Sofie, como agora se chamava, ainda estava se acostumando com a nova vida imposta por Jeniffer. A cada dia, parecia que as fronteiras entre o que era Gabriel e o que era Sofie se diluíam um pouco mais. As roupas femininas que antes causavam desconforto já não eram tão estranhas, e o espelho, que no início refletia alguém que Gabriel não reconhecia, agora começava a mostrar uma versão mais familiar de Sofia. Mas o próximo golpe de Jeniffer seria mais profundo. Numa manhã, Sofie acordou, ainda com o gosto amargo da submissão nos lábios. O quarto estava imerso em silêncio, exceto pelo leve som das cortinas que balançavam com o vento que entrava pela janela aberta. Sofia sentou-se na cama, esfregando os olhos, sentindo a suavidade do pijama de seda rosa contra a pele, algo que já não parecia tão alienígena quanto antes. Levantou-se lentamente, com a intenção de ir até o armário e vestir-se. Talvez encontrasse algo neutro, uma camisa larga ou uma calça que a fizesse sentir um pouco mais como Gabriel, mesmo que apenas por um instante. Contudo, ao abrir as portas do guarda-roupa, deparou-se com um vazio assustador.
Todas as suas roupas haviam sumido.
— Jeniffer! — gritou Sofie, sentindo uma onda de pânico e raiva percorrer seu corpo. Desceu rapidamente as escadas, os pés descalços fazendo barulho nos degraus de madeira. Encontrou Jeniffer na cozinha, calmamente tomando café, como se nada tivesse acontecido. — Onde estão minhas roupas? — Sofie exigiu, a voz entrecortada pela emoção.
Jeniffer levantou os olhos da xícara, um sorriso enigmático curvando seus lábios.
— Não há mais roupas suas, Gabriel... digo, Sofie. — Ela se corrigiu, provocando.
— O que você fez com elas?
Jeniffer deu de ombros, como se estivesse discutindo algo trivial. — Simplesmente desapareceram. Não se preocupe, querida. Eu cuidei de tudo. A partir de agora, você só usará o que combina com Sofia. E isso não inclui roupas de homem. — Ela se levantou, aproximando-se lentamente, seus olhos frios fixos nos de Sofia. — Mas... isso é absurdo! — Sofie sentia o pânico apertar seu peito. — Não posso usar só isso... não sou... — Você é exatamente o que eu quero que seja — interrompeu Jeniffer, sua voz baixa, mas carregada de autoridade. — E Sofie só usará calcinhas. Eu já separei algumas para você.
Sofie sentiu um calafrio percorrer sua espinha ao perceber o que aquilo significava. Jeniffer a conduziu de volta ao quarto, abrindo uma gaveta que agora estava cheia de calcinhas de diversos estilos e cores. Rendas, seda, algodão — uma variedade que jamais havia imaginado usar. — A partir de hoje, isso é tudo o que você vai vestir. Calcinhas. Nada mais. — Jeniffer disse, com uma frieza que fez Sofie se encolher. — Vai se sentir mais livre, mais você mesma. Acredite, é para o seu próprio bem. Sofie encarou a gaveta, a mente girando em uma mistura de raiva, vergonha e confusão. Sentia-se encurralada, sem saída. Jeniffer parecia ter total controle sobre sua vida agora, moldando sua identidade, apagando qualquer vestígio de Gabriel.
