“Que absurdo! Essas mulheres estão perdendo o respeito de vez?” Pensei, mas, antes de falar qualquer coisa, um segundo pensamento me ocorreu, um que tive mais cedo, antes de sair de casa: “Quer saber? Vou arregaçar essa loira, mostrar à Malu que ela não deveria estar tão segura, tão dona da situação como acredita estar”.
Parti para a ação, um pouco irritado por ser chamado de “corninho”, já que eu, ainda muito machista, não entendia plenamente o significado daquele termo.
— Fica de quatro, safada. Quero ver essa bunda linda enquanto meto em você.
Malu me olhou surpresa, sem acreditar que era eu dizendo aquilo. Mais do que surpresa, ela parecia admirada com a minha atitude, uma vez que, com certeza, era algo novo para ela esse meu lado dominador.
Com a adrenalina pulsando nas veias, senti uma mistura de raiva e excitação tomando conta do meu corpo. Malu nunca esperaria essa reação de mim, e isso me dava uma certa vantagem. Essa nova confiança me parecia quase estranha, mas eu estava decidido a explorá-la ao máximo.
— Vai, safada… deixa eu ver esse rabão gostoso. Ajoelha e empina para mim.
A loira, ainda sem acreditar no que estava ouvindo, hesitou por um momento, trocando olhares com Malu. Eu podia ver os olhos dela brilhando de surpresa e desejo. Me aproximei, queria garantir que minha intenção fosse suficientemente clara.
— Prometo que farei valer a pena — Eu disse, quase sussurrando, forçando um sorriso provocante.
A ideia de estar controlando a situação me fazia bem, e eu queria que Malu visse que eu não era apenas um "corninho" qualquer. Sentia minha masculinidade em jogo e queria fazer valer as minhas palavras.
Segurando a loira pelo pescoço, simulei um leve enforcamento e trouxe sua boca de encontro à minha.
— Se não quer, vou procurar quem queira … Afinal, estamos no local perfeito para isso. Não olhe para Malu, minha esposa já gozou e está satisfeita.
Ela então, decidida, esquecendo Malu, se posicionou de quatro, e não pude deixar de admirar seu corpo. A visão era inegavelmente espetacular, e aquele momento estava carregado de promessas e desejos ocultos. A expectativa fez meu coração acelerar ainda mais e eu sabia que tinha que agir com determinação, tinha que cumprir o que estava prometendo.
Dei um forte tapa, deixando minha mão marcada naquela bunda linda. As palavras que costumavam me definir, como “indeciso” ou “passivo”, pareciam distantes. Pincelei a rola na bucetinha pulsante, dando leves batidinhas com a cabeça do pau no grelo, voltando a pincelar e, finalmente, forçando o pau na entrada da xoxota.
— Que xaninha apertada … nem parece que já levou rola hoje. — Provoquei a loira.
Trancei a mão em seu cabelo e puxei levemente, enterrando a pica até o fundo.
— Humm … delícia … pau gostoso … entrou de uma vez … — Ela gemeu alto.
Admirada, com os olhos vidrados no que acontecia, Malu nos assistia. Eu estava ali, exercendo um controle que nunca tinha mostrado antes, aceitando jogar o jogo que havia sido proposto, e a intensidade do momento me incentivava a seguir em frente.
Passei a estocar com ritmo, cravando o pau bem fundo. Socando com força, em um ritmo frenético.
— Ai, caralho … que delícia … mete, mete forte … assim mesmo… — A loira gemia cada vez mais alto.
Comecei a acariciar seu corpo, explorando sua pele com as pontas dos dedos, curtindo aquela experiência inesquecível. Cada toque, cada estímulo na loira, era seguido de uma reação automática da Malu. Excitada, encorajada pelo meu sorriso safado, ela parou de assistir e veio se juntar a nós.
— Você gosta disso, não gosta? Desse mundo, das possibilidades? Acho que estou começando a entender … — Indaguei, tentando provocá-la e, ao mesmo tempo, me certificando de que essa nova dinâmica era tão prazerosa para ela quanto para mim.
Sua resposta foi um beijo apaixonado, desesperado, cheio de volúpia. A verdade estava estampada em seu rosto, em seu sorriso de triunfo, de quem conseguiu o que queria. Além da conexão momentânea, havia uma entrega mútua, um desejo de se deixar levar.
Continuei estocando fundo, socando o pau inteiro, tirando até a cabeça e voltando a enterrar em um movimento único, fazendo-a urrar de prazer:
— Tá me arrombando … mete, safado … fode essa buceta …
Enquanto a eletricidade entre nós se intensificava, eu podia sentir cada respiração excitada e o coração da Malu batendo acelerado, ainda aos beijos comigo, quase como se nosso oxigênio se entrelaçasse. O ar estava repleto de uma expectativa palpável que tornava tudo mais excitante. Pude ver o brilho nos olhos da Malu, refletindo essa nova conexão que estava se formando.
