Rebeca, com 37 anos, parecia uma deusa sob o sol. Seu corpo era uma perfeita escultura de curvas generosas. Os seios volumosos moldavam o biquíni azul claro da marca Ana Carol, que parecia feito sob medida para realçar sua sensualidade natural. Cada passo que ela dava fazia seu bumbum grande e redondo balançar sutilmente, atraindo olhares de desejo. A tornozeleira prateada com o pingente de pimenta vermelha em sua perna direita adicionava um toque provocante, sugerindo um lado mais picante em sua personalidade. Seus cabelos loiros brilhavam sob a luz do sol, caindo em ondas suaves sobre os ombros.
Ao lado dela, Luíza, que estava a tres semanas da sua festa de debutante, era uma versão mais jovem, porém igualmente atraente, de sua mãe. A filha estreava seu primeiro biquíni na praia, um modelo verde da mesma marca, que parecia mal conter seu corpo exuberante. Seus seios fartos, quase escapando pelas bordas do tecido, e seu bumbum enorme, mal coberto pelo biquíni, a faziam parecer uma deusa juvenil. A tornozeleira idêntica à da mãe sugeria um vínculo mais profundo entre as duas, como se ambas compartilhassem um segredo que só quem olhasse bem de perto poderia entender. Luíza, mais tímida que Rebeca, andava ao lado da mãe, mas havia um brilho em seus olhos, um desejo de ser notada, mesmo que tentasse disfarçar.
O calor do dia só aumentava a tensão no ar, e Gabriel, o guarda-vidas, observava tudo de sua torre. Ele tinha 37 anos, corpo magro, mas extremamente definido, com um abdômen que parecia esculpido. Sua tatuagem nas costas, a palavra "Guardião", era parcialmente visível, e seu olhar se prendeu nas duas mulheres loiras que caminhavam em direção à água. A visão dos corpos delas, moldados de forma tão perfeita pelo biquíni, fez seu coração acelerar. O biquíni de Rebeca realçava sua sensualidade madura, enquanto o de Luíza trazia um frescor juvenil irresistível. As curvas amplas de ambas deixavam Gabriel imaginando o que se escondia por trás daquele ar de inocência.
Rebeca percebeu o olhar de Gabriel e deu um sorriso discreto, como quem sabe exatamente o efeito que está causando. Seus olhos encontraram os dele por um breve momento, e foi como se o tempo tivesse parado. Ela não disse nada, mas seu corpo falava por si só. O jeito como ela mexia nos cabelos, como seus quadris se moviam ao caminhar, tudo nela exalava uma confiança sensual. Luíza, por sua vez, notou o olhar de Gabriel, e embora seus olhos tenham se abaixado por um instante, um rubor tomou conta de seu rosto, como se a excitação de ser desejada por um homem mais velho a tivesse atingido profundamente.
Gabriel não conseguia desviar o olhar. O contraste entre mãe e filha, ambas loiras, com corpos tão exuberantes e cheios de curvas, e aquela tornozeleira de pimenta, um detalhe tão pequeno e provocativo, mexia com sua imaginação. Ele as observava enquanto se aproximavam da água, os pingentes em seus tornozelos balançando suavemente a cada passo, como se estivessem sinalizando algo que ele ainda não entendia completamente. A visão de Rebeca molhando os pés na água, o biquíni colando-se ainda mais à sua pele, revelava as formas de seu corpo com ainda mais clareza.
Quando Paulo, despreocupado, voltou para se juntar a elas, não percebeu o impacto que sua esposa e filha estavam causando na praia, nem os olhares atentos de Gabriel, que se fixavam nas duas. O calor do sol, o som das ondas e a presença daquela beleza feminina ali, à vista, criavam um cenário de tensão quase palpável, como se algo prestes a explodir estivesse no arO calor do meio-dia estava começando a pesar, e a praia de Itanhaém ficava ainda mais movimentada. Rebeca e Luíza, agora à beira d'água, tinham mergulhado os pés no mar para refrescar o corpo aquecido pelo sol. O biquíni molhado de Rebeca se colava ainda mais às suas curvas, acentuando os contornos perfeitos de seu corpo. Gabriel, do alto de sua torre de guarda-vidas, mal conseguia se concentrar em sua tarefa. O brilho da água escorrendo pelas pernas delas, o balanço suave dos quadris enquanto andavam, e aquele maldito pingente de pimenta... algo nele mexia com sua cabeça.
