Danielle: Trans, Evangélica - Capítulo 20 - A peoa VIP

Um conto erótico de Rafaela Khalil
Categoria: Heterossexual
Contém 5374 palavras
Data: 11/10/2024 21:31:55

— Que bom encontrá-la aqui madame — Fausto falou com um ar de falsa surpresa — O que te trás por essas terras?

— Bom dia — Danielle olhou para ele, trajava jeans e camiseta, informal, e ela agradeceu por também estar informal — Tava passando e resolvi dar uma volta — Ela respondeu também brincalhona

Ele se aproximou e beijou o rosto dela se precipitando para pegar a mochila

— Deixa que eu carrego pra você — Lado a lado se dirigiram ao portão de saída

— Eu não achei que ia ser uma viagem, achei que a gente ia se encontrar e ir para algum lugar — Danielle mostrou sua surpresa logo antes de saírem do aeroporto

— É a mesma coisa, só que viagem é mais longe, você vai me acompanhar a noite — Ele se simplório

— A noite? — Ela disse preocupada — Tava achando que era algo agora pela manhã — Respondeu confusa

— Você pensa acha demais né? — Ele disse parando em frente a um carro grande e largo, apertou o botão da chave e ele acendeu as luzes abaixando a Janela

Danielle franziu o cenho

— Caramba, esse é um tanque de guerra — Falou admirada pelo carro gigantes na cor preta

— Ah, esse é — Fausto foi até a porta do passageiro e abriu para ela, indicando que ela entrasse, Danielle corou e entrou.

Ele fechou a porta e deu a volta, logo estava no volante, Danielle observava atenta o painel, o volante, o câmbio, tudo era diferente, muito tecnológico

Fausto parecia olhar confuso para painel

— Você dirigiu isso? — Danielle perguntou

— Você já? — Ele pareceu ríspido, ela não respondeu — Por que se já me ensina

Ambos riram alto dentro do carro

— Ah, aqui — Ele apertou o botão e o motor roncou, mais luzes se acenderam e em seguida se amenizaram

O carro deslizou pela pequena estrada de terra acidentada, mas estranhamente não sacudiu como deveria, Danielle até havia tencionado o corpo esperando

— Não balança — Felix disse surpreso

— Você roubou essa carro foi? — Danielle perguntou curiosa

— Não, é do meu pai, meu carro tá na manutenção, teve um problema — Ele respondeu — Mas quero um desse agora, bem legal! — Falou admirado — Você tem carro?

— Tenho sim — Danielle disse de bate e pronto

— Qual? — Ele perguntou prestando atenção na entrada da rodovia

— É pior que esse — Danielle disse fazendo mistério

— Noventa por cento dos carros do Brasil são inferiores a esse — Fausto disse arrancando risos de Danielle — Vai fala!

— Tenho uma Duster — Danielle disse pensativa, ela achava um carro lindo e incrível, mas perto daquele parecia um carro de quarenta anos de idade

— É legal, eu tive já — Ele disse animado — É grandona, largona

— Sim, eu amo, é confortável, me sinto poderosa — Ela disse pensativa e animada de certa forma

Ele olhou pra ela, Danielle viu o olhar dele percorrer o corpo dela rapidamente, como se a medisse

— O que foi? — Ela perguntou desconfiada — Algo errado? — Ela se olhou procurando algo

— Não, é que você é grandona, é do tipo poderosa, combina com você — Ele disse — Eu acho né

Ela se encolheu no banco envergonhada sem falar nada sobre esse assunto, não gostava de ser grande, saíram da rodovia e voltaram a entrar na cidade

— Onde você está me levando? — Ela resolveu mudar de assunto

— Vamos tomar café, já comeu? — Ele perguntou curioso

— Comi uma coisinha, mas comeria de verdade — Ela disse sem pensar muito, mas se arrependendo pois parecia uma grosseria, e sabia que os ricos, ao menos os de novela, sequer comiam muito.

— Otimo, da pra encher a pança antes de começar — Ele disse encostando o carro em frente a um lugar movimentado

Um homem se aproximou para estacionar o carro

Entraram, era uma padaria bonita, com bastante gente, mas não lotada, Danielle olhou o preço do café expresso na parede, custava pelo menos oito vezes mais que um café comum

— Ah, lugar chique — Danielle disse baixinho, era para si mesmo, mas escapou por seus lábios

— Sim, é bem chique, não que eu escolha, mas eu sou obrigado a vir para lugares assim — Ele disse entrando e cumprimentando o homem de terno na porta

Danielle ficou em silêncio, mas com aquilo na cabeça, havia uma farta mesa de pães, doces, condimentos, geleias, queijos e um sem número de iguarias que fizeram ela babar.