Roçando a xoxota na minha coxa, melando minha pele, Malu parecia se masturbar com aquela fricção.
— Tô tarada, amor … muito feliz por ver você se soltar.
Eu continuava a estocar, metendo fundo na buceta da loira. Minha esposa beijava minha boca, mordia o lóbulo da minha orelha, arranhava minhas costas. Ela se abaixou e se enfiou entre meu pau e a buceta da loira, tirando o pau de dentro, me chupando por alguns segundos e voltando a posicioná-lo para a penetração.
— Vem aqui, putinha. Me deixa chupar você também … — A loira pediu, sendo prontamente atendida pela Malu.
Eu mantive minha concentração, socando forte o pau naquela buceta, vendo Malu se posicionando na frente da loira e a safada começando a dar prazer à minha mulher.
— Que bunda é essa? Que vontade de meter nesse cuzinho rosa que parece intocado. — Dei mais um tapão estalado naquele rabo enorme, maravilhoso.
— Calma lá … não é intocado, mas ainda não está totalmente acostumado com um pau … Hummm … fode essa buceta, não para … — A loira delirava.
— Binho é profissional no tema, cachorra … sabe comer um cu como poucos … te prometo que a satisfação é garantida. — Malu fez minha propaganda.
Eu estava me sentindo ótimo, curtindo aquela experiência e surpreso com minha própria desenvoltura. Malu gemia gostoso com a língua da loira, que também parecia bastante satisfeita com minha performance.
— Seu corninho é uma delícia, amiga … tá quase me fazendo gozar … Hummm …
Ao mesmo tempo que aumentei as socadas, fodendo com mais ritmo e velocidade, percebi o jovem rapaz, que tinha fodido a loira antes de mim, se aproximando, fazendo sinal e dando o pau para a Malu chupar. A loira agiu rápido e o puxou para perto dela, punhetando o rapaz e assumindo o boquete. Ela alternava chupadas entre a buceta da Malu e o pau do homem.
— Onde brincam três, brincam quatro… essa baixinha é uma delícia e eu só vim para somar — Ele se explicou.
Malu mesmo respondeu:
— Quem sabe no futuro … esta noite é do meu marido.
Não dei muita importância para aquilo, pois senti a bucetinha apertada da loira mastigando meu pau, anunciando seu momento derradeiro:
— Tô gozando, caralho … Ahhhh … que pau gostoso … tá batendo no meu útero … não para, fode essa buceta …
Também no meu limite, aproveitei o momento e embarquei naquele orgasmo conjunto, gozando quase ao mesmo tempo que a loira, tirando o pau de dentro dela e ejaculando em sua bunda e suas costas.
Deixei meu corpo cair na cama, satisfeito comigo mesmo, sentindo Malu vindo se aconchegar em meus braços. A loira também deixou o corpo relaxar, se deitando, com a bucetinha melada virada para nós, enquanto o jovem rapaz a provocava, batendo com o pau em seu rosto, conseguindo o que queria, um boquete que o fazia gemer.
— Essa boquinha é mágica … faz milagres …
Eu e Malu, abraçados, assistíamos à cena. Minha esposa, sempre insaciável, já punhetava meu pau novamente, mesmo ainda meia bomba. Ela queria mais.
Malu me deu tempo para recuperar o fôlego e, minutos depois, vendo que o pau ganhava volume e dureza, ainda tendo a bucetinha da loira virada para nós, não perdeu tempo, se sentando no meu pau de costas para mim, que, com a visão encoberta, não sabia se ela interagia também com a loira.
Quando vi o jovem rapaz se aproximando com o pau ereto, sorrindo triunfante, e a loira se levantando, vindo trocar beijos com a Malu, percebi o que estava prestes a acontecer e, num movimento rápido, tomando novamente o controle da situação, puxei minha esposa e a fiz se deitar na cama, me enfiando entre suas pernas e penetrando sua xoxota.
— Seu safado … então vai, mete … fode sua esposinha …
Malu, sempre muito esperta, trançou as pernas nas minhas costas e me puxou para um beijo, tentando me fazer esquecer daquela movimentação estranha anterior entre os três e não me dando chances de falar.