Com os olhos fixos nas calcinhas, Sofie sabia que a luta estava apenas começando, mas agora, ela tinha que escolher entre resistir ou se submeter ainda mais a essa nova realidade. A sensação de impotência era esmagadora, e Sofie percebeu que cada escolha que fazia a levava mais para longe de quem costumava ser. Mas o que mais poderia fazer? Jeniffer, satisfeita com o silêncio conformado de Sofie, deu um último aviso antes de sair do quarto: — Vou esperar você descer em cinco minutos. E quero ver você usando a primeira peça que escolher. Não me faça subir aqui para conferir. A porta se fechou com um leve clique, deixando Sofie sozinha no quarto, diante da gaveta que agora simbolizava sua nova realidade. Sofie, ainda desnorteada pela ausência de suas roupas antigas e pelas calcinhas que agora representavam tudo o que restava de sua identidade física, respirou fundo. O ar no quarto parecia pesado, como se o próprio ambiente estivesse pressionando-a a ceder mais um pouco. Pegou a primeira peça de roupa que encontrou na gaveta — uma calcinha delicada, feita de renda branca — e vestiu-se lentamente, sentindo a suavidade do tecido contra sua pele. A sensação misturava-se com a crescente ansiedade que pulsava dentro dela. Com passos hesitantes, desceu as escadas, cada degrau ecoando a tensão que envolvia sua nova realidade. Quando finalmente chegou à cozinha, avistou Jeniffer, relaxada, sentada à mesa. O aroma do café fresco pairava no ar, criando um contraste cruel com a cena à sua frente.
Sobre a mesa, ao lado da xícara de café de Jeniffer, havia algo que imediatamente fez o coração de Sofie acelerar: um dispositivo de castidade, metálico, reluzente e pequeno. A mera visão daquela peça fez seu estômago revirar, e ela soube, sem que precisasse perguntar, que aquilo também fazia parte do plano de Jeniffer para transformá-la completamente. Jeniffer ergueu os olhos, percebendo o olhar de Sofie fixo no objeto.
— Bom dia, Sofie. — A voz dela estava carregada de uma calma perigosa. — Vejo que você finalmente desceu. — Ela deu uma pausa, observando a forma como Sofie se comportava, ainda dividida entre o pânico e a submissão. Sofie tentou desviar os olhos do dispositivo, mas a sensação de estar presa àquele destino iminente a impediu de relaxar. Sentiu a garganta seca, e sua voz quase não saiu quando tentou falar.— O que é isso...? — perguntou, mesmo já sabendo a resposta.
Jeniffer sorriu de lado, levantando-se com uma leveza quase predatória. Pegou a pequena gaiola de castidade, girando-a entre os dedos com facilidade, como se estivesse apenas mostrando um brinquedo inofensivo.
— Isso? — Ela fingiu surpresa. — Isso será uma peça muito importante para você, Sofie. Vai ajudar você a se livrar de vez do que restou de Gabriel. Sofie sentiu uma onda de pavor atravessá-la, mas antes que pudesse protestar, Jeniffer fez um gesto em direção à cafeteira. — Mas antes disso, vamos relaxar um pouco. Por que não se senta? Vou te ensinar a tomar café do jeito certo. — O tom de Jeniffer era doce, quase carinhoso, mas Sofie sabia que por trás dessa suavidade havia sempre uma intenção oculta.
Ela hesitou por um momento, mas sentiu que não tinha escolha. Sentou-se lentamente à mesa, tentando evitar olhar para o dispositivo de castidade que ainda repousava ali, como uma lembrança constante do que viria a seguir. Jeniffer serviu uma xícara de café para Sofie, colocando-a à sua frente. O líquido escuro e quente liberava um aroma convidativo, mas havia algo de inquietante naquela bebida simples, uma tensão invisível que Sofie não conseguia identificar.
— Vou te ensinar algo simples, Sofie. — Jeniffer sentou-se novamente, observando-a com atenção. — Tomar café é uma arte, e agora você vai aprender como uma verdadeira dama. Nada de engolir rápido ou agir com pressa. Quero que você saboreie cada gole, com calma, sentindo o gosto. Cada movimento seu deve ser delicado, suave... feminino. Sofie pegou a xícara com mãos trêmulas, sentindo o olhar fixo de Jeniffer sobre ela. Seguiu as instruções, levando a xícara aos lábios com cuidado, sentindo o calor do líquido se espalhar por sua boca. O gosto era forte, mas agradável, embora algo no sabor parecesse... diferente. Houve um instante de hesitação, como se Sofie sentisse que algo estava errado, mas Jeniffer a incentivou com um sorriso. — Isso, muito bem. — Ela elogiou. — Agora, respire fundo e tome outro gole. Devagar. Sofie obedeceu, sem perceber que aquele simples café carregava mais do que o amargo habitual. O que ela não sabia é que, misturado ao líquido, havia doses de hormônios femininos e bloqueadores de testosterona, componentes que gradualmente acelerariam sua transformação, sem que percebesse.
