Os caras começaram a cantarolar uma música obscena, batendo palmas e assobiando. Senti como se estivesse sendo julgado e condenado por um tribunal implacável. Com um último suspiro, abaixei a calça, revelando meu corpo magro e pálido à luz das garrafas de cerveja. A sensação de exposição era insuportável. Queria me encolher, desaparecer.
A risada da galera ecoou pela sala, amplificando a minha humilhação. Senti as lágrimas queimando meus olhos, mas as forcei a permanecerem presas.
"Olha só que espetáculo!" Carioca ironizou. "Parece um esqueleto ambulante!" “E olha pra cueca dele, não tem nem sinal de rola” Gritou André.
Realmente, tenho um penis bem pequeno, hoje tenho quase 10,5 cm, mas na época tinha menos de 10, o que me atormentava por ter tornado desastrosa minhas duas primeiras vezes. Os outros ecoaram suas palavras, e a cada nova piada, eu me sentia afundar mais e mais em um poço de vergonha. Naquele momento, algo dentro de mim se quebrou, aquele não era apenas um trote, era uma humilhação. Com a cabeça baixa, tentei recuperar minhas roupas, sentindo o olhar de todos sobre mim como uma faca afiada.
“Deixa aí, não vai precisar delas hoje” Berrou Carioca com um sorriso maléfico estampado no rosto. “Somos todos homens aqui, pelo jeito só você não é. Esse grelo faz de você a mulherzinha da casa, vai passar a noite servindo cerveja pra gente. Aproveita e já busca uma que a minha tá acabando”. “Pega duas, também quero” Lucas disse em um tom autoritário.
Servi a eles uma cerveja após a outra, apesar da humilhação, tentei me comportar da melhor maneira possível e agradá-los ao máximo. Depois de ter servido todos, voltei para a cozinha, e sem nem precisarem pedir, coloquei os salgadinhos em uma tigela e fiz uma maionese caseira em um potinho e coloquei ketchup em outro. Quando entrei na sala, fui recebido com aplausos e elogios sarcásticos.
“Olha esse viadinho, trouxe até comida” Disse André rindo. “Esse sabe agradar macho mesmo”. “Nasceu pra ser mulherzinha” Urrou Felipe. Carioca então foi até seu quarto e voltou com um pedaço de pano na mão, era uma calcinha rosa choque. “Tu ta merecendo um presente, veste essa calcinha”.
“Não sou viado, não vou colocar isso, fiz só pra ser legal com vocês que são meus veteranos. Para de graça.” Tentei me defender, mas Carioca agarrou meus pulsos e disse de uma maneira assustadora, “Trata de colocar essa porra ou vai apanhar até cansar. Vai combinar com seu grelinho”.
Com medo, coloquei a calcinha e para meu espanto, ela serviu perfeitamente em mim. Meu pequeno pau mole mal fazia volume no tecido fino. Todos perceberam isso e começaram a rir cada vez mais da minha situação. Me fizeram dançar mais um pouquinho para eles, mas dessa vez em pé entre os sofás da sala onde ficaram sentados bolando um baseado enquanto fumavam outro. Fiquei lá por alguns minutos até que se cansaram da piada e mandaram que eu fosse limpar a cozinha.
Era revoltante, eles estavam na sala bebendo e fumando enquanto eu recolhia as latas do chão da cozinha e jogava água para limpar as poças de cerveja e as pegadas de chinelos sujos que deixavam o chão todo melecado. Fiquei quase meia hora, sorte que não haviam muitas superfícies ou móveis, além de tirar o lixo e lavar o chão, tive apenas que passar um pano molhado na mesa e na pia, por beberem latinhas não havia copos sujos. Esse foi o meu alento, ao menos naquele momento fiquei feliz por terminar e fui perguntar se podia limpar a sala também.