— Mete forte, acaba comigo …
Decidi, novamente, entrar no jogo e permitir que tudo permanecesse como estava. Reconheço que ainda não estava preparado para testemunhar, ao vivo, in loco, outro homem desfrutando da “atenção” da minha mulher. Para ser completamente honesto, toda aquela dinâmica de dominância e imposição foi apenas uma explosão de raiva momentânea, pensada como uma forma de retaliar às maquinações e situações que Malu me impusera.
Observando Malu tão excitada e entregue, em vez de partir para brigas ou discussões, optei por proporcionar prazer. Desejava gozar da intimidade com minha esposa de forma intensa, aproveitando o momento que me era tão querido. Passei a estocar com ainda mais ardor:
— Nossa, amor … Ahhhh … você está impossível … Hummm … assim mesmo, que delícia …
Fiquei imerso naquele desejo de foder minha putinha com fervor, socando com força, do jeito que ela adora. Pois, mais do que qualquer coisa, ela é tudo para mim e a forma como nos conectávamos era única.
Malu, perdida em prazer, se entregou completamente aos nossos instintos. Era um momento de troca de energias que só o amor genuíno é capaz de proporcionar.
— Puta que pariu … você tá acabando comigo … que loucura … — Malu cravava as unhas com força nas minhas costas.
O tempo passou sem que percebêssemos. Envolvidos naquela dança íntima, cada movimento era um reflexo do amor e da intensidade que sentíamos um pelo outro. Em meio ao clímax daquele sexo intenso, tudo se dissolveu em um misto de sons e sentimentos.
— Mais forte agora, amor … mete com tudo, vou gozar de novo …
A combinação de emoções era intensa: amor, ciúmes, desejo e uma pitada de raiva. No entanto, percebi que, no fundo, o que realmente importava era a ligação que compartilhávamos. Poderíamos passar por desafios e contratempos, mas a base do nosso relacionamento era forte, moldada por experiências e um entendimento mútuo. Pelo menos, para mim.
Gozamos juntos, após quase dez minutos de um sexo espetacular, e naquele instante, tudo estava certo em nosso mundo e eu jamais suspeitaria do que o futuro tinha para me revelar.
Ainda trocamos carícias por algum tempo, antes que Malu saísse junto com a loira para o banheiro. Sozinho com o jovem rapaz, que me encarava parecendo decepcionado, mantive minha postura relaxada, sem achar que devia alguma explicação ou justificativa. Foi ele que iniciou a conversa, vindo se sentar próximo a mim:
— Geovana é guerreira demais. Como gosta de pica … sua baixinha não fica atrás também. Você é um homem de sorte, sua mulher é linda. Muito gostosa.
Não vi maldade ou provocação nas palavras dele, apenas uma tentativa de quebrar o gelo.
— Geovana é a loira, correto? Realmente, ela é um tesão.
Ele voltou a ser simpático:
— E aí? Curtiu sua primeira vez? Pensa em voltar mais vezes?
Fui honesto:
— Ruim não foi … — lhe dei um sorriso cúmplice. — Vai depender da Malu, a baixinha, minha esposa. Vamos ver o que o futuro nos reserva …
As mulheres voltaram do banheiro e Malu me fez sinal para que eu fosse me limpar. Saí tranquilo, apenas cumprimentando o jovem rapaz com um aceno de cabeça. Não demorei a voltar e o jovem rapaz não estava mais com elas.
Desci com a Malu e a loira para o salão e nós nos sentamos em uma mesa, pedindo mais alguns drinks e uma porção de petiscos em seguida. Bebemos, comemos e conversamos num clima bem descontraído, conhecendo melhor a Geovana e contando um pouquinho de nós mesmos para ela. Não esquecemos de trocar as informações de contato. Ela surpreendeu a Malu:
— Você não se lembra de mim?
Malu a encarou surpresa:
— Sabe … pensando melhor, você não me é estranha.
— Ano passado, no jantar de lançamento da campanha daquele empreendimento imobiliário de alto padrão, o Alphaville … eu estava com aquele arrogante do Reinaldo e nós estávamos sentadas bem próximas. Até conversamos um pouco naquela noite.
Malu arregalou os olhos, acho que se lembrando dela. Ela parecia um pouco incomodada com a revelação da Geovana.
— É mesmo … Geovana. Nossa, me desculpe. Como pude ser tão indelicada? E aquele mala do Reinaldo? Que fim levou?
— Não sei e nem quero saber. Aquele desgraçado foi o maior atraso de vida. Só me deu prejuízo …
Malu é formada em Marketing, especialista em campanhas online e divulgação digital. Ela é uma profissional respeitada e eu tenho muito orgulho de seu crescimento e de onde ela está profissionalmente.
Algumas mulheres, três para ser mais exato, jovens e bonitas, fizeram sinal para Geovana e ela se levantou para falar com as amigas, dizendo que não demoraria a voltar.