— Vai ver como esse hábito vai te fazer bem. Com o tempo, você vai se sentir mais relaxada, mais... em sintonia com sua verdadeira essência. — A voz de Jeniffer era um sussurro hipnótico, enquanto Sofie tomava mais um gole, sentindo-se estranhamente mais tranquila a cada passo. Conforme os minutos passavam e a xícara se esvaziava, Sofie começou a se sentir mais leve, quase entorpecida. A ansiedade que havia sentido ao descer as escadas começou a se dissipar, substituída por uma calma que não era familiar, mas também não era desagradável. Ela olhou para Jeniffer, sem entender completamente o que estava acontecendo, mas incapaz de resistir. — Viu como é simples? — Jeniffer disse, satisfeita. — Agora, termine seu café e descanse. Temos muito o que fazer ainda hoje, Sofie. Sua transformação está longe de acabar, e eu vou garantir que seja perfeita. Sofie, sem saber que o café que tomava estava alterando lentamente seu corpo e sua mente, terminou a xícara, cada gole a levando mais fundo na armadilha que Jeniffer havia cuidadosamente planejado.
Sofie permaneceu sentada à mesa, o corpo relaxado pelo café que Jeniffer preparara, mas a mente fervilhava de medo e incerteza. O dispositivo de castidade, metálico e imponente, ainda estava sobre a mesa, seu brilho reluzente sob a luz suave da manhã. Jeniffer havia escolhido aquele momento para colocar em prática a fase final de sua dominação, e Sofie sabia que aquilo representava muito mais do que um simples objeto. Era um símbolo de controle, de poder absoluto, que ela agora teria que carregar no corpo. Jeniffer, em pé ao lado de Sofie, observava sua submissão crescer. A proximidade dela era esmagadora, e o ar ao redor parecia mais denso. Pegando o dispositivo com mãos firmes, ela olhou profundamente nos olhos de Sofie.
— Este é o último passo, Sofie — disse Jeniffer, com uma doçura assustadora em sua voz. — A partir de agora, você será completa. Livre de qualquer vestígio de Gabriel.
Sofie engoliu em seco, o coração disparado. Olhou para o objeto de metal frio, e o pânico a tomou. Sabia o que aquilo significava, mas a humilhação de resistir era tão grande quanto a de ceder. Estava presa, sem saída.
Jeniffer aproximou-se mais, seus dedos habilidosos e seguros ao manusear o dispositivo de castidade. Ela abaixou-se suavemente, com a presença autoritária de quem tinha o controle absoluto da situação.
— Levante-se e fique de pé — ordenou Jeniffer, em um tom suave, mas sem margem para desobediência.Tremendo, Sofie obedeceu. Sentia-se como uma marionete, cada comando sendo seguido sem resistência. Jeniffer ajoelhou-se diante dela e começou a ajustar o cinto de castidade ao redor de suas coxas e cintura. O toque do metal frio contra a pele de Sofie foi um choque; um lembrete físico da prisão em que estava entrando, lentamente e sem retorno.Quando Jeniffer terminou de prender o dispositivo, levantou-se e ficou frente a frente com Sofie. O cinto apertava o corpo dela com firmeza, moldando-se à sua pele e criando uma pressão desconfortável. Sofie tentou mexer-se, ajustar-se ao peso estranho, mas a sensação era inevitável: o dispositivo estava lá para impor limites que ela jamais poderia ultrapassar.Jeniffer, sorrindo, colocou a pequena chave prateada na fechadura do dispositivo e girou lentamente. O som do clique ecoou como o estalo final da liberdade que Sofie tinha. Agora, ela estava completamente sob o controle de Jeniffer. Para sempre.— Agora, Sofie — disse Jeniffer, com uma voz doce e afiada —, você pertence a mim. E esse cinto é a prova disso. Não há mais espaço para Gabriel aqui. Apenas para quem você está se tornando.
