. excitado? -A incredulidade
em sua voz foi seguida por uma risada
seca e cruel. - Isso aqui está te deixando
assim?- Ela apontou para ele, seu tom
carregado de desprezo.
Gabriel tentou cobrir-se com as mãos, o
rosto queimando de vergonha, mas era
impossível negar o que estava
acontecendo com seu corpo. Jenifer deu
um passo para trás, sua expressão se
tornando cada vez mais fria e calculada.
- Isso é... patético. – Ela cuspiu as
palavras, o encarando de cima a baixo. –
Levanta. Agora.
Ainda tremendo, Gabriel obedeceu. Jenifer
olhou para ele mais uma vez, seus olhos
brilhando com uma nova compreensão da
situação. Ela virou-se e, sem dizer mais
nada, saiu do quarto, deixando a porta
aberta. Gabriel ficou ali por um momento,
sem saber o que fazer, até que a voz dela
ecoou pela casa.
Estou te esperando na sala, Gabriel. Não
demore.
O coração dele disparou. Ele sabia que não
tinha como evitar o que viria a seguir. A
vergonha e a humilhação eram
esmagadoras, mas havia algo mais
profundo dentro dele, algo que o mantinha
movendo-se, mesmo contra o próprio
senso de dignidade. Ainda vestido apenas
com a calcinha, Gabriel caminhou pelo
corredor, sentindo o tecido apertado contra
seu corpo, uma lembrança constante da
situação em que estava.
Quando chegou à sala, o cenário que
encontrou o deixou ainda mais tenso.
Jenifer estava sentada na poltrona que
pertencera à sua avó, mas agora havia uma
aura diferente ao redor dela. Ela usava
apenas uma calcinha e seus seios estavam
expostos, o olhar fixo em Gabriel com uma
mistura de diversão e crueldade.
- Engatinha até mim. – A voz dela era
firme, autoritária.
Gabriel hesitou, o rosto corando de
vergonha, mas algo dentro dele o empurrou
a obedecer. Ele se ajoelhou e começoua
engatinhar em direção a ela, sentindo a
calcinha apertada e o chão frio contra seus
joelhos. A cada movimento, ele podia
sentir a ereção dolorosamente evidente,
uma confissão silenciosa de sua própria
excitação.
Quando finalmente chegou até Jenifer, ela
olhou para ele com um sorriso satisfeito.
E então, Gabriel disse ela, sua voz
suave, mas carregada de autoridade.
que é tudo isso? 0 que você estava
fazendo lá no quarto? - Ela se inclinou
ligeiramente, os olhos penetrando os dele.
- Explique. Gabriel abriu a boca, tentando encontrar as palavras certas, mas sua mente estava um caos de confusão e desejo. Tudo o queconseguia pensar era no quanto se sentia
vulnerável e, ao mesmo tempo, o quanto
aquilo mexia com ele de uma forma que
nunca havia sentido antes.- Eu.. eu não sei. - Ele finalmente conseguiu dizer. Algo... algo dentro de mim... me fez fazer isso.
Jenifer riu, um som suave, quase divertido.
- Ah, eu acho que você sabe muito bem o
que está acontecendo, Gabriel. - Ela se
levantou da poltrona, caminhando ao redor
dele como um gato que circunda sua
presa. - Você gosta disso, não gosta? De
se sentir assim... humilhado, impotente...
feminilizado. A cada palavra, Gabriel sentia o rubor em seu rosto aumentar. Ele queria negar, dizer que tudo aquilo era um erro, mas a
evidência de seu próprio corpo o traía.
Jenifer, percebendo o conflito interno dele,
se abaixou, segurando seu queixo com
firmeza. - Se é isso que você quer, então eu vou te dar. - Sua voz era baixa, mas carregada de determinação. – A partir de agora, você vai
ser o meu escravo. E eu vou transformá-lo
completamente. Você vai ser a minha
Sissy, Gabriel. E vai me recompensar por
toda essa sujeira que você começou.
As palavras dela soaram como uma
sentença, e Gabriel, embora
completamente tomado pela vergonha,
sentiu algo dentro de si se render. Ele nã
sabia o que o futuro reservava, mas,
naquele momento, ele percebeu que havia
cruzado um caminho sem volta.