Após algum tempo, Rebeca se afastou de Luíza, caminhando em direção às barracas de água de coco. Paulo, sempre comunicativo, havia encontrado conhecidos e estava envolvido em uma longa conversa, completamente desatento ao que acontecia ao redor. Rebeca pediu uma água de coco e, ao notar Gabriel descendo de sua torre, não resistiu a uma troca de olhares prolongada. Ele se aproximou lentamente, seu corpo definido visível sob o colete aberto. Eles se encontraram perto da barraca, o som das ondas e o murmúrio distante da praia criando um isolamento casual ao redor.
"Calor hoje, né?" ela disse, com um sorriso que sugeria mais do que apenas conversa fiada. Gabriel sentiu o ar mudar. Havia algo no tom de voz dela, uma leveza e uma confiança que o deixaram alerta, seus sentidos intensificados.
"Muito calor..." ele respondeu, a voz um pouco rouca. O olhar de Gabriel seguia de seus olhos para seus lábios e, inevitavelmente, para o decote profundo que o biquíni dela oferecia, sem fazer questão de disfarçar. Rebeca deu mais um passo em direção a ele, tão sutil que parecia natural, mas perto o suficiente para que o cheiro doce e quente de sua pele, misturado ao perfume do protetor solar, chegasse até ele. O toque de seus ombros quando ela passou por ele, quase acidental, enviou uma corrente elétrica pelo corpo de Gabriel.
Ela tomou um gole da água de coco, lambendo os lábios suavemente, sem tirar os olhos dos dele. Gabriel se sentia preso naquele momento, como se o mundo ao redor tivesse parado e só restassem os dois. A tensão era palpável.
"Você trabalha aqui há quanto tempo?" Rebeca perguntou, a voz baixa e cheia de interesse, mas não era a resposta que ela realmente buscava. Ele sabia disso. Era a maneira como ela se aproximava, o jeito como seus olhos brilhavam ao encontrarem os dele, como se estivesse testando seus limites. Ele sabia que estava entrando em terreno perigoso, mas algo nele — ou nela — o impedia de recuar.
"Uns dez anos... E você? Costuma vir muito por aqui?" Gabriel perguntou, tentando manter o tom casual, embora seu corpo estivesse completamente alerta. Os olhos de Rebeca desceram rapidamente pelo corpo dele, como se estivesse avaliando cada detalhe. Ela não era uma mulher que fazia algo por acaso.
"Não tanto quanto gostaria... Mas acho que vou começar a vir mais", ela respondeu, sua voz carregada de um duplo sentido que o fez engolir seco. Havia algo nos olhos dela que o desafiava a ceder, a testar os próprios limites. Ela segurou a tornozeleira de pimenta com os dedos, como quem ajeita um adereço, mas o gesto chamou atenção para suas pernas e pés molhados.
Nesse momento, Luíza apareceu ao longe, caminhando em direção à mãe. Seus cabelos loiros estavam molhados, grudando nas costas, e o biquíni verde realçava ainda mais suas curvas jovens e atraentes. O olhar de Gabriel foi inevitavelmente atraído para ela, mas voltou para Rebeca rapidamente. Ele sentia um desconforto e excitação estranha, como se estivesse envolvido em um jogo que não entendia completamente.
Luíza chegou até a mãe, e Rebeca, percebendo a tensão entre eles, sorriu de leve, como quem sabe o que está acontecendo, mas não diz nada. A jovem, sem notar o clima, falou casualmente: "Mãe, vamos dar mais uma volta?"
Gabriel observava em silêncio enquanto as duas se afastavam, lado a lado. A tensão entre ele e Rebeca não havia desaparecido; pelo contrário, parecia aumentar a cada momento. Enquanto as duas caminhavam de volta à praia, ele não conseguia deixar de pensar no toque suave da pele dela, no jeito como seus olhares se cruzaram, no peso daquele momento não resolvido.
Agora, de volta à sua posição de guarda-vidas, Gabriel sentia o calor do sol intensificar a excitação que vibrava em seu corpo. Ele sabia que aquele não era o fim daquele jogo, e seu olhar continuava a seguir Rebeca e Luíza, sabendo que havia algo muito mais profundo por trás daqueles olhares, gestos e pingentes de pimenta balançando nos tornozelos delasA tarde avançava, e o sol escaldante de Itanhaém dava lugar a uma brisa mais suave, tornando o clima mais agradável para quem ainda aproveitava a praia. Rebeca e Luíza, após passarem algum tempo relaxando na areia, decidiram dar um mergulho no mar. As ondas estavam mais fortes, e Luíza, empolgada, resolveu ir um pouco mais fundo, desatenta aos avisos da mãe para ter cuidado.
