Eu fiquei quase o dia todo no trabalho pensando sobre minha ideia. Voltei para casa decidida a levar isso adiante, mas para isso eu precisava da aprovação da minha filha e claro, da Maria.
Assim que cheguei eu fui direto procurar minha filha. Ela estava no seu quarto e claro que Lorena estava com ela. Quando entrei, eu recebi um abraço das duas e me sentei na beirada da cama da minha filha. Falei com ela que tinha algo muito sério para resolver com ela. Lorena foi se levantando e disse que iria esperar na sala. Eu disse que ela não precisava sair, até porque ela poderia me ajudar e também ela era praticamente da família. Ela abriu um sorriso lindo ao ouvir aquilo e não foi só ela, Júlia também. Sinceramente deu vontade de falar para elas que eu sabia de tudo e dava o maior apoio para elas. Mas um problema de cada vez.
~ Filha, eu andei pensando muito sobre a criança que a Maria está esperando. Eu estava pensando em tudo que ela vai perder por não ter um pai. Eu não queria deixar essa criança desamparada. Quando Lorena comentou ontem sobre o registro dela e que se pode pôr o nome de duas mães no documento, passou pela minha cabeça que talvez eu possa ser essa outra mãe.
Júlia nem piscava ouvindo o que eu falava. E eu continuei.
~ Mas eu não vou fazer nada sem sua aprovação, você é minha filha e minha única herdeira. Se eu registrar essa criança ela também será minha herdeira legalmente. Então eu quero que você pense no assunto e me fale o que você acha. Se você concordar eu vou ver o que Maria pensa sobre isso.
Minha filha abriu um sorriso, acho que ela já tinha tomado uma decisão.
~ Mãe, eu amei a ideia. Vou ganhar um irmãozinho e não ligo com esse lance de herança. Até porque eu quero conquistar minhas coisas, não preciso de nada mais do que a senhora já faz por mim. Eu aprovo sua ideia e dou o maior apoio, mãe.
Eu fiquei muito feliz de ouvir aquilo.
~ Obrigada filha. Lorena, será que sua mãe tem um horário para ela me atender essa semana ainda?
Eu queria saber se isso era mesmo viável e o que eu precisava fazer.
~ Vou ver com ela e aviso a senhora hoje ainda. Mas pode apostar que ela vai te atender e te ajudar em tudo, deixa comigo.
Eu agradeci as meninas e segui para o quarto da Maria. Agora era a parte que eu achava mais complicada. Assim que bati na porta, Maria pediu para eu entrar. Entrei, sentei na beirada da sua cama e já fui falando.
~Eu estive pensando e sem o pai seu filho vai perder muita coisa. Sei que amor não vai faltar, mas infelizmente não se vive só de amor. Eu tenho um ótimo salário, mas como é só eu agora. Tenho que pagar todas as contas da casa sozinha. Fora as despesas que não são poucas, ainda temos os gastos adicionais com a nova empregada. Teremos que comprar as coisas para o bebê e com certeza teremos gastos com ele. Principalmente com médico, dentista e futuramente com sua educação. Sem uma pensão e um bom plano de saúde, isso vai ficar caro. Então acho que temos que pensar em todas as possibilidades, por exemplo no futuro dessa criança. Pelo menos até ela poder andar com as próprias pernas, ela vai precisar de um suporte financeiro.
Maria já estava com os olhos marejados e eu não tinha percebido que ela estava entendendo tudo errado até ela abrir a boca.
~ Eu sinto muito por estar causando esses problemas para você, mas juro que quando eu voltar a trabalhar, eu vou te pagar tudo. Eu posso trabalhar de graça como eu estava fazendo ou você vai descontando aos poucos do meu salário. Mas pelo amor de Deus, não me peça para levar aquele homem na justiça para ele assumir o filho dele. Ele queria essa criança morta, eu não quero que ele chegue perto do meu filho. Por favor, Samantha.
Quando notei sua confusão, eu tentei esclarecer as coisas o mais rápido possível.
~ Não, Maria. Não é nada disso que você está pensando. O que eu quero fazer não tem nada a ver com Pedro.
Ela me olhou confusa.
~ Como assim? Agora eu não estou entendendo nada.
Era melhor eu falar o principal para depois explicar os motivos.
~ Eu quero registrar essa criança como nosso filho. Ela teria duas mães nos documentos e legalmente eu seria mãe dela também.