Posso continuar a história de uma maneira que explore a dinâmica de poder e controle entre os personagens, mas mantendo o respeito e explorando esses temas com cuidado. Gabriel se levantou lentamente, o coração batendo forte enquanto seguia a ordem de Jenifer. Ainda com a calcinha apertada contra seu corpo, ele se sentia vulnerável, sem saber o que esperar. A presença de Jenifer parecia dominar o ambiente, e sua voz calma, mas firme, ecoava em sua mente.
— Vá para o quarto, Gabriel — ela disse, cruzando os braços, seu olhar implacável. — Vamos continuar lá.
Ele obedeceu, caminhando em direção ao quarto sem questionar, seus pensamentos confusos entre a vergonha e o desejo de entender o que estava acontecendo consigo. Ao entrar no quarto, o ambiente parecia diferente, como se o espaço tivesse se transformado em algo mais íntimo e ao mesmo tempo ameaçador.Jenifer entrou logo atrás dele, fechando a porta com um estalo suave. O silêncio era quase palpável.— Deite-se na cama — ordenou, aproximando-se com um olhar calculado. Gabriel, ainda sem forças para resistir, se deitou na cama, sentindo o colchão afundar sob o peso de suas emoções. Jenifer caminhou lentamente ao redor dele, seus olhos avaliando cada movimento. Ela estava claramente no controle da situação, e ele sabia que não havia como voltar atrás.
— Você acha que pode escapar do que está sentindo, Gabriel? — Ela murmurou, aproximando-se ainda mais. — Está preso entre o que quer e o que teme. Eu posso ver isso. Ela então se inclinou sobre ele, prendendo seus pulsos contra a cabeceira da cama, firmemente, mas sem machucar. Era um gesto carregado de significado. Gabriel sentiu o corpo todo se tensionar, a respiração acelerada. Jenifer o observava de perto, sua expressão misturando fascínio e diversão.
— Agora, você é meu — disse, sua voz baixa e cheia de autoridade. Ela começou a passar a mão levemente pelo peito de Gabriel, descendo lentamente até o tecido da calcinha que ele vestia. Seu toque era delicado, mas carregado de controle, fazendo com que Gabriel sentisse uma mistura de ansiedade e desejo. A excitação crescia dentro dele, mas ele sabia que Jenifer tinha o poder de interromper aquilo a qualquer momento. — Você quer mais, não é? — perguntou, com um sorriso malicioso. — Mas não é assim que vai funcionar. Você vai aprender que tudo aqui acontece sob as minhas condições, Gabriel.
Enquanto ela continuava a provocá-lo, Gabriel tentava controlar a respiração, o corpo pulsando com uma energia que ele não sabia como conter. Jenifer o segurava no limite, sempre parando antes de deixá-lo ir longe demais. Era um jogo para ela, uma maneira de reafirmar o controle absoluto. Ela riu suavemente, afastando-se um pouco e olhando para ele com um misto de desdém e satisfação. — Não espere que eu te dê o que você quer tão fácil. Isso não é sobre você, Gabriel. Isso é sobre o meu controle. — Com um último olhar firme, ela se afastou, deixando-o preso ali, sem a liberação que ele ansiava. Aquela noite marcaria o início de uma dinâmica que Gabriel ainda teria que entender, onde sua própria vontade seria constantemente desafiada e dominada pela presença forte e controladora de Jeniffer
Jenifer se aproximou de Gabriel, ainda deitado na cama, e colocou delicadamente uma venda sobre seus olhos. Ele sentiu a escuridão o envolver, seu coração batendo mais forte com a expectativa do que viria a seguir. Ela pegou os fones de ouvido que estavam no canto do quarto e, sem dizer uma palavra, colocou-os sobre suas orelhas, ajustando o volume.
A voz suave e hipnótica voltou, sussurrando instruções que faziam Gabriel afundar cada vez mais naquele estado de submissão. Sua mente, já confusa e vulnerável, se entregava com facilidade. Jenifer, com um sorriso no rosto, inclinou-se sobre ele e, com a voz firme, mas quase carinhosa, sussurrou em seu ouvido: — A partir de amanhã, você não será mais Gabriel. Seu nome será Sofie. E você será minha garotinha, entendeu?
Sofie apenas assentiu, perdido no transe, as palavras dela se misturando ao som hipnótico que o envolvia.