Gabriel observava tudo do seu posto. Seus olhos alternavam entre o trabalho e o ponto fixo em que Rebeca e Luíza estavam. Ele estava em um estado de alerta constante, não apenas pela responsabilidade como guarda-vidas, mas também pela tensão que parecia aumentar a cada vez que via Rebeca. O cheiro doce de sua pele, o olhar provocante de mais cedo... tudo ainda estava fresco em sua mente.
De repente, ele notou algo errado. Luíza, que estava nadando mais longe, parecia ter sido puxada por uma corrente. Seu corpo jovem e atraente agora lutava contra as ondas, mas, a cada segundo, ela parecia mais cansada, os braços pesando como se o mar estivesse vencendo. Gabriel não pensou duas vezes. Num instante, ele se lançou na água, nadando rapidamente na direção dela.
Quando ele finalmente chegou perto, o desespero nos olhos de Luíza era evidente. Ela tentava respirar, mas as ondas a sufocavam. Sem perder tempo, Gabriel a agarrou com firmeza, puxando-a para a superfície. A proximidade entre os corpos era inevitável, o calor do corpo dela contrastando com a água fria. Ele a levou até a areia com habilidade e rapidez, enquanto as pessoas ao redor começavam a perceber o que acontecia.
Ao chegarem na praia, Gabriel a deitou na areia, mas Luíza não estava completamente consciente. Rebeca correu até eles, o rosto pálido de preocupação. “Ela está respirando?” perguntou, a voz trêmula.
Gabriel, ofegante, se ajoelhou ao lado de Luíza, verificando sua respiração. “Ela precisa de respiração boca a boca,” disse ele, a voz firme, mas seus olhos carregavam um peso diferente. Ele sabia que aquele seria o momento mais delicado.
Sem hesitar, Gabriel inclinou-se sobre Luíza, suas mãos tocando suavemente seu rosto, e começou a realizar a manobra de salvamento. O contato de seus lábios nos dela era técnico, mas algo nele estremecia. A suavidade da pele jovem, o calor do corpo dela... por um breve momento, Gabriel sentiu o peso do desejo se misturar com a urgência do que estava fazendo. Ele sabia que o que estava acontecendo era completamente necessário, mas não podia ignorar a tensão que aquele momento carregava. Cada toque, cada respiração parecia carregar mais do que a simples técnica de salvamento.
Após alguns instantes, Luíza começou a tossir, engolindo ar com dificuldade. Rebeca caiu de joelhos ao lado da filha, passando as mãos pelos cabelos molhados de Luíza, claramente aliviada. "Meu Deus, obrigada!", ela exclamou, olhando para Gabriel com uma mistura de gratidão e algo mais profundo, algo não dito, mas presente em seus olhos.
Gabriel se levantou, seus olhos ainda presos em Luíza, que agora começava a se recuperar. O som do mar parecia distante enquanto ele respirava fundo, tentando acalmar o próprio corpo. Rebeca também se levantou e se aproximou dele. Seu corpo, ainda molhado e cintilante ao sol que começava a se pôr, estava perigosamente perto do dele. A tensão entre eles, que já vinha crescendo desde o início do dia, agora estava no seu auge.
"Você salvou minha filha…" Rebeca murmurou, a voz rouca de emoção. Os olhos dela o percorriam, não apenas com gratidão, mas com algo a mais. Algo que não poderia ser ignorado.
Gabriel assentiu, mas não disse nada. O olhar dela parecia perfurar sua pele, e o desejo que ele vinha reprimindo o dia todo estava prestes a transbordar. A respiração de ambos estava pesada, as palavras não eram necessárias. Eles estavam a centímetros de distância, e o cheiro dela, misturado com o sal do mar, preenchia o ar entre eles.
Rebeca tocou levemente o braço dele, um gesto simples, mas carregado de intensidade. A proximidade entre eles fez com que ele sentisse seu corpo reagir involuntariamente. Os olhos de Rebeca desceram para os lábios de Gabriel, e por um instante, ele sentiu que iria ceder, que aquele era o momento inevitável.
Mas então, Luíza, ainda deitada na areia, murmurou algo, e Rebeca se afastou de repente, como se tivesse sido puxada de volta à realidade. A consciência das consequências, do que poderia ter acontecido ali na praia, invadiu sua mente, e a tensão foi interrompida por uma barreira invisível. Rebeca olhou para Luíza e depois de volta para Gabriel, os olhos ainda carregando aquele desejo não resolvido, mas agora misturado com o peso da responsabilidade.
