(Kyle)
NO PASSADO…
Algumas pessoas correram para tentar socorrê-lo, mas já era tarde demais. Os dois disparos na cabeça o finalizaram na hora. Não tive nem a chance de me despedir uma última vez.
- Levem no daqui! O garoto está em pânico - um dos policiais ordenou ao parceiro que me arrastou para fora daquele beco sujo.
Era um domingo de manhã, um dos poucos dias em que a família estava toda reunida à mesa. Éramos pobres, mas unidos. Chris, meu irmão mais novo, estava sentado ao meu lado com um enorme pedaço de bolo de chocolate na boca. Meus pais riram da sujeira que o caçula fazia, não se importando com a cobertura de chocolate pingando no tecido branco da sua camiseta do Mickey.
O clima era de brincadeiras. Deveria ser um domingo em família, longe das maldades do mundo lá fora…
- É o Paul - minha mãe parou de sorrir ao atender o telefone. Paul era um colega do meu pai, vivia se metendo em confusão, mas sempre ajudava nossa família quando precisávamos de grana.
Na época não entendia os olhares temerosos da minha mãe para o meu pai, que sempre sorria para tentar confortá-la — como se dissesse que ficaria tudo bem.
- Vou dar uma saída, crianças - meu pai falou se aproximando de mim e de Chris - antes do almoço eu volto.
- Tá bom, papai! -respondemos juntos, o fazendo rir. Ele depositou um beijo na testa de cada um e se afastou.
- Toma cuidado, amor - minha mãe falou baixinho, como se pudéssemos entender o motivo da sua insegurança.
- Sempre, meu amor - respondeu, saindo de casa com um volume estranho no quadril. Aquela foi a última vez que o vi com vida.
Da sala conseguimos ouvir os sons dos disparos. Inocentemente, Chris correu até a janela na esperança de ver o brilho dos fogos no céu.
- SAI DA JANELA, MENINO! - minha mãe puxou Chris pelo braço, o fazendo deitar no chão para se proteger..
Após um bom tempo, nosso vizinho apareceu para dar as notícias. Era pequeno e tolo, mas entendi a dimensão de tudo. Não esperei nenhuma confirmação da minha mãe que estava chorando no canto da parede, apenas corri para fora de casa, descendo a escadaria de dois em dois degraus. Do lado de fora uma multidão se aglomerou entre a padaria do velho Jackson e o salão da senhorita Abigail.
- Garoto, não! - a velha Abigail tentou me segurar, mas consegui me soltar dos seus braços sem muita dificuldade.
A cena do corpo do meu pai estirado no chão sem vida, com um buraco no meio da testa, me paralisaram. Os policiais chegaram logo depois em duas viaturas.
- Levem no daqui! O garoto está em pânico - o policial mais velho ordenou, vendo o meu estado catatônico.
“Os suspeitos fugiram em um Ford Taurus vermelho”, ouvi a voz no rádio da cintura do policial que me puxou para longe do corpo do meu pai.
(Julian)
PRESENTE...
Ainda um pouco dolorido, caminhei até o banheiro para fazer as necessidades básicas da manhã. A minha pele queimava em partes que nunca imaginei que seria tocado. Era humilhante.
- Droga, minha bunda - resmunguei, sentindo a ardência no meu rabo. Não podia acreditar que havia sido desvirginado por Kyle.
Depois de escovar os dentes, tomei uma ducha gelada para tentar dissipar toda a ardência e a moleza do corpo. Vestindo uma camiseta branca do Batman e um moletom preto, decidi encarar o mundo de cabeça erguida. Não podia me esconder para o resto da vida, havia dado o meu rabo e teria que conviver com isso. Com esse pensamento, fui para o andar inferior, torcendo para não dar de cara com o Kyle.
- Cedo em pé, loirinho? E o cuzinho, tá melhor? - o desgraçado me perguntou da cozinha, o sorriso despretensioso estampado no rosto.
- Cala boca, não estou bom para conversar hoje - o fuzilei com raiva, não queria ter que relembrar da noite anterior, estava confuso com todo o ocorrido. Até mesmo um baseado eu havia fumado com ele.
- Como quiser, só queria saber mesmo - deu de ombros, me convidando para comer o café da manhã posto à mesa.
Apesar do tom zombeteiro em seu rosto, Kyle não me importunou em nenhum momento enquanto comíamos.
- O que aconteceu com suas mãos? - perguntei ao ver seus dedos enrolados com curativos.
- Achei que não queria conversar - zombou, me olhando provocador. Bufei arrependido de ter quebrado a minha própria ordem de não conversar. - Machuquei treinando, satisfeito loirinho?
-Sim.