Descobriu rápido que era comida a vontade, mas não queria parecer esfomeada, mesmo por que ela não comia muito, gostava de ser regrada para manter seu peso sempre baixo, ou como ela mesmo dizia “Sempre abaixo do necessário, sempre acima da gostosura”

Sentaram-se à mesa com os pratos feitos, ela olhou para ele curiosa, Fausto abocanhou uma fatia enrolada de presunto italiano

— Por que é obrigado a vir em lugares assim? — Ela perguntou algo que estava ricocheteando na sua cabeça

Ele olhou para ela enquanto terminava de mastigar, com calma, com classe, engoliu, pegou o lenço de pano e limpou a boca

— Eu sou milionário, sou conhecido por aqui, preciso estar em lugares controlados para evitar perigo de sequestro, roubos e essas coisas — Disse de maneira tranquila

— Hmmm — Danielle murmurou — Esse é um lugar protegido? — Ela perguntou olhando em volta

— De certa forma sim, tem segurança, o pessoal é acostumado lidar, olha em volta — Danielle olhou para as pessoas, de maneira discreta, as mulheres bem vestidas e lindas, os homens mais variados, novos, velhos, mas todos bem vestidos usando acessórios caros — Aqui é tudo filho de fazendeiro, todos bem cheios da grana, acho que eu sou o mais coitadinho aqui

Danielle sorriu da piada, sabia que ele tinha uma fortuna de milhões e milhões

— E se quiserem te sequestrar no carro? — Danielle perguntou enquanto mastigava um pãozinho

— Por isso que dois carros estavam seguindo a gente, com seguranças — Fausto falou sério

— Tinha gente seguindo a gente? — Ela perguntou admirada

— Tem o tempo todo, quando a gente foi no restaurante lá São Paulo também tinha, você que não viu, eles me falaram que você me levou pra dentro sozinha e não aceitou ajuda, eu não vi nada por que eu tava louco já, mas obrigado

Ela torceu a boca

— O que foi? — Ele perguntou vendo a careta dela

— Podia me avisar que a gente tava sendo vigiado — Ela disse desconfiada

— Se eu aviso você ia ficar igual tá agora, incomodada — Ele disse

— É — Ela disse sensata — Mas eu ia saber

— Relaxa, é assim, pra nossa segurança, você vai esquecer deles.

Ela voltou a comer, ficaram em silêncio por alguns minutos

— Onde a gente vai? — Ela perguntou curiosa — O que vamos fazer até a hora da festa?

— Ah, isso eu não vou te falar, mas tenho certeza que você vai adorar — Fausto falou sorridente tentando manter a expectativa alta — É uma surpresa boa!

Ela fitou o sorriso misterioso dele e resolveu não insistir, mas ficou pensativa “O que seria uma surpresa boa? Teria uma surpresa ruim depois?”

Conversaram sobre trivialidades, empresa, ideias, sonhos, filmes, religião, aquele tipo de conversa que voa longe sem atrito, papo gostoso, quem via de longe achava que era um casal de namorados apaixonados

Quando voltaram para o carro Danielle olhou pelo retrovisor e viu um carro seguindo eles

— São eles lá trás? — Ela perguntou curiosa

— Sim, são dois — Ele disse fazendo o motor roncar — O outro a gente não vê, ele anda mais longe, as vezes na frente

Andaram por quase dez minutos na estrada até um galpão na beira, com diversos tratores na frente, uma loja

O coração de Danielle bateu forte, ela sabia que o pai de Fausto tinha uma loja de tratores, e resolveu se conter.

O Carro parou e ela saltou olhando a enorme escavadeira amarela, reluzia ao sol, limpa, parecia que havia acabado de ser feita

— Por quê tratores? — Fausto perguntou curioso — Tava pensando sobre isso

— Por que não? — Ela disse sem pensar muito

— Digo, gosto de carros, mas você parece tem uma fixação por isso, até seu histórico de buscas na empresa é cheio disso

Ela olhou para ele de forma brusca

— Você vê meu histórico? — Parecia assustada

Ele riu

— Não, ninguém vê, mas pela sua cara eu acertei né? — Ele respondeu debochado

Ela sorriu e passou a mão no pneu do trator admirada, disfarçando o embaraço

— Filho — Ouviu a voz grave, um homem grisalho se aproximava deles

Fausto abraçou o homem de forma calorosa

O homem olhou para Danielle

— Ah, essa é bonitona hein, mais que as outras namoradas — Ele falou se aproximando de Danielle para cumprimentá-la — Sou o Fausto pai

— Oi, Danielle — Ela respondeu envergonhada falando o próprio nome

— Não é minha namorada pai, ela é uma amiga — Ele se defendeu

— Ah Faustinho, olha pra esse menina, até parece que você não quer namorar ela — Eu quero!