Enquanto falava, Jeniffer ergueu a chave e a pendurou em um delicado colar de prata que usava no pescoço. A chave balançou suavemente contra o colo dela, como um troféu, um lembrete constante de quem tinha o controle absoluto.
Sofie sentiu uma pontada de vergonha e frustração. A chave estava ali, visível, mas completamente fora de alcance. Cada movimento de Jeniffer servia para lembrá-la de que qualquer esperança de recuperar o controle de seu próprio corpo era inútil. Jeniffer segurava a chave, e com ela, segurava o destino de Sofie.
— Esta chave fica comigo — disse Jeniffer, com um sorriso de satisfação. — Apenas eu tenho o poder de te libertar. E isso vai acontecer apenas quando eu decidir.
Sofie sentiu o cinto de castidade apertar sua pele ainda mais conforme tentava ajustar-se à nova realidade. O metal parecia pesado, mas era a pressão interna que mais a perturbava. Qualquer tentativa de ereção era imediatamente sufocada pelo aperto implacável do dispositivo. Sofie sentia as tentativas fracas de seu corpo responder, mas cada pequeno sinal de excitação era negado, esmagado pelo cinto, criando uma mistura de dor e impotência. A frustração crescia dentro dela, mas também havia algo mais. A humilhação de estar completamente à mercê de Jeniffer, a sensação de estar presa dentro de si mesma, era intensa. O aperto físico do cinto refletia o controle psicológico que Jeniffer tinha estabelecido sobre ela. Não havia mais espaço para Gabriel, apenas para Sofie — uma identidade que Jeniffer estava moldando dia após dia, sem deixar escolha.
— Como você se sente? — perguntou Jeniffer, com um sorriso enigmático. Ela sabia a resposta, mas queria ouvir de Sofie.
— Aperta... dói... — murmurou Sofie, sua voz fraca. — Isso é bom. — Jeniffer respondeu, passando os dedos pelo colar onde a chave brilhava. — Esse aperto te mantém no lugar, te lembra de quem você é agora. Você não precisa mais se preocupar com tentações ou distrações. Apenas em se tornar a mulher que sempre esteve destinada a ser. Sofie sentiu o calor da vergonha subir pelo rosto, mas não disse nada. Sabia que qualquer palavra seria inútil diante de Jeniffer. O cinto apertava mais a cada pequena movimentação, uma prisão constante. A cada tentativa de uma ereção, o cinto impunha a negação, e isso criava uma angústia silenciosa que pulsava dentro dela, uma sensação de que seu corpo já não lhe pertencia. Jeniffer se afastou, observando Sofie enquanto ela se movia desajeitadamente, tentando se ajustar ao dispositivo. Era uma visão de puro controle. Jeniffer sorriu, satisfeita, enquanto alisava o colar com a chave.— A chave fica comigo, sempre. E você... vai aprender a lidar com isso. A cada dia, ficará mais fácil. A cada dia, você se tornará mais minha e menos sua.
Sofie, sentindo o cinto apertado, sabia que Jeniffer tinha razão. A cada dia, ela perderia um pouco mais de Gabriel, até que não restasse nada. E enquanto a chave permanecesse no pescoço de Jeniffer, Sofie estaria para sempre presa à vontade dela.
O relógio na parede da cozinha marcava o início de um novo dia, mas para Sofie, cada momento parecia um passo mais profundo em direção à submissão total. Depois do ritual do café e do dispositivo de castidade, Jeniffer se preparava para sair, como se fosse apenas mais um dia normal de trabalho. Entretanto, nada mais era normal para Sofie. Com o cinto de castidade firmemente preso ao corpo e apenas uma calcinha de renda por baixo da roupa, Sofie sentia cada movimento como uma tortura silenciosa.