O resto da manhã foi no mesmo ritmo. Kyle se deitou na espreguiçadeira, ficando a manhã toda tomando sol. O seu corpo tatuado e musculoso eram tentadores até mesmo para mim, ainda mais com ele apenas de sunga a alguns metros de distância. O volume no tecido me deixou aflito só de lembrar da noite anterior, quando enfiou aquela coisa que chama de pau no meu rabo.
- O que vamos fazer? - quebrei o silêncio novamente. Aquela cena dele deitado na espreguiçadeira e com os braços para trás estava me deixando inquieto. Não sabia o motivo de estar tão incomodado com um corpo masculino. Até mesmo as suas axilas me incomodavam.
- Que tal foder? - perguntou, sem de fato me olhar. Estava de olhos fechados, apenas aproveitando o calor do sol.
- É só nisso que pensa? - me aproximei, ficando muito perto de onde estava deitado. Os piercings nos seus mamilos me tiraram o foco, mas logo retornei para o seu rosto.
- Não, apenas quando contrato alguma vadia pra foder nas minhas férias - voltou a provocar, ainda me ignorando. Que merda, por que não me olhava nos olhos?
- Imbecil, não sou uma vadia - cansado, me virei para sair de perto dele. Entre ficar sozinho e ter sua companhia, preferiria me isolar no meu quarto.
- Vem aqui, loirinho - o safado puxou o meu braço, me fazendo cair sobre seu corpo na espreguiçadeira. Minha bunda ficou bem na sua cintura. - Estou um pouco azedo hoje, foi mal. Quer conhecer um pouco o lugar? - me perguntou, tocando meu rosto com carinho.
- Si…sim - falei um pouco desconcertado com os toques leves dos seus dedos no meu rosto.
- Depois do almoço a gente dá uma volta, e mais tarde você dá a sua - sorriu ao terminar de dizer, o que só entendi depois de alguns segundos perdido nos seus toques.
- Idiota - resmunguei, me afastando dele para ficar em pé. O contato da minha bunda com seu pau estava me deixando incomodado.
- Está com dor de cabeça? A gente bebeu e fumou um pouco ontem - me disse, com real preocupação no olhar.
- Não, só o meu… - parei antes de dizer que estava com o rabo dolorido. Aquilo iria só fazê-lo se sentir ainda mais superior.
- Não costumo pegar leve com minhas parceiras, mas com você eu tive que ser um pouco mais tranquilo.
- Por que? Me acha fraco? - perguntei com as mãos na cintura. Parecia uma criança emburrada ao ser chamada de fraca.
- É virgem - me respondeu simples - e não iria aguentar me receber tudo de uma vez. Não seria legal ter o meu pau melado de merda.
- Você é um idiota mesmo - me sentei na espreguiçadeira ao seu lado. A paisagem exuberante do mar era incrível.
- Se não vai me chupar e nem dar seu cu pra mim, vou voltar a descansar - falou desdenhoso. Havia algo diferente em seu semblante, mesmo ele tentando manter a postura confiante.
(Kyle)
Ao contrário do que imaginei antes de vir para a ilha, a saudade do meu pai e do meu irmão ainda era muito grande, essa época do ano era sempre muito dolorosa e solitária. Apesar de toda a fama e dinheiro, um vazio em meu peito parecia crescer cada dia mais.
- Estou ficando todo vermelho com esse sol - a voz doce de Julian me fez voltar a realidade. Ele estava ao meu lado bufando irritado.
- Por que você reclama com tudo? Até o sol te incomoda, loirinho - brinquei, não aguentando ver o seu show.
Às vezes não entendia como Julian não tinha ficado com outro homem ainda. Podia jurar que ele era gay, mas me assustei ao descobrir que namorava com uma garota.
- Olha pro meus braços, estou todo vermelho que nem tomate - esticou seus braços para mostrar o tom avermelhado.
- Quer entrar? Tenho alguns jogos no videogame - dei a ideia. Tirava sempre o tempo livre para jogar com meus amigos, mesmo com a correria dos treinos. Não sei se Julian curtia jogar.
- Pode ser, acho que é melhor do que ficar te vendo pelado nessa espreguiçadeira - disse, apontando para o meu corpo. Era incrível como seus olhos sempre brilham ao ver o volume na minha sunga.
- É só não olhar - zombei, o deixando mais vermelho ainda de vergonha. Sabia como deixá-lo quieto com facilidade.
Não costumava ter paciência com essas nuances das minhas garotas, mas com Julian era divertido. Era interessante observar o quanto o seu corpo o traía — seus olhos cheios de luxúria no meu cacete eram tão óbvios.
- Quais jogos você tem? Se falar NBA eu juro que vou pro quarto - falou cruzando os braços ao se sentar no sofá da sala.