— Pai! — Ele o repreendeu

O Homem velho deu uma risada debochada, Danielle também sorriu pelo envergonhamento, mas estava corada

— Seu negócio tá lá trás — Deu uma caixa para o filho

Danielle viu dois carros entrarem no estacionamento da empresa, homens saíram, uns entraram no escritório, outros ficaram de longe conversando

— Obrigado — Ele respondeu distraído enquanto o velho entrava em uma Pickup e saia

— Sim, são os seguranças — Fausto respondeu ao ver o olhar curioso de Danielle para os homens.

Ela se virou para ele

— Faustinho né? — Danielle disse sorridente e um pouco debochada

— Nem começa! — Ele virou os olhos e foi em direção à loja, ela foi atrás

— É bonitinho! — Ela falou indo atrás dele enquanto ele acelerava o passo — Corre não!

Passaram por diversos tratores expostos, verdes, vermelhos, amarelos Danielle estava maravilhada, Faustinho abriu a porta dos fundos eles saíram

— Meu Deus — Danielle viu um trator, verde, grande, uma retroescavadeira — Que coisa mais linda

Ela estava parada em um chão de concreto, a frente havia montes de terra remexido, pedras, buracos, obstáculos, parecia uma pista de testes.

Ele deu uma chave na mão dela

— Pronto, dirige! — Ele falou animado

— Eu não sei dirigir isso! — Ela falou assustada

— Tudo bem, eu sei, te ensino! — Ele falou sorridente

Fazia muito tempo que Danielle não ganhava um presente bom, algo que ela gostasse, algo que a fizesse feliz, mas aquele momento era algo totalmente inesperado, ela não havia sequer cogitado aquela experiência sem planejamento, deu um sorriso e pulou em cima de Faustinho dando um beijo na bochecha

— Obrigada! — Ela falou agarrada a ele apertando-o

Ele respondeu com dificuldade

— Se matar o instrutor não tem aula — A resposta saia com ar de dificuldade

Ela o soltou, mas não sem reparar em algo, ele tinha algo no bolso, algo duro, grande, pesado, por um segundo ela pensou que fosse excitação dele

— Vamos — Ele chamou indo em direção à máquina e puxando-a pela mão, ela correu junto com ele

De certa forma foi difícil subir, sua calça estava justa demais para levantar a perna daquele jeito, ele abriu a porta da cabine, o ar gelado saiu de dentro, ele sentou-se e mostrou como ligava, como manipulava, foi a vez de Danielle, ela se sentou, Faustinho na porta, em pé olhando.

Ela apertou o pedal, puxou a alavanca e a máquina deu um pulo tão grande que o rapaz desequilibrou e quase caiu, mas foi segurado por ela

— Fausto do céu, cuidado! — Ela falou assustada — Isso é muito perigoso, meu Deus!

— Um pouco, acho que para quem nunca dirigiu um trator isso é mesmo estranho — Ele disse preocupado olhando em volta na cabine — Faz assim — Olhou para ela, para o banco — Será que cabe nós dois?

— Eu acho que não — Ela disse tentando se espremer

— Bem, se você não se importar, tem um jeito — Ele disse ressabiado — Mas não se preocupe, é só para eu te mostrar como faz, aí você faz

— Como? — Ela perguntou curiosa?

— Deixa eu sentar no banco, vem aqui — Ela se levantou e ele deslizou por trás dela sentando-se no banco, puxou-a pela cintura — Se apoia aqui

A princípio ela não entendeu, mas ele a puxou para trás e ela sentou na perna dele, olharam-se por alguns segundos, Danielle estava envergonhada, confusa, não sentia nada por ele, mas aquele homem bonito tocando-a, fazendo-a sentar na sua perna, tratando-a como uma princesa era algo que começava a mexer com ela.

— Tudo bem? — Ele perguntou mostrando a palma das mãos — Eu te mostro aqui, aí você pega a manha e faz sozinha

— Tá, tá bom, tudo bem! — Ela respondeu se posicionando quase de costas para ele.

Com delicadeza ele a ensinou, demorou um pouco, mas ela aparentemente pegou a manha, o trator deu vários pulos e ele estava ali para segurar e nada sair do controle.