Ela arregalou os olhos e não conseguiu falar nada.
~Maria, eu não quero roubar sua condição de mãe, só quero ajudar. Com essa criança no meu nome, ela teria muitos benefícios. Ela seria beneficiada pelo meu plano de saúde, e isso seria muitos menos gastos. Eu prometo que vou tratar ela da mesma forma que você tratou minha filha e te ajudar criar ela como você ajudou a criar a Júlia. Fora que ela seria minha herdeira e teria um futuro mais garantido. Se algo acontecer com você, essa criança vai ficar desamparada legalmente se ela tiver só o seu nome. Eu já conversei com a Júlia sobre isso e ela amou a ideia. Só falta você aceitar.
Ela parecia assustada com aquilo tudo.
~ Samantha, eu não sei o que dizer. Você me pegou de surpresa. Eu preciso pensar sobre isso. Mas eu estou muito agradecida pelo que você está tentando fazer.
Não era algo para ela resolver de uma vez.
~ Tudo bem. Mas pensa com carinho. Eu realmente só quero ajudar você e essa criança.
Ela balançou a cabeça afirmativamente.
~ Só me responde uma coisa. Porque você está fazendo isso por mim depois do que eu fiz com você? Era para você me odiar e você está aqui me ajudando.
Eu não sabia direito como responder aquilo.
~ Eu não sei Maria. Mas talvez seja porque você já me ajudou muito nessa vida. Eu devo muito a você e não é porque você errou comigo que eu esqueci disso. Eu também acreditei no seu arrependimento, você foi sincera comigo e não tentou fugir da sua culpa. Eu via aqui todos os dias o quando você sofria por esse erro. Eu não sei, mas acho que é hora de virar a página e seguirmos em frente sem mágoas ou rancores. Mas o mais importante é que eu quero realmente ajudar essa criança.
Acho que por impulso ela tentou me abraçar, mas a barriga impediu que os braços dela me alcançassem. Eu movi meu corpo e a abracei. Ela não disse nada. Só ficou grudada em mim chorando por um tempo. Quando nos soltamos eu limpei as lágrimas do seu rosto e ela soltou um obrigado que pareceu sair do fundo da alma. Eu disse a ela que iria tomar um banho e que quando ela tivesse uma decisão era só ela me avisar. Ela disse que iria fazer isso o mais rápido possível.
Dali para frente as coisas começaram a fluir maravilhosamente bem. Depois de dois dias Maria aceitou que eu registrasse o filho dela junto com ela. Eu falei com a mãe de Lorena no dia seguinte. Ela me explicou tudo que eu e Maria precisava para entrar com um processo para conseguir a autorização do Juiz. Provar que a gente era um casal estável era uma das provas principais. Fotos comigo e Maria juntas era o que não faltava no celular da minha filha, mas tiramos umas novas como se fosse mesmo um casal. Em uma dessas fotos aconteceu algo que mudaria algo dentro de mim.
Lorena nossa assistente de fotografia disse que a gente teria que ter pelo menos uma foto dando um selinho. Júlia já chamou a atenção dela quando ela disse isso. Mas ela explicou que era só um selinho para tirar pelo menos uma foto. Porque tinha um monte da gente abraçadas, comigo fazendo carinho na barriga da Maria. Mas não tinha nenhuma com a gente em um contato mais íntimo. Fazia sentido o que ela disse e eu falei que ela tinha razão. Perguntei à Maria se teria algum problema e ela disse que não. Resolvemos tirar a foto. Foi algo até rápido, mas quando Maria tocou seus lábios nos meus, eu senti uma onda de choque percorrer meu corpo. Foi algo rápido, mas aquilo ficou na minha mente e pelo jeito Maria sentiu o mesmo. O jeito que ela me olhou depois do selinho, foi diferente.
Outra coisa que aconteceu é que nas minhas conversas com Andreia, que não foram poucas, eu ficava me perguntando se ela sabia sobre nossas filhas. Eu quase perguntei a ela, mas recuei porque se ela não soubesse aquilo poderia entregar a Lorena. Eu estava com aquilo entalado na minha garganta, pensei algumas vezes em falar com Júlia. Mas eu sempre dava para trás na hora H. Maria dizia que se ela não me contou é porque não se sentiu preparada ainda para se assumir. Eu não queria arrancar minha folha do armário, mas estava uma situação chata. Não tinha motivos para ela me esconder isso. Pelo menos era o que eu achava.