“Tá querendo expulsar a gente daqui é?” Perguntou Lucas enquanto prendia a fumaça. “Desculpa, não quis dizer isso” Tentei responder, mas fui interrompido por Carioca dizendo em tom de ordem, “Senta e fuma com a gente”. “Nem curto mano, não ligo que fumem, mas nunca fumei isso não”. “Pra tudo tem uma primeira vez, senta e fuma” disse ele indo até mim me puxando em sua direção no sofá.
Sem ter o que fazer, fumei maconha pela primeira vez com eles, meu corpo ficou mole, minha mente parecia pesada. Por mais inesperado que pareça, de calcinha e desconfortavelmente espremido entre dois caras suados, foi um dos momentos que me senti mais leve e feliz. Não me sentia mais com medo de estar ali, pelo contrário, me deixei levar pela conversa descontraída e mal me importei quando o assunto se voltou novamente para mim:
“Esse viadinho faz uma comida gostosa pra caralho. Olha essa maionese”. Brincou o Lucas.
“Era de um desses que precisávamos por aqui” Disse André.
“Pode falar novato, você é viado né?” Perguntou Carioca.
“Não sou mano, sou macho, gosto é de mulher”
“Você pode até gostar, mas elas gostam do seu pintinho?” Ironizou Lucas.
“Pode falar cara, com um pintinho desses é certeza que é viado, ou que vai virar” Felipe concordou em deboche.
“Não sou viado mano, já falei”
“E por acaso já comeu alguém?”
“Já comi sim, comi duas minas”
“E alguma delas sentiu esse piruzinho?” Brincou Carioca fazendo todos caírem na gargalhada. Confesso que pelo álcool e a maconha, também ri.
“Para mano, ele cresce, vocês viram ele mole, aposto que o de vocês quando tá mole também é pequeno. Vocês ficam aí bancando de pauzudo, que tem uns cacete enorme, mas se bobear você é até menor que eu”. Não devia ter feito isso, senti nos olhos do Carioca o fogo pelo desafio.
“Então deixa esse grelinho duro pra gente ver, se ele for maior que meu pau mole, você tá dispensado de todos os trotes aqui na república e na faculdade, vamos dizer pra todo mundo já te demos o trote, que você é gente boa e para fazerem amizade com você” Disse o Carioca debochado.
“E se eu perder?” Perguntei.
“Se não, quando você perder, vou te aplicar um trote especial, a parte da facul continua valendo, mas o trote aqui vai ser pesado”
Mesmo sabendo da minha falta de tamanho, eu peitei, não tinha o que fazer e seja lá o que ele fizesse comigo, pelo menos seria apenas na república e não teria que passar pelo trote na faculdade. Além do mais, sempre vi na internet que o tamanho normal do pênis brasileiro era coisa de 12 cm, eu tinha alguma chance de ganhar. Aceitei e já ia tirar a calcinha quando Lucas me disse para ficar com ela pra combinar com meu grelinho, só chegar para o lado. Fiz o que ele mandou e comecei uma punheta, massageava a cabeça do meu pau com o indicador e polegar enquanto fazia movimentos pra cima e pra baixo.
“Você não sabe nem bater punheta? Não é com as pontinhas do dedo, é com o punho cerrado e a mão fechada em volta do pau” Disse Felipe rindo e gesticulando com as mãos o jeito que eu deveria bater.
Comecei a bater punheta com as mãos fechadas em volta do pau, mas ele desaparecia no meio da minha mão, mal chegava a metade de seu tamanho e ficava escapando entre os movimentos, o que só os fazia rir mais e mais. Quando julgava estar duro o bastante, disse para o Carioca que estava pronto pra comparar.
“Tem certeza que tá duro? Tenta crescer mais um pouco ou vai ser uma derrota feia.”
“Tira logo” respondi
Em um silêncio sepulcral, carioca chicoteou para fora seu enorme pau mole. Não havia qualquer esperança, não tinha como vencer, aquilo tinha facilmente 15 cm mole.
“Ele ta duro, não vale”
“Tá duro nada, mas você vai deixar agora” disse ele com um sorriso malicioso me empurrando no chão enquanto os outros caras se aproximavam e me cercavam.