— Acho que já entendi — Danielle disse animada — Acho que consigo!

— Então deixa eu sair — Ele falou precipitando-se para levantar

— Mas eu acho que se ela pular eu não consigo segurar — Ela disse preocupada

Ele pensou por alguns segundos, ela tocou a coxa dele

— Abre mais aqui e se endireita no banco — Ele obedeceu, abriu as pernas e sentou-se ereto, Danielle sentou-se na ponta do banco no meio das pernas abertas dele — Acho que assim não tem perigo, certo?

— É, não tem — Ele respondeu trêmulo e ressabiado

Então Danielle deu início, ligou e saiu devagar, com a pá fez buracos, fechou-os, levantou pedras, demoliu uma pequena grade por mais de duas horas eles se divertiram como se fossem crianças, estavam ali a horas

— Faustinho — Ela perguntou parecendo focada na montanha de terra que acabara de desfazer

— O que? — Ele perguntou curioso e atento

— Os seguranças ficam vendo a gente em todo lugar? — Ela perguntou

— Não, normalmente quando estou dirigindo, aí ficam na frente de casa e tal, mas não ficam me vigiando, só a movimentação que eu faço quando saio de um lugar pro outro, por que?

Ela não respondeu imediatamente, brincou um pouco mais e tirou as mãos dos controles

— Acho que tá bom! — Danielle falou desligando a máquina — Isso foi incrível de verdade!

— Que bom que gostou, você nunca tinha pilotado nada? Por que pegou o jeito super rápido — Faustinho disse animado

Ela riu

— Uma vez eu pilotei um caminhão, mas eu era muito criança, foi junto com o motorista — Ela falou pensativa, mas sabia que não deveria entrar naquele assunto, mudou rapidamente o rumo — Com você aí pra me dar segurança é fácil né — Ela falou olhando em volta, estavam a sós — Você dá aula pros peões assim também?

Ele riu

— Não, só pras “peoas” VIPs — Ele falou sorridente

Ela se precipitou, ergueu o corpo, Faustinho viu o bumbum na frente de seu rosto, mas logo ela se sentou, mas agora na perna dele

— Aaaiiiii — Ela reclamou — Deu cãibra na batata da minha perna — Aaaaiiii

— Vixe, espera um pouco que passa — Ele falou segurando-a com cuidado, massageando a batata da perna dela

Alguns segundos Danielle segurando a perna com o músculo saltando e ela fazendo caretas, até que passou, ela fez cara de aliviada

— Vem cá — Ela falava de maneira distraída parecendo não causal

— O que? — Ele perguntou olhando para a perna dela, massageando devagar

— Tá bom o cheiro? — Ela perguntou parecendo distante enquanto ele a examinava cuidadosamente a batata de sua perna

— Que cheiro? — Ele perguntou falsamente confuso

— Do meu cabelo que você tava cheirando o tempo todo — Ela falou e olhou para ele com um sorriso desafiador

Ele desviou o olhar envergonhado, ela continuou

— É assim com as “peoas” VIPs é? — A pergunta era carregada de sarcasmo

— Não, é brincadeira, eu não faço isso com ninguém — Ele disse se defendendo

— Hmmm — Ela murmurou — Acho que tem outra coisa também

— Que coisa? — Ele perguntou assustado

— Eu não sou besta Fausto, senti você atrás de mim — Ela disse

Ele desviou o olhar de novo, ela pareceu chateada

— É isso? Não vai me olhar e me encarar, vai ficar nessa de fingir que eu não sei o que eu to fazendo aqui? — Ela foi direto ao ponto

Ele olhou para ela, Danielle viu o olhar dele ir do olho para a boca dela e voltar para o olho dezena de vezes em um segundo, ela levantou o braço e passou por cima do ombro dele se inclinando

Em poucos segundos, por iniciativa dela, as línguas se tocavam acariciando-se de forma doce num beijo molhado, quente, ela sentiu o corpo tremer, arrepiar, quando ela abriu os olhos ele ainda estava de olhos fechados, ela viu o pescoço dele arrepiado

Ele abriu os olhos e sorriu para ela

— Eu queria fazer isso faz tempo já — Ele disse — E sim, o cheiro é ótimo

Ela mostrou a língua pra ele e dando uma piscadinha parecendo sensual e moleca ao mesmo tempo, recomeçaram o beijo, dessa vez por iniciativa dele, agora mais quente, ela sentiu a mão dele tocando o joelho, dela, depois a coxa, levemente tocou o meio das pernas de Danielle e subiu

Esse gesto fez ela suspirar de tesão, amava quando os homens não iam direto no seu genital intruso, a mão gelada dele tocou a barriga dela, ela riu

— O que foi? — Ele perguntou assustado

— Tá gelada a sua mão! — Ela falou sorridente, pegou a mão dele e colocou no próprio rosto, inclinou a cabeça e prendeu entre o rosto e o ombro — Tem que esquentar mais, você tá nervoso?

