Mais um dia se iniciava e lá estava eu me preparando para ir ver minha psicóloga. Carol como sempre me acompanhou até a porta da sua sala. Assim que entrei ela veio me receber, como sempre foi muito simpática comigo e me perguntou como eu estava. Eu disse que estava bem. Ela pediu para eu sentar e contar se eu tinha alguma novidade. Contei a ela sobre a loira que vi na janela. Ela disse que podia ser algo criado pela minha mente, ou talvez era mesmo alguém. Ficamos ali conversando por um bom tempo e ela sempre me deixava totalmente tranquila quando a gente conversava. Ela me perguntou se eu me sentia segura para continuar a regressão. Que ela achava que eu estava apta para continuar, mas era muito importante eu me sentir segura para isso. Eu disse que eu me sentia segura sim. Ela pediu para eu me deitar no divã e assim eu fiz. Eu já sabia o que fazer, fechei os olhos e respirei fundo algumas vezes para relaxar o corpo. Ela foi conversando comigo e logo a voz dela foi ficando longe e do nada eu estava ali dentro do carro com Marina.
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Nós estávamos no estacionamento do prédio e logo ela estacionou seu carro. Eu ouvi a minha voz da consciência perguntando se estava tudo bem. Eu só disse que sim. Logo eu e Marina descemos do carro e seguimos para seu apartamento. Eu conhecia muito bem aquele caminho e aquele apartamento. Quando entramos me bateu uma nostalgia enorme ao ver a decoração antiga. Marina me chamou para seu quarto e disse que ia tomar um banho. Eu sentei da sua cama e fiquei olhando o quarto. Estava igualzinho de como eu me lembrava. Marina me perguntou se eu não queria tomar um banho também. Ela disse que tinha algumas roupas que provavelmente serviriam para mim. Eu disse que eu iria aceitar se ela não importasse. Ela veio até mim e disse que não se importava e foi me puxando pela mão. Só aí eu me toquei que ela queria que eu tomasse banho com ela. Eu travei na hora e ela percebeu.
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Marina: O que houve? Não vai tomar banho?
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Aline: Olha, não acho uma boa ideia eu ir com você.
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Marina: Porque? Você tem vergonha de ficar nua na frente de outra mulher?
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Aline: Não mesmo. Na verdade eu faço muito isso. O problema é que talvez você não saiba mas eu sou lésbica, não acho que seria legal. Não quero te deixar desconfortável. Você é muito bonita, não vou tentar te agarrar nem nada disso, mas vai ser impossível não te olhar nua.
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Marina: Sério que você é lésbica?
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Aline: Sim, é sério.
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Marina: Interessante. Eu não sabia, olha se você me prometer que não vai fazer nada sem meu consentimento, por mim tudo bem. Olhar não tira pedaços e não querendo ser presunçosa, mas já sendo. Eu estou acostumada com as pessoas me olhando.
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Aline: Jamais faria algo assim. Juro que vou te respeitar, mas provavelmente meus olhos não. Se para você não tem problema, por mim tudo bem.
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Marina: Então vem logo.
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Seguimos para o banheiro e assim que entramos ela já foi tirando a roupa toda. Ela realmente parecia não se importar com minha presença ali. Eu fiz o mesmo, tirei toda minha roupa e seguimos até o box. Ela entrou, ligou a ducha e já se molhou toda. Como eu imaginei, meus olhos percorreram cada centímetro daquele corpo. Ela era perfeita, cada curva, cada parte do seu corpo era divino, ela parecia ser esculpida a mão. Só de olhar nela eu senti minha menina molhar. Não tinha como não desejá-la. Com muito sacrifício eu parei de ficar babando no corpo dela e assim que ela saiu da ducha eu entrei. Eu precisava mesmo de esfriar a cabeça e outras partes também. A gente ficou revezando na ducha e se ensaboando. Eu tive que respirar fundo várias vezes para controlar o tesão que eu estava. Tudo estava indo bem até eu ir enxaguar meu corpo. Quando terminei de tirar o excesso de shampoo da cabeça, eu a olhei e ela estava ali babando no meu corpo. Eu dei um sorriso e ela sorriu também. Não falei nada, mas com certeza ela não era hétero.
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Teminamos o banho e ela me deu uma calcinha nova e uma camiseta longa. Ela se vestiu da mesma forma e perguntou se eu estava com fome. Eu disse que não, ela disse que também não estava. Que provavelmente a ressaca tirou a fome dela. Ela me arrastou para cama e disse para a gente dormir um pouco. Eu concordei com ela. Nos deitamos e eu tentei dormir, mas ela não parava de se mexer na cama. Por fim eu desisti e a chamei.
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Marina: O que houve?
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Aline: Você não para quieta na cama, está tudo bem?
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Marina: Desculpe, tem uma coisa que não sai da minha cabeça. Não estou conseguindo dormir.