Andreia era uma mulher bem moderna. Estudou seis anos nos EUA e lá conheceu seu ex-marido. Eles tiveram um casamento de 3 anos. Tiveram uma filha que era a Lorena. Porém o marido não se adaptou bem ao Brasil. Ele era canadense e a dificuldade com o português e o calor fizeram ele querer voltar para seu país. Andreia foi com ele, mas não durou muito. Depois de seis meses os dois resolveram se divorciar e cada um viver no seu país. Lorena ficou com a mãe, porque além de ser brasileira, o casal achou que era o melhor para a filha.
Em uma dessas conversas com Andreia, ela percebeu que eu estava tensa com alguma coisa e perguntou o que estava acontecendo. Eu disse que não era nada, mas parece que ser uma boa advogada tem suas vantagens. Ela não acreditou em mim e foi insistindo e fazendo perguntas até que eu acabei falando que estava sim com uma preocupação com minha filha, mas não era nada demais. Ela perguntou se esse problema envolvia a filha dela. Acho que demorei para dizer que não é quando disse, não fui convincente o suficiente.
Andreia pelo jeito já sabia o que me afligia.
~ Samantha eu acho que você está preocupada com algo sem motivos. Se o problema envolve minha filha, eu acho que sei qual é e sinceramente, não considero um problema.
Acho que ali eu tive certeza que ela já sabia.
~ Acho que você sabe das duas então e aprova.
Ela abriu um sorriso e confirmou.
~ Sim, eu sei tem uns dois anos. Minha filha falou comigo do namoro. Eu fiquei meio confusa na época, mas aceitei. Depois de um tempo, eu percebi que fiz a coisa certa. Elas se amam muito e são felizes juntas. Você não aprova esse namoro?
Fiquei feliz de ouvir aquilo. Eu concordava com ela.
~ Eu aprovo sim. Minha filha vive feliz e sorrindo pela casa e sua filha é uma garota incrível. Eu adoro a Lorena. Quando descobri, eu fiquei assustada, mas pela descoberta e não por ser contra. O que eu não entendo é porque minha filha não me contou, como a sua filha fez.
Nessa hora ela ficou mais séria.
~ Júlia tem muito medo que você não aceite. Mas o maior medo dela é que o pai descubra. O seu ex falou muita coisa que não devia quando descobriu que a empregada de vocês ficava com mulheres. Júlia sabe que ele nunca aceitaria e provavelmente se afastaria dela. Júlia gosta muito do pai e não quer que isso aconteça.
Eu entendia sobre ela não querer que o pai soubesse, mas eu, isso eu não entendia.
~ O Pedro provavelmente reagiria da pior forma possível. Mas eu não sou ele, nunca fui homofóbica e até defendi Maria quando isso aconteceu. Eu não entendo porque para mim ela não pode falar.
Parece que Andreia tinha as respostas para minhas dúvidas.
~ Júlia tem medo que você conte a ele por ele ser o pai dela. Ela também não tem tanta segurança que você aprovaria o namoro. Mas o verdadeiro motivo dela não contar é por medo de perder o amor do pai dela. Eu converso muito com ela e ela já pensa em te contar, mas tenha paciência com ela. Deixa ela se sentir segura para isso.
Ela deu mais ou menos o mesmo conselho que Maria me deu, então achei melhor seguir os conselhos delas. Deixei minha filha decidir quando ela me contaria sobre seu namoro com Lorena.
Em Dezembro muitas coisas boas aconteceram e uma briga bem interessante também. Minha filha estava super feliz porque terminou o colegial e no próximo ano começaria seu curso de administração. A felicidade era dobrada, já que Lorena também iria com ela. Nem perguntei a Lorena sobre o tal curso de direito para não render assunto. Eu estava muito feliz por elas. Eu e Maria estávamos cada vez mais próximas e me senti confortável para contar a ela sobre minhas aventuras em SP. Ela teve uma reação ótima e quis saber todos os detalhes. Enquanto eu contava, eu percebi aquele olhar dela meio diferente para meu lado. Aquele olhar me fez sentir aquela onda de choque de novo no meu corpo. Aquilo não era bom, não mesmo, tinha uma tensão sexual entre a gente desde aquele selinho. Isso poderia trazer problemas.
