Sábado - 08 de Junho de 2024 – 15:00h
LOCAL: Apartamento da Paula
Paula, aos 39 anos, é uma mulher rica e até mesmo um pouco famosa, devido aos seus clientes poderosos e causas de grande repercussão, já apareceu na TV e em outras mídias.
Para ter mais segurança e privacidade, vendeu sua antiga casa e atualmente mora em um luxuoso apartamento num dos melhores bairros de Curitiba.
Naquele sábado estava retornando de um almoço na casa de parentes, deu uma rápida passada no mercado para comprar ração para seu gato Bimbo e rumou em direção ao seu apartamento.
Quando estava se aproximando para entrar na garagem do prédio já começou a ouvir o irritante som do alarme do sensor de presença disparando.
O prédio é super seguro, conta com uma equipe de vigilância 24h, mas esse sensor de presença que instalaram estava sendo um incômodo. Disparava à toa, várias vezes era alarme falso. Disparava se ventava muito, se caía um galho de árvore, uma vez até mesmo o Bimbo disparou o alarme de presença.
A empresa de segurança disse que ia fazer ajustes para que não desse mais “alarme falso”, mas pelo jeito não tinha dado certo.
Paula embicou o carro para entrar na garagem e avistou um funcionário da segurança:
PAULA:Boa tarde. Disparou de novo esse alarme! Que barulho irritante!
SEGURANÇA DO PRÉDIO: Boa tarde. É bem chato mesmo! Já vamos desligar a sirene, e vamos verificar se alguém invadiu o terreno do Condomínio, ou se é alarme falso de novo!
Estacionou o carro e subiu ao apartamento, assim que abriu a porta Bimbo saiu correndo para fora, parecia assustado.
“Que estranho, ele nunca fez isso” Pensou Paula
Deixou a porta do apartamento aberta, colocou a sacola de compras no chão e foi correndo atrás do Bimbo.
- Bimbo! Bimbo! Venha aqui, comprei a ração que você gosta.
Bimbo foi até o final do corredor e parou, Paula finalmente conseguiu alcança-lo. Segurou-o no colo e percebeu que seu coração batia forte.
Ao voltar para o apartamento, que havia ficado com a porta aberta, Bimbo parecia um pouco receoso de entrar novamente. Paula recolheu a sacola que havia ficado na entrada, entrou e fechou a porta.
Colocou a ração para Bimbo e logo o interfone começou a tocar:
PAULA: Pronto?
SEGURANÇA DO PRÉDIO: Dona Paula, verificamos nas câmeras e desta vez não foi alarme falso, de fato temos um invasor no prédio. A senhora viu algo de diferente?
PAULA: Não, tudo normal
SEGURANÇA DO PRÉDIO: Estamos recomendando que se possível permaneça no apartamento, não saia. E se vir algo estranho nos comunique imediatamente
PAULA: Eu acabei de chegar, não pretendo mais sair hoje. Se vir algo estranho eu aviso com certeza!
SEGURANÇA DO PRÉDIO: OK, obrigado!
Paula desliga o interfone, e ao se virar leva um susto!
Dentro do apartamento estava Aletheia! Ou ela, ou alguém muito parecida!
Estava linda, deslumbrante, sexy, gostosa! Vestida com uma blusa de alcinha sem nada por baixo e um shorts jeans azul descolorido e “rasgado”.
PAULA: Aletheia!! É você??!! Como é possível??!!
ALETHEIA: Sou eu, meu amor! Estou viva! Mas morrendo de saudades de você!
PAULA: Mas, mas ... não é possível!! É você mesma??
Aletheia abre o botão e o zíper do shorts e o abaixa até a região da virilha, onde está a tatuagem íntima que fez em 2016 em homenagem a Paula. A tatuagem consiste no nome de Paula escrito e um coração.
Agora não há mais dúvidas, é mesmo a Aletheia, a tatuagem é a mesma!
Duas fortes vontades surgem em Paula, saber o que aconteceu e fazer amor loucamente com Aletheia!
Paula nunca mais se relacionou com ninguém, e ao contrário de Luiz não teve mais relações sexuais desde 2019.