A pressão constante do metal contra sua pele a fazia lembrar, a cada passo, do controle implacável de Jeniffer. O cinto impedia qualquer resposta física natural, sufocando qualquer sinal de excitação. Sofie sentia um calor estranho se espalhando pelo corpo, não apenas pelo desconforto físico, mas pela vergonha de estar vivendo essa nova realidade — vestida como Jeniffer desejava, amarrada ao seu destino.
Cada vez que suas coxas se moviam, o tecido delicado da calcinha roçava a pele sensível, uma lembrança constante de sua nova identidade forçada. O cinto, por outro lado, apertava como uma prisão, firme e inescapável. A tentativa de qualquer ereção era imediatamente negada, sufocada pelo metal apertado. Sofie se mexia inquieta, tentando se adaptar ao aperto, mas não havia alívio. No carro, enquanto Jeniffer dirigia para o escritório, Sofie se mantinha em silêncio. Olhava pela janela, tentando não pensar no desconforto, mas era impossível ignorar o que estava acontecendo dentro de si. A cada solavanco do carro, o cinto apertava ainda mais, uma pressão que se acumulava na base do ventre, tornando cada minuto uma mistura de frustração e constrangimento.— Como está se sentindo, Sofie? — Jeniffer perguntou, sem tirar os olhos da estrada. O tom dela era casual, mas carregado de uma malícia subjacente.Sofie hesitou antes de responder. O calor subia pelo rosto, uma combinação de vergonha e desconforto.
— Eu... estou bem — mentiu, tentando esconder a agonia silenciosa que sentia.
Jeniffer deu um pequeno sorriso, como se soubesse exatamente o que Sofie estava passando. Ela tocou suavemente o colar com a chave do cinto de castidade, como se quisesse lembrar a Sofie, sem palavras, quem estava no controle.
Ao chegarem ao escritório, o dia parecia se arrastar. Sofie sentia o cinto apertando a cada movimento, a calcinha roçando a pele de maneira perturbadora, como se a roupa íntima fosse um lembrete físico de sua submissão. Trabalhar tornou-se um desafio. A concentração era difícil quando seu corpo estava em uma constante batalha contra o desconforto e a frustração sexual. Os movimentos que antes eram automáticos — sentar-se, levantar-se, andar — agora pareciam carregados de peso. A cada gesto, o cinto fazia questão de lembrá-la de sua nova condição, de que ela não tinha mais controle sobre seu próprio corpo. Ao meio-dia, o escritório começou a se esvaziar. Sofie estava aliviada, pensando que finalmente teria algum tempo para si, longe do olhar controlado de Jeniffer. Mas então, a voz inconfundível dela ecoou pelo corredor. — Sofie, venha comigo — Jeniffer chamou da porta da sala de Gabriel, onde Sofie agora trabalhava. Hesitante, Sofie levantou-se. Ao chegar à porta, Jeniffer a conduziu com um gesto suave, mas firme. As duas desceram até o estacionamento subterrâneo, onde o carro de Jeniffer estava estacionado, esperando como uma armadilha silenciosa. — Vamos almoçar juntas, querida — disse Jeniffer com um sorriso enigmático.
Quando entraram no carro, Jeniffer pediu para Sofie sentar no banco do passageiro. A atmosfera havia mudado, tornando-se mais tensa, e Sofie sentia uma onda de nervosismo crescer dentro dela. Sem aviso, Jeniffer tirou um par de algemas de dentro da bolsa e, com movimentos rápidos e precisos, prendeu os pulsos de Sofie atrás das costas. O clique metálico das algemas soou alto no espaço apertado do carro.
— O que está fazendo? — Sofie perguntou, a voz carregada de surpresa e medo.
— Relaxa, Sofie. Isso faz parte do nosso almoço especial — disse Jeniffer, mantendo o tom calmo, mas com uma frieza que fez o coração de Sofie disparar.
Antes que ela pudesse protestar, Jeniffer pegou uma venda e a colocou nos olhos de Sofie, apagando toda a luz ao redor. Sofie agora estava completamente vulnerável, cega e algemada, sem saber o que viria a seguir. Sentiu o peso do cinto de castidade apertar ainda mais, o metal pressionando contra a pele de forma quase sufocante.
