Me chamo Bianca, atualmente tenho 22 anos. Sempre fui feminina, em todos os aspectos, desde a infância até hoje, corpo e gostos femininos. Tenho peitos grandinhos, coxas grossas e bunda grande, além de um cabelo grande e bem cacheado que portanto, parece menor do que realmente é se fosse alisado. Com 13 anos usei roupa feminina pela primeira vez, calcinha, sutiã e vestido, pela primeira vez tinha me sentido eu mesma, completa. Até então fazia tudo às escondidas, porém no dia do meu aniversário de 18 anos tudo estava prestes a mudar. Meu pai sempre foi um macho parrudo, grande e forte e minha mãe a mulher mais feminina do mundo que sempre quis uma menina. Papai sempre tentava me colocar em atividade de homem, mas até então não tinha descoberto o lado femeazinha de sua filha. Todos os dias quando ficava sozinha em casa, Pedro (meu nome real), desaparecia para Bianca aparecer. Corria para o quarto de mamãe e colocava suas mulheres roupas, me transformava. Vestia toda animadinha, primeiro a calcinha, depois o sutiã, depois o vestido, me olhava no espelho e dizia: “Sou a mulher mais linda do mundo”. O que eu não esperava era que papai havia chegado mais cedo do trabalho naquele dia para me parabenizar pelo meu aniversário de 18 anos, assim ele olhava pela fechadura da porta uma linda cena acontecendo, foi ali a primeira vez que ele viu Bianca, sua filha. Nesse dia eu vestia um conjunto de sutiã e calcinha rosas junto com um vestidinho roxo, coloquei sapatilhas pretas, e um lindo colar de pérolas. Ao me ver dizendo na frente do espelho que era uma linda mulher, papai entra no quarto, me dando um susto, eu sei reação começo a tentar me explicar, porém ele me interrompe, e diz:
— Então não tenho um filho mesmo, tenho uma filhazinha.
— P-pai, eu vou tirar as roupas da mamãe, me desculpa.
— Não pede desculpas não. Quer saber a verdade? Eu sempre desconfiei que você não era macho porra nenhuma. Pra mim é melhor tu ser fêmea de uma vez do que ficar se passando por homem. Sua mãe vai amar a novidade.
Depois dessa declaração de papai meu mundo caiu, o que isso significava? Agora não era mais um homem para ele, e em breve para minha mãe também não. Isso era o que sempre quis, ser mulher, poder me vestir toda feminina. Mal sabia o que isso significava. Meu pai então liga para minha mãe no mesmo instante:
— Cláudia, tenho uma notícia que você não vai acreditar quando ver amor.
Escuto a resposta de mamãe do outro lado:
— Já estou chegando em casa amor, quando chegar você me conta.
Papai sai do telefone, e exclama no mesmo minuto:
— Continua com essa roupa, quero mostrar pra sua mãe quando ela chegar.
Quase no mesmo segundo ouvimos o carro chegar na garagem:
— Opa, a patroa chegou. Vou mostrar pra tua mãe a filinha dela. — Papai fala isso rindo, já imaginando a surpresa que isso seria para ela.
Vamos então de encontro a mamãe. Ela vê minhas roupas, me olha de cima a baixo, e então levanta sua cara novamente sorrindo e então vem em minha direção, me abraçando e dizendo.
— Sempre soube que você no fundo era uma mulher. Vamos agora comprar roupas novas para você. — Ela diz isso chorando, como na realização de um sonho.
— Mãe, obrigado.
— Mulheres dizem obrigada, mocinha. Lembre-se disso.
— Obrigada mamãe.
— Entre no carro, as meninas precisam ir fazer compras.
Entro no carro, no caminho ouço o tipo de música que eu gosto, música pop, como Taylor Swift, Olívia Rodrigo e Sabrina Carpenter. Ao chegarmos no Shopping mamãe me leva direto na Marisa, a loja mais feminina que o shopping podia ter. Fomos também em outras lojas e compramos todos os tipos de roupa que se possa imaginar: calças, camisas, lingeries, camisolas, pijamas, calcinhas e sutiãs. No caixa, a atendente diz:
— Que linda você é! — Dizendo isso olhando para mim.
— Obrigada! — Eu digo para não contrariar minha mãe.
Já no carro, mamãe diz:
— Querida, você não percebeu? A única coisa que fazia as pessoas acharam que você é um homem eram suas roupas. Por isso a atendente te elogiou. Suas feições são todas femininas meu bem! Além disso você tem peitinhos, se começasse a tomar hormônios ficaria a menina mais linda do mundo.
A ideia de tomar hormônios me assustava, assim iria realmente me tornar uma mulher, sem voltas. Eu gostava das roupas femininas, gostava de que meus pais estavam me tratando no feminino agora, mas hormônios? Isso me parecia demais. Não queria desapontar mamãe então fiquei calada, mas no fundo temia que ainda gostava de ser um homenzinho e uma mulher só quando estava sozinha.
Em casa chego no meu quarto, mamãe passa na minha frente e pega minhas gavetas cheias de roupas masculinas e despeja todas elas num saco:
— Com essa renovada no seu guarda-roupas esses trapinhos de menino que você usava você não precisa usar mais. Agora tem roupas que realmente combinam com você. Além do mais, se quiser pode usar as minhas roupas também ouviu meu bem?
Depois disso fui tomar banho, usando os shampoos e condicionadores que sempre usei para deixar meu cabelo macio e sedoso. Depois disso coloquei a toalha e saí do banheiro, abri minha gaveta e me deparei com um mar de opções para usar. Depois de pensar um pouco escolhi um conjunto de calcinha e sutiã roxos, e um baby doll vermelho lindo. Já havia usada calcinha por baixo das roupas masculinas para dormir, mas era a primeira vez que iria dormir inteiramente feminina. Dormi o melhor sono da minha vida, sentindo o fiozinho da calcinha no meu bumbum e a forma como o sutiã segurava meus seios. Assim terminava o meu primeiro dia como mulher.