Ela olha para Aletheia que está com uma expressão no rosto que ela conhece muito bem, ela fazia aquela “carinha” quando queria sexo!
E pelo jeito ela queria muito! Ser possuída, foder loucamente!
Aletheia termina de despir-se do shorts, ficando nua da cintura para baixo, começa a passar a mão no seu próprio corpo, começando pelos seios e descendo até vagina! Sempre olhando para Paula com uma expressão de desejo sexual!
O convite ao sexo estava feito, e Paula não tem como recusar!
Ela avança em direção a Aletheia, agarrando-a firmemente. Enquanto a beija, as mãos acariciam os seios de Aletheia e arrancam a blusinha. Estavam prestes a se amarem ali mesmo na cozinha, mas Aletheia consegue leva-la até o quarto!
No quarto continuam as carícias, os beijos, lambidas e mordiscadas.
Enquanto vai explorando o corpo de Aletheia, Paula não tem mais dúvidas que é ela.
Se lembra bem destes maravilhosos par de seios, dos mamilos que agora está sugando.
As pernas, as coxas, os seus delicados pés, Paula conhece muito bem o corpo da Aletheia. Aquela bunda pequena, delicada e empinada, uma delícia de bunda! Só pode ser Aletheia mesmo.
Paula já está nua, Aletheia deita-se por cima, colocando sua bocetinha bem próximo ao rosto de Paula.
Paula se lembrava bem daquela xoxotinha linda, começa a beijá-la, lambê-la, suga-la.
Ao mesmo tempo começa sentir a língua de Aletheia acariciando a sua própria vagina.
Passaram-se 5 anos, mas o jeito que faz é inconfundível.
As duas se entendem muito bem na cama, uma parecia adivinhar o que a outra queria.
Paula estava adorando, e agora na sequencia ela queria ...
AAAhhhh! Isso mesmo!
Aqueles dedos só podiam ser de Aletheia ...
Que movimentos gostosos destes dedos dentro de mim ...
A relação continua intensa.
Romantismo é bom, sem dúvida. Mas aquele sexo mais safado também tem espaço na relação entre Paula e Aletheia.
Um puxão de cabelo, palavras mais ousadas: “ Safada, cachorra, putinha”.
Não era só a aparência física. Paula reconheceria Aletheia até de olhos fechados, não tinha mais dúvida que era ela.
Depois de mais de uma hora de uma relação intensa, Paula gozou como nunca, ficou completamente satisfeita. Ficaram ainda um tempo abraçadas na cama.
Depois daquele sexo gostoso estava na hora de conversarem.
Antes porém, Paula resolveu ir até a cozinha, pegar umas cervejas.
Enquanto está na cozinha toca o interfone:
PAULA: Pronto!
SEGURANÇA DO PRÉDIO: Dona Paula, só para avisar, estamos ainda tentando localizar o invasor, pelas câmeras que vimos, há possibilidade de ter ido para o seu andar. Tudo certo aí?
PAULA: Aqui está tudo certo, nada de diferente.
SEGURANÇA DO PRÉDIO: Nós acionamos a polícia para nos ajudar.
PAULA: Mas tem necessidade?
SEGURANÇA DO PRÉDIO: É melhor assim, qualquer coisa anormal nos avise, não se assuste se vir carros da polícia na frente do prédio.
Desliga o interfone.
Além das cervejas, aproveita para levar as roupas para Aletheia, que tinham ficado na cozinha.
Quando retornou ao quarto, Aletheia estava ouvindo uma de suas bandas prediletas L7, justamente a música que mais gostava desta banda “Pretend We´re Dead”, que traduzido para o português significa: “ Fingimos que estamos mortas”.
ALETHEIA: Quem diria, que ironia, o título dessa música que eu sempre gostei, que realmente eu e a Celeste faríamos o que diz o título: Pretend We´re Dead (fingimos que estamos mortas).
PAULA : Eu senti tanto sua falta. O Luiz também sofrendo...
Aletheia começa a explicar tudo o que aconteceu, semelhante à história que Claudio contou para Luiz, mas com alguns detalhes a mais.