Foi então que um som começou a sair dos fones de ouvido que Jeniffer havia colocado em seus ouvidos. Sons suaves, sensuais, de gemidos e sussurros começaram a ecoar em sua mente. Sofie imediatamente sentiu seu corpo reagir, uma tentativa fraca de ereção que foi implacavelmente esmagada pelo cinto. A dor veio em ondas, misturada com uma frustração crescente. A cada tentativa de excitação, o cinto apertava mais, negando qualquer prazer e substituindo-o por dor.
O som nos fones parecia aumentar a cada segundo, os gemidos e respirações se intensificando, provocando seu corpo a responder de forma natural, mas sendo sempre contida pela barreira cruel do cinto de castidade. Sofie se contorcia no assento, tentando encontrar uma posição que aliviasse a dor crescente, mas não havia escapatória.
Enquanto isso, Jeniffer preparava o almoço. Pegou uma caixa com comida e começou a alimentar Sofie, empurrando a comida em sua boca com força e insistência. Sofie, ainda cega e consumida pela mistura de dor e excitação, foi forçada a engolir cada pedaço, sem chance de recusar. Jeniffer enfiava uma garfada atrás da outra, não deixando espaço para resistência.
- Você precisa comer bem, querida — dizia Jeniffer, enquanto forçava mais comida em sua boca. — Afinal, não quero que você desmaie de fome.
Sofie se sentia sufocada. A comida enchia sua boca rapidamente demais, enquanto o som nos fones continuava a provocá-la. A dor no ventre tornava tudo ainda mais insuportável. A cada garfada, seu estômago se enchia mais e mais, enquanto seu corpo lutava contra a excitação e a dor ao mesmo tempo.
O almoço forçado continuava, interminável, assim como os sons nos fones de ouvido. Sofie estava em um estado de caos interno, onde prazer e dor se misturavam, onde o desconforto físico e a humilhação mental se tornavam um só. E tudo isso sob o olhar atento de Jeniffer, que controlava cada detalhe, cada sensação, cada respiração.
O cinto de castidade mantinha Sofie presa, impotente, enquanto Jeniffer ditava as regras desse novo jogo de poder, saboreando cada momento da submissão completa que havia imposto. Após o almoço, Gabriel - agora Sofie- foi deixada sozinha no carro por alguns
minutos, enquanto tentava recuperar o
fôlego. O estômago estava dolorosamente
cheio, e a cabeça ainda girava por causa
dos sons e sensações que Jeniffer havia
infligido durante a refeição. As algemas e a
venda já tinham sido retiradas, mas o peso
do cinto de castidade ainda estava lá,
inescapável, como uma prisāo que agora
parecia parte de seu próprio corpo.
Quando finalmente voltaram ao escritório,
Sofie mal conseguiu manter o foco em
Suas tarefas. Cada movimento era um
lembrete constante do dispositivo
apertado ao redor de seu corpo. A pressão
do cinto de castidade, a sensação do
tecido delicado da calcinha roçando sua
pele e a lembrança dos gemidos que ainda
A cada instante, sua mente vagava para os
atos e momentos de coito que não
conseguia realizar. As imagens, OS Sonse
as sensações que Jeniffer havia plantado
com os áudios, misturados à frustração
constante de não poder se aliviar, se
tornavam obsessivos. Sofie passava os
dedos pelos papéis na mesa, mas os
númerose palavras impressas eram
apenas borrões em sua mente. Não
importava quantas vezes tentasse se
concentrar, sua mente sempre retornava à
mesma urgência: a necessidade
desesperada de se livrar da pressão
insuportável do cinto, de sentir algum tipo
de liberação. O relógio na parede parecia avançar lentamente, com cada segundo
estendendo o tormento de Sofie. O
desconforto físico se somava ao mental. A
cada pequeno movimento, o cinto
apertava, lembrando-a de que qualquer
esperança de excitação era uma ilusão,
imediatamente sufocada pela barreira
impenetrável. O corpo tentava reagir, mas o
metal frio e rígido esmagava qualquer possibilidade de alívio
Olhares furtivos aos colegas no escritório
faziam Sofie se sentir ainda mais isolada.