- Você não cansa de reclamar? E não, não vamos jogar NBA - joguei o controle para ele, que pegou no ar. Ele gostava de provocar também, o que só aumentava o meu tesão e me deixava sedento para entrar com tudo no seu cuzinho.
- Cala boca e liga logo o videogame - falou, desviando os olhos para a TV.
Ainda estava de sunga, me sentia à vontade para ficar daquela maneira. E, fora o fato que queria muito transar, mas estava ganhando tempo para que Julian ficasse confortável. De sunga só facilitaria o serviço para sacar meu pau e fode-lo como queria.
Não me passou despercebido o jeito estranho que Julian se sentou no sofá, parecia incomodado. O cuzinho devia estar ardendo ainda.
- COD? É sério? Eu jogava isso quando tinha 16 anos - o senhor reclamão começou a abrir o bico. Não esperava a hora de calá-lo com meu cacete descendo fundo na sua garganta.
- É isso ou eu vou te comer nesse sofá agora? - bufei de raiva, olhando o com desejo.
- Jogar.
O cu doce que Julian fazia era realmente o seu charme. Não podia negar que adorava o seu jeitinho.
“Não sei mano. E se ele não for gay?” Uma lembrança do passado voltou para me assombrar. Era o meu irmão, Chris.
- Ebony22, é sério? - zombou ao ver o meu nickname da conta.
- Não tinha tempo pra ficar pensando em um nome melhor - dei de ombros, me jogando ao seu lado no sofá. Não perderia a chance de ficar bem próximo do meu prêmio de rostinho adorável.
- Pode parar? - me fuzilou com os olhos azuis. Estava com meus braços por cima dos seus ombros, o deixando colado no meu tórax.
- Não tô fazendo nada loirinho - dei um sorriso travesso.
- Vai dar conta de jogar com uma mão só? - me perguntou, se encaixando no meu abraço. Não iria aguentar muito tempo, o meu cacete parecia que iria se erguer ao mínimo toque de Julian.
- Não têm ideia do que consigo fazer com uma mão só - falei no seu ouvido, vendo ele se arrepiar.
Apesar da minha provocação, tirei meu braço de cima dos seus ombros, voltando a minha atenção para o jogo na tela da TV. Era um competidor, não aceitava perder nem mesmo em brincadeira. Devia ser um tipo de orgulho de jogador. Era ensinado a ganhar, não importava o quão em desvantagem estava na quadra.
- Você é bom - ouvi o loirinho resmungar do meu lado no sofá. Ele era bom, mas não melhor que eu.
- Sou bom em muitas outras coisas - brinquei, deixando ele puto da vida. Julian iria me matar em algum momento desses 15 dias.
- Tem dinheiro pra abrir essa porta - mudou de assunto, me mostrando uma área que estava bloqueada no mapa.
Ele realmente estava empenhado no jogo. Não despregou os olhos da TV em nenhum momento, parecia imerso no mapa caótico do velho oeste.
- Cuidado com as costas Kyle! - chamou a minha atenção, atirando nos inimigos que tentavam me atacar.
- Valeu - agradeci ao sentir que iria cair por causa dos diversos golpes. Estava encurralado em uma escadaria.
Mais uma das coisas que não fazia com nenhuma das parceiras que trazia para a ilha. Dificilmente alguma delas iria jogar vídeo game comigo, o acordo era simples e direto ao ponto — sexo e mais um pouco de sexo.
- Cai - o loirinho falou frustrado. Um bico de menino birrento despontou no seu rosto. Era um tremendo chorão.
- Também - deixei que os zumbis me derrubassem sem me defender realmente. Não queria perder, mas também não aguentava mais me segurar.
- A gente tava indo bem - deitou a cabeça no encosto do sofá, deixando seu pomo de Adão exposto. Não consegui me segurar e o ataquei. - O que você tá fazendo? Faz cócegas, Kyle.
- Tem uma coisa bem grande aqui na minha sunga pronta coçar sua garganta - disse, mordendo seu pescoço com uma fúria quase que descontrolada. Não entendia essa minha obsessão pelo Julian, normalmente me cansava e partia para outra. Mas, como uma droga, o loirinho me viciou em sua chatice única.
- Você tem sorte de ser famoso e rico, pois não sabe mesmo como chegar em uma garota - provocou, se entregando aos toques dos meus lábios em seu pescoço.
- Você não é uma garota - falei zombeteiro, não podia perder a oportunidade de irritá-lo. Era um jogo viciante.
- Tira a camisa - ordenei. Eu não podia mais esperar, meu pau iria explodir de tanta vontade de foder..