PAULA : Você sabe o quanto é estranho estar deitada na mesma cama com você agora depois de 5 anos, e ainda mais ouvindo uma história fantástica como essa?
ALETHEIA: Mas você sabe que é verdade Paula, aliás mesmo quando eu estava junto com você, você já desconfiava que havia algo diferente, inexplicável comigo, não?
Paula nasceu em uma família religiosa, em que foi ensinada que um casal era formado por um homem e uma mulher unicamente, que qualquer coisa fora disso era pecado.
Quando se descobriu como lésbica se viu em um conflito cruel, tinha aprendido que o que sentia era pecado, errado perante Deus. Mas por mais que lutasse não conseguia mudar sua essência.
Foi muito difícil quando atingiu certa idade em que todos perguntavam quando iria arranjar um namorado, já que as mulheres de sua idade normalmente já namoravam.
Até que não aguentou mais revelou a todos o que sentia.
Depois disso vieram comentários piores, que era lésbica porque havia sido mal comida. Que tinha trauma de homens. Um colega chegou a falar que se ela passasse uma noite com ele deixaria de ser lésbica.
Quando namorava Aletheia contou todas essas experiências esperava que ela tivesse passado por coisas semelhantes, ainda mais criada em uma conservadora cidade do interior.
Mas Aletheia nunca tinha passado por tais preconceitos. “Parece que você veio de outro planeta” disse Paula uma vez, pelo fato de Aletheia nunca ter sofrido os mesmos preconceitos.
Essas coisas e alguns outros detalhes sempre deixaram Paula um pouco surpresa com relação a algumas atitudes de Aletheia durante o namoro.
O fato dela de fato ter vindo de outro planeta explicava muita coisa!
Enquanto conversavam alguém tocou a campainha do apartamento. Paula se vestiu e foi atender.
Ao abrir a porta viu dois homens, um segurança do Condomínio e um policial mal encarado e armado:
POLICIAL: Boa tarde Dra Paula, sou policial e estou atendendo uma ocorrência aqui no seu prédio.
PAULA: Boa tarde!
POLICIAL: Segundo as imagens das câmeras o invasor veio para este andar. A senhora viu algo de incomum? Está tudo bem com a senhora?
PAULA: Tudo ótimo! Como já falei para equipe de segurança, não vi nada de incomum
POLICIAL: Posso entrar no seu apartamento?
PAULA: Eu já falei que está tudo bem, não há motivo para vocês entrarem.
POLICIAL: Eu insisto. Sou policial! É para sua própria segurança.
PAULA: Já falei que não! Não há motivo! Sou advogada! Mesmo sendo policial só pode entrar em minha casa se tiver ordem judicial ou em caso de flagrante delito. O que não é o caso policial. Se eu já falei que não tem nada de errado, só estaria perdendo tempo aqui.
POLICIAL: Está bem! Mas qualquer coisa diferente nos avise!
PAULA: Agora me dêem licença que eu tenho outras coisas a fazer. Boa tarde!
Paula fecha a porta e vai falar com Aletheia, mas não a encontra em lugar nenhum do apartamento. Fica bastante agitada e nervosa.
Decide ligar para Luiz, são exatamente 17:18h.
PAULA: Luiz, você não vai acreditar no que aconteceu!!! – Fala Paula bastante agitada.
LUIZ: Deixa eu adivinhar. A Aletheia se encontrou com você hoje?
PAULA: Caralho Luiz! Como você sabe!? O que está acontecendo?
LUIZ: O que está acontecendo é que estão tentando dar um golpe na gente! Você está no seu apartamento?
PAULA: Sim, sim! Venha para cá agora Luiz, por favor!
LUIZ: Eu vou sim, se acalme que daqui a pouco chego aí!
Assim que desliga, ouve novamente o alarme do prédio disparando.
“ Aletheia, é você que está indo embora do prédio? Minha nossa, tomara que ninguém te faça nenhum mal” pensa Paula.
Depois de alguns minutos Luiz chega. Já dentro do apartamento Paula conta em detalhes tudo que aconteceu, como foi o encontro com Aletheia.
Luiz da mesma forma lhe conta que encontrou Claudio e como foi o diálogo.