Ninguém ali sabia o que ela estava
passando. Enquanto os outros trabalhavam
com suas rotinas comuns, Sofie estava
presa em um pesadelo de desejo e
frustração, presa dentro de um corpo que
não Ihe pertencia mais.
Tentava continuar com as tarefas simples,
mas a cada segundo, sentia-se mais
incapaz. O calor subia por seu corpo,
enquanto seu cérebro se enchia de
imagens provocadas pelos áudios. Os
gemidos sensuais e os sussurros que
Jeniffer havia programado em sua mente
eram como fantasmas, sempre à espreita,
surgindo nos momentos mais inoportunos.
Sofie mnordia o lábio, lutando contra a
pressão crescente, contra a frustração que
pulsava dentro de si.
A dor da negação – a excitação frustrada
pelo cinto de castidade era quase
insuportável. A cada pequeno estímulo, o
corpo tentava responder, mas o dispositivo
impedia qualquer tipo de liberação,
substituindo o prazer por uma dor lenta e
persistente. O desejo de se aliviar, de sentir
algum tipo de escape, crescia a cada
minuto, mas o cinto continuava a esmagar
qualquer esperança. Sofie mal percebeu o passar das horas. Tudo o que restava em sua mente era o desejo incessante de se libertar, a urgência de sentir algo além do desconforto
esmagador do cinto. Cada minuto sem
alívio parecia esticar o tempo,
transformando o resto do dia em uma
tortura silenciosa.
Finalmente, o expediente chegou ao fim.
Quando Jeniffer apareceu na porta da sala,
sorrindo casualmente, Sofie sentiu uma
mistura de alívio e pavor. Alívio porque o
dia de trabalho havia acabado, e pavor
porque o que viria a seguir era, certamente,
mais uma etapa na tortura que Jeniffer
- Vamos para casa, Sofie - disse Jeniffer,
com aquele tom calmo que agora
carregava uma ameaça implícita.
Sofie obedeceu em silêncio, sentindo o
cinto de castidade apertar cada vez mais
enquanto se levantava da cadeira.0 corpo
estava pesado, o desconforto quase
insuportável, mas a única coisa que podia
fazer era seguir Jeniffer até o carro.
No caminho até o estacionamento, Sofie
lutava para caminhar normalmente. A cada
passo, o cinto parecia afundar-se mais na
pele, cada movimento uma lembrança do
Controle absoluto de Jeniffer. Entrou no
carro em silêncio, enquanto Jeniffer
ocupava o assento do motorista.
Quando as portas se fecharam e o silêncio
dominou o interior do veículo, Sofie sentiu
uma onda de desespero crescer dentro de
si. O cinto de castidade apertava como se
estivesse prendendo cada respiração, e o
desejo reprimido pulsava com uma
intensidade dolorosa. A viagem para casa
seria mais um teste de resistência, mais
um momento em que teria que lutar contra
o próprio corpo, sem alívio, sem esperança
de escape. Jeniffer olhou para Sofie de canto de olho e sorriu levemente, como se soubesse exatamente o que estava passando pela
mente dela. - Foi um dia longo, não foi? - Jeniffer perguntou, com um tom de falsa simpatia.
Sofie apenas assentiu, sem forças para
responder. Tudo o que podia pensar era no
cinto apertado ao redor de seu corpo, na
dor da negação e no desejo desesperado
que a Consumia.
O motor do carro roncou ao ser ligado, e
assim que Jeniffer acelerou para fora do
estacionamento, Sofie sabia que aquela
jornada de volta para casa seria tudo,
menos tranquila.
Sofie, já sufocada pelo desconforto do cinto de castidade, deixou a raiva falar.
— Não gosto que me chame de Sofie em público. Eu sou Gabriel! — disse, com a voz trêmula.Jeniffer, com um sorriso frio, parou o carro bruscamente em um estacionamento vazio. Sem dizer uma palavra, ela pegou as algemas e a venda, prendendo os braços de Sofie para trás e cobrindo seus olhos com rapidez. A tensão no ar aumentou.