Ele não respondeu, respirava com dificuldade

Se olharam e logo estavam aos beijos novamente, ele tocou a barriga dela com a mão gelada mesmo, a mão subiu pelo abdômen e tocou o sutiã de Danielle, empurrou para erguê-lo, mas ela impediu, beijou o pescoço dele e deslizou a mão por entre as pernas, sentiu o volume, parecia o pano da calça, parecia que havia algo a mais, ela apertou, procurou a forma roliça e longilínea do pênis, mas não conseguiu, parecia mais uma bola, um pacote, algo artificial.

Abriu os olhos desconfiada e afastou o rosto

— O que é isso Fausto? — Perguntou acariciando o pau dele

— O que você acha? — Ele perguntou envergonhado se defendendo

— Não, não é seu pau, tem alguma coisa aí — Ela falou direta — O que é? Uma meia? — Ela perguntou desconfiada

— Não! — Ele se defendeu — Não tem nada aqui, só eu.

— Amore, calma, eu não to te julgando, tá tudo bem, eu também tenho problema com meu corpo, relaxa tá, se tem alguém que você pode falar sobre essas coisas é comigo — Ela sorriu e deu um beijo nos lábios dele

— Eu tenho um problema, mas não é o que você pensa — Ele disse

— Acho fascinante como você é um imã para as mulheres, charmoso e tudo o mais e tem essa insegurança latente, o que tem de errado? — Ela perguntou curiosa

Danielle pensou por alguns segundos

— Você é um Homem Trans e isso é uma prótese? — Ela perguntou tentando adivinhar o que estava acontecendo — Por que se for, tudo bem, só me falar, eu sou uma mulher trans e falei desde o início, seja honesto comigo

— O que? — Ele perguntou sem entender — Não é prótese, eu não sou trans!

— É deformado? — Ela insistiu

— Não — Ele disse — Eu acho que não

Ela não falou mais, se adiantou e abriu o cinto dele

— O que você tá fazendo? — Ele perguntou preocupado tentando impedir

— Para Fausto, eu quero ver! — Ela falou — Eu juro que não vou rir

— Não tenho essa preocupação! — Ele disse parecendo chateado

— Deixa eu só olhar vai, por favor, fiquei curiosa — Ela falou pra ele, Fausto estava pensativo

Danielle se aproximou e beijou-o de novo, mas dessa vez com a mão no pau dele, sentiu pulsar.

— Pulsada forte — Ela falou entre os beijos

Tentou abrir o zíper, mas não conseguiu, Fausto mesmo se mexeu e abriu, ela parou de beijar e observou, ele enfiou a mão dentro da calça e pareceu ter dificuldade, Danielle não sabia se era vergonha ou era dificuldade de manipular o próprio pênis

Ela olhou em volta preocupada

— Não tem câmera aqui não né? — Falou curiosa

— Não — Ele respondeu receoso — Acho que não

Danielle colocou as duas mãos na boca quando viu

— Jesus Cristo de Nazaré! — Ela disse assustada enquanto observava

O pênis de Fausto estava no estado conhecido como “meia bomba”, estava repousado na sua coxa, era quase do comprimento da própria coxa

Danielle aproximou a mão e tocou com a ponta do dedo, em seguida tentou segurar, ele pulsou e aumentou de tamanho, ela tirou a mão assusta e riu

— Meu Deus Fausto, o que é isso? — Falou rindo de nervoso

— Não ria, por favor, você não! — Ele disse

Ela cobriu a boca com as mãos

— Desculpa! — Ela falou tentando se conter, não achava engraçado, mas estava assustada de verdade

Ouviram um barulho e se ajeitaram rapidamente, ele se guardou e ela se levantou saindo da cabine se arrumando, completamente envergonhada

— Cheguei bem na hora, que coisa! — O pai de Fausto estava esperando — Gostou de dirigir o trator menina?

— Adorei Sr Fausto — Ela disse tentando descer enquanto era ajudada pelo Fausto Pai — Grande, dura, poderosa amei — Por um segundo ela pensou se estava falando sobre o trator ou sobre a imensa rola de Faustinho.