Na noite do dia 23 para 24, Maria me acordou no meio da madrugada e pediu para eu levar ela para o hospital. A bolsa tinha estourado, sai igual uma doida e levei ela. No início da manhã o pequeno João Pedro nasceu. Graças a Deus era parecido com Maria, se nascesse a cara do pai não iria ser bom. Maria ficou internada dois dias e eu fiquei com ela o tempo todo. Depois voltamos para casa com o registro do JP só no nome dela e Andreia já entrou com o processo para ter a permissão do registro com dupla maternidade. Ela disse que seria quase impossível não conseguir com as provas e testemunhos que tínhamos, porém iria demorar um pouco porque o tribunal entrava em recesso em janeiro.
No dia 30 de dezembro houve uma reunião na empresa para Marcos anunciar o novo presidente e depois teria uma pequena festa de despedida para ele. Os boatos na empresa é que Caio assumiria, ele era da diretoria a muito tempo, era primo do dono e nos últimos meses vivia colado no Marcos. Eu sabia há algum tempo que eu seria a escolhida, inclusive, Marcos já tinha me adiantado tudo que eu precisava saber. Tinha passado as contas da empresa e eu já tinha assinado todos os papéis necessários. Na empresa só eu, Marcos, o advogado e minha secretária sabia disso. Marcos deixou Caio seguir ele para todo lado. Ele me disse que seria sua vingança por Caio ter tentado ficar com Raquel pelas costas dele.
Durante a reunião, Marcos fez um belo discurso. Agradeceu os diretores e alguns funcionários que estavam ali presente. Quando ele foi anunciar o novo presidente eu fiquei olhando a cara do Caio. Quando Marcos anunciou meu nome, a cara de decepção e raiva do Caio, foi muito legal. Marina que está do lado fez uma cara de tristeza. Apesar de eu não ter nada contra a Marina, eu não gostava nem um pouco do Caio. Provavelmente foi ele que espalhou o boato que eu era amante do Marcos. Caio também não me respeitou quando veio de graça pro meu lado. Eu me levantei e fui até Marcos, recebi alguns aplausos, principalmente da minha secretária que era outra que não gostava do Caio pelo mesmo motivo. Ele tentou ficar com ela, porém ela não quis por ele ser casado e não ter a permissão da esposa.
Depois da reunião a gente foi para a festa de despedida do Marcos e tinha bastante gente, Marcos era muito querido pelos funcionários. Ele sempre foi um patrão bem justo com todo mundo. Algumas funcionárias também gostavam muito dele, Marcos já tinha ficado com algumas, porém todas solteiras. Ele levava essa regra dele e da Raquel muito a sério. Eles não queriam para o relacionamento de ninguém o que não queriam para o deles. Mas na boca do povo ele já tinha ficado com todas, principalmente as casadas.
A festa estava bem legal. Recebi vários apertos de mão. Inclusive da maioria dos funcionários mais importantes. Eu fiquei o tempo todo ao lado de Renata, minha secretária de confiança e minha fiel escudeira. A gente se dava muito bem e tínhamos ótimas conversas. Raquel resolveu aparecer e se juntar a nós duas. As duas juntas eram sinal de safadeza. Nunca vi duas mulheres falar tanta sacanagem do que aquelas duas juntas. Ficamos ali bebendo e conversando besteira. Eu também reparei que Caio estava bebendo bastante e a coitada da Marina atrás dele pedindo para ele parar.
A festa chegou ao fim e eu ofereci uma carona para a Renata. Estávamos saindo quando Marcos e Raquel se aproximaram. Saindo nós quatro juntos. Marcos pediu para a gente esperar um pouco porque ele iria pegar um documento na sua sala e Raquel foi junto para usar o banheiro. Eu e Renata ficamos esperando eles. Eu não tinha certeza, mas provavelmente eu iria para casa sozinha. Acho que minha parceira iria me abandonar no estacionamento e iria se divertir com o casal. Estávamos rindo de alguma coisa quando escutei a voz do Caio atrás de mim.
~ Sua vagabunda. Conseguiu o que queria dando a buceta para o patrão! Vadia!
Quando me virei vi Caio totalmente bêbado e Marina segurando o braço dele. Eu sabia que era para mim o que ele falou, mas ignorei para não arrumar confusão. Me virei para Renata e chamei ela para sair dali, mas o infeliz parecia mesmo querer criar problemas.