- Eu não sei se consigo - falou baixinho, desviando a sua atenção para a tela da TV.
Bufei com raiva, o que faria com o monstro acordado na minha sunga. Havia contratado ele para satisfazer meus desejos mais obscuros, e mesmo sendo o segundo dia, Julian ainda não tinha me entregado muita coisa.
- Posso mamar seu pau - deu a ideia depois de alguns segundos. Meus olhos brilharam, mesmo que não fosse aquilo que queria.
- Então começa a chupar meu pauzão - o peguei pela franja.
Nunca havia parado para observar o quanto outro homem poderia ser fofo, mas com Julian era totalmente diferente. O loirinho tinha uma maneira delicada, quase como uma garota mesmo. Vê-lo segurar o meu pau com seus dedos trêmulos quase me fez gozar em segundos.
- Você é grande - o loirinho tentou medir meu pau com as mãos.
- Gosta de um negão, Julian? - tive que soltar a pergunta para ele. Me tornava um péssimo galanteador com a presença de Julian, não que realmente precisasse, pois as garotas só caiam no meu colo e faziam o serviço.
- Você é péssimo - revirou os olhos, me deixando ainda mais sorridente.
Iria incomodá-lo um pouco antes do boquete, mas Julian, ansioso, abocanhou meu cacete com tanta fome, que em segundos estava com mais da metade do meu pau enfiado na garganta.
O que havia acontecido com o Julian marrento de dias atrás? Tive que me segurar em seus ombros para não cair devido ao tesão.
- Tá com fome, putinho? Meu pau é todo seu - zombei, voltando a ficar ereto na sua frente. Queria ver seus lábios trabalhando no meu cacete.
- Só quero acabar com isso logo - falou com o rosto vermelho, um fio translúcido conectava seus lábios ao meu pau.
- Então engole minha pica, putinho - segurei seus cabelos, o empurrando na direção da minha virilha para continuar a chupar o meu cacete.
Um pouco bruto, fiz Julian engolir mais do que ele suportava. O loirinho se segurou nas minhas coxas, mas não o soltei, estava sobre o controle da situação. Podia sentir a cabeça batendo no céu da sua boca.
- Puta merda, Julian! - falei com a sensação única da sua boca úmida e quente no meu cacete.
Não sei quanto tempo demorei para gozar. Julian mamava com vontade, sugando meu pau como se fosse um doce saboroso.
- Suga tudo putinho - disse, amando a sua permissividade naquela posição. Era um Julian totalmente diferente, um que poucos tinham a oportunidade de ver.
O primeiro esguicho de esperma veio poucos segundos depois, e como a primeira, outras quatros encheram sua boca. Minha vontade era de foder sua boca como se fosse um cu, o deixando sem ar. Mas não podia, ainda não, Julian estava em processo para se tornar uma vadia.
- Tá ficando bom em mamar um pau em Julian - provoquei, batendo meu mastro em seu rosto.
- Você gozou pra caralho - limpou os lábios com a língua, resgatando restos de sêmen que escaparam na lateral da boca.
Cansado, me deitei com a pica dura ao seu lado. Julian ficou congelado no lugar, olhando a estante na parede.
- Aquele é o meu livro? - perguntou, se levantando e indo pegar o livro. Havia me esquecido de tirar aquilo dali.
- Julian… - tentei dizer alguma coisa, mas parei ao ver a raiva estampada no seu rosto. Aquilo não era bom.
- A produtora me disse que não havia feito nenhum exemplar - falou para si mesmo, folheando as folhas do seu livro.
- Sobre isso, eu juro que não fiz parte - tentei me defender, mesmo sabendo que era o grande culpado do seu livro não ter sido lançado.
- Vou para o quarto, não precisa me chamar para almoçar, estou sem fome - disse com a voz abafada, como se fosse chorar.
Não sabia como agir nessas situações, nunca tive medo de magoar ninguém além da minha família.
- PORRA! - joguei o controle do videogame na parede, não acreditava que tinha cometido essas burrice.
Havia mandado fazer aquele livro para ler no meu tempo livre, estava tão obcecado pelo loirinho que até mesmo tive coragem de passar dias lendo as suas obras. Nem mesmo sobre a ameaça da minha mãe, eu pegava um livro para ler, mas Julian havia conseguido. Só havia me esquecido de esconder aquela merda da sua vista.
Continua…
ESTOU UM POUCO OCUPADO NO MOMENTO (PROVAS, ESTUDOS E O TRABALHO ESTÃO ME MATANDO), ENTÃO NÃO SE ASSUSTEM COM A DEMORA NAS POSTAGENS. JURO QUE NÃO DEIXAREI ESSA HISTÓRIA SEM UM FINAL.