Faustinho demorou mais um pouco para sair do trator, saiu envergonhado, fingiu que foi manobrá-lo para um lugar melhor

— Filho, vamos fechar já, leva a Namorada pra comer lá em casa

— Comer? — Danielle perguntou envergonhada enquanto olhava para Faustinho

Mas foi o pai que respondeu

— É, minha mulher fez uma costela, gosta de costela? — Ele perguntou

— Ah! — Ela entendeu, havia pensando bobagem — Gosto sim!

— Então tá, Faustino, leva a menina lá pra casa daqui pra almoçar e apresentar pra sua mãe — O Fausto pai disse

— A gente não namora pai — Faustinho se defendeu desconcertado

— É por que você é bobo, olha o avião aí do seu lado seu tonto — Fausto pai falou risonho — Fala pra ele menina, que ele é bobo de deixar você ir embora, até de trator ela gosta!

Danielle riu desconcertada, mas não respondeu

Saíram dali e foram para o carro de Faustinho, entraram em silêncio

Andaram por quase cinco minutos sem falar nada

— Desculpe, eu me excedi — Faustinho disse preocupado

— Quanto? — Ela perguntou ignorando o que ele dizia

— Quanto o que? — Ele perguntou confuso

— Qual o tamanho dessa coisa? — Ela perguntou séria — Desculpe, disso… do seu pênis — Ela se corrigiu

— Vinte e quatro centímetros — Ele respondeu

Ela sentiu um pequeno ataque de ansiedade Danielle olhou pela janela, pensativa, distante

Ela havia visto rapidamente, era gigantesco, a circunferência era maior que o pulso dela, a cabeça do tamanho do punho fechado de Danielle, ela ficou pensativa, curiosa, seria aquele o maior pau do mundo?

— Chegamos! — Ele disse parando o carro

Ela olhou em volta, a viagem havia passado e ela não tinha percebido

— Eu fiquei distante, desculpe — Ela disse preocupada

— Olha, a gente vai entrar, a minha família é bem animada, e eu não trago muitas garotas, então eles são bem empolgados com isso — Faustinho disse

— Eu percebi — Danielle sorriu — Mas por que não trás muitas garotas

— Acho que você entende que eu atraio mulheres, mas não é qualquer uma que… — Ele não completou

Danielle imaginou que seria devido ao pênis, apenas fez que sim com a cabeça e completou

— Acho que entendo — Falou pensativa — Depois a gente fala disso

— Bem, isso pode ser desagradável, eu não queria que fosse assim, se você quiser ir embora agora tudo bem, se quiser entrar, comer e depois ir, tudo bem também

— Filhoooo — Ouviu-se uma voz feminina de fora do carro

Uma mulher bonita e alta veio em direção a eles, não parecia uma senhora, parecia uma mulher rica.

Faustinho saiu do carro e Danielle o acompanhou, ela o abraçou com força e olhou para Danielle

— Essa é sua amiga? — Ela disse

— É — Faustinho respondeu seco

Ela se aproximou de Danielle e deu um abraço

— Meu nome é Roxane, prazer — Falou animada soltando Danielle

— Sou a Danielle, Roxane, que nome mais lindo! — Danielle disse sendo sincera — Nunca tinha conhecido alguém com esse nome

Roxane olhou para Faustinho

— Gostei dessa — Falou sorrindo — Venham, venham, tá pronto já

Danielle começou a reparar na casa, grande rústica, típica de fazenda, mas ainda dentro da cidade, em um condomínio fechado

A sala era ampla, a mesa estava posta, sentaram-se e começaram a conversar

— Você é de onde Dani? — Roxane perguntou — Posso te chamar assim?

— Pode sim Dona Roxane, eu sou de São Paulo — Danielle respondeu

— Mas de que lugar? da capital? — Roxane perguntou curiosa

— Sim, sou da Capital — Danielle afirmou

— E como conheceu meu garoto? — Roxane perguntou curiosa

— Mãe, para, sem interrogatório, ela é uma amiga… — Faustinho ia falar mas Roxane esticou a mão para ele pedindo silêncio, ele parou de falar

Esticou a mão para Danielle

— Você dizia? — O Sorriso dela parecia tranquilo, mas um pouco assustador

— Eu trabalho no Call Center que o filho da senhoria dirige — Danielle disse

— Ah, são colegas de trabalho então? — Ela disse animada — Eu conheci o pai dele quando foi vender um trator pro meu pai

Danielle e Roxane riram

— Sério? Foi um bom trator? — Danielle perguntou curiosa

— O melhor! — Roxane disse com uma cara engraçada arrancando risos de Danielle — Usamos muito aquele trator — A expressão era claramente de insinuação sexual — Danielle gargalhou

Faustinho queria entrar embaixo da mesa

— Cheguei — Fausto, o pai de Faustinho apareceu

Sentaram-se à mesa farta, uma moça servia a mesa para eles, Danielle agradeceu o suco de uva

— Antes vamos fazer uma oração — Roxane disse — Você é religiosa Danielle?