Quando eu pensava que a noite estava próxima de acabar, já pensando em chamar minha esposa para irmos embora, Cecília estava parada atrás de nós, pedindo para falar com a Malu. Ela estava abatida, visivelmente triste.
— Por favor, amiga. Vai ser rápido, eu prometo.
Malu se levantou e não se afastou muito, mantendo-se a uma distância confortável. Com o som ambiente em bom volume, era impossível escutar claramente o que as duas estavam conversando. Cecília falava de forma bastante séria, enquanto Malu a ouvia atenta, com um semblante que misturava curiosidade e preocupação.
Naquele meio tempo, Geovana voltou para a mesa e, com um sorriso no rosto, nós pedimos uma nova rodada de drinks. Ela reiniciou a conversa.
— Estou curiosa, foi ideia de quem abrir a relação? — perguntou Geovana, me encarando com os olhos brilhando de curiosidade.
Decidi ser honesto, afinal, não havia motivos para mentir ou esconder:
— A decisão partiu da Malu. Eu apenas acompanhei a ideia, como um barco na correnteza. É uma nova forma de explorar nossa relação juntos.
Geovana parecia interessada em saber mais e mantinha o olhar fixo em mim:
— Ah, então é a primeira vez de vocês aqui no clube, correto? O que você achou da experiência? Frequentavam outro lugar antes? Eu adoraria saber!
Primeiro, decidi fazer um elogio, mantendo a conversa leve:
— Sendo com uma mulher incrível como você, como eu poderia reclamar? Você é linda, um verdadeiro tesão de mulher! Foi ótimo ter vindo aqui e descobrir esse novo mundo.
Com um sorriso satisfeito por minha resposta e elogio, ela me deu um beijo carinhoso na bochecha. Aproveitei o momento e fui ainda mais honesto, tentando sondar a curiosidade dela e esperando para ver sua reação:
— Para ser sincero, esta é a minha primeira vez. A Malu já vinha saindo com outro cara e com aquela mulher que ela está conversando ali atrás, desde que abrimos a relação, há seis meses. Estou me adaptando a tudo isso.
Geovana me olhou com uma mistura de confusão e surpresa, o que me deixou intrigado:
— Então, vocês abriram a relação há pouco tempo … São um casal recente, é isso?
Estranhei a pergunta e pensei por um momento antes de responder:
— Estamos juntos desde a adolescência. Casados fazem dez anos. Por que a pergunta? Será que parecemos apaixonados demais para um casal que está junto há tanto tempo?
Ela não conseguiu esconder sua surpresa e confusão, mas preferiu se calar, deixando um silêncio meio constrangedor entre nós. Isso me deixou com uma grande pulga atrás da orelha.
Percebendo meu estado de confusão, Geovana rapidamente decidiu mudar de assunto, como se buscasse escapar da minha investigação, e nesse momento, Malu e Cecília chegaram à mesa. Ambas pareciam estar em bons termos novamente, o que aliviou um pouco a tensão do momento e desviou o foco do meu assunto com a loira.
Malu apresentou Cecília à Geovana e as três engataram uma conversa animada. Todas faziam questão de me incluir na roda, mas eu já estava em meu próprio mundo, processando o que tinha acabado de ouvir e avaliando as reações da Geovana. Eu já respondia automaticamente e meu humor não passou despercebido por Malu.
— Está tudo bem, amor? Aconteceu alguma coisa?
Geovana não conseguia disfarçar sua inquietação e eu preferi não criar caso. Não ali, não naquele momento. Malu era emocionalmente mais inteligente do que eu, além de muito sagaz e arisca.
— Estou bem. É tudo novo para mim, estou me adaptando aos poucos. Agora que a adrenalina e a excitação baixaram, o cansaço da semana bateu. Não é nada, fique tranquila.
Percebi Geovana suspirando aliviada, voltando a se envolver na conversa com Malu. Cecília aproveitou o momento para me sondar:
— Você assistiu ao vídeo, né? Então, sobre o que eu falei, saiba …
Não me fiz de rogado:
— Eu também quero, pode ter certeza … quero muito …
Cecília sorriu de forma sacana para mim:
— Quer dar uma volta? Uma escapada?
Percebi que Malu estava ligada no que acontecia, apenas esperando minha resposta. Fui honesto:
— Hoje não, sua safada. Estou só o pó. A semana foi pesada.
Malu sorriu satisfeita. Mas eu resolvi provocá-la:
— Vem com a gente. Amanhã é um novo dia e eu só preciso de uma boa noite de sono.