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Aline: O que é? Eles fizeram algo com você, que você não me contou?
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Marina: Não! Te juro que eles não fizeram nada comigo, quando o idiota tentou me beijar a força eu resisti e logo você me salvou. É outra coisa.
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Aline: Olha se você quiser conversar sobre isso, pode falar que vou te ouvir e tentar te ajudar.
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Marina: Então, é que eu não sei como falar isso. É algo que nunca conversei com ninguém e vem povoando meus pensamentos há algum tempo. Na verdade o nosso banho juntas piorou as coisas.
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Aline: Entendi. Você se sente atraída por mulher e não sabe lidar com isso.
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Marina: Está tão na cara assim?
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Aline: Eu vi como você me olhou no banheiro, você não estava admirando meu corpo, você estava desejando. Isso ficou óbvio no seu rosto.
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Marina: E o que eu faço? Eu já senti atração por outras mulheres, mas sinto por homens também. Será que eu sou BI?
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Aline: Pelo que você falou, é provável que você seja sim. Se nunca ficou com uma mulher, que é o que deu a entender, quando tiver oportunidade fique, aí você acaba com essa dúvida, se é que você ainda tem dúvidas.
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Marina: Hummm..
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Aline: Que foi?
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Marina: Tenho uma oportunidade agora. Se você se interessar, claro.
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Aline: Tem certeza disso?
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Marina não me respondeu, ela se aproximou de mim e me beijou. Era um beijo calmo e meio tímido. Ela parecia estar avaliando se realmente queria aquilo. Logo senti sua língua pedir passagem entre meus lábios e o beijo tímido foi ficando mais intenso a cada instante que se passava. Eu estava com muita vontade de avançar o sinal, o beijo dela era muito gostoso. Mas eu me contive e fiquei esperando para ver até onde ela queria ir. Não precisei esperar muito. Ela se afastou de mim bruscamente, achei que tinha batido o arrependimento. Mas me enganei imensamente. Ela já tirou sua camiseta e se sentou encaixada em cima da minha menina. Ela já foi ajudando eu tirar a minha camiseta e deu um sorriso safado quando segurou meus seios entre suas mãos. Ela ficou ali apertando eles entre as mão e admirando com seus olhos. Eu a puxei para mim e a beijei novamente.
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Virei nossos corpos na cama e fiquei por cima dela. Desci beijando seu pescoço e fui passando minha língua até chegar entre seus seios. Dei uma atenção especial para aquelas duas delícias. Chupei, lambi e suguei várias vezes seus mamilos. Ela dava alguns gemidos bem gostosos com meus carinhos. Depois desci dando beijinhos na sua barriga até minha boca chegar entre suas pernas. Passei minha língua algumas vezes em sua menina ainda por baixo da pequena calcinha que ela usava. Depois beijei e dei pequenas mordidas na sua coxa. Passei minha língua entre sua coxa e sua virilha. Ela se contorcia toda e gemia bem gostoso. Levei minhas mãos na sua calcinha e só tirei ela de lado revelando para mim sua menina toda molhada. Comecei a passar minha língua bem devagar debaixo para cima e dava pequenas sugadas no seu clitóris. Ela colocou uma das mãos na minha cabeça e outra nos seios. Comecei a fazer movimentos circulares com minha língua no seu clitóris. Fui aumentando o ritmo e seus gemidos ia só aumentando de volume. Ficamos naquilo por alguns minutos até que senti seu corpo dar pequenos tremores. Comecei a sugar e lamber seu clitóris com mais intensidade e ela gozou gostoso na minha boca.
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Levei a mão na minha calcinha e tirei, fiz o mesmo com a dela. Me levantei e me encaixei entre suas penas. Seu corpo ainda tremia por causa do orgasmo. Comecei a esfregar minha menina na dela bem devagar. De início ela mal tinha forças para reagir. Segurei sua perna e fui aumentando o ritmo dos movimentos. Eu estava com muito tesão. Eu sentia o calor da sua menina na minha e me movia mais rápido. Logo ouvi ela gemer novamente e aquilo me deu mais tesão ainda. Não sei por quanto tempo fiquei ali me movendo entre suas pernas, mas só parei quando tive um orgasmo incrível. Quando caí do lado dela foi que percebi que ela tinha acabado de gozar de novo. Ela me olhava com um sorriso tão lindo nos lábios que mesmo sem forças eu comecei a sorrir.
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Marina: Nossa, isso foi incrível! Com certeza eu gosto de mulher também kkkk
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Aline: Concordo com você em tudo que você disse kkk
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Marina: É sempre assim entre mulheres?
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Aline: Não, às vezes é melhor, mas acontece de ser ruim também. Às vezes as pessoas não tem química na cama. Simplesmente não dá certo.
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Marina: Entendi. Mas tem como ser melhor do que foi agora?