— Sim, sou — Danielle disse envergonhada

— Puxa pra gente o agradecimento? — Fausto disse

Danielle fechou os olhos e juntou as mãos em oração

— Jesus, abençoe essa mesa farta e nos dê o seu amor para que possamos dividir com outras pessoas que não tem a oportunidade de comer todos os dias, somos agradecidos pela sua graça e por sua generosidade, juramos não desperdiçar alimento e não negar ajuda ao próximo quando ele precisar de apoio, que esse alimento para a carne seja também alimento para a nossa alma, obrigada.

— Amém! — Todos da mesa responderam ao mesmo tempo

— Que coisa mais linda! — Roxane disse — Você é católica?

— Obrigada, não sou, eu sou evangélica — Danielle disse

— Evangélica? De calça? — Roxane perguntou curiosa

— É, tem mais algumas coisas que não batem com a figura de uma evangélica padrão — Danielle olhou para Faustinho e ele sorriu

— Moderna, gostei — Roxane disse começando a comer — A gente tem mesmo que mostrar que a gente faz nossas próprias regras, se deixar o homem coloca até preço na gente, eu que sei! — Falou apontando pro marido, ele apenas revirou os olhos

Conversaram brevemente enquanto comiam até o fim da refeição

— Rox — Fausto chamou — Precisamos ir ver aquele imovel hoje sem falta

— Ah sim, terminando aqui a gente já vai, pode ser? — Ela disse sensata

Ele concordou

Danielle pediu licença e foi ao banheiro

Olhou no espelho, estava bonita, cabelo arrumado, roupas decentes, ficou contente de encontrar pessoas religiosas também, mesmo de outra denominação eles também eram cristãos e isso a fazia se sentir bem.

O banheiro era longe e ela se perdeu em olhares nas paredes, quando se aproximou da sala de jantar ouviu vozes, quase um cochicho

— Você toma cuidado Faustinho, essa menina parece ser de família, fica esperto — A voz de Roxane era baixa

— Mãe, ela é só minha amiga — Faustinho disse

— Deixa de ser bobo, casa com essa menina, olha que jóia — Roxane disse para Faustinho — Bonita, alta, fala bem, que besteira de amiga nada!

Danielle viu um movimento, era a moça que servia as mesas, estava olhando para Danielle que arregalou os olhos ao vê-la,

Danielle não havia prestado atenção nela, era morena, bonita, seios grandes, cintura fina e com um quadril largo, olhos amendoados e expressivos e cabelos ondulados bem cuidados que quase não podiam ser vistos na sombra da parede.

A moça ergueu o dedo pedindo silêncio e depois disse num tom de voz alto

— É por aqui Danielle — Falou como se guiasse — É que é grande mesmo, você se perde — E riu brevemente

Danielle entendeu a deixa, sorriu

— Ah, obrigada — Entrou na sala de jantar olhando em volta — Nossa, essa casa é gigante né?

Todos a olhavam tranquilos, quando ela se sentou.

Em minutos, Fausto pai e Roxane, a mãe de Faustinho pediram licença e saíram, Danielle ficou conversando com Faustinho alguns minutos e bocejou

— Estava boa a comida? — Faustinho perguntou curioso

— Estava maravilhosa, acho que até comi demais — Danielle disse — Deu até um soninho

— Tem rede se você quiser dormir — Ele disse solícito

— Rede é? Legal — Ela disse pensativa

— Sim, tem algumas

— Onde tem? — Ela perguntou

— Na varanda — Ele respondeu assertivo

— Ah, não tem cama não? — Ela perguntou olhando diretamente pra ele, nem ela mesmo sabia o que aquilo significava, se ela mesmo queria ter aquele tipo de intimidade, mesmo após o beijo

— Tem sim, tem vários quartos, quer uma cama? — Ele respondeu

Ela riu

— Ai Faustinho — Ela debochou — Como você dirige uma empresa desse tamanho sendo tão tonto?