Os dois começam a dialogar sobre o ocorrido:
LUIZ: Paula, após conversar hoje com o Claudio e ouvir tudo que você me contou eu só posso chegar a uma conclusão: Estamos sendo vítimas de um golpe.
PAULA: Então me explica que golpe é esse Luiz.
LUIZ: É simples, nós somos dois advogados bem sucedidos, já aparecemos até na TV. Claudio sabe que nós estamos ricos agora. Ele saiu do Complexo Médico Penal sem nenhuma perspectiva na vida, praticamente impossível dele conseguir um emprego. Ele não teve outra alterativa a não ser virar um criminoso. Deve estar vivendo de aplicar golpes agora.
PAULA: Tá , mas que o Claudio virou um criminoso golpista é uma suposição sua, né? Mas vai em frente, qual é o golpe que ele está tentando aplicar em nós?
LUIZ: Sim, é apenas uma suposição. Mas depois de amanhã, segunda-feira, eu tenho marcado de ir até o escritório do Fabião, ele vai poder investigar o Claudio. Mas o golpe dele consiste no seguinte, ele recrutou duas criminosas, parecidas com a Celeste e a Aletheia, para se fazer passar por elas e nos enganar.
PAULA: Então é tudo um golpe do Claudio. A mulher que esteve na sua casa semana passada seria um cupincha dele, queria te enganar se fazendo passar pela Celeste. Igualmente quem esteve aqui hoje não foi a Aletheia, mas sim uma cúmplice do Claudio, querendo me enganar, tentando se fazer passar pela Aletheia.
LUIZ: Isso mesmo! Inclusive ele contatou a um tempo atrás a prostituta Scharlenne, muito provavelmente por ela ser parecida com a Celeste, acredito que ele ia convidar ela para fazer parte do golpe!
PAULA: Essa história de você procurar prostitutas perecidas com Celeste, eu já te falei o que penso! Mas tudo bem .. não vou me meter na sua vida. Mas voltando à sua teoria, depois que ganhassem nossa confiança, de alguma maneira iriam nos dar o golpe, arrancar dinheiro de nós dois!
LUIZ: Exatamente!
PAULA: É uma boa teoria! Mas tem alguns furos! Algumas pontas soltas!
LUIZ: Quais?
PAULA: Olha Luiz, eu estou morrendo de fome agora. Vamos fazer o seguinte, eu vou pedir o jantar para nós dois pelo aplicativo de delivery de comidas. Depois do jantar eu volto ao assunto.
LUIZ: Pode ser, eu já estou com fome, vamos jantar primeiro. Mas estou muito curioso para saber quais furos a Dra Paula achou na minha teoria!
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EPÍLOGO DESTE CAPÍTULO
Enquanto isso em outro ponto da cidade, Claudio já encerrou o programa com as duas prostitutas e após conversar com Scharlenne, ele recebe um telefonema de Aletheia no seu celular:
CLAUDIO: Alô, tudo bem com você?
ALETHEIA: Agora sim, como foi com o Luiz?
CLAUDIO: Eu acho que ele não acreditou em nada! Nem perguntou da gravidez da Celeste, se era filho ou filha, se tinha nascido ou se estava bem.
ALETHEIA: Bom, nós deixamos isso como termômetro. Se ele não perguntou da filha é porque não acreditou em nada da história. Mas demos o primeiro passo, plantamos a semente.
CLAUDIO: E a Paula?
ALETHEIA: Ela acreditou, com certeza!
CLAUDIO: Você sabe que o Luiz vai tentar fazer com que ela deixe de acreditar.
ALETHEIA: Sim, mas vamos seguir com o que combinamos, tá tudo dentro do esperado. E a Scharlenne, conseguiu fazer o que você pediu?
CLAUDIO: Sim, ela entregou as balas para o Luiz, disse que foi discreta e fez parecer natural. Agora se o Luiz vai consumir as balas, é outra história ...
ALETHEIA: Que bom! Porque aquela manobra dela fingir que esqueceu o sutiã, não funcionou como pensávamos.
CLAUDIO: Mas não foi culpa da Scharlenne, ela fez a parte dela.
Continua ...