Malu não gostou muito do que eu falei e cortou as asinhas da Cecília:
— Hoje não, amiga. Deixa para a próxima. — Ela falou de forma firme, não dando chances para Cecília retrucar.
Peguei as comandas de consumo e fui até o caixa acertar a conta. Malu aproveitou para se despedir da Geovana e da Cecília. Geovana veio até mim e se despediu com um beijo na boca muito gostoso.
— Malu disse que vai manter contato. Espero que possamos curtir novamente. Amei estar com vocês.
Cecília, um pouco mais afastada, se despediu com um aceno, sorrindo para mim. Agradecemos a atendente que nos serviu e saímos do clube.
Na rua, lá estava o flanelinha sorrindo debochado.
— Curtiu a noite, chefia? A patroa está meio descabelada … boa noite!
Tive vontade de socar o cara de pau, mas nunca fui de briga e não iria começar naquele momento. Entramos no carro e, antes de voltarmos para casa, Malu pediu:
— Estou com fome. Vamos passar no drive-thru daquele fast food vinte e quatro horas? É no caminho de casa. Meu reino por um milk shake e uma batatinha frita …
— Boa ideia. Também estou com fome. — Concordei e aproveitei o momento para perguntar. — Você prometeu sempre ser honesta comigo, não é? Posso fazer uma pergunta que tem me incomodado?
Malu parecia bem relaxada, despreocupada com qualquer coisa que eu jogasse sobre ela.
— Me diz … quando tudo isso começou, esse seu interesse por mulheres? Você transou com a Cecília antes do tal Rafael?
Malu virou o corpo para mim, se sentando de lado no banco, me olhando nos olhos.
— Correto. Cecília veio antes do Rafael. Logo que abrimos a relação.
Aproveitando que Malu estava meio alta pela bebida, já que tomou o triplo de drinks em relação a mim, que peguei leve com o álcool, continuei buscando respostas:
— E quando foi a primeira vez de vocês? Quando você percebeu que sentia atração por mulheres?
Malu era sempre direta, não importando a ocasião:
— Acho que sempre tive essa curiosidade, desde mais nova, essa vontade de experimentar. — Ela falava despreocupadamente, sem pensar muito, transmitindo veracidade. — Mas como sempre fui muito feliz ao seu lado, acabei reprimindo esses desejos e me concentrando no nosso casamento.
Ela repousou a mão na minha perna, acariciando minha coxa.
— Sempre fomos muito bons juntos, né? Eu amo ser sua esposa. Só que, depois de tanto tempo juntos, com a rotina se instalando, achei melhor ser honesta com você, a pessoa mais importante da minha vida, e resolvi me abrir, tentar ter a chance de explorar esses sentimentos e curiosidade. Confesso que não me arrependo.
Cheguei ao drive-thru e pausamos a conversa por um breve momento. Fiz o pedido e rapidamente a pequena fila andou. Recebi nossa comida e voltei a rodar.
Malu já atacava suas batatinhas e o milk shake. Voltei ao assunto:
— E então, quando foi a primeira vez de vocês?
Com a boca cheia, ainda mastigando, ela respondeu:
— Foi rápido, dias depois de abrirmos a relação. Acho que no final de fevereiro, início de março. Aconteceu aquela viagem que fizemos juntas para Paraty … Isso está divino. Por que a gente não consegue fazer essa batata do mesmo jeito em casa?
Voltei a perguntar:
— Eu achei que esse seu desejo de abrir a relação era muito por causa do Rafael. Acho que estava enganado …
Malu, sempre muito calma, disse:
— Que nada. Foi a Cecília que me falou sobre o Rafael. Eles eram amantes, eu entrei no meio depois. Nem trabalhamos no mesmo setor. Mal nos vemos na empresa.
Ela enfiou outro punhado de batatas na boca, deu mais um gole no milk shake e explicou:
— Eu só comecei a transar com os dois lá pelo final de julho. Antes era só eu e a Cecília. Como já tínhamos uma relação aberta e você parecia não querer saber de nada, nunca tocando no assunto, achei melhor lhe dar espaço, só confirmando quando você me perguntou daquela vez.
Chegamos em casa e eu achei que precisava processar devidamente as revelações da minha esposa. Enquanto ela subiu para tomar banho, eu aproveitei para comer meu lanche. Quando cheguei no quarto, ela já estava apagada, dormindo profundamente.
Só então percebi que, se ela começou a se relacionar com a Cecília no final de fevereiro, início de março, a conta não fechava. Estávamos em outubro e abrimos a relação seis meses antes, em meados de abril. Ou ela se confundiu, ou fui corno muito antes de consentir.
Continua ...