~ Não adianta fugir não. Estou falando com você, Samantha. Não tem outra vagabunda aqui não, é você mesmo.
Nessa hora eu perdi a paciência e quando me virei para xingar ele, eu escutei a voz da Raquel que tinha acabado de virar vindo do corredor atrás dele.
~ Quem você pensa que é para xingar minha amiga Caio? Você está na minha propriedade, se você xingar ela mais uma vez você nunca mais coloca os pés aqui, eu te garanto isso.
Caio se assustou e virou para a direção de onde veio a voz. Marina pediu para ele parar. Mas ele não parou.
~ Essa sua amiga estava dando para seu marido, todo mundo sabe disso, e você ainda vai defender ela?
Raquel já estava quase de frente para ele e Marcos chegava logo atrás.
~ Não, Caio. Ela nunca deu para o meu marido. Se ela tivesse dado eu saberia, como sei de todas que ficaram com ele aqui. Nós dois temos um relacionamento aberto e não temos segredos um para o outro não. Inclusive ele sabe que você tentou ficar comigo, assim como você tentou ficar com a Samantha. Mas nos não ficamos com você, porque além de casado, você é um idiota. Vive dando um de bonzão, mas se não fosse sua esposa te carregar, você já teria sido demitido por falta de produtividade. Então lava sua boca antes de falar da minha amiga e respeita a mulher que você tem.
Eu queria rir, mas não podia. Para piorar Renata acrescentou algo.
~ Ele tentou ficar comigo também. Na verdade esse aí já cantou quase todas as mulheres daqui, só que nenhum quer ele não.
Nessa hora vi Marina soltar o braço do Caio e sair andando. Caio estava bêbado e descontrolado. Ele fez algo que não devia.
~ Vai se fuder vagabundas. Eu não preciso de vocês não suas vadi..
Ele não conseguiu terminar a frase. Marcos foi bem ágil pela sua idade. Ele pulou na frente do Caio e deu um soco bem na ponta do seu queixo. Caio caiu apagado e ainda levou um chute na barriga. Raquel tirou Marcos de perto dele e nisso o corredor já estava cheio de gente. Marcos pediu para dois seguranças tirar ele da empresa e avisar que ele não era mais bem vindo ali. Raquel pegou Marcos pelo braço, veio em nossa direção e saímos para saída da empresa.
Agradeci Raquel e Marcos pela ajuda. Nós nos despedimos e Renara veio comigo em direção ao meu carro. A gente estava meio alegre, mas eu tinha condições de dirigir.
~Achei que você ia com eles para algum motel kkkk
Renata deu uma risada e pegou no meu braço.
~ Eu até queria. Mas o clima ficou meio ruim. Melhor ir para casa.
Realmente o clima ficou meio pesado com a confusão.
~ Perdeu a chance de dar para o presidente pela última vez. kkkkkk
Ela deu uma risada gostosa.
~ Verdade. Agora você vai assumir e você não tem um pau gostoso. Infelizmente kkkkk
A gente estava brincando e briguei com ela.
~ Mas tenho um buceta gostosa. Kkkkk
Renata me olhou meio assustada e eu resolvi me explicar.
~ Desculpe Renata, eu estava brincando com você.
Ela sorriu e falou algo que eu não esperava.
~Uma pena que você está brincando. Eu achei estanho porque você é hétero. Mas se não fosse eu ia querer ver se sua buceta é gostosa mesmo kkkkk
Aquilo parecia ter um fundo de verdade.
~ Quem te disse que sou hétero?
Ela parou, me segurou pelo braço e olhou bem nos meus olhos.
~ Espera, você não é hétero? Jurei que era.
Dei uma olhada ao redor e não vi ninguém. Empurrei ela até atrás de uma das pilastras. Eu dei um beijo bem gostoso na boca dela.
~ Sou BI. Mas não comenta com ninguém por enquanto.
Ela me olhou tentando se recompor do beijo.
~ Bom saber. Para sua casa ou para a minha? Kkkkk
Eu não pensei duas vezes. Ela era uma delícia e aquele beijo foi ótimo.
~ Para sua, na minha não tem como.
Ela só me pegou pelas mãos e saímos em direção ao meu carro. Aquela noite prometia.
Continua..
( Críticas, dicas e elogios são sempre bem vindos, desde que feitos com respeito e educação. Obrigado.)