"Eu… preciso cuidar dela," Rebeca disse, recuando lentamente, mas ainda incapaz de quebrar completamente o contato visual. Gabriel apenas assentiu, sua mente uma mistura de adrenalina e desejo, sabendo que aquele momento, embora interrompido, não seria esquecido tão cedoO sol começava a se pôr no horizonte de Itanhaém, tingindo o céu com tons de laranja e rosa, enquanto a brisa do mar esfriava a areia. A praia, agora mais vazia, parecia um refúgio tranquilo após o caos do dia. Rebeca, ainda sob o impacto de tudo o que havia acontecido, sentia uma mistura de emoções que não conseguia controlar. Paulo, seu marido, havia bebido durante a tarde e agora dormia profundamente sob o guarda-sol, completamente alheio ao mundo. Luíza, recuperada, estava descansando, segura ao lado dele.
Sentindo um impulso que não conseguia ignorar, Rebeca decidiu agradecer pessoalmente a Gabriel, o homem que havia salvado sua filha. Havia algo que ela precisava resolver — uma tensão, um desejo que vinha crescendo desde o momento em que seus olhares se cruzaram pela primeira vez. Com o coração acelerado, ela se levantou, ajeitando o biquíni que ainda colava à sua pele e caminhou em direção ao posto de guarda-vidas.
Quando ela chegou, encontrou Gabriel sozinho, sentado em uma cadeira de frente para o mar, apenas de shorts. Seu corpo estava úmido, a água salgada ainda brilhava em seu abdômen esculpido, e o sol poente destacava cada detalhe de seus músculos. Ele estava sem camisa, o colete de salva-vidas jogado de lado. A visão de seu corpo molhado, o suor misturado com o sal, fez o coração de Rebeca acelerar ainda mais. O desejo que ela vinha tentando reprimir a dia inteiro começou a borbulhar novamente, mais forte desta vez.
Ela parou por um momento, hesitante, mas Gabriel já havia notado sua presença. Seus olhos se encontraram, e o silêncio entre eles disse mais do que qualquer palavra poderia. O ar parecia denso, carregado de uma expectativa quase palpável.
“Eu… só queria agradecer de novo, por ter salvado a minha filha,” Rebeca disse, a voz baixa, quase um sussurro. Mas ela sabia que suas palavras eram apenas uma desculpa para estar ali, perto dele.
Gabriel se levantou lentamente, seus olhos fixos nos dela, sem desviar. Ele deu alguns passos em direção a Rebeca, e a tensão que havia sido interrompida mais cedo agora parecia impossível de ignorar. Quando ele parou a poucos centímetros dela, o cheiro do sal no corpo dele misturado com a leve fragrância do mar a envolveu por completo.
"Você não precisa me agradecer," Gabriel respondeu, a voz rouca, carregada de algo mais profundo. "Mas... algo me diz que você veio aqui por outro motivo."
O coração de Rebeca martelava em seu peito. As palavras dele ecoaram dentro dela, como uma verdade que ela não queria, mas precisava admitir. Ela ficou em silêncio por um momento, sentindo o calor de seus corpos tão próximos. Cada respiração que Gabriel dava parecia inflamar ainda mais o desejo que pulsava dentro dela.
Ele então fez o que ela não ousava, mas desejava: deu um passo adiante, invadindo seu espaço pessoal, suas mãos grandes e firmes segurando de leve sua cintura, os dedos tocando a pele exposta dela. Rebeca sentiu um arrepio percorrer seu corpo, e a distância entre eles desapareceu.
Gabriel a puxou para mais perto, seus corpos se tocando finalmente, e Rebeca deixou escapar um suspiro, uma entrega silenciosa. Os lábios dele estavam tão próximos dos dela que ela podia sentir a respiração quente que escapava de sua boca. O desejo que havia sido contido durante todo o dia agora era impossível de controlar.
Ele não hesitou mais. Seus lábios encontraram os dela em um beijo intenso, carregado de toda a tensão acumulada. O gosto do sal em sua boca se misturava ao sabor dos lábios dela, e o beijo foi profundo, quase desesperado. As mãos de Gabriel desceram pelas costas de Rebeca, puxando-a ainda mais contra ele, enquanto ela segurava seus ombros fortes, sentindo cada músculo tenso sob seus dedos.
Rebeca não conseguia mais pensar em nada além do momento. Suas mãos exploravam o corpo dele, sentindo a pele quente e úmida, cada toque acendendo uma nova onda de desejo dentro dela. Aquele era o momento que ela sabia que não podia evitar. Estava ali, finalmente se entregando ao que seu corpo havia desejado desde o primeiro olhar.