Ele não entendeu

Ela respirou fundo

— Onde é a sua cama? — Ela perguntou sendo direta

— No meu quarto, no fundo do corredor — Ele disse apontando sem entender

O olhar dela era sensual, olhos levemente caídos eu um sorriso sedutor, ele olhou para ela e entendeu

— Ah! — Respondeu quando a ficha caiu — Levantou-se — É…. — Gaguejou e se mexeu, derrubou a taça de suco nas pernas de Danielle

Ela se levantou assustada com o líquido gelado nas pernas e as mãos levantadas

— Desculpa! — Ele disse — Eu não, eu não! — Tentou pegar algo para secá-la — Foi mal

Ela manteve a calma

— Seu quarto tem banheiro né? — Falou dando a mão para ele a conduzir e colocando sua bolsinha no ombro e pegando um lenço grande pano para se limpar

— Tem — ele pegou na mão dela

Assim ele fez, caminharam pelo corredor e pararam na frente de porta, entraram no quarto e Danielle fechou a porta, pressionou ele contra a parede

— Sua mão tá gelada e você tá tremendo — Ela falou — Diz pra mim que você não é virgem vai — Ela falou pensativa

— Não, não sou virgem, mas eu não tenho oportunidade de mulheres como você — Ele disse quase num sussurro

— Mulher trans? — Ela perguntou — Eu sou tipo um fetiche?

— Não, não — Ele se corrigiu — Eu disse, de verdade, que eu não tenho que pagar

— Mas você me paga — Ela disse erguendo uma sobrancelha

— Não pra isso né! — Ele disse

Ela olhou para ele por uns segundos

— Aaaahhhh — Ela disse se afastando — Prostitutas

Ele abaixou a cabeça envergonhado

— Sim — Respondeu

— Você só transa com prostitutas? — Ela perguntou

— Não por escolha minha — Ele disse — É que eu não

Danielle cobriu a boca dele

— Eu entendi, não precisa se explicar pra mim — Ela disse direta, soltou a mão devagar

Ele coçou a cabeça parecendo frustrado

— Caramba agora eu pareço um fracassado pra você né? — Ele perguntou esperando a resposta dela

Danielle mordeu o lábio, para ele a resposta foi óbvia, mas ela estava distante, não respondeu

— Eu preciso limpar isso — Falou olhando para as pernas encharcadas de suco

— O Banheiro é ali — ele disse — Vou te esperar lá fora

Ela deu as costas

— Me espera aqui, não quero ficar caçando a saída quando voltar, essa casa é muito grande

Ele concordou

Ela entrou no banheiro, também era grande, branco, bonito, tirou a calça, estava encharcada, suas pernas vermelhas devido à coloração natural, a calça estava manchada, ela abriu o chuveiro tentando lavar, deu certo o líquido vermelho escorria, esfregou com sabonete, mas ficou toda molhada, colocou no box.

Olhou-se no espelho de corpo todo

Tirou a camiseta com poucas gotas de suco e depois o sutiã

Usava um shortinho preto bem justo para manter suas coisas no lugar, era algo que ela chamava de “Minha proteção”, por baixo uma calcinha rendada

Tirou tudo, ficou nua e entrou no chuveiro, para se lavar, foi rápido, se secou e se olhou no espelho, estava pensativa, já havia feito muitas coisas com homens, mas aquilo era diferente, algo muito fora do normal, Faustinho também não era qualquer pessoa, era o chefe dos seus chefes e aquilo poderia dar errado de forma catastrófica, seu celular vibrou, ela o pegou

“Chamada não atendida de Fábio”

Olhou brevemente, haviam algumas mensagens dele

Enrolou a toalha no corpo e saiu do banheiro

Faustinho estava sentado na cama, balançando a perna

— Fausto — Ela falou saindo e chamando a atenção dele

Ele a viu e ficou paralisado.

💖💖💖💖💖💖💖💖💖💖💖💖

Olá,

Eu não desisti de vocês, não desistam de mim.

Está gostando? Senta o dedinho nessa estrela aí amore vai, dá uma moralzinha pra sua escritora, deixa seu comentário também, me manda uma mensagem no rafaelakhalil81@gmail.com ou me siga no http://apoia.se/rafaelakhalil para conteúdo totalmente exclusivo e inédito

Um beijo e não deixem de escrever! 🐧

Rafa

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 0 estrelas.
Incentive Rafaela Khalil a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.
Foto de perfil de Rafaela KhalilRafaela KhalilContos: 114Seguidores: 242Seguindo: 1Mensagem Autora Brasileira, escritora de livros de romances eróticos para quem não tem frescura

Comentários