— Você ainda não aprendeu, Sofie — sussurrou Jeniffer, enquanto apertava o cinto de castidade. O metal apertou de forma implacável, intensificando a dor. — Agora, isso será permanente. Você nunca mais se esquecerá de quem é.
Sofie tentou se mover, mas o aperto era esmagador, deixando claro que qualquer tentativa de resistência estava fora de questão.
— Quem é você? — Jeniffer exigiu.
— Sofie... eu sou Sofie — sussurrou, derrotada, enquanto o cinto permanecia cruelmente apertado, uma lembrança constante de sua submissão.
O silêncio no carro era sufocante. Sofie, com os braços algemados atrás das costas e os olhos vendados, mal conseguia se mexer. O cinto de castidade estava agora ainda mais apertado, uma prisão permanente que parecia esmagar qualquer tentativa de resistência. Sentia a pele arder onde o metal pressionava, e a humilhação de estar ali, com as calças abaixadas, tornava tudo ainda mais insuportável.
Jeniffer, ainda no volante, observava Sofie com um sorriso de satisfação. A punição havia sido eficaz, e agora ela avançava para a próxima fase de sua dominação.
— Fique quietinha, Sofie. Vamos pegar uma pessoa — avisou Jeniffer, em tom casual, como se estivesse apenas indo buscar uma amiga para um passeio. — Vai gostar de conhecê-la. Ela será muito importante para você Sofie mal conseguia processar o que estava acontecendo. O desconforto e a dor do cinto dominavam seus pensamentos, e a venda e as algemas faziam com que cada segundo fosse uma luta contra a impotência. Sentiu o carro desacelerar e depois parar. O som de uma porta se abrindo e fechando ecoou, seguido por passos leves que se aproximavam. — Chegamos — murmurou Jeniffer. — Esta é Amanda.
Sofie ouviu o som da porta do carro abrir e depois uma voz suave e delicada. Era quase infantil, mas com um tom estranho de passividade. — Olá, Jeniffer — disse a nova voz, sua fala cuidadosa e controlada, como se estivesse escolhendo cada palavra com precisão. Jeniffer sorriu e se virou para Sofie.
— Sofie, esta é Amanda. Ela tem 18 anos, mas mais parece uma boneca viva, não é? — disse Jeniffer com um tom de admiração distorcida.
Sofie, ainda vendada, não podia ver a garota, mas imaginou o que Jeniffer queria dizer. Então, Jeniffer começou a explicar.
— Amanda foi minha primeira namorada... e também minha primeira submissa — disse Jeniffer, a voz ficando mais suave, quase nostálgica. — Um dia, a encontrei lendo conteúdos sobre dollyfication. Ela queria ser transformada em uma boneca, e eu, bem... fiz exatamente isso. Agora, Amanda é uma boneca obediente, perfeita, exatamente como queria ser. Amanda ficou em silêncio, como se confirmasse o que Jeniffer dizia apenas com sua presença calma e submissa.
— E agora, Amanda vai morar conosco, Sofie — continuou Jeniffer. — Ela é médica e, mais importante, enfermeira. Vai cuidar de você, acompanhar cada detalhe da sua transformação. Afinal, alguém precisa cuidar bem da minha nova criação. Amanda é perfeita para isso. O coração de Sofie batia acelerado. Não podia ver a jovem, mas a descrição de Jeniffer deixava claro que Amanda não era uma simples enfermeira. Era o reflexo do que Jeniffer fazia com suas submissas — moldava-as completamente. Agora, aquela "boneca viva" iria cuidar de Sofie, uma ideia que trazia à tona um novo tipo de medo. — Você vai adorar a companhia dela — disse Jeniffer, com um sorriso que Sofie pôde sentir, mesmo sem enxergar. — Amanda é muito boa no que faz... e você precisa de toda ajuda possível. Enquanto o carro voltava a se movimentar, Sofie sentiu que, com a chegada de Amanda, seu destino estava selado de uma vez por todas.