As mãos de Gabriel desceram lentamente para os quadris de Rebeca, e ela arqueou o corpo ao sentir o toque firme dele, cada movimento aumentando a urgência entre eles. O som das ondas se quebrando na praia parecia distante, enquanto o mundo ao redor desaparecia completamente. Agora, existiam apenas eles, presos naquele momento de pura entrega.
Os lábios de Gabriel deixaram os dela, descendo para seu pescoço, mordiscando suavemente, enquanto Rebeca soltava gemidos baixos, entrelaçando os dedos nos cabelos dele, o puxando para mais perto, querendo mais, precisando de mais. Cada toque era uma chama que os consumia.
“Eu não deveria...” Rebeca sussurrou entre os beijos, sua voz falha, mas Gabriel a silenciou com outro beijo, desta vez mais lento, mais profundo, como se dissesse que não havia mais volta. Eles haviam cruzado a linha. O desejo que os consumia não poderia mais ser negado.
Ali, sob o céu alaranjado do entardecer, o corpo de Gabriel se encaixava no dela, como se tudo tivesse levado até aquele momento. A areia fina sob seus pés, o cheiro do mar, e o toque quente de suas peles era tudo que restava.
Rebeca se entregou completamente, sem medo, sem reservas, porque naquele momento, o desejo era inevitávelQuando Rebeca voltou para onde estavam Paulo e Luíza, a atmosfera ainda estava carregada de tensão. Enquanto isso, Luíza, ansiosa para agradecer ao herói que salvara sua vida, decidiu que também precisava falar com Gabriel. Com o biquíni ajustado, mas um pouco desajeitado, ela se aproximou do posto de guarda-vidas, a brisa do mar balançando seus cabelos.
Ela empurrou a porta e entrou, atraída pelos sons da água. A primeira coisa que chamou sua atenção foi algo brilhante no chão — embalagens de preservativos usados. Luíza arqueou as sobrancelhas, surpresa, mas não deu muita atenção no primeiro momento, achando que alguém poderia ter deixado aquilo ali.
"Que nojo, como deixam isso aqui…" pensou, franzindo a testa, mas sua mente rapidamente voltou à tarefa de agradecer Gabriel.
Ao dar mais alguns passos, ela ouviu um barulho suave, como se alguém estivesse se movendo por perto. Gabriel, ao perceber a presença de Luíza, apareceu de repente na porta lateral do posto. Ele estava sem camisa, ainda vestindo apenas os shorts molhados, com o cabelo desgrenhado. Seus olhos se arregalaram ao ver a filha de Rebeca ali, e por um momento ele pareceu perder a compostura.
"Oi… Luíza", disse Gabriel, claramente surpreso. "Tudo bem?"
Luíza olhou ao redor, o silêncio da noite agora parecia mais pesado do que antes. Havia algo no jeito de Gabriel que a fazia se sentir estranha, uma tensão no ar que ela não conseguia identificar exatamente, mas que a deixava desconfortável.
"Eu só queria te agradecer... por me salvar hoje," ela disse, hesitante, mas sincera.
Gabriel assentiu, mas notou a maneira como ela o observava. Havia uma tensão no ar que parecia palpável. "Claro, sempre que precisar, pode contar comigo."
Ela olhou de novo para os preservativos no chão e uma pequena dúvida surgiu em sua mente, como um sussurro que não queria ouvir. "Acho que alguém deixou uma bagunça aqui...", comentou, tentando disfarçar a inquietação.
Gabriel, com o coração acelerado, tentava manter a calma. "Sim, provavelmente algum casal que passou por aqui antes," ele respondeu, a voz um pouco mais baixa. "Acontece às vezes."
O desconforto que Luíza sentia aumentava, mas ela não conseguia decifrar exatamente o motivo. Ela olhou para Gabriel novamente, notando algo na maneira como ele a olhava, e sentiu um calafrio percorrer sua espinha.
“Bom... de qualquer forma, obrigada,” disse ela, um pouco apressada, querendo sair dali o mais rápido possível. Ela se virou, caminhando de volta para onde seus pais estavam, o peso do que havia presenciado ainda a acompanhando.
Ao voltar para perto de Rebeca e Paulo, Luíza ainda sentia a intensidade da noite na praia de Itanhaém. Uma tensão estranha pairava no ar, deixando uma sensação de que nada seria igual depois daquela noitecontinua)