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Aline: Tem sim, muito melhor. A gente teve um momento ótimo, acho que nos damos bem na cama, mas não foi nada, vamos dizer, mágico.
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Marina: Nossa, para mim foi mágico. Se for melhor que isso eu acho que eu morro kkkkk
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Aline: Não foi mágico para você não. Pode ter sido importante, porque foi sua primeira vez com uma mulher, mas quando você tiver realmente um momento mágico com alguém você vai me entender. Não estou dizendo que não foi bom o que tivemos tá. Foi ótimo sim, eu amei. Mas faltou algo.
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Marina: Entendi, você que fez tudo né? Eu não fiz oral em você.
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Aline: Não é isso não. A gente tem química, não vou negar, você é linda e por ser sua primeira vez com uma mulher, você foi incrível. Mas para ser mágico tem que ter sentimentos. Bom, pelo menos para mim tem.
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Marina: Entendi, na verdade acho que você tem razão. Aline, muito obrigado por me salvar e por estar aqui comigo. Eu nem te conheço direito, mas algo me diz que escolhi a pessoa certa para ser minha primeira.
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Eu fiquei sem saber o que falar naquele momento. Eu realmente não esperava ouvir aquilo. Ela viu que fiquei com vergonha e me deu um abraço. A gente foi tomar outro banho e ela realmente estava bem empolgada com sua descoberta. Quis me fazer uma oral para saber como era. Por sinal ela se saiu muito bem e consegui me fazer gozar na sua boca. Depois a gente foi para cama e dormiu. Acordamos já no fim do dia. Ela pediu para eu passar a noite com ela. Eu até queria, eu gostei da companhia dela. Mas eu precisava ir para casa. Ela então propôs de me levar, eu pegar umas roupas e voltar com ela. Eu acabei aceitando e assim fizemos. Eu troquei de roupa na minha casa, peguei umas roupas e avisei minha mãe que ia dormir na casa de uma amiga. Voltamos para seu apartamento rindo igual duas bobas. A gente conversou muito naquela noite. Descobri que ela era filha de uma família muito rica. Que ela ficou com meu irmão uma vez, mas se arrependeu porque ele tentou forçar a barra para levar ela para cama no primeiro dia e ela não gostou nem um pouco disso. Nunca mais ela quis ficar com ele e o meu irmão pegou no pé dela. Eu contei para ela um pouco da minha vida. Sobre meu primeiro namoro e de como terminou. Eu não sei porque, mas a gente parecia ser amiga há anos.
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A gente passou o resto das férias praticamente grudadas. Claro que transamos de novo, mas pelo tanto de noite que passamos juntas não foram tantas vezes. Não conversamos sobre isso, mas ficou meio claro que apesar do sexo de qualidade a gente se dava melhor como amigas. As férias acabaram e voltamos a estudar, ela fazia administração e eu direito. Sempre nos encontrávamos nos intervalos e ela me levava em casa depois das aulas, ou eu dormia na casa dela.
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Nossa amizade ia bem, até uns amigos dela começarem a pegar no pé dela por minha causa. Muita gente sabia que eu era lésbica. Eu não escondia isso de ninguém. Eu já tinha ficado com algumas meninas que estudavam ali. Várias pessoas já tinham visto. Eu jurava que até meu irmão sabia. Porém ele nunca falou nada comigo. A gente raramente se falava, depois de mais velhos a gente se afastou muito. Principalmente porque ele era muito machista e idiota. Marina me contou sobre os amigos dela pegar no pé dela, dizendo que ela estava namorando comigo. Eu disse a ela que se isso fosse um problema, era só ela se afastar de mim um pouco, eu iria entender. Ela disse que não era problema algum, e até falou para eles que a gente já tinha ficado mas não éramos namoradas. Achei legal da parte dela e ela realmente não se afastou de mim. Ao contrário, ela se afastou dos seus amigos e vivia grudada comigo.
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A gente estava um dia no intervalo das aulas. Eu fui com ela comprar uns salgados. Quando a gente estava voltando para a mesa eu escutei alguém dizer em alto e bom som que era um desperdício uma gata como a Marina estar andando com uma sapatão. Quando eu fui virar para ver quem era eu travei. Eu não conseguia me mover e aquela sensação ruim começou de novo. Meu ar parecia que ia se acabando aos poucos. Aquele desespero foi voltando, a única coisa que consegui fazer foi pedir por ajuda. Logo eu escutei o barulho do relógio e acordei ao lado da minha psicóloga.
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Ela já me deu o copo d'água e perguntou se eu estava bem. Eu disse que eu tinha entrado em pânico de novo, mas dessa vez eu sabia o porquê. Ela perguntou se eu lembrava o que aconteceu naquele dia. Eu disse que sim, não tinha como esquecer um dos piores dias da minha vida.
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Continua..
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Criação: Forrest_gump